sexta-feira, 30 de abril de 2010

Julie & Julia

Julie & Julia (2009)

Direção: Nora Ephron. Com Maryl Streep, Amy Adams, Stanley Tucci e Chris Messina.

Sinopse: "Baseado em duas histórias reais". Julia Child é a esposa de um adido cultural que está baseado em Paris. Ela procura alguma ocupação e entretenimento e acaba descobrindo seu talento para a culinária. Decide escrever um livro e conta com a ajuda de algumas amigas na empreitada. Julie Powell é uma funcionária pública infeliz com sua vidinha medíocre que encontra no livro de culinária de Julia um incentivo para escrever um blog onde conta suas experiências no preparo de todas as receitas contidas nele. A primeira história se passa na década de 40 e a segunda nos anos 2000.

Indicação ao Oscar 2010: Melhor atriz: Meryl Streep.

(Muitos festejaram o reencontro de Meryl Streep com Stanlay Tucci, revivendo O Diabo Veste Prada, só que agora em uma relação mais próxima: marido e mulher; eu faço parte do cânone, porém, também ressalto o reencontro de Meryl Streep com a princesinha Amy Adams, que brilharam no ótimo Dúvida).

Julie & Julia é um filme leve, sem grandes traumas e que se desenrola em duas épocas distintas. Em uma, Meryl Streep contracena com Stanley Tucci formando um casal curioso - ela altona e ele baixinho -, mas que se amam de forma sublime, eu diria; em outra Amy Adams contracena com Chris Messina (que cara asqueroso! Vê-lo à mesa dá nojo!), formando também um casal de "almas gêmeas", mas ao contrário do primeiro, vemos alguns conflitos.

Julia Child (Streep) acompanha o marido nas andanças pelo mundo e nunca consegue se fixar em nada até descobrir o gosto pela cozinha, mais especificamente a francesa. Tem que lidar com o preconceito por ser estadunidense e mulher em meio a homens franceses no curso avançado de culinária, mas o preconceito maior vem de uma mulher: a diretora da escola. Com seu jeito amável e meio atrapalhado, consegue conquistar quase todos e faz amizades com duas colegas que estão escrevendo um livro, logo entrando no projeto e impondo naturalmente sua liderança. É obrigada a lidar com decepções quando tenta várias vezes publicar seu livro ou quando começa certa perseguição política ao seu marido, que a obriga a mudar-se de sua querida Paris. Meryl Streep está mais uma vez fantástica na interpretação e foi justíssima sua indicação ao Oscar. Não vi ainda o trabalho de Sandra Bullock (que levou o Oscar), mas adianto que para ter merecido o prêmio deve ter tido uma atuação fenomenal, acima de sua pobre capacidade (duvido!).

Julie Powell (Adams) é uma escritora frustrada que idolatra Julia e diante de uma vida sem graça como funcionária pública que vive levando desaforo pra casa, resolve fazer algo que gosta: cozinhar utilizando as maravilhosas receitas do livro de Julia Child. Para incentivar o "projeto", resolve montar um blog onde descreve suas experiências culinárias diárias, misturando com situações do cotidiano, criando assim uma espécie de diário. Moradora de uma sobreloja junto com seu marido, a menina passa por alguns maus bocados até perceber que seu blog desperta o interesse de várias pessoas, incluindo jornalistas famosos da área.

O filme é feito com muita sensibilidade e consegue ser cativante apesar da história ser bem "água-com-açúcar". A diretora mistura as duas crônicas de modo encaixado mostrando várias vezes situações semelhantes enfrentadas pelas duas protagonistas de forma paralela causando risos e comoções de modo eficiente.

Um aviso, antes de ver o filme, tenha a certeza de estar bem alimentado, pois ele dá uma baita fome com a quantidade de delícias culinárias que invadem a tela. Quase que dá para sentir o gosto ou o cheiro!

Ótimo para ver com a família.

Nota: 6,5

Veja o trailer: aqui!

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Highway To Hell - AC/DC


Série Álbuns Históricos: 1979 - 1/43

Há certa indefinição para rotular o AC/DC. Muitos o classificam como hard rock, outros como heavy metal; o certo é que essa banda australiana é original em seu estilo, o que gera a controvérsia. Formada em 1973 pelos irmãos Angus e Malcolm Young que tiraram o nome da máquina de costura da irmã que tinha gravada a sigla AC/DC, que significa nada mais que corrente alternada/corrente contínua, diferentemente do que alguns fundamentalistas religiosos que afirmavam tratar-se de alguma heresia (qual?).

