quarta-feira, 30 de junho de 2010

Breakfast in America - Supertramp


Série Álbuns Históricos 1979 - 19/43
    Ficha corrida da banda:
    Nacionalidade: britânica
    Período de atividades: 1969 a 1988; 1996 a 2002
    Site oficial: http://www.supertramp.com/
    Estilo/Gênero: Rock/Rock progressivo, pop rock
    Álbuns de Estúdio: 11
    Membros em 1979: Roger Hodgson (vocais, guitarra, teclado, baixo, violoncelo, flauta), Dougie Thomsom (baixo, backing vocals), Rick Davies (vocal, teclado, gaita), Bob Siebenberg (bateria, percussão), Dave Winthrope (vocal, marimba).

    Bio - 1ª Parte

    Em um primeiro momento, a banda chamou-se Daddy, era formada por Roger Hodgeson, Rick Davies, Richard Palmer e Robert Millar. O ano era 1969. Inspirados no livro "The Autobiograph of a Super-Tramp" (algo como "a autobiografia de um baita vagabundo"), do escritor WH Davies, o nome da banda foi alterado para Supertramp.

    Álbum de estreia: o mais roqueiro
    O primeiro álbum, de 1970, veio graças a gravadora A&M, que abria uma filial na Inglaterra e, precisando de artistas para integrar sua carteira, escolheu dar uma oportunidade para o Supertramp. O trabalho ficou muito rebuscado e de pouco apelo popular, acabou naufragando. Millar e Palmer decidem desistir da banda e são substituídos por Frank Farrell e Kevin Currie.

    Para o próximo disco, decidem uma abordagem mais comercial, mas sem perder totalmente a alma progressiva. Dessa forma, conseguem atrair um público maior e adquiriram o status de banda cult. Porém os integrantes queriam dar saltos maiores.

    A obra-prima
    Devido a várias discordâncias internas, trocas de membros e elaboração de novas músicas, o grupo só voltaria a gravar em 1973/1974, e valeria a pena, pois estou falando daquele disco que talvez seja a obra-prima do Supertramp: 'Crime of the Century'. Apesar das críticas favoráveis, teve vendagem apenas mediana, assim como os discos seguintes 'Crisis, What Crises?, de 1975 e Even in the Quitest Moments, de 1977.

    Novamente, resolveram "fechar para balanço". Se mudaram para os Estados Unidos e decidiram praticamente abandonar o rock progressivo para compor músicas ao estilo pop vigente. É importante mencionar que apesar da qualidade técnica ter diminuído, ela ainda seria muito superior a maioria dos grupos de pop, principalmente em relação aos arranjos musicais.

    Lançaram apenas singles nos anos de 1977 (após o lançamento de 'Even in a quiet moments' , é claro) e  1978, para testar a aceitação dessa nova mentalidade de trabalho, e como os "testes" foram bem sucedidos, decidem lançar em 1979 o disco que finalmente lhes deu o almejado sucesso: 'Breakfast In America', o maior êxito comercial do Supertramp. Nosso álbum histórico de hoje.

    Breakfast in America (1979)

    Cotações da crítica especializada:
    All Music Guide (0 a 5): 4,5
    Rolling Stone: Favorável

    Escute o disco aqui


    Meus destaques em vermelho:

    01 - Gone Hollywood
    02 - The Logical Song
    03 - Goodbye Stranger
    04 - Breakfast in America
    05 - Oh Darling
    06 - Take The Long Way Home
    07 - Lord is it Mine
    08 - Just Another Nervous Wreck
    09 - Casual Conversations
    10 - Child of Vision

    Texto: Rodrigo Nogueira
    Fonte histórica: Wikipedia

    segunda-feira, 28 de junho de 2010

    Quiet Life - Japan


    Série Álbuns Históricos 1979 - 18/43
      Ficha corrida da banda:
      Nacionalidade: inglesa
      Período de atividades: 1974 a 1982
      Site oficial: não tem
      Estilo/Gênero: Rock/New wave, post-punk, synth-pop
      Álbuns de estúdio: 6
      Membros em 1979: David Sylvian (vocais, teclado, guitarra), Mick Karn (baixo, saxofone, oboé), Rob Dean (guitarra), Steve Jansen (bateria, percussão), Richard Barbieri (teclado)

      Bio - 1ª Parte

      Adolescent Sex
      Seguindo na esteira da primeira fase musical de David Bowie e do Roxy Music, um grupo de amigos, nascidos na Inglaterra, resolve formar um conjunto de glam rock. Apenas depois de quatro anos de existência, e de vários singles lançados, é que conseguiram gravar seu primeiro álbum: 'Adolescent Sex', no mesmo ano de 1978 saiu o segundo: 'Obscure Alternatives'.

      Utilizando um visual produzido e andrógeno, e investindo em canções de forte apelo sexual, atingiram um enorme sucesso no Japão e na Holanda. No restante do mundo foram sumariamente ignorados. A imprensa inglesa os taxava de ultrapassados, pois, conforme o leitor do blog pôde constatar nos artigos postados da produção musical desde 1977, o que mandava na época era o punk, o post-punk e o new wave.

      Obscure Alternatives
      Diante deste quadro, resolvem alterar seu tipo de som para algo mais em voga e, por afinidades, caem de cabeça no new wave. Para ajudá-los, contratam o produtor musical Simon Napier-Bell, que tinha em seu currículo trabalhos com várias bandas, entre elas os Yardbyrds e grupos de pop/new wave.

