Kraftwerk (usina de energia em alemão) é um grupo musical alemão que inventou um estilo de música techno totalmente feita e tocada por meio de sintetizadores, tornando a música eletrônica mais acessível ao grande público, principalmente porque se tornaram os precurssores de estilos como o techno e o electro, bem como a moderna dance music em geral. A banda foi fundada por Florian Schneider e Ralf Hütter em 1970, mas contando sempre com a participação de outros músicos, sendo que muitos sequer chegaram a participar de algum disco. Entretanto, a formação mais conhecida, duradoura e bem sucedida foi aquela que se consolidou entre 1975 e 1987 e que incluía os percussionistas Wolfgang Flür e Karl Bartos.
As técnicas que o Kraftwerk introduziu, assim como os equipamentos desenvolvidos por eles, são elementos comuns na música moderna. A banda tem sido considerada por alguns como tão influentes quanto os Beatles na sua participação na música popular na segunda metade do séc. XX. As suas letras lidam com a vida urbana e a tecnologia europeia pós-guerra. Geralmente mínimas, ainda assim revelam celebração e alertas sobre o mundo moderno.
O disco Trans-Europe Express já foi analisado no blog. Se quiser conferir, clique no link abaixo:
Trans-Europe Express – Kraftwerk
The Man-Machine (1978)
Download:The Man-Machine
CURIOSIDADES DO ÁLBUM
- A capa faz uma homenagem ao artista russo El Lissitzky
- As letras falam de um mundo cada vez mais autômato de alienação urbana, de engenharia da era espacial e de fama sem glamour
- Para seu lançamento, a banda encomendou robôs iguaizinhos a seus integrantes, que passaram a ser acessórios permanentes dos shows
- As grandes conquistas do álbum foram a influência que exerceu e a sua capacidade de síntese
- O álbum provou que o poder da música eletrônica não estava em truques elaborados, mas na simplicidade zen do domínio científico.
OUÇA AS FAIXAS E COMPARE COM A ANÁLISE MUSICAL:
DESTAQUES EM VERMELHO
01 – Robots
00:00 – Parece que estamos em uma espécie de nave ou submarino e os controles estão sendo ativados; 00:22 – a viagem começa com os teclados com inúmeros efeitos minimalistas; 01:12 – o robô inicia sua participação; 02:10 – efeitos diferentes em cada canal de áudio introduzem para um segundo robô; 02:28 – o tema retorna.
02 – Spacelab
00:00 – a música começa com uma escala ascendente que vai aumentando sua velocidade até virar um efeito; 00:32 – acordes longos dobrados e logo após o sequenciador acompanhado da bateria eletrônica; 01:31 – o tema da música é apresentado; 01:47 – o robô apresenta seu laboratório espacial; 02:20 – a bateria é silenciada, tensão no ar; 02:35 – volta o sequenciador e a bateria e tudo é repassado; 05:34 – volta o efeito de escala e a música termina.
03 – Metropolis
00:00 – agora a escala é descendente e os efeitos são em glissandos ascendentes; 01:17 – aparece o sequencer e a bateria eletrônica, a melodia é pequena e formada de notas longas; 02:42 – aparece a voz entoando o título da música (reparem no sotaque); 03:45 – três notas graves, em cânone, vão para o agudo com glissandos e tudo é repetido.
04 – Model
Aqui vemos um arranjo pop de mais fácil degustação. Ainda seguindo a premissa minimalista, a pequana sequência de notas de teclado é repetida sofrendo apenas alterações quanto a altura.
05 – Neon Lights
00:00 – mais um tema com poucas notas, um único acorde perdura ao fundo mudando para outro apenas guiado pela melodia que valoriza e extende bastante a duração deles, fazendo bastante uso das pausas; 01:04 – finalmente a voz que se mantém na mesma melodia; 01:59 – aqui é acrescentado um novo elemento: o sintetizador joga notas agudas com eco; 02:17 – o vocal retorna e a estrutura harmônica se mantém; 03:31 – mais um elemento é introduzido, agora uma célula rítmica nos graves; 06:26 – é sobreposta mais uma célula. Ela imita a voz humana começando no grave e é levada ao agudo.
06 – Man Machine
00:00 – uma leve percussão que para mim remete o caminhar de algum inseto, introduz e os outros elementos sonoros vão sendo incorporados até que o robô assume; 01:58 – sons “digitais” sem compromissos com a harmonia são lançados e música prossegue mostrando todos os elementos do quadro.
Análise Musical: Rodrigo Nogueira
Fonte Histórica: Wikipédia
Curiosidades: 1001 discos para ouvir antes de morrer
‘té mais!
2 comentários:
Aproveitar minha folga para dar uma visitada no seu blog. Isso é fácil pra mim pq dada a sua grande variedade de assuntos sempre tem algo pra comentar!
Eu sou um fanático por EBM, não posso dizer isso da música eletrônica em geral. O EBM é um estilo mais underground e o utilizo para fazer uma analogia como o black metal é em relação ao heavy metal. E o que seria do EBM sem Kraftwerk, eles foram únicos. Uma coisa interessante a ser citada e relembrada é que uma das propostas, ditas em entrevista, do que os motivou a criar este conceito, este estilo, foi a vontade de trazer ao mundo algo fora da meca blues/jazz/rock como eles mesmo disseram, algo 100% europeu e novo, e eles conseguiram. Faço questão de frisar que não existe nada igual a eles hoje, continuam únicos. Eu estou aos poucos fechando minha coleção do Kraft em vinil, MAN MACHINE já foi.
Grande disco, excelente post como sempre!
Banda que merece ser eternamente lembrada.
FORTE ABRAÇO!
É isso aí amigão!
Valeu pela força! Não deixe de ver também o post sobre o disco Trans-Europe Express, onde comento exatamente sobre as ideologias e estética da banda e do krautrock como um todo.
Abç!
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