Foram recrutados para completar a banda o baterista Colin Burgees, o baixista Larry Van Kriedt e o vocalista Dave Evans. O primeiro show foi no clube Chequers, em Sydney. Entre 73 e 74 vários baixistas e bateristas passaram pela banda, que buscava sua formação definitiva que só viria a acontecer em setembro de 1974 com a saída do vocalista (considerado muito glam) e a entrada do mito Bon Scott - à época, já um cantor experiente - e em meados de 1975 com as entradas de Mark Evans no baixo e Phill Rudd na batera.

Se for para tentar resumir o tipo de som dos caras, dá para dizer que é rude e agressivo. Inspirado no blues e equilibrado entre força e contenção. Por tudo isso, mostra a essência do rock e talvez  essa seja a razão pela qual tenha influenciado tantos roqueiros.

O primeiro disco foi High Voltage, de 1975, que demorou apenas dez dias para ser gravado, feito digno de uma banda punk (rss). A música homônima transformou-se num clássico e It's A Long Way To The Top (If You Wanna Rock'n' Roll) um desabafo e um objetivo. 

A gravadora Atlantic entrou na vida dos caras em 1976 e os levaram para turnês pela Europa onde adquiriram bastante experiência ao abrirem para bandas do calibre de Black Sabbath, Aerosmith, Kiss e outras.


Em 1977 a banda tirou do forno o álbum Let There Be Rock. No mesmo ano se mandaram para os Estados Unidos e substituíram Mark Evans por Cliff Williams no baixo, que colaborou para a gravação do terceiro álbum Powerage com seus riff mais pesados.


Apenas citei estes álbuns sem maior profundidade porque o primeiro disco realmente histórico e clássico, no sentido de servir de modelo, veio em 1979: Highway To Hell que, além do bom trabalho nas músicas, contou com a produção de Robert "Mutt" Lange e marcou a despedida do vocalista Bon Scott que viria a falecer no ano seguinte em virtude de um porre monumental que o fez perder os sentidos e engasgar com o próprio vômito.

A história dos caras prossegue, mas deixarei para um próximo post. Vou me ater ao disco Highway To Hell.


Highway To Hell (1979)
Curiosidades do Álbum:

  • Apesar de ter obtido algum sucesso pelos anos 70, Highway To Hell é considerado uma espécie de ponto de partida da banda.
  • Foi o primeiro trabalho dos caras a levar disco de platina, mas também foi o canto do cisne de Scott que faleceria no ano seguinte.
  • É uma celebração do pecado, principalmente da luxúria.

Audição Comentada: 

Meus Destaques em Colorido

01 - Highway To Hell
A guitarra entra sozinha apresentando um forte riff, logo entra a bateria e, na sequência o vocal peculiar de Bon Scott. No refrão recebe o peso do baixo, da segunda guitarra e do backing vocal. O solo da guitarra é nitidamente inspirado no blues.
02 - Girls Got Rythm
Com a bateria marcada e o riff já de cara, a proposta é escancarada. A inspiração é semelhante à da faixa anterior.

03 - Walk All Over You
A abertura é sombria e lembra alguma coisa do Black Sabbath. O desenrolar é mais acelerado mas sofre uma desaceleração no refrão, o que gera um bom contraste quando o riff retorna e, principalmente quando entra o solo da guitarra. O efeito é eletrizante.

04 - Touch Too Much
Mais contida no princípio, mas com a pegada forte característica e final poderoso.

05 - Beating Around The Bush
Uma beleza de riff acelerado. Porrada na orelha!

06 - Shot Down In Flames
Sem novas propostas, mas no estilo característico da banda, ou seja, legal!

07 - Get It Rock
O vocal soa mais esquisito que de costume. Não é tão boa quanto as outras.

08 - If You Want Blood (You've Got It)
Mais uma no formatinho padrão: animada e divertida.

09 - Love Hungry Man
Meio tristonha e pela primeira vez é dada mais evidência para o baixo.

10 - Night Prowler
Com uma introdução fenomenal da guitarra em ritmo de blues, a última faixa também é matadora!

Texto: Rodrigo Nogueira

Fonte Histórica: Wikipédia
Curiosidades: 1001 discos para ouvir antes de morrer

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Balanço de 1978 - Sons e Filmes

Desde 4 de janeiro de 2010 foram apreciados vários álbuns, de vários estilos musicais. Os critérios para a seleção foram dois: serem considerados relevantes para a história da música e  terem sido lançados em 1978. Todos eles foram oferecidos no blog para ouvir e baixar além de um breve histórico dos artistas/bandas até o período em que lançaram seus respectivos discos e, na maioria deles, opiniões faixa a faixa mais destaques e curiosidades. (Para ler os artigos e ouvir muita música, acesse o histórico do blog!)
Segue no post de hoje algumas conclusões sobre o momento histórico para a música e, de brinde, a relação dos filmes mais relevantes do ano. Espero que gostem!
A partir de quarta (28/04/2010) inicio as postagens referentes aos álbuns históricos de 1979 e o primeiro é Highway To Hell do AC/DC, aguardo sua visita! 

MÚSICA

Fatos mais importantes:

Outros fatos importantes (extraídos da Wikipédia)
  • Os Sex Pistols anunciam o fim de suas atividades após uma mal sucedida turnê pelos Estados Unidos no mês de janeiro. No final do último show da turnê, o vocalista Johnny Rotten perguntou para a platéia: "Vocês já tiveram a sensação de estarem sendo enganados?"
  • O Black Sabbath mandou para as lojas o seu oitavo disco de estúdio, o Never Say Die, o último com o vocalista Ozzy Osbourne.
  • No dia 26 de agosto começa a primeira edição do Canadá Jam Festival onde se apresentam os Doobie Brothers, The Commodores e Kansas.
  • O Whitesnake, banda montada por David Coverdale, lançou o seu disco de estreia, o Trouble.
  • O Rush editou seu sexto disco, o Hemispheres.
  • O Police lança seu disco de estreia, o Outlands d'Amour.
  • Os Bee Gees ganham disco de ouro pelas músicas Staying Alive, Night Fever, How Deep Is Your Love e More Than a Woman, pelo álbum Saturday Night Fever lançado em 1977 e foram considerados o trio pop de sucesso dos anos 70 por ter 5 álbuns no top 10 das paradas de sucessos.
  • O ABBA lança o álbum Voules Vouz com sucessos como I Have A Dream, Chiquitita, Gimme! Gimme! Gimme! (A Man After Midnight), Voules Vouz entre outros.
 Bandas que Surgiram

AI-5
Aborto Elétrico
Australian Crawl
Bauhaus
Berlin
D.O.A.
DNA
Dead Kennedys
Dexy's Midnight Runners
Doken
Duran Duran
Echo & The Bunnymen
Grupo Fundo de Quintal
Orchestral Manoeuvres In The Dark
Prefab Sprout
Savatage
Simple Minds
Survivor
The Blues Brothers
The Go-Gos
The Teardrop Explodes
Uakti
UB40

Bandas que acabaram
 
Os Mutantes







Prêmios Grammy Mais Importantes (dados em 1979)

Gravação: Just The Way You Are - Billy Joel
Álbum: Saturday Night Fever - Bee Gees
Música: Just The Way You Are - Billy Joel 








Falecimentos

Orlando Silva- cantor
Keith Moon - baterista (The Who)
Jacques Brel - cantor
Candeia - compositor
Louis Prima - cantor e trompetista





FILMES

Destaques do Ano:
O Canto de Jimmie Blacksmith - de Fred Schepisi









Os Cinco Venenos - de Chang Cheh











A Árvore dos Tamancos - de Ermanno Olmi 










O Franco Atirador - de Michael Cimino
Grease, Nos Tempos da Brilhantina - de Randal Kleiser








Cinzas do Paraíso - Terrence Malick 










O Despertar dos Mortos - de George A. Romero 









Shao Lin San Shih Liu Fang - de Chia-Liang Liu 









Up In Smoke - de Lou Adler e Tommy Chong










Halloween, A Noite do Terror - de John Carpenter









Oscar (Prêmios dados em 1979)

Melhor Filme: O Franco Atirador

Melhor Direção: Michael Cimino, por o Franco Atirador

Melhor Ator: John Voight por Amargo Regresso

Melhor Atriz: Jane Fonda por Amargo Regresso

Melhor Roteiro Original: Nancy Dowd por Amargo Regresso

Melhor Roteiro Adaptado: Oliver Stone por O Expresso da Meia-Noite



Fontes: Wikipédia e livro 1001 Filmes para ver Antes de Morrer

domingo, 25 de abril de 2010

50 Ob. Revol.-Nº46-Prométhée, le poème du feu-Scriabin

Alexander Scriabin
Para conhecer o projeto “50 OBRAS REVOLUCIONÁRIAS” clique AQUI!
  • 46 – Prométhée, le poème du feu (1908-1910) – Scriabin
Esta foi a última obra orquestral de um grande, embora ainda subestimado, compositor da vanguarda russa. Scriabin havia provocado sensação com sua Terceira Sinfonia (1904), mais conhecida como Poema Divino, que se inspirou na tonalidade ambígua da abertura da ópera Tristão e Isolda de Wagner, embora ousando ir mais longe ao manter as harmonias irreconhecíveis. Com Prometeu, Scriabin revelou um “acorde místico”. Rachmaninof, Sergei Rachmaninoff surpreendido pelo som, perguntou o que era a Scriabin, e este respondeu-lhe que era “o acorde do pleroma” – ou seja, da “plenitude”, um termo gnóstico cristão que abrange todo o domínio do divino, totalmente além do universo físico e da compreensão humana. Os musicólogos ainda discutem a estrutura e a função deste acorde, surpreendente belo apesar de sua dissonância. Foi a partir daqui, sem dúvida, que a progressão diatônica aparentemente inevitável do acorde e da dissonância foi rompida, abrindo caminho para a chamada música “atonal”. Na verdade, o último e incompleto projeto de Scriabin – o Mysterium – empregava totalmente os 12 tons da escala cromática (do, do#,re, re#, mi, fa, fa#, sol, sol#, la, la#, si), antecipando a “descoberta” de Schoenberg da composição em 12 tons em quase uma década.
Influenciados: Stravinsky
Gravação Recomendada: Frankfurt RSO/Kitaienko (RCA)
Texto extraído da Revista Classic CD, nº 19
AUDIÇÃO
Prométhée – com a Orquestra de Kirov
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sexta-feira, 23 de abril de 2010

Educação

An Education, 2009


Direção: Lone Scherfig. Com Carey Mulligan, Peter Sarsgaard, Alfred Molina, Rosamund Paik, Emma Thompson e Olivia Williams.

Indicações ao Oscar 2010: Melhor filme, melhor roteiro adaptado e melhor atriz: Carey Mulligan.

Sinopse: Garota se prepara para entrar na universidade de Oxford com toda dedicação e com o apoio da família. Bonita e inteligente acaba atraindo a atenção de um homem mais velho e sedutor que lhe apresenta um "novo" mundo de prazeres e descobertas fascinantes, que fazem a garota questionar que futuro quer realmente ter.
Essa história é emblemática, é como se fosse uma lição de moral. Jovem de 16 anos, de classe média, tem por objetivo “sugerido” por seus pais estudar com afinco para conseguir ingressar na universidade de Oxford (uma das melhores do mundo). Como a história se passa no início da década de sessenta, dá para afirmar que os pais da menina são “moderninhos”, já que naquela época, o futuro de uma moça ainda era conseguir um bom marido e virar dona de casa. Mas essa conclusão é falsa, esse filme foi feito para os dias de hoje, dias esses em que muito se questiona a validade desse tipo de vida capitalista onde o sucesso é medido por cargos, canudos e pelo tamanho da carteira, coisas apenas obtidas com trabalho obsessivo e árduo – a não ser que se tenha nascido em berço de ouro – com prejuízo no lazer e nos prazeres.
A protagonista Jenny (Carey Mulligan) simboliza aquele perfil de pessoa que tem opinião própria, senso crítico e que questiona o modo como a sociedade é constituída, ou seja, aquela que TEM que se dar mal, pelo menos para os reacionários de plantão, como é o caso dos autores desse filme. Uma das frases que simbolizam isso é quando Jenny argumenta com seu pai, vivido por Alfred Molina, sobre ter “idéias próprias” e ele responde que Oxford (o sistema) não gosta de gente assim. E ela se dá mal quando é atacada em seu ponto fraco: a imaturidade.

Peter Sasgaard é David, um jovem, porém bem mais velho que Jenny, “empreendedor” bem sucedido que se interessa pela menina e a seduz como se fosse um príncipe encantado. Mesmo ela sendo inteligente e vendo certos sinais do caráter duvidoso do rapaz, deixa-se seduzir pela vida noturna, a diversão, concerto musicais, o glamour, Paris! – Aqui outro ponto do conservadorismo louvado pelo filme: os prazeres levam à ruína! – Por quê? Por que uma situação dessa não pode ser verdadeira e levar a um final feliz?

Quando a moça encara o sistema, representado na figura da diretora da escola interpretada por Emma Thompson, a segunda não consegue dar nenhum argumento convincente para deixar claro por que se deve abdicar da “vida” para se dedicar ao estudo-trabalho-trabalho-estudo-morte.  É como se o “tempo dirá”, e disse mesmo, pelo menos nesse filme. A pobre moça é enganada, perde a chance de entrar na faculdade e tem que pedir de joelhos para voltar a se integrar ao mundo dos “certinhos”.
Outra coisa extremamente irritante: a bela Rosamund Pike interpreta uma jovem epicurista, ou seja, uma devota dos prazeres. Por causa disso é retratada como uma ignorante e fútil, deixando claro que “se seus interesses são os prazeres, você é fútil e burro”.

Ora, claro que a vida é dura e que tudo que vem fácil merece desconfiança.  Claro que se deve pensar no futuro e batalhar por ele, mas o que você quer para seu futuro? Obter o sucesso para você o que é? Se for ter muito dinheiro e cargos importantes, faça como o filme ensina: abdique dos prazeres e estude-trabalhe como louco!

Isso tudo me lembra uma história sobre um encontro de Alexandre, O Grande com o filósofo Diógenes: Alexandre avançava com suas tropas quando avistou Diógenes tomando sol ao lado de seu barril, que lhe servia como moradia. Eles conversaram e não me recordo sobre o quê, mas Alexandre ficou tão admirado com Diógenes que lhe perguntou o que ele gostaria de receber do grande Imperador Alexandre. Vendo a oportunidade de atingir a felicidade podendo receber do homem mais poderoso da terra o que quisesse, Diógenes nem precisou pensar muito, apenas pediu para que saísse da frente de seu Sol e o deixasse em paz.

Sobre as indicações ao Oscar, apesar de Carey Mulligan estar bem, é mais uma prova de que este ano foi muito fraco para o cinema.

Nota: 3,5

Veja o trailer

quarta-feira, 21 de abril de 2010

The Scream - Siouxsie & The Banshees

Essa banda passou por duas fases em termos estilísticos: num primeiro momento aderiu ao movimento pós-punk ao lado de bandas como Public Image Ltd., Magazine, Joy Division e outras; e em segundo lugar, evoluiu e se tornou um dos primeiros grupos a difundir o gothic rock ou simplesmente gótico.
Formada por Susan Ballion (vocal), Steve Havoc (baixo), Sid Vicious (bateria) e Marc Perroni (guitarra); abriam shows para os Sex Pistols, banda que “sequestrou” seu baterista para transformá-lo no baixista que não sabia tocar baixo, mas se tornou o maior símbolo do punk como vimos em posts anteriores. Robert Smith do Cure, também foi um integrante dos Banshees.
Susan passou a utilizar o nome artístico de Siouxsie Sioux em referência à tribo indígena norte-americana. The Banshees veio de um programa de televisão que assistiram que tratava de lendas celtas.
Em 1978 gravaram o álbum The Scream com a seguinte formação: Siouxsie (vocal), Steve “Severin” Havoc (baixo), Kenny Morris (bateria) e John McCay (guitarra). Sid Vicious havia saído para entrar nos Pistols e Marc Perroni foi para o Adam and The Ants, banda que tratarei em outro artigo.
A fase gótica iniciaria em 1979, por enquanto vamos curtir o período pós-punk e o álbum The Scream.
Futuramente mais posts sobre o Siouxsie & The Banshees!
The Scream (1978)
the scream
Curiosidades do álbum:
  • Faz a ponte entre o punk e o gótico, combina o “faça você mesmo” com o senso sombrio de drama.
  • Helter Skelter, dos Beatles é a única faixa não original do álbum, embora tenha sido feita uma releitura febril da música.
  • Um atestado de elegância desordenada.
Audição Comentada
Meus destaques em vermelho
01 – Pure
O baixo abre o disco com poucas notas e logo é acompanhado pela guitarra que amplia a ideia. Siouxsie canta à distância fazendo um efeito mórbido.
02 – Jigsaw Feeling
Novamente o baixo inicia. Repete três notas indefinidamente e a guitarra bate um acorde que cresce em intensidade progressivamente até que o canto começa. A harmonia é sombria e econômica.
03 – Overground
A guitarra surge à distância e vai se aproximando até que o baixo copia sua base rítmica e o vocal também entra. Alguns elementos novos surgem nessa música: backing vocals e um teclado grave completando o clima. Como um típico pós-punk, a base harmônica é repetida até o final da música, cansativo.
04 – Carcass
Aqui há mais variação harmônica e o instrumental é (um pouco) mais rico. O canto é muito imaturo, Siouxsie não tem força. Falta muito para chegar no estado elegante e confiante, até intimidador, de discos futuros.
05 – Helter Skelter
Dissonâncias na guitarra, o baixo dá o tom e nele fica, o ritmo começa lento e vai acelerando rapidamente até chegar ao refrão. Uma versão bem original desse clássico do Beatles. Executado em uma tonalidade mais baixa que a original e a melodia está bastante alterada. Interessante.
06 – Mirage
Violão acompanhado da guitarra, uso de síncopa. A melodia é cantada à duas vozes fazendo um efeito sonoro semelhante ao da guitarra + violão. Aqui a pegada está mais para o gótico.
07 – Metal Postcard (Mittageisen)
Nessa Siouxsie aparece com a voz dobrada e já começa a se impor com seu estilo. O ritmo parte para uma espécie de “andante”. As frases são sempre resolvidas para baixo e os acordes são tão fechados que ficam muito próximos da dissonância.
08 – Nicotine Stain
Pós-punk, sem muitas inovações, lugar-comum.
09 – Suburban Relapse
Dois acordes agressivos na guitarra. A linha melódica é criativa e o andamento varia no decorrer da música. Sinistra, trilha sonora de filme de terror!
10 – Switch
Arpejos fazem a base. Um saxofone complementa a harmonia que, nessa música se mostra mais rica. Uma crônica narrada com variações rítmicas. Clima de introspecção e melancolia entremeados alguns extravasamentos.
Texto: Rodrigo Nogueira
Fonte Histórica: Wikipédia
Curiosidades: 1001 discos para ouvir antes de morrer

terça-feira, 20 de abril de 2010

Selo: Blog de Excelência

 

Ser lembrado é bom e ganhar um presente é melhor ainda. Agora, se tudo isso vier de uma pessoa que você considera, admira e respeita; tudo é ampliado.

Falo do meu amigo blogueiro e admirador da música Fábio (vulgo Outsid3r), do Rattlehead Brasil. Presença constante aqui no SONS, FILMES & AFINS, assim como eu, com o maior prazer, estou sempre por lá.

Você que lê esse pequeno artigo - se gosta de rock, principalmente do mais pesado e se interessa em conhecer sempre mais, recomendo que dê uma passada pelo Rattlehead Brasil. O Fabião conhece muito do riscado e quando não sabe alguma coisa, pesquisa de forma criteriosa, sempre apresentando um conteúdo relevante e o faz com nítidas paixão e envolvimento. Não é puxa-saquismo não, falo sinceramente, eu mesmo levo muito em consideração e tenho confiança no que leio por lá! (Aguarde posts sobre rock super-pesado, aqui não existe preconceito!).

Já sobre mim e meu blog, acredito que (ainda) não mereço um atestado de excelência. Estou lutando para chegar lá pois trato de assuntos que me trazem grande prazer: música e filme. Gestos como o do Fábio, alguns convites para parcerias e os números crescentes de visitas e seguidores, sinalizam que estou no caminho certo! De qualquer modo, aceito humildemente o presente do meu amigo Fábio, que sirva de objetivo! Deixarei o selo exposto aqui no blog e sempre que olhar para ele lembrarei em que ponto pretendo chegar: na EXCELÊNCIA!

 

Valeu Fabião!

 

Rodrigo Nogueira
Sons, Filmes & Afins
http://rodmanog.blogspot.com
http://twitter.com/SonsFilmesAfins

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Ambient 1: Music For Airports - Brian Eno

Falar do inglês Brian Peter George St. Jean le Baptiste de la Salle Eno é uma tarefa difícil se for levado em consideração que ele foi a mente por trás de diversos gêneros musicais como o glam rock, o new wave, música ambiente; de diversos artistas e bandas como Roxy Music, Talking Heads, David Bowie, David Byrne, U2, etc.; além de ser respeitado no mundo erudito com seu minimalismo tão bom quanto o de Phillip Glass por exemplo.

Produziu um sem número de novos artistas e promoveu vários eventos que estimularam artistas underground. Fora tudo isso, foi um dos pioneiros no uso e no descobrimento de novas técnicas para o sintetizador e teclados em geral.

Dá para afirmar sem medo de errar que Brian Eno é uma das figuras mais importantes da música do século XX para cá.

O objetivo de hoje é tratar de seu álbum Ambient 1: Music For Airports, de 1978. Desde 1975, Eno flertava com a ideia que a partir deste ponto seria conhecida como música ambiente. A coisa consistia que “a música poderia até ser ignorada e, ao mesmo tempo, teria de ser interessante”. Com essa premissa fez um álbum manifesto onde expõe seu conceito.

Enjoy!

Site Oficial

Ambient 1: Music For Airports (1978)

ambient1

Download: Ambient 1: Music For Airports

Curiosidades do Álbum

  • Quatro peças sem formato definido entram e saem de foco de modo glacial e fantasmagórico mas de tonalidade bem construída.

Audição Comentada

Meus destaques em vermelho

01 – 1/1

Um simples fraseado do piano é repetido inúmeras vezes e alguns acordes graves ressoam ao fundo. Após 2 minutos, o fraseado do piano sofre uma leve variação. As sutis variações da melodia seguem no decorrer, mas o clima nunca muda. Acordes crescentes em tom e força também montam o clima. A partir do sétimo minuto, há uma grande reviravolta: entra uma bateria jazzística e um sampler de sax tenor tocando intervalos progressivos em cima do arranjo inicial criando um contraponto estilístico. Próximo aos 10 minutos, retornamos à calma inicial mas o sax e a bateria apontam abruptamente, rapidamente são banidos e o arranjo inicial impera. Aos 12 minutos surgem acordes abertos que preenchem o ambiente, mas são fugazes. A música termina na tônica concluindo em repouso.

02 – 2/1

A linha melódica simula vozes humanas sobrepostas e monta acordes. Não tem acompanhamento, há um entrelaçamento de sons e pausas. Algumas discretas dissonâncias, no todo, a consonância prevalece.

03 – 1/2

Agora o piano parece querer ousar um pouco mais na construção da música. As “vozes” compõem a harmonia. Um acorde arpejado é o centro da peça, possivelmente de sétima, dá um sentimento de incompletude, mas não foge do tom.

04 – 2/2

Um baixo contínuo, notas com timbres metálicos em diversas alturas se apresentam como se disputassem a supremacia. Uma nota agudíssima aparece eventualmente e espeta como uma agulha os tímpanos, mas ela é quase subliminar, portanto contraditória. As pausas têm caráter fundamental e são a válvula de escape da tensão.

Texto: Rodrigo Nogueira
Fonte Histórica: Wikipédia
Curiosidades: 1001 discos para ouvir antes de morrer

domingo, 18 de abril de 2010

50 Ob. Revol. - Nº 47 - The Unanswered Question - Ives

Charles Ives
Para conhecer o projeto “50 OBRAS REVOLUCIONÁRIAS” clique AQUI!
  • 47 – The Unanswered Question (1906) – Ives
Inteligentemente descrito por Aaron Copland como “um gênio no deserto”, Charles Ives via a música apenas como uma parte (e de pouca importância) de sua vida, acreditando que “todas as coisas são Uma”. Agente de seguros por profissão, em seu “tempo livre” ele produziu uma incrível série de obras-primas “brutas” que não apenas antecipam as complexidades rítmicas de Stravinski e Bartók e as audácias harmônicas de Schoenberg, mas tambem apontam para os surrealismos poliestilísticos da escola francesa do entre-guerras, além das liberdades formais da vanguarda do pós-guerra.
Cordas
Madeiras
cordas





X
madeiras
The Unanswered Question (Pergunta sem resposta) parece englobar toda a problemática de se encontrar uma direção para a música na era pós-romântica, com suas sedutoras harmonias nas cordas questionadas por figurações das madeiras que não mantêm qualquer relação com o material das cordas e, gradativamente, aumentam em urgência. No final – outra das pequenas revoluções de Ives – , se não há qualquer sensação de resolução, quanto mais de terminalidade.
Influenciados: Cowell, Grainger
Gravação Recomendada: Chicago SO/Michael Tilson Thomas (Sony)
Texto extraído da Revista Classic CD, nº 19
AUDIÇÃO
The Unanswered Question
unanswered
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