quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Série: Música na Cabeça - Capítulo 1: O Cérebro do Músico

Por Flávia Nogueira
Musicoterapeuta, musicista
e professora de música
Autora do blog Música & Saúde

Introdução

A partir deste ano, todas as escolas de ensino básico, públicas e privadas, deverão oferecer aulas de música a seus alunos. O argumento que levou o governo a sancionar a Lei 2738/08 baseia-se na importância da música em promover o desenvolvimento cultural de seus alunos.

Assim como a Comissão de Educação, concordo com o potencial da música na promoção de cultura, porém, quais outros benefícios que o estudo formal de música pode acarretar na formação de uma criança? O treinamento musical pode gerar mudanças cerebrais tornando o indivíduo mais ‘inteligente’?

Inaugurando o primeiro artigo da série “Música na Cabeça”, abordarei um tema que tem sido objeto de muitas pesquisas e estudos científicos: “O cérebro do Músico”.

A “plasticidade cerebral”

Durante muitos anos pensou-se que a maturação cerebral se desenvolvia na infância, e não poderia ser modificada posteriormente. Hoje, a partir do avanço científico, sabe-se que o cérebro é capaz de se adaptar e até modificar-se, de acordo com as experiências vivenciadas ao longo de toda a vida, e não apenas na infância.

A música, e mais especificamente, o estudo musical, vem sendo tema de muitas pesquisas nas quais o principal objetivo é aprofundar a compreensão da neuroplasticidade. O termo plasticidade cerebral, ou Neuroplasticidade, referem-se às alterações que ocorrem na organização do cérebro como resultado da experiência.

Estudos comparativos entre músicos e não-músicos, vêm demonstrando as diferenças de organização e anatomia cerebral entre esses dois grupos.

Atualmente sabe-se que certas regiões cerebrais (corpo caloso, córtex motor e cerebelo) podem apresentar alterações funcionais e estruturais causadas pelos desafios e exigências requeridas pelo estudo musical.

Essas diferenças na anatomia cerebral de músicos são evidentes em exames de neuroimagem (ressonância magnética, tomografia computadorizada), porém, quais são as conseqüências (benéficas ou não) de tais diferenças no cotidiano dos músicos, foram pesquisadas através de uma série de estudos comparativos.

Efeitos práticos da neuroplasticidade entre músicos e não-músicos

Iremos analisar os efeitos práticos decorrentes das mudanças anatômicas das três estruturas cerebrais citadas acima.

Corpo caloso (fig. B)- Conjunto de fibras nervosas que conectam os dois hemisférios cerebrais (fig. A).
O corpo caloso desenvolve um papel importante na integração funcional entre os dois hemisférios.



É consensual no meio científico, que o controle do movimento e a coordenação motora, assim como a transferência inter-manual de informação sensório-motora, aumentam gradualmente entre quatro e onze anos de idade, o que coincide com o período de maturação do corpo caloso.

Segundo os pesquisadores, a principal hipótese da mudança anatômica do corpo caloso é o treinamento musical precoce, especialmente de pianistas, que desenvolve na fase de maturação, habilidades bi manuais complexas, ou seja, a exigência do instrumento desenvolve a habilidade das duas mãos de tal maneira que altera a estrutura cerebral.

Pensa-se que a adaptação sofrida na estrutura cerebral, mostra-se benéfica em outras áreas que exigem habilidades motoras, não se restringindo às capacidades musicais.

Córtex motor – área responsável pela execução dos movimentos motores.

Os córtices motor direito e esquerdo apresentam assimetria, ou seja, indivíduos destros apresentam o córtex motor esquerdo maior que o córtex motor direito (nos canhotos isso se inverte). Porém, exames realizados com indivíduos músicos e não músicos demonstram que esse padrão de assimetria é reduzido nos músicos.
Em testes manuais onde os indivíduos deveriam demonstrar agilidade e rapidez com ambas as mãos, o grupo de músicos realizou os testes de maneira mais ágil e satisfatória que o grupo de não-músicos.

O estudo também verificou uma correlação entre o tamanho do córtex motor de ambos os hemisférios e a idade de início dos estudos musicais. Quanto mais cedo o início dos estudos, maiores as dimensões do córtex motor direito e esquerdo.

Assim, esses indivíduos com maior córtex motor e menor assimetria inter-hemisférica poderiam se sobressair no desempenho de determinadas habilidades motoras e superar indivíduos que apresentam menor córtex motor, ou maior assimetria, ou ambos.

Cerebelo (Fig. B) - área responsável pela manutenção do equilíbrio e pelo controle do tônus muscular e dos movimentos voluntários, bem como pela aprendizagem motora. Dependemos do cerebelo para andar, correr, pular, andar de bicicleta, etc.

Os músicos apresentam aumento do volume cerebelar em torno de 5% sobre indivíduos não músicos. Estudos ainda estão em andamento a fim de verificar os benefícios trazidos por essa mudança anatômica, porém, sugere-se que os músicos desenvolvem maior habilidade de reflexos motores, maior agilidade e coordenação motora fina mais sofisticada que não músicos.  

Outros efeitos testados em estudos comparativos demonstram habilidades elevadas:

Campo auditivo: músicos que iniciaram o estudo musical até os nove anos de idade apresentaram maior desempenho auditivo que não músicos e músicos “tardios”.

Capacidades cognitivas: muitas pesquisas têm relatado associações positivas entre estudo formal de música em crianças e capacidades pertencentes ao domínio não-musical, como linguagem, matemática e raciocínio visio-espacial, demonstrando que a habilidade cognitiva se estende para outras áreas além da musical. Embora os “efeitos” do estudo musical na fase infantil sejam mais evidentes, pesquisadores sugerem a possibilidade da persistência dos benefícios do treinamento musical, em domínios não-musicais, na fase adulta. Portanto, o estudo musical no adulto também pode trazer benefícios cognitivos em áreas não musicais.

Capacidade visual: Os músicos apresentam maior rapidez do movimento dos olhos, o que pode beneficiar seus reflexos em atividades cotidianas. Segundo os pesquisadores, a leitura complexa e rápida da partitura desenvolve uma agilidade especial em músicos formais.

Atenção: a complexidade de elementos que um músico precisa dispensar ao tocar uma música pode desenvolver uma capacidade atencional diferenciada. Para executar uma peça musical, um músico precisa atentar simultaneamente para muitos elementos: execução das notas corretas, métrica, dinâmica, movimentos motores finos, interpretação, performance no palco, integração com o grupo (se for o caso), e tantos outros elementos que exigem uma rápida resposta. Todo esse desafio acarreta num desempenho de atenção acima da média.


Enfim, poderíamos nos estender muito mais, afinal, o cérebro humano é tão formidável, que quando começamos a nos aprofundar um pouco sobre seu funcionamento nos deparamos com sua enorme complexidade.

Com esse artigo, procurei demonstrar um pouco o conteúdo de pesquisas recentes que comprovam que o estudo da música desde a infância pode sim trazer benefícios que se estendem para a vida adulta, e vão além do instrumento musical. Vimos que músicos respondem melhor tanto no campo motor como no campo cognitivo.

Assim, os benefícios da música vão além do desenvolvimento cultural, eles abrangem adaptações cerebrais únicas que beneficiam os indivíduos em muitos aspectos importantes da sua vida.

Então, que seja muito bem vinda a Lei 2738/08, que apesar das muitas falhas pode, pelo menos, despertar nas crianças o desejo de um estudo profundo dessa matéria tão fascinante que é a MÚSICA.


Referências bibliográficas

OLIVEIRA E RODRIGUES, Ana Carolina. Atenção Visual Em Músicos E Não Músicos: um estudo comparativo. Dissertação de mestrado em Música.  Belo Horizonte: UFMG, 2007.

PEDERIVA, Patrícia L. M., TRISTÃO, Rosana M. Música e Cognição. Brasília: Ciências e Cognição, 2006, Vol. 9: 83-90.
PERETZ I., ZATORRE R. Brain Organization for music processing. Montreal: Annual Review Psychology, vol. 56, 2005.

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

A Formação do Gosto Musical - Parte 5: Os 4 maiores agentes formadores do gosto - 2º Associação


Para a boa compreensão deste artigo, é imprescindível a leitura prévia dos artigos anteriores, caso ainda não tenha lido, utilize os links abaixo: 
Pelos artigos anteriores, verficamos que para se gostar de alguma música (poderia estender este conceito para outras coisas, mas seria sair de meu objetivo) é necessário estabelecer um padrão cerebral para que ela seja primeiro reconhecida para depois ser apreciada. Na parte 4 iniciei o estudo dos 4 grandes agentes que tornam o surgimento desses padrões possível; o primeiro abordado foi o costume/repetição. O segundo trato hoje, é a associação.

É importante deixar claro que não existe uma hierarquia entre os fatores, eles podem agir individualmente, mas o mais comum é que atuem simultaneamente, e o grau de influência de cada fator é particular de cada caso. No final do estudo, chegaremos à conclusão que trata-se de um fenômeno cíclico.

2º Associação

Ouvir uma música repetidas vezes pode se tornar uma tortura se não vier acompanhada de outro grande fator de formação do gosto, como a associação por exemplo. O conceito é simples: como somos seres dotados de emoções, será muito mais fácil e rápido criarmos padrões cerebrais sobre uma determinada música se ela estiver associada a algum tipo de sentimento.

Como postulante a filósofo, entendo que sentimentos não são bons ou maus, simplesmente são. O que vai determinar a natureza deste sentimento são as consequências que ele acarreta, portanto nada impede que se goste de uma música mesmo ela estando associada a um sentimento considerado mau, como por exemplo a raiva. Muitas pessoas, principalmente quando estão passando pela fase chamada adolescência, tendem a expor (ou represar) este sentimento com uma certa frequência, mesmo não havendo uma razão clara para isso (poderia citar inúmeras explicações, mas novamente estaria perdendo o foco, entretanto, acredito que o caro leitor poderá facilmente constatar esse fenômeno). Geralmente a música mais associada a este sentimento é o rock pesado, em especial o punk. Não estou dizendo com isso que todos os aficcionados por este tipo de música sejam violentos ou raivosos, apenas que esta associação rock pesado-raiva seja natural e pode levar o indivíduo a uma catarse, se isso acontecer, logo vem a sensação de prazer e quase que imediatamente, o cérebro do indivíduo estabelecerá um padrão. Se possível naquele momento, o ouvinte irá repetir aquela música várias vezes para poder ter novamente aquelas sensações libertadoras. Outra coisa que fatalmente acontecerá será a busca por MAIS! A pessoa possivelmente terá interesse em conhecer outras músicas semelhantes em estrutura e expressão, pois aquele padrão necessitará de sedimentação. Pronto: foi criado um fã de rock pesado!

Poderia estender esse exemplo a todos os outros sentimentos, as reações seriam diferentes, assim como os estilos musicais, mas o processo seria o mesmo.

Esta associação música-sentimento pode ser potencializada se uma música em particular for associada a um evento em particular; não será o evento em si que criará a associação, mas sim o sentimento implícito a ele. Um exemplo fácil são as famosas "músicas de namorados": imagine você com seu namorado(a) em um momento íntimo, os sentimentos sendo expressos e principalmente sentidos, de repente toca "aquela música". É muito provável que ela marque imediatamente, ou seja, crie um padrão cerebral, e sempre que você a ouvir novamente, reviverá aquele momento especial. Os exemplos poderiam ser inúmeros, mas seriam sempre sobre momentos saudosos.

Observação importante: assim como explora o fator COSTUME, repetindo inúmeras vezes determinadas músicas nas rádios e tvs, a indústria da música também faz um extenso uso da ASSOCIAÇÃO. É muito comum vermos hoje os vídeo-clipes explorando os sonhos e desejos da população associando-os com as músicas. As relações mais comuns são com o sexo (desejo sexual) e o sucesso (em todos os níveis). A indústria ultimamente também tenta explorar de forma sutil o terceiro grande fator formador do gosto; o único que ela ainda não conseguiu colocar suas garras é sobre o quarto.

Ao ler este texto, você poderia chegar à conclusão que quando estou com o romance à flor da pele, se ouvir uma música romântica, imediatamente gostarei dela, ou se estiver furioso, a música pesada fará parte de meu gosto. Sabemos que as coisas não são sempre assim, embora aconteça muitas vezes, por quê? Outra questão que poderia ser formulada é: se os sentimentos são diversos, por que em geral o gosto das pessoas também não é, na verdade ficam restritos a um estilo musical ou dois? 

Porque ainda existem mais dois fatores formadores que em muitas ocasiões também deverão estar presentes para estabelecer o gosto.

Não perca os próximos capítulos da série!

domingo, 26 de dezembro de 2010

50 Obras Revolucionárias - Nº 11 - Quartetos para cordas Op. 33 - Haydn

Joseph Haydn
Para conhecer o projeto "50 OBRAS REVOLUCIONÁRIAS", clique AQUI

  • 11 - Quartetos para cordas Opus 33 (1781)
Se Haydn foi o "pai" da sinfonia, ele deu, virtualmente, origem ao quarteto de cordas como o conhecemos. Foi ele quem, principalmente, fez todos os avanços importantes na composição de música de natureza sinfônica para quatro executantes de instrumentos de cordas, sem exigir um contínuo de teclado. Sem dúvida, seus primeiros quartetos ocasionalmente possuem uma ousadia orquestral de textura essencialmente estranha a esta forma mais íntima de expressão musical. Contudo, quando compôs seu conjunto de seis Quartetos Op. 33 (1781), que inclui os populares quartetos da "Piada" e do "Passarinho", ele já dominava a forma inteiramente nova de expressão de câmara que lhe permitiu produzir milagres infindáveis de imaginação musical, como num invejável número de prestidigitação. Mozart imediatamente produziu seis quartetos próprios, dedicados a Haydn em reconhecimento à sua contribuição, enquanto Beethoven, o antigo aluno de Haydn, subsequentemente levou o gênero a um inigualável clímax de expressão musical.

Influenciados: Mozart, Beethoven
Gravação recomendada: Mosaiques Quartet (Astrée Auvidis)

Texto extraído da revista Classic CD, Nº 20


AUDIÇÃO
Quarteto para cordas Nº1  Opus 33

Baixe AQUI todos os quartetos Op. 33


A PARTIR DA SEMANA QUE VEM ENTRAMOS NO TOP 10 OBRAS MAIS REVOLUCIONÁRIAS!!

sábado, 25 de dezembro de 2010

Presentes de Natal


Neste Natal de 2010 Papai Noel foi generoso comigo!

Quero agradecer aos amigos e familiares que proporcionaram muita alegria com sua companhia e carinho nesta noite de Natal em particular. A festa e a ceia foram muito agradáveis.

Estendo o agradecimento aos amigos leitores do blog que com sua presença e participação engrandecem o blog Sons, Filmes & Afins e tornam cada vez mais prazeroso continuar  meus projetos.

Gostaria de compartilhar com os amigos os presentes que ganhei este ano que são ligados aos temas do blog, ou seja, sons, filmes e afins!

ARQUIVO X - TODAS AS 9 TEMPORADAS + 2 LONGAS + 2 DVDS BÔNUS!

O que mais que um fã do seriado como eu poderia desejar? Estou chorando de emoção até agora, rsss. Agora poderei ver na íntegra um dos meus seriados favoritos sem me preocupar com as inconstâncias das tvs abertas que bagunçavam toda a programação!

CAMISETA DO JOHN COLTRANE


Baita camiseta com meu ídolo máximo: o saxofonista e mito John Coltrane (super difícil de achar...). A estampa é a capa do disco "Lush Life" (awesome!)

COLEÇÃO DE BOTTOMS


11 botoms de artistas e bandas que admiro, segue a lista: Iron Maiden, AC/DC, Judas Priest, Elvis Presley, John Coltrane, The Cure, Led Zeppelin, Black Sabbath, Pink Floyd, David Bowie e U2. Todos eles já fazem parte da decoração do meu velho boné de guerra.

DVD DIANA KRALL LIVE IN PARIS


Apesar de ser fã de jazz, sempre tive um olhar reticente sobre a Diana Krall, sabe com é, aposta no sucesso fácil dos standarts e no apelo visual (é uma gata!), porém, ao assistir o DVD, vi que tudo não passava de preconceito meu, a garota toca e canta muito, e os músicos que a acompanham nesse show são mestres! Sem falar na qualidade visual e de áudio - excelente show!

DVD A ORIGEM


Filmaço, o melhor do ano! Esse foi de amigo secreto (valeu brother!)

CANECA DA MARILYN


Ia escrever uma piadinha infame, melhor não, melhor não...

DVD SOBERANO


Por último, mas não menos importante, o documentário que mostra os 6 títulos brasileiros do meu tricolor! Também de amigo secreto (valeu irmãzinha!).

Bem, é isso. Espero que você também tenha curtido bastante seu Natal, agora vou aproveitar meus presentes, abraços!!

Rodrigo Nogueira

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Música na Cabeça - Introdução à série



Por Flávia Nogueira
Musicoterapeuta, 
professora de música e musicista
Autora do blog Música e Saúde

Somos rodeados de som e música, bombardeados com um mundo sonoro praticamente ininterrupto. Apesar disso, nosso sistema auditivo é capaz de selecionar e discriminar os estímulos sonoros que nos rodeiam. Por si só, um sistema primitivo no nosso cérebro nos permite discriminar frequência, altura e localização. O sistema primitivo, ou cérebro primitivo, é a camada cerebral mais profunda e antiga, ou seja, a primeira a ser desenvolvida no ser humano, sendo responsável pelos instintos de autopreservação. Assim, a capacidade de selecionar os sons está intimamente relacionada com os instintos de sobrevivência.

A questão é quando os sons são apresentados de maneira complexa, tal como a música, com grandes variações de alturas (notas), harmonias, ritmos e timbres, exigindo do cérebro um número de informações tão grande que o sistema primitivo não dá conta de processar.

Ao analisar uma música, nosso cérebro seleciona de maneira estratégica, antecipando e acomodando as relações a partir de modelos pré-armazenados. Como não é capaz de fazer uma análise da obra como um todo, fragmenta e trabalha de forma seletiva.

Uma mesma música pode trazer elementos novos a cada escuta, armazenando inúmeras combinações, sensações e novas conexões, que possibilitam ao indivíduo um grande número de variáveis. A partir do modo como o cérebro organiza-se para processar a música, é proporcionada a possibilidade de mudanças e adaptações cerebrais únicas, favorecendo desta maneira um excelente potencial tanto para a criatividade como para o aperfeiçoamento cognitivo e reabilitação cerebral, mas também para a manipulação (lavagem cerebral) e até mesmo agente de tortura.


Nos artigos apresentados nesta série, veremos os efeitos que a música proporciona em nossos cérebros. Questões como:
  • O "cérebro dos músicos", que comumente é diferenciado, inclusive anatomicamente;
  • Maior desempenho do raciocínio proporcionado pela música;
  • A importância da música na reabilitação de pessoas que sofreram lesões cerebrais (um dos casos mais conhecidos é o do músico Herbert Vianna);
  • Influência da música no organismo (respiração, pressão arterial e outros)
  • O uso da música para manipulação das massas;
  • Os efeitos negativos da música, ou seja, quando a música faz mal.
Enfim, você encontrará em cada artigo, um assunto que relaciona, desde a escuta de uma música até o aprendizado de um instrumento, com o funcionamento cerebral. Os artigos serão fundamentados em estudos e pesquisas recentes do campo científico, os quais procurarei abordar da maneira mais clara e objetiva possível, os efeitos causados no cérebro.

Aguardo sua participação! Mande sua pergunta, dúvida e até mesmo sugestões!

Seja bem-vindo à nova série do blog Sons, Filmes & Afins: "Música na Cabeça".

domingo, 19 de dezembro de 2010

50 Obras Revolucionárias - Nº 12 - Sonata para piano em si menor - Liszt

Franz Liszt
Para conhecer a série "50 OBRAS REVOLUCIONÁRIAS", clique AQUI!

  • 12 - Sonata para piano em si menor (1853) - Liszt
Manuscrito desta Sonata
A Sonata para piano foi a obra em que o Liszt virtuose arrebatador do piano e o Liszt compositor seminal do início do Romantismo elevaram ao máximo as inerentes contradições de sua irrepreensível personalidade. Não se pode duvidar de que ele conseguiu incorporar a cintilante exuberância de sua escrita pianística à estrutura sinfônica, pois embora, nessa obra, haja muitas páginas abundantes em notas, a consciente tramóia das Rapsódias Húngaras é quase inteiramente evitada. Ele incorporou três movimentos em um único movimento contínuo, assim tornando imprecisas as divisões entre elas. Mas o mais notável foi a técnica de transformar os principais temas iniciais, que voltam a reaparecer ao longo de toda a obra sob os mais diferentes disfarces. Isto pode levar o ouvinte atento a experimentar um certo déja-vu, mas o impacto sobre as técnicas do leitmotiv de Wagner e, por extensão, de alguns processos mentais de Schoenberg, foi incalculável.

Influenciados: Wagner, Schoenberg
Gravação recomendada: Emil Giels (RCA)
Texto extraído da revista Classic CD, Nº 20


AUDIÇÃO
Sonata para piano em si menor - com Yuja Wang


Baixe aqui a Sonata em si menor

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Profissão: Musicoterapeuta - Entrevista

Flávia, ao centro

Flávia Nogueira é musicoterapeuta formada pela FPA (Faculdade Paulista de Artes), uma das poucas faculdades que tem graduação desse curso no Brasil. É autora do trabalho "Estímulo da Eficácia Cognitiva em Idosos Institucionalizados", entre outros e diversos artigos. Além disso é musicista formada pelo conservatório de Tatuí, um dos melhores da América Latina, e leciona piano e canto há quase 20 anos.

Segue abaixo uma entrevista onde será esclarecido de que se trata exatamente a musicoterapia. Ao contrário do que muitos pensam, não é apenas colocar músicas para os pacientes ouvirem, aliás condiz mais com a medicina do que com a música.

Caso você queira acrescentar alguma pergunta ou tirar dúvidas, utilize os comentários que os passarei para ela responder.

Ah, Flávia é minha esposa há 14 anos.


1- O que é musicoterapia? Quais seus objetivos?

Segundo a Federação Mundial de Musicoterapia (1998), “Musicoterapia é a utilização da
música e seus elementos como som, ritmo, melodia e harmonia, por um musicoterapeuta
qualificado, em um processo estruturado a fim de facilitar e promover a comunicação,
o relacionamento, aprendizagem, mobilização, expressão e a organização, seja física,
emocional, mental, social e cognitiva”.
Portanto, a musicoterapia é uma forma de tratamento que se utiliza da música e seus
elementos com objetivos terapêuticos, atuando tanto na promoção da saúde, como na
reabilitação.

2- Por que você se interessou pela musicoterapia?

Em minha experiência como musicista e, principalmente como professora de música,
percebia o forte impacto que a música exercia sobre as pessoas. Na musicoterapia, busquei
compreender mais sobre tais efeitos, assim como aprender maneiras de utilizar a música de
maneira efetivamente terapêutica.

3- Um musicoterapeuta deve ser também músico?
Sim. O profissional musicoterapeuta, além das áreas da saúde e psicologia, deve dominar a
linguagem musical e, pelo menos, um instrumento harmônico.

4- Qual o público alvo da musicoterapia?

Todos os indivíduos que busquem de alguma maneira, melhorar a saúde, seja mental,
psicológica e/ou física.

5- Saúde física também?

O tratamento musicoterapeutico é bastante utilizado na reabilitação física. Por exemplo,
pacientes com dificuldades motoras devido a seqüelas de AVC (Acidente vascular
cerebral: “derrame”), acidentes propriamente dito (automobilísticos, atropelamentos), e
tantos outros, se beneficiam muito com essa forma de tratamento. Indivíduos com esse
perfil são normalmente encaminhados para um trabalho com fisioterapeutas, porém,
a adesão no tratamento é muitas vezes baixa, pois lhes falta estímulo e motivação, os
movimentos são repetitivos e a maioria dos pacientes considera algo tedioso. Estudos
recentes, realizados inclusive por fisioterapeutas, demonstram que a música atuando na
motivação motora, estimula movimentos mais livres e por um maior tempo. Uma hora de
trabalho fisioterapêutico pode ser extremamente enfadonho, porém, o mesmo tempo em
uma sessão de musicoterapia, demonstra ser prazeroso, aliando, além dos benefícios físicos, também mentais, psicológicos e sociais (quando realizadas em grupos).

6- Como se dá o tratamento através da musicoterapia?

A musicoterapia utiliza-se de diversas técnicas específicas. Ao iniciar um tratamento, o
indivíduo é avaliado pelo musicoterapeuta, o qual traça um objetivo e elabora a melhor
intervenção a fim de alcançar o objetivo traçado. Ao contrário que muitos pensam, não existe músicas prontas como uma “farmacopéia musical”. Para cada caso, o profissional irá
escolher a intervenção mais apropriada, sendo que escutar música é mais uma das técnicas,
entre muitas outras.

7- A musicoterapia cura doenças?

Primeiramente, o termo “doença” precisa ser definido. Se entendo por doença aquilo que
me faz mal, que de alguma maneira me prejudica, sim, a musicoterapia pode curar, afinal,
esse é o objetivo de uma terapia, resolver as problemáticas trazidas pelo cliente/paciente.
Certamente, muitas “doenças” necessitam ser tratadas com medicamentos, o que torna, em
muitos casos, imprescindível o acompanhamento de um médico. Por outro lado, estudos
comprovam que a música pode gerar vários efeitos biológicos no organismo, como por
exemplo, a diminuição da dor e controle da pressão arterial, acarretando na redução o uso
de medicamentos.

8- Como é reconhecida a profissão no mundo e no Brasil em particular?

A musicoterapia ainda é uma profissão nova. Ela surgiu na década de 40, nos Estados
Unidos, e desde então vem se difundindo no mundo.
Em vários países, assim como nossa vizinha Argentina, a musicoterapia já faz parte
do sistema público de saúde. No Brasil, a profissão foi inserida no código brasileiro de
ocupações (CBO) e pouco a pouco vem ganhando seu espaço. Recentemente alguns estados abriram concursos públicos para musicoterapeutas prestarem atendimento nos postos de
saúde.

9- Como a musicoterapia se relaciona com outras formas de terapia, com a psicologia e
com a filosofia?

É uma tendência atual a interdisciplinaridade nos atendimentos. Assim, a musicoterapia
se relaciona com a classe médica e com profissionais da psicologia, fonoaudiologia,
fisioterapia e terapia ocupacional. Quanto a filosofia, sabe-se da existência da filosofia
clínica, porém, na prática, desconheço trabalhos que relacionem essas duas áreas.

10- Quais são as principais questões éticas que o musicoterapeuta enfrenta na aplicação de suas técnicas?

Assim como nas outras profissões da área da saúde, a musicoterapia possui um código
de ética que dever ser respeitado. Uma questão ética importante é quanto a aceitação de
um paciente. O musicoterapeuta deve avaliar se determinado paciente pode realmente se
beneficiar com a musicoterapia. Embora o campo de atendimento da musicoterapia seja
vasto, existem casos em que a indicação de outra terapia, ou mesmo de outro terapeuta
pode se mostrar mais adequada.

11- Existem contraindicações na musicoterapia?

Em alguns casos sim. Os estudos sobre os efeitos iatrogênicos da música ainda são
recentes, porém, em pacientes com epilepsia musicogênica, a música pode desencadear convulsões. Mesmo com pacientes epiléticos “tradicionais” o uso da música deve ser bem
criterioso.

12- Há a prescrição de medicamentos na musicoterapia? Por quê?

Não. O musicoterapeuta, assim como outros profissionais da área da saúde devem possuir
um conhecimento sobre farmacologia, porém, o único profissional que pode receitar
medicamentos é o médico, nenhum outro profissional pode gerar receita medicamentosa.

13- Qual o tempo médio de tratamento para que ele seja eficaz?

Não existe um tempo médio. A duração de um processo terapêutico varia de acordo com o
caso do paciente. A alta ocorre quando os objetivos terapêuticos forem alcançados.

14- Poderia citar alguns exemplos de objetivos terapêuticos?

O objetivo é diminuir ou eliminar sintomas indesejáveis, tais como: estresse, depressão,
desequilíbrio emocional, dificuldades cognitivas como aprendizagem, memória (comum em
pacientes idosos), dificuldades de linguagem (como afasias), dificuldades motoras, e tantas
outras.

15- Quais trabalhos você está desenvolvendo atualmente?

Atualmente, além de lecionar piano, canto e musicalização infantil, atuo como
musicoterapeuta em uma instituição asilar (Asilo Municipal), trabalhando com idosos.
Neste trabalho, a musicoterapia tem se mostrado muito benéfica, seja com idosos
independentes e lúcidos, como aqueles que se encontram acamados e acometidos por
demências como o Alzheimer.

16- Considerações finais

Presente em muitas instituições, a musicoterapia está conquistando espaço e respeito, se
mostrando uma forma de tratamento séria em meio aos profissionais da saúde e também do
público.
Porém, por ser uma profissão relativamente desconhecida, muitos ainda pensam
que “colocar música” é sinônimo de musicoterapia, como por exemplo, dentistas que tocam
música na sala de tratamento e anunciam que estão realizando musicoterapia. Somente o
profissional graduado (a graduação dura 4 anos) pode exercer a profissão. Nem mesmo um
músico experiente está habilitado para exercer a musicoterapia. Sou professora de música
há muitos anos, e sei que a música pode ser terapêutica e trazer benefícios, porém, realizar
um tratamento, somente por um profissional qualificado.

Obrigado Flávia!

Caso o leitor tenha mais dúvidas ou questões, deixe um comentário que eu as encaminharei.

Até a próxima!

domingo, 12 de dezembro de 2010

50 Obras Revolucionárias - Nº 13 - Ylem - Stockhausen

Karlheinz Stockhausen
Para conhecer a série "50 OBRAS REVOLUCIONÁRIAS", clique AQUI!

  • 13 - Ylem (1972) - Stockhausen
Ylem foi o ápice da evolução das partituras de notação estrita à música que existe apenas na execução, e o conceito de composição começou a parecer irrelevante. Em Aus den Sieben Tage (1968), a "partitura" compreende instruções verbais: pede-se aos executantes que jejuem por quatro dias "em completo silêncio... durmam o mínimo possível... fechem os olhos/apenas ouçam." Os músicos devem interpretar as palavras de Stockhausen segundo suas próprias personalidades e experiências. Ele ampliou esta técnica de risco para a orquestra com Ylem. A partitura convida os músicos, reunidos em torno de um teclado, a tocarem uma nota do centro da extensão de seus instrumentos, para em seguida se afastarem do centro, em termos sonoros e fisicamente, espalhando-se pelos limites físicos do local da execução até que, ao ouvirem uma sílaba gritada, retornem gradativamente ao ponto de partida. Pode-se dar crédito a ele enquanto compositor? Bem, os músicos contam como são fortes suas orientações, e as execuções são sempre inquestionavelmente stockhauseanas. Você decide.

Influenciados: Cornelius Cardew, Miles Davis, Beatles, etc.
Gravação recomendada: Stockhausen Verlag 21

Texto extraído da revista Classic CD, Nº 20


AUDIÇÃO

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

A Formação do Gosto Musical - Parte 4: Os 4 maiores agentes formadores do gosto - 1º Costume

Pintura de Andy Warhol
Para a boa compreensão deste artigo, é imprescindível a leitura prévia dos artigos anteriores, caso ainda não tenha lido, utilize os links abaixo:


No meu entender, existem 4 grandes agentes formadores do gosto. Claro que há uma infinidade de possibilidades que podem ser responsáveis pela formação do gosto musical de uma pessoa, mas creio que todos eles gravitam em torno dos "quatro grandes" que passarei a abordar com maior profundidade a partir do artigo de hoje.

O leitor atento já deve ter percebido quais são esses agentes através dos artigos anteriores, pois apesar de abordarem os primeiros contatos do ser humano com o universo musical, tais princípios acompanharão o indivíduo durante toda sua existência, aumentando apenas em complexidade e quantidade.

Cabe ressaltar que esses princípios não agem individualmente, mas sim em conjunto, e tudo isso com um objetivo comum: a formação desses padrões cerebrais, ou seja, do gosto musical em si, tanto para o que será apreciado quanto rejeitado.

1º Costume

Nosso bebê agora já é uma criança. Nesse estágio, o ser humano tem apenas os rudimentos de um "mundo próprio", então se ele fosse escolher uma música para ouvir, provavelmente seria uma canção infantil ou alguma música que seus pais apreciam. As canções de ninar não seriam totalmente descartadas, mas ficariam reservadas aos momentos de mimos dos parentes ou à hora de dormir.

Isso porque aqui cabe o velho ditado que diz "água mole em pedra dura, tanto bate até que fura!" Como é da natureza do homem apreciar música, não seria incomum que no ambiente em que vive a criança, ela, a música, esteja presente por incentivo dos pais que acreditam que as canções infantis sejam apropriadas, pois têm uma linguagem (musical e textual) para o estágio em que se encontra seu filho. Então não se cansam de reproduzir quase que diariamente as tais musiquinhas. O resultado é óbvio: algumas delas acabam sendo apreciadas. Da mesma maneira repetitiva, o jovem não tem como escapar da influência do gosto de seus familiares, pois eles não se cansam de reproduzir as músicas que apreciam, de forma que esta constância fatalmente contribuirá no início da montagem do gosto musical da criança. É muito fácil constatar esse fenômeno, basta você caro leitor, pensar um pouco naquele cantor ou conjunto que tem pouco ou nada a ver com seu gosto atual; aqueles de quem seus pais gostavam e lá no fundo você também gosta (no meu caso logo vem à mente o Taiguara, lembra dele? "Universo no seu corpo" e outras cafonices?). Outra "fonte" de repetição musical dos dias atuais, sem dúvida é a televisão e ela realiza uma verdadeira lavagem cerebral até nos adultos, o que dirá nas crianças!


Uma frase muito comum que escuto das pessoas sobre determinada música é: "quando a ouvi pela primeira vez nem gostei, mas depois, ouvindo mais vezes mudei de ideia!"

Tudo isso graças ao primeiro dos "grandes agentes formadores do gosto" - O COSTUME - Você gosta da música quando se acostuma com ela.

Contudo, para gostar de uma música ou estilo musical, não basta reproduzi-los à exaustão, isso pode causar o efeito contrário e transformá-los em insuportaveis e torturantes. Sem contar que uma pergunta que você poderia estar se fazendo é: se o costume/repetição é uma das chaves para o gosto, por que no texto acima apenas algumas canções infantis são apreciadas e não todas as que são repetidas? Analogamente, por que apenas algumas músicas do gosto dos pais são compartilhadas pelo jovem e não todas?


Até aqui, qual sua opinião? Utilize os comentários, vamos explorar a questão!

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Os Piores Filmes Postados no Blog em 2010!

Batman & Robin: Provavelmente o pior filme da história!
Estamos no final do ano - época de festas, férias e das famosas listas!

No ano passado elegi os 15 melhores e os 15 piores filmes que assisti, para relembrar a relação, clique no link abaixo:

Para este ano, trago uma ideia diferente: vou listar a relação com os 10 melhores e os 10 piores filmes postados no blog, ou seja, não não se trata de todos os filmes que vi, apenas os que postei no blog no decorrer do ano de 2010.

Legenda
10 - Obra-prima
9 - Excelente
- Muito bom
- Bom
- Bom, mas recomendado com reservas
5 - Razoável
4 - Mau, mas com alguns méritos
3 - Mau
- Muito mau
- Horrível
0 - Lixo

Números do blog (2010)

  • 53 filmes postados, sendo
    • 1 com nota 10
    • 1 com nota 9
    • 8 com nota 8
    • 13 com nota 7
    • 5 com nota 6
    • 10 com nota 5
    • 6 com nota 4
    • 5 com nota 3
    • 2 com nota 2
    • 2 com nota 1

Caso o leitor queira saber mais sobre o filme relacionado, incluo um link para a postagem original aqui no blog, com direito a resenha e trailer (na maioria deles).

Se você quiser deixar sua opinião sobre as listas ou sobre algum filme em particular, fique a vontade para utilizar o espaço para os comentários, aliás, sua opinião é muito bem-vinda!

A ordem começa com o menos pior (10º lugar) até a maior porcaria do ano, na minha opinião (1º lugar)

OS 10 PIORES DO ANO

10º Lugar:
Jogo de Mentiras
Nota 4 - Link
9º Lugar:
Os Coletores
Nota 3 - Link
8º Lugar:
Solomon Kane - O Caçador de Demônios
Nota 3 - Link
7º Lugar:
Faces da Verdade
Nota 3 - Link
6º Lugar:
Predadores
Nota 3 - Link
5º Lugar:
Jonah Hex
Nota 3 - Link
4º Lugar:
O Desinformante
Nota 2 - Link
3º Lugar:
Caso 39
Nota 2 - Link
2º Lugar:
Legião
Nota 1 - Link
1º Lugar (a maior bomba do ano!):
2019 - O Ano da Extinção
Nota 1 - Link

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Os Melhores Filmes Postados no Blog em 2010!

Cena de "Cinema Paradiso"
Estamos no final do ano - época de festas, férias e das famosas listas!

No ano passado elegi os 15 melhores e os 15 piores filmes que assisti, para relembrar a relação, clique no link abaixo:

Para este ano, trago uma ideia diferente: vou listar a relação com os 10 melhores e os 10 piores filmes postados no blog, ou seja, não se trata de todos os filmes que vi, apenas os que postei no blog no decorrer do ano de 2010.

Legenda
10 - Obra-prima
9 - Excelente
- Muito bom
- Bom
- Bom, mas recomendado com reservas
5 - Razoável
4 - Mau, mas com alguns méritos
3 - Mau
- Muito mau
- Horrível
0 - Lixo



Números do blog (2010)

  • 53 filmes postados, sendo
    • 1 com nota 10
    • 1 com nota 9
    • 8 com nota 8
    • 13 com nota 7
    • 5 com nota 6
    • 10 com nota 5
    • 6 com nota 4
    • 5 com nota 3
    • 2 com nota 2
    • 2 com nota 1

Caso o leitor queira saber mais sobre o filme relacionado, incluo um link para a postagem original aqui no blog, com direito a resenha e trailer (na maioria deles).

Se você quiser deixar sua opinião sobre as listas ou sobre algum filme em particular, fique a vontade para utilizar o espaço para os comentários, aliás, sua opinião é muito bem-vinda!

OS 10 MELHORES
10º LUGAR:
Amor Sem Escalas
Nota 8 - Link
9º LUGAR:
A Caixa
Nota 8 - Link
8º LUGAR:
Machete
Nota 8 - Link
7º LUGAR:
O Lobisomem
Nota 8 - Link
6º LUGAR:
(500) Dias com ela
Nota 8 - Link
5º LUGAR:
A Ilha do Medo
Nota 8 - Link
4º LUGAR:
Ameaça Terrorista
Nota 8 - Link
3º LUGAR:
A Estrada
Nota 8 - Link
2º LUGAR:
O Segredo dos seus Olhos
Nota 9 - Link
1º LUGAR:
A Origem
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