      As mudanças dão resultado e o álbum de hoje, 'Quiet Life', atinge o público em cheio, levando o Japan ao estrelato.

      Lendo as linhas anteriores, talvez a impressão que fique é que o trabalho da banda é puramente comercial e sem alma, mas o disco apresenta algumas qualidades, que são percebidas pela crítica e o álbum torna-se influência para os grupos que infestaram as rádios na década de 1980, alçando Quiet Life ao patamar de "álbum histórico" e o Japan a precursor do synth-pop.

      Leituras relacionadas:

      Quiet Life (1979)

      Cotações da crítica especializada
      All Music Guide (0 a 5): 4

      Curiosidades do álbum
      • Capta à perfeição a nova onda de romantismo
      • A música All Tomorrow's Party é de Lou Reed
      • Transformou Japan em estrela do pop
      Playlist comentada

      Meus destaques em vermelho

      01 - Quiet Life
      Teclados em profusão, baixo e bateria eletrônica. O vocal não trás nada de excepcional. Até o som da guitarra soa fake. Parece um pré-Duran Duran.

      02 - Fall in Love With Me
      O instrumental gera uma espécie de looping vertiginoso e o vocal é bastante afetado. Não faz muito meu gênero.

      03 - Despair
      A famigerada bateria eletrônica abre a música, mas é seguida de um belo timbre de piano. Um tom melancólico e profundo, e um solo de saxofone que brinca com as dissonâncias. Interessante.
      04 - In vogue
      Um bom trabalho com o baixo fretless e o canto sem muitas frescuras. Claro que o teclado toma conta de quase toda a harmonia. Depressiva, quase gótica, mais ao meu estilo.

      05 - Halloween
      O andamento é um pouco mais rápido. O teclado abusa dos acordes "sombrios", mas o restante da harmonia é alegre... contradição, música confusa. O destaque fica por conta do baixista que mostra qualidade em seu fraseado.
      06 - All Tomorrow's Parties
      Detesto teclado tocando com timbre de saxofone. Perdoe-me Lou Reed, mas não vou destacar essa faixa.
      07 - Alien
      Isso! Destaque para os glissandos do fretless e alguns slaps. 
      08 - The Other Side of Life
      Piano e vocal chorosos, modulações no início de cada verso cantado (frescura extrema). O arranjo ao fundo lembrou o do tema de Titanic (credo!!). Há quem goste, eu não.

      Texto: Rodrigo Nogueira
      Fonte histórica: Wikipedia
      Curiosidades: 1001 discos para ouvir antes de morrer

      sábado, 26 de junho de 2010

      50 Obras Revol.-Nº37-Suíte p/ piano Op.25 - Schoenberg

      Arnold Schoenberg
      Para conhecer o projeto '50 OBRAS REVOLUCIONÁRIAS', clique AQUI!
      • 37 - Suíte para piano , Op. 25 (1921 - 3) - Schoenberg
      Serialismo = música científica?
      Durante a primeira década do século XX, Schoenberg desenvolveu um estilo livremente atonal que subverteu o sistema tonal que domina a música ocidental desde a época de Bach. Mas sua decisiva rejeição da tonalidade só ocorreu depois da Primeira Guerra Mundial, com sua descoberta, ou invenção do serialismo. A primeira obra completamente serial foi a Suíte para piano. A unidade da obra e a igualdade entre todos os 12 tons são obtidas por sua ordenação em uma "série". Isto determina seu aparecimento ao longo da obra - mi sempre seguido de si bemol, por exemplo, e assim por diante. (O Serialismo é claramente explicado em livros sobre Schoenberg da autoria de Malcolm MacDonald e Charles Rosen). Embora possa parecer mecânico, Schoenberg acertadamente insistia que escreveu " composições com as 12 notas, e não composições de 12 notas" - a textura, o timbre e a forma, por exemplo, ainda ficam em aberto. Assim, esta suíte para piano é, ao mesmo tempo, revolucionária e conservadora - como coleção de danças barrocas, ela reflete o neoclassicismo da década de 1920. O Expressionismo é deixado para trás, e o estilo se aproxima de figuras anti-românticas como Hindemith. Mas esta é uma música realmente atraente e as vezes divertida.

      Influenciados: Webern, Berg e quase todos os modernistas do século XX.
      Gravação recomendada: Glenn Gould (Sony)

      Texte extraído da revista Classic CD Nº 19


      AUDIÇÃO

      Suíte para piano Op. 25, com Glenn Gould

      Obs. A coleção de Glenn Gould contém 80 CDs, diponibilizo o CD 22/2 completo. A música revolucionária de hoje aparece em destaque no programa abaixo.

      Programa:

      01. Three Piano Pieces, Op. 11, Track 1    [0:04:11.61]
            Arnold Shoenberg
      02. Three Piano Pieces, Op. 11, Track 2    [0:08:24.56]
            Arnold Shoenberg
      03. Three Piano Pieces, Op. 11, Track 3    [0:02:37.40]
            Arnold Shoenberg
      04. Five Piano Pieces, Op. 23, Track 1    [0:02:37.64]
            Arnold Shoenberg
      05. Five Piano Pieces, Op. 23, Track 2    [0:02:01.32]
            Arnold Shoenberg
      06. Five Piano Pieces, Op. 23, Track 3    [0:04:31.47]
            Arnold Shoenberg
      07. Five Piano Pieces, Op. 23, Track 4    [0:02:49.04]
            Arnold Shoenberg
      08. Five Piano Pieces, Op. 23, Track 5    [0:02:54.23]
            Arnold Shoenberg
      09. Six Little Piano Pieces, Op. 19, Track 1    [0:01:25.37]
            Arnold Shoenberg
      10. Six Little Piano Pieces, Op. 19, Track 2    [0:01:03.11]
            Arnold Shoenberg
      11. Six Little Piano Pieces, Op. 19, Track 3    [0:00:50.50]
            Arnold Shoenberg
      12. Six Little Piano Pieces, Op. 19, Track 4    [0:00:21.14]
            Arnold Shoenberg
      13. Six Little Piano Pieces, Op. 19, Track 5    [0:00:29.47]
            Arnold Shoenberg
      14. Six Little Piano Pieces, Op. 19, Track 6    [0:01:22.01]
            Arnold Shoenberg


      15. Suite for Piano, Op. 25, Track 1    [0:00:54.13]
            Arnold Shoenberg
      16. Suite for Piano, Op. 25, Track 2    [0:08:06.71]
            Arnold Shoenberg
      17. Suite for Piano, Op. 25, Track 3    [0:02:11.56]
            Arnold Shoenberg
      18. Suite for Piano, Op. 25, Track 4    [0:03:52.44]
            Arnold Shoenberg
      19. Suite for Piano, Op. 25, Track 5    [0:02:37.38]
            Arnold Shoenberg



      20. Two Piano Pieces, Op. 33a    [0:02:44.18]
            Arnold Shoenberg
      21. Two Piano Pieces, Op. 33b    [0:04:23.24]
            Arnold Shoenberg

      sexta-feira, 25 de junho de 2010

      O Fantástico Sr. Raposo


      The Fantastic Mr. Fox (2009)


      Direção: Wes Anderson. Com George Clooney, Meryl Streep, Jason Schwartzman, Bill Murray, Michael Gambon, Willen Defoe eOwen Wilson (vozes).

      Sinopse: Senhor Raposo sente falta dos tempos "selvagens" da juventude e busca uma última aventura para quebrar a rotina de "raposa de família" em que se encontra. Só que suas atitudes colocarão em risco toda a existência da comunidade animal da qual faz parte.

      Indicações ao Oscar: Melhor animação e melhor trilha sonora original.

      Atenção: este artigo e os comentários podem conter spoilers!


      Filmado com a antiga técnica de animação stop-motion e visual retrô. Essa animação é uma excelente pedida  para curtir em família.

      O sr. Raposo (George Clooney) e sua esposa Felicity (Meryl Streep), além de namorados, eram companheiros nos assaltos aos galinheiros alheios nos velhos tempos. Quando um dia a coisa dá muito errado, e sr. Raposo descobre que será pai, ele promete a Felicity que nunca mais entraria em arriscadas aventuras e se tornaria um respeitável pai de família. Só que seus instintos falam mais alto e ele não resiste à tentação de invadir as três fazendas vizinhas de sua residência, que tem os proprietários humanos mais cruéis da cidade. Ele é bem sucedido na empreitada, mas a retaliação dos fazendeiros é feroz e coloca em risco a sobrevivência, não só da família Raposo, mas de toda a comunidade de animais que a cerca. Paralelo a isso tudo, tem que lidar com as crises existenciais de seu filho.

      Acho que a humanização de animais para se contar uma história, pode servir para ensinar conceitos importantes para a criançada, porém, para os adultos torna-se uma coisa enfadonha. O Fantástico Sr. Raposo quebra um pouco essa questão por trazer problemáticas dos mundos adolescente e adulto, de modo a provocar a reflexão sobre situações do dia-a-dia e colocar em xeque os relacionamentos sociais que seguem o "padrão de bom comportamento".

      A turma pronta para enfrentar os humanos malvados
      Os animais (incluídos os humanos) são guiados primariamente por instintos, no caso das raposas, o instinto caçador. Privar o indivíduo desses instintos para facilitar o convívio em sociedade ou pelo motivo que for, muitas vezes traz por consequências a insatisfação, a infelicidade e a busca "pelo que falta", que geralmente é substituído por alguma religião (crença), vício ou algum tipo de obsessão. No caso do sr. Raposo, ele simplesmente e inconsequentemente dá vazão a esses instintos que acabam entrando em conflito com o status quo, levando a ele e toda a sociedade ao seu redor à beira do colapso. Normalmente quando um ser humano toma atitude semelhante, acaba preso por ir contra as leis - o que nos trás o dilema: ser natural e um pária ou ser racional, possibilitando o convívio social e uma provável infelicidade como ônus?

      Pelo lado adolescente, aquelas crises existenciais, as comparações com os pais e outros adolescentes próximos, a carência de atenção e reconhecimento dos adultos, etc. O filho do casal Raposo, Ash, demonstra todos esses clichês. Muitos jovens que assistirem esse filme certamente se identificarão com o personagem, que no final acaba mostrando seu valor (outro clichê). Porém, muitas vezes na vida real, não acontece esse tipo de desfecho, transformando jovens problemáticos em adultos problemáticos que infestam as clínicas psiquiátricas e tomam toda sorte de remédios psicotrópicos para "entrarem nos eixos".

      Kyle catatônico
      Filosofias e psicanálises à parte, o filme entretém, ensina e enche os olhos com a quantidade de cores e objetos de cena presentes. George Clooney está perfeito como um senhor Raposo cheio de si, que não ouve ninguém e acaba enfiando os pés pelas mãos, mas sempre conta com a sorte para sair das enrascadas. Destaco também os ótimos personagens do companheiro de aventuras Kyle (Wallace Wolodarski), que de vez em quando "surta" e fica catatônico,  e o guarda-costas da adega de cidra, Rato (Willem Defoe).

      Quanto à indicação ao Oscar 2010 de melhor filme de animação, apesar de ser um bom trabalho, sem dúvida é inferior à Up (que ganhou), mas também à Coraline. Digamos que a concorrência foi boa e recomendo todos os três. Já a trilha sonora está mais para divertida do que para boa, e concordo com a Academia que também deu esse prêmio para a sensível e bem construída trilha de Up.
      Nota: 7 (bom)
        Trailer

        quinta-feira, 24 de junho de 2010

        A Música da Década de 1980



        Criei um blog novo só para a década de 80.


        A década de 1980 não foi a mais importante para a música (esse título é atribuído à década de 1960), também não foi aquela em que a arte no geral teve seu maior esplendor, tampouco trouxe à humanidade a paz mundial.

        Então por que criar um blog para tratar do cenário musical dessa década?

        O primeiro motivo é simples: porque vivi minha infância e parte da adolescência neste período. Mas também porque assim realizo um sonho. Na época, um dos "enlatados" estadunidenses que assistia era 'Jeannie é um Gênio' - não entendia como aquele tonto do Major Nelson não pegava aquele monumento feminino mesmo sendo seu "amo" - e a imaginação rolava solta sobre como seria legal ter um gênio (de preferência como a Jeannie) para realizar meus desejos, e na minha mente pura da época, um desses desejos era que eu tivesse um exemplar de todos os discos musicais lançados no mundo.

        Eu também sonhei com Jeannie
        Se você é meu contemporâneo e conterrâneo, lembrará que não era fácil encontrar os bons discos internacionais, pois muitos nem chegavam ao Brasil. Sem contar que os preços deles eram bem "salgados" se compararmos com os dias de hoje.

        Agora, em pleno século XXI, tenho a oportunidade de obter com certa facilidade, se não todos, muitos dos discos lançados nesse período e convido os amigos leitores que se interessam por música e, em especial a dessa época, a me acompanharem nessa jornada auditiva.

        Os critérios para os discos serem postados são o fato de terem sido lançados nos anos 80 e não serem repugnantes aos meus ouvidos (o que é difícil, pois me julgo um cara de mente aberta no quesito música). Portanto você amigo leitor, encontrará quase de tudo aqui, desde jazz, rock, MPB, blues, pop até os vanguardistas e experimentais.

        A ideia é produzir artigos informativos e opinativos, além de disponibilizar a audição do álbum no próprio blog e, se você me ajudar, debater e dialogar através dos comentários ou através de um fórum que pretendo criar em um segundo momento.

        Já estão programadas mais de 200 discos só para o ano de 1980

        Quer conhecer o blog do projeto? Acesse aqui: 

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        quarta-feira, 23 de junho de 2010

        London Calling - The Clash



        Série Álbuns Históricos 1979 - 17/43
        Ficha corrida da banda
        Nacionalidade: inglesa
        Período de atividades: 1976 a 1986
        Site Oficial: http://www.theclashonline.com
        Estilo/Gênero: Rock/Punk rock
        Álbuns de estúdio: 6
        Membros em 1979: Joe Strummer (vocal e guitarra base), Mick Jones (vocal e guitarra solo), Paul Simonon (baixo e backing vocals) e Topper Headen (bateria e percussão)


        Bio - 1ª Parte
        Black Swan atualmente
        Vindos de outras bandas undergrounds do cenário noturno inglês, os integrantes originais, que já tocavam uma espécie de proto-punk, resolveram se juntar para fazer frente à banda sensação Sex Pistols. Depois de algum tempo para selecionar um vocalista e um baterista, logo fizeram amizade, através de seu empresário, com Malcolm MacLaren e seus protegidos do Sex Pistols, o que proporcionou a primeira apresentação da banda, abrindo o show dos caras. A data foi 4 de julho de 1976 e o local foi o 'Black Swan' da cidade de Sheffield.
        Após a estreia, os integrantes das duas bandas resolveram ir juntos ao clube Dingwalls para ouvirem os precursores do punk, os novaiorquinos Ramones. Lá encontraram seus desafetos da banda The Stranglers e o pau quebrou. Os integrantes do Stranglers eram mais velhos e, apesar de também tocarem punk, não faziam parte da panelinha encabeçada pelos Sex Pistols.
        Fazendo uma auto-crítica, os caras do Clash resolveram que só iriam tocar ao vivo novamente depois de aperfeiçoarem mais seu som e músicas. Um mês depois da primeira apresentação e com algumas canções novas, resolveram se apresentar para um pequeno grupo de amigos e alguns críticos do meio. A recepção foi extremamente positiva e a crítica colocou o Clash no mesmo nível dos Pistols em termos de fúria e estilo, representando uma séria ameaça à supremacia deles.

        29 de agosto daquele ano marcou o retorno da banda e o palco do Screen of the Green ficou pequeno para o desempenho deles, dos Buzzcocks e dos Sex Pistols - o lugar literalmente tremeu e o Clash passou então a ser uma das bandas mais admiradas do punk, estava na hora de gravar o primeiro álbum. Mas antes,  acusado de ser rápido demais na guitarra, Keith Levene foi mandado embora e o Clash que tinha três guitarristas, ficou com dois. Dois anos depois, Levene juntou-se a John Lyndon (vocalista dos Sex Pistols) para formarem a banda post-punk 'Public Image Ltd.', mas aí é outra história.
        No início do ano de 1977 (o chamado "Ano Punk"), a juventude inglesa estava totalmente contaminada pelo movimento punk, e os empresários das gravadoras viram uma ótima oportunidade de ganhar dinheiro, então começou uma corrida para apanharem o máximo de bandas para seus selos e o The Clash era uma das favoritas. Fecharam com CBS e o primeiro disco foi para as lojas em abril de 1977. Esse disco histórico ganhou um artigo aqui no blog só para ele, confira no link abaixo.
        Apesar do enorme vendagem na Inglaterra, o primeiro disco do Clash não foi lançado nos EUA sob a alegação de ser muito pesado. Diante disso, os empresários "sugeriram" à banda que fizesse um segundo álbum mais leve, com o objetivo de penetrar no maior mercado consumidor do mundo e foram atendidos; em 1978 saiu o pasteurizado 'Give 'Em Enough Rope', que escancarou as portas dos EUA e levou a banda ao mainstream, à turnês bem sucedidas e às paradas de sucesso.

        Nos álbuns citados,algumas experimentações foram feitas com misturas de gêneros musicais que chegaram ao auge em 1979 com o lançamento do álbum 'London Calling'. Ritmos como o ska, o reggae e o rockabilly foram incorporados ao punk e as letras passaram a tratar de política. Mesmo os integrantes da banda não tendo muito conhecimento nessa área, deram vazão à revolta popular, apesar de não estarem teoricamente bem fundamentados.

        O disco é tão inspirado que é considerado uma obra-prima do rock. Item obrigatório para todo fã do estilo e uma peça imortal, confira a opinião da crítica logo abaixo.


        London Calling (1979)


        Cotações da crítica especializada
        All Music Guide(0 a 5): 5
        PopMatters: muito favorável
        Pitchfork (0 a 10): 10
        Mojo (0 a 5): 5
        Blender (0 a 5): 5
        Rolling Stone (0 a 5): 5
        Robert Christgau: A+
        Paste (0 a 5): 5
        Punknews.org (0 a 5): 5

        Curiosidades do álbum
        • Foi o testamento definitivo da banda, depois do manifesto punk de seu primeiro álbum
        • Atribui-se muito dos méritos dele ao produtor Guy Stevens que soube extrair todo o potencial da banda.
        • A capa é quase uma cópia da do primeiro álbum de Elvis Presley, mas a imagem de Simonon prestes a quebrar o baixo deixa bem clara a alma punk do disco.
        • É um dos raros discos que tem o poder de definir sua época e mostram seus criadores no auge do talento.
        • Foi lançado como um álbum duplo.

        Audição comentada


        Meus destaques em vermelho 



        01 - London Calling
        Guitarra ritmada, andamento moderado e baixo independente. A guitarra torna-se sincopada e depois varia novamente para ritmada.

        02 - Brand New Cadillac
        Um rockabilly com vocal poderoso. Contracantos da guitarra e solos de puro rock'n' roll.

        03 - Jimmy Jazz
        Apenas uma guitarra longínqua e assobios. O canto entra lamentoso e o ritmo é daqueles que servem para acompanhar sapateados. O ritmo é alterado para o blues e instrumentos de sopro compõem a harmonia. O solo é do sax tenor. Uma composição curiosa vinda de uma banda punk.

        04 - Hateful
        Uma composição interessante de ritmo quebrado com temática punk.

        05 -  Rudie Can't Fail
        O contracanto vem agora dos sopros. O canto brinca de pergunta e resposta. Sem dúvida fica nítida a originalidade do The Clash.

        06 - Spanish Bombs
        Uma bela melodia inspirada diretamente nos anos 50 e seus encadeamentos de meios-tons.

        07 - The Right Profile
        Guitarras em stacatto acompanhando o ritmo da bateria, muito sopros e sax matador.

        08 - Lost in the Supermarket
        Mais próxima do pop, mas ainda assim interessante.

        09 - Clampdown
        10 - The Guns of Brixton
        11 - Wrong 'Em Boyo'
        12 - Death or Glory
        13 - Koka Kola
        14 - The Card Cheat
        15 - Lover's Rock
        16 - Four Horsemen
        17 - I'm not Down
        18 - Revolution Rock
        19 - Train in Vain

        Texto: Rodrigo Nogueira
        Fonte histórica: Wikipedia
        Curiosidades: 1001 discos para ouvir antes de morrer

        segunda-feira, 21 de junho de 2010

        Cinema Transcedental - Caetano Veloso


        Série Álbuns Históricos 1979 - 16/43
        Ficha corrida do cara
        Nome Completo: Caetano Emanuel Vianna Telles Veloso

        Nacionalidade: brasileiro.
        Período de atividades: desde 1967.
        Site Oficial: http://www.caetanoveloso.com.br
        Estilo/Gênero: MPB/tropicália
        Álbuns de estúdio: 33 até agora.

        Bio - 1ª Parte

        Nascido em 1942 na Bahia, Caetano sempre se interessou pela arte popular e, desde criança esteve envolvido com os fortes movimentos de sua região. Iniciou na música influenciado pelo grande João Gilberto, homem responsável por mudar quase toda a estética musical brasileira e transformá-la no que é hoje.

        No começo foi compositor, abastecia sua irmã Maria Bethânia e Gal Costa com várias jóias que hoje fazem parte do repertório clássico da MPB. Resolveu se lançar como cantor em 1965, quando lançou um single que continha as músicas 'Cavaleiro' e 'Guerra e Paz'. O primeiro álbum foi 'Domingo', de 1967, em parceria com Gal Costa e ainda inspirado na bossa nova. Vários prêmios foram dados ao trabalho, inclusive o de melhor letra para a música 'Coração Vagabundo'.

        No ano seguinte, Caetano liderou um movimento musical que iria desconstruir para depois reconstruir a música brasileira, surgia a Tropicália. Recheado de músicas como 'Alegria, Alegria', 'Tropicália' e 'Superbacana', o disco 'Caetano Veloso' foi um dos mais revolucionários da história da música brasileira.

        Na década de 1970, foi perseguido, preso e exilado pela ditadira brasileira. Foi para a Inglaterra, onde bebeu muito da música revolucionária existente por lá e voltou renovado e com a mente cheia de ideias musicais que foram colocadas em prática nos diversos álbuns lançados no período, como por exemplo: 'Tropicália', 'Transa', 'Araçá Azul', 'Jóia', 'Qualquer Coisa', Doces Bárbaros', 'Bicho', entre outros.

        A história de Caetano é muito rica e ampla, consta aqui apenas um mínimo resumo de sua trajetória até o ano de 1979. Outros artigos virão para tratar desse grande nome da música mundial. Para se ter uma ideia da importância de Caetano, transcrevo abaixo o que escreveu sobre ele o renamoado crítico da revista 'Time Out' e da BBC de Londres John Lewis: "Se alguém tentar explicar ao público anglo-americano quem é Caetano Veloso, vai acabar construindo um híbrido de Brian Wilson, Stevie Wonder, Bob Dylan, Syd Barret, John Lennon e Bob Marley. O mundo pop de língua inglesa não tem um Caetano Veloso e é provavelmente por isso que gente como Beck, Kurt Cobain e David Byrne o idolátra".

        Hoje, convido o caro leitor a apreciar comigo o disco Cinema Transcedental, de 1979.

        Cinema Transcendental (1979)

        Cotações da crítica especializada
        All Music Guide (0 a 5):

        Audição Comentada


        Meus destaques em vermelho


        01 - Lua de São Jorge
        Acompanhado por dois violões, Caetano introduz com a voz suave à lá João Gilberto. Na sequência a banda se apresenta com um animado ritmo típico brasileiro.

        02 - Oração ao Tempo
        Percussão, violão e sanfona. Que beleza de melodia!
         
        03 - Beleza Pura
        Novamente a percussão. Um baixo swingado segura a base. Backing vocal feminino. Mudanças abruptas de andamento enriquecem ainda mais a música. Letra ousada.

        04 - Menino do Rio
        Apesar de ser um pop descarado, quem que viveu no Brasil nos anos 80 pode dizer que não curtiu esse som, ainda mais se assistiu o filme do qual essa música faz parte da trilha sonora?
        05 - Vampiro
        Apenas voz, o violão e o talento interpretativo gigante de Caetano. 

        06 - Elegia
        Um agradável bolero de letra safadinha.
        07 - Trilhos Urbanas
        Um baião de andamento lento com nuances de fusion. Ótima.

        08 - Louco por Você
        Guitarra semi-acústica, baixo, bateria e o canto perfeito utilizando ornamentação oriental.  Só é desnecessário o efeito utilizado na segunda guitarra. Ainda assim um destaque.

        09 - Cajuína
        Mais uma em ritmo nordestino, com direito a triângulo e tudo.
        10 - Aracaju
        A melodia é dobrada com uma flauta doce e a voz. Uma faixa bem enraizada na estética popular brasileira. Interessante.

        11 - Badauê
        Música de roda, quase à capela. Mais uma "de raíz".
        12 - Os Meninos Dançam
        Um interessante trabalho experimental. Uma poesia cantada com jogos de palavras.


        Texto: Rodrigo Nogueira
        Fonte histórica: Wikipedia

        domingo, 20 de junho de 2010

        50 Obras Revol. - Nº 38 - V Livro de Madrigais - Gesualdo

        D. Carlo Gesualdo
        Para conhecer o projeto "50 OBRAS REVOLUCIONÁRIAS", clique AQUI!
        • 38 - Quinto Livro de Madrigais (1611) - Gesualdo
        Apesar das vantagens da riqueza, poder, talento e origem nobre, a vida de Carlo Gesualdo não foi totalmente invejável. Seus dois casamentos foram infelizes (ele terminou o primeiro matando a esposa e seu amante) e seus filhos (um de cada mulher) morreram jovens. Ele sofria de uma doença que lhe causava profunda depressão e um comportamento violento, e chegava a se flagelar durante ataques de culpa. O quinto livro de madrigais a cinco vozes (escrito por volta de 1596) pode ter-se beneficiado da influência dos primeiros dias mais felizes de seu segundo casamento, mas os demônios nunca estavam muito longe dele. Os textos falam de todos os tormentos usuais do amor não correspondido, com seu impacto emotivo intensificado por um ousado tratamento da harmonia, envolvendo um certo cromatismo que seria inigualado durante séculos. Com o terceiro livro, Gesualdo começou a desenvolver um estilo de menor originalidade, mas esta quinta coleção realmente faz dele algo à parte.

        Influenciados: Nenhum verdadeiro seguidor, mas paralelos podem ser detectados em Debussy
        Gravação Recomendada: Metamorphoses (Arion)
        Texto extraído da revista Classic CD nº 19

        AUDIÇÃO 
        V Livro de Madrigais, com Collegium Vocale Köln

        Book V (Madrigali libro quinto), five voices, Gesualdo, 1611
        1. Asciugate i begli occhi
        2. Correte, amanti, a prova
        3. Deh, coprite il bel seno (Ridolfo Arlotti)
        4. Dolcissima mia vita
        5. Felicissimo sonno
        6. Gioite voi col canto
        7. Itene, o miei sospiri
        8. Languisce al fin chi da la vita parte
        9. Mercè grido piangendo
        10. Occhi del mio cor vita (Guarini)
        11. O dolorosa gioia
        12. O tenebroso giorno
        13. O voi, troppo felici
        14. Poichè l'avida sete
        15. Qual fora, donna, undolce 'Ohimè'
        16. Se tu fuggi, io non resto
        17. Se vi duol il mio duolo
        18. S'io non miro non moro
        19. T'amo mia vita, la mia cara vita (Guarini)
        20. Tu m'uccidi, oh crudele

        sexta-feira, 18 de junho de 2010

        A Caixa


        The Box (2009)


        Direção: Richard Kelly. Com Cameron Diaz, James Marsden e Frank Langella.

        Sinopse: Homem misterioso aparece na residência de um casal de classe média fazendo uma inusitada oferta: se eles aceitarem apertar um botão de uma estranha caixa, ganharão 1 milhão de dólares, porém uma pessoa que eles não conhecem morrerá. Além do conflito moral, o casal terá de arcar com as consequências de sua escolha, seja ela qual for.

        Atenção: o artigo contém spoilers!


        A história é baseada em um conto de ficção científica e é ambientada no ano de 1976 - aqui os primeiros méritos do filme: cenário e figurino brilhantes. Em princípio, tudo se baseia no casal Arthur (um engenheiro da NASA) e Norma (professora), porém, com o desenrolar, percebemos que eles nada mais são do que apenas uma pequena parte de um complexo quebra-cabeças que envolve governo e entidades desconhecidas.

        Diaz em um raro bom papel
        Tudo começa quando a família recebe a visita e a proposta de um elegante e distinto estranho que se diz chamar Mr. Steward. Como citado na sinopse, eles devem decidir se apertam ou não o botão da caixa. A decisão não é tão simples, pois eventos ocorrem naquele dia que colocam o casal em uma situação financeira delicada e ainda existe a dúvida quanto ao fato de que Steward esteja falando sério sobre a morte de uma pessoa em consequência de um simples apertar de botão de uma caixa vazia. Aqui temos um interessante conflito entre moral e necessidades, que proporciona inteligentes diálogos.

        Depois que a decisão é tomada, é acionada uma série de "engrenagens" e percebemos a existência de um plano muito mais amplo, com direito a crimes, conspirações, ciência e magia, que deixa a história ainda mais intrigante e envolvente.


        Langella - ótimo mais uma vez
        Existem alguns probleminhas na montagem, mas a direção está muito boa, principalmente a dos atores. Cameron Diaz, em um raro bom papel, não decepciona, assim como o fraco Marsden que interpreta sem comprometer. O destaque cabe ao fora-de-série Frank Langella que, com suas sutilezas e contundência toma conta de todas as cenas.


        Apesar dos (poucos) clichês, o texto é muito criativo. É o tipo do filme em que vale a pena assistir acompanhado no intuito de compartilhar as ideias para proporcionar o entendimento - voltar as cenas para observar melhor os detalhes também vale!


        Não entro nos pormenores da trama para não prejudicar a diversão, mas adianto que os fãs das séries de mistério como Lost ou Arquivo X poderão gostar muito. Por outro lado, aqueles que sempre esperam um final didático, ou os que têm preguiça de raciocínio, irão odiar.


        Nota: 8 (muito bom)


        quarta-feira, 16 de junho de 2010

        Lovedrive - Scorpions


        Série Álbuns Históricos 1979 - 15/43
        Ficha corrida da banda
        Nacionalidade: Alemã
        Período de atividades: 1965 - 2010 (pelo menos anunciaram o fim)
        Site oficial: www.the-scorpions.com
        Estilo/Gênero: hard rock, heavy metal
        Álbuns de estúdio: 17
        Membros em 1979: Klaus Meine (vocal), Rudolf Schenker (guitarra), Michael Schenker (guitarra), Francis Buchholz (baixo, backing vocals), Herman Rarebell (bateria, percussão, backing vocals).

        Bio - 1ª Parte
        O fundador da banda, em 1965, foi o guitarrista Rudolph Schenker, que no início também encarava os vocais. Os Scorpions faziam o circuito noturno da cidade de Hannover, Alemanha, mas sem chamar tanta a atenção. A coisa começou mesmo a engrenar a partir de 1969 quando entraram para o grupo o irmão de Rudolph, Michael Schenker e o vocalista Klaus Meine - que para mim, com a morte de Dio, assume o posto de melhor voz do hard rock/heavy metal. Completaram o grupo Lothar Heimberg (baixo) e Wolfgang Dziony (bateria).

        O primeiro álbum veio em 1972: 'Lonesome Crow', que dividiu opiniões na crítica, mas que proporcionou uma turnê ao lado da banda britânica UFO. Próximo do final da turnê, Michael Schenker foi convidado para integrar a banda UFO, que já era consagrada. Ele aceitou prontamente, forçando seus amigos de Scorpions a convocar em caráter de urgência o amigo Uli Roth, guitarrista da "Dawn Road".

        Finalizada a turnê, Uli Roth foi convidado a permanecer no Scorpions, mas este se recusou. Os integrantes remanescentes resolveram então acabar com a banda em 1973.

        Uli Roth devolveu o convite para Rudolph Schenker e este entrou para a Dawn Road levando consigo o vocalista Klaus Meine. O line up ficou os três, mais o baixista Francis Buchholz, o tecladista Archin Kirschning e o baterista Jürgen Rosenthal. Todos optaram por substituir o nome da banda para 'Scorpions', pois este era um nome mais conhecido no circuito hard rock alemão. Assim a Dawn Road transformou-se no novo Scorpions.

        O primeiro disco com a nova formação veio em 1974, foi 'Fly to the Raimbow', que mostrava um som mais maduro e influenciado pelo heavy metal nascente que vinha do Black Sabbath.

        Logo após as gravações, o tecladista Archin Kirschning e o baterista Jürgen Rosenthal, por motivos diversos, resolvem abandonar o grupo (Rosenthal se juntaria a banda Eloy dois anos depois) e foi substituído por Rudy Lenners na batera. Optaram por não inserir um novo tecladista.

        Em 1975, com o apoio do tarimbado produtor  Dieter Dierks, saiu o disco 'In Trance' e mais um passo foi dado para atingir o sucesso, mas ele ainda não veio plenamente, apesar da crítica ter adorado. O nome Scorpions passou a ser uma referência para os fãs de hard rock e heavy metal, tanto na Alemanha como em outros países, mas eles ainda se mantinham na cena underground.

        Aproveitando o apoio de vários fãs sedentos por mais, a banda lança em 1976 o polêmico 'Virgin Killers', que trazia em sua capa uma menina que nem tinha entrado na adolescência, totalmente nua. Claro que muitos locais censuraram a capa e muita celeuma foi criada. Afora isso, as músicas partiram para um rumo mais comercial, mas ainda sem perder qualidade. Pouco depois, Lenners, que tinha acabado de entrar, por motivo de (falta de) saúde, teve que sair e foi substituído por Herman Harebell.

        O álbum 'Taken by Force', lançado em 1978 foi o pior até aqui. Apelava escancaradamente para tentar atingir o sucesso. Muito esforço foi feito para que a faixa "Steamrock Fever" estourasse nas rádios, inclusive um álbum ao vivo caça-níquel, gravado no Japão (Tokyo Tapes). Uli Roth achou tudo aquilo uma merda e caiu fora para formar outra banda chamada "Electric Sun". Depois de várias audições com diversos guitarristas, Matthias Jabs foi o escolhido. Outra coisa que mudou foi a gravadora, trocaram a RCA para a Mercury (nos EUA) e EMI (no resto do mundo).

         Lembra de Michael Schenker? Aquele guitarrista que abandonou a banda no meio da turnê para se tornar integrante do UFO? Pois é, ele foi expulso de lá por causa das bebedeiras e pediu para voltar. Como o irmão dele era o dono da banda, ele voltou e mandaram embora o pobre do Matthias Jabs que tinha acabado de entrar. Só que Michael dava muito trabalho faltando em ensaios e shows, então, chamaram de volta o Jabs para cubrir as ausências do guitarrista problema.

        No meio desse clima maluco, todos, inclusive Jabs, participaram das composições e gravações do álbum que finalmente levaria o Scorpions ao estrelato: 'Lovedrive'. A história segue, mas façamos uma pausa para observar melhor este disco histórico.

        Lovedrive (1979)

        Cotações da crítica especializada
        Allmusic (0 a 5): 4,5

        Audição comentada

        Meus destaques em vermelho

        01 - Loving You Sunday Morning
        Duas guitarras fazem o arpejo inicial, uma no agudo outra no grave, as duas têm uma leve defasagem de tempo uma com relação a outra. Após o riff inicial entra o vocal poderoso e qualificado de Klaus Maine. A estrutura é a de um hard rock com introdução, tema, ponte, refrão, tema, ponte, solo, tema, refrão e cadência. Muito boa, apesar de conter um certo "rebolado".

        02 - Another Piece Of Meat
        Pisamos no acelerador! Alguns efeitos eletrônicos e tome heavy metal! Guitarra no contracanto e vocal nas alturas. Essa fase pré-farofa do Scorpions é ótima, pena que se perderam alguns anos depois...

        03 - Always Somewhere
        Arpejos com a guitarra limpa e bateria em andamento médio. A guitarra solo introduz o canto que vem em forma de balada com altas doses de glicose e vários Uhs! e Ahs! Aqui os primeiros sinais da farofada, dispensável (as menininhas talvez gostem dessa).

        04 - Coast To Coast
        Acordes em escala de blues e baixo independente. O andamento é médio e o tema é formado por um belo encadeamento de acordes. Solos alternados entre as guitarras e um teclado segura a base bem ao fundo. Instrumental.

        05 - Can't Get Enough
        Voltamos ao peso, acordes selvagens invadem a mente, o canto soa dobrado e a emoção genuína surge com solos de guitarra escarrados. Show.

        06 - Is There Anybody There?
        Guitarra sincopada? O que é isso, reggae??? Ah Ah Ahs???? Pule de faixa correndo!

        07 - Lovedrive
        Baixo cavalgado, acordes como raios e vocal como o trovão. Refrão, solos e riffs  inspirados. Hit certo.

        08 - Holiday 
        Mais uma baladinha caramelizada. Preparem-se amigos e amigas, a fase farofa da banda se aproxima! Fechar o disco com essa trilha já era um prenúncio do que viria nos próximos, mas calma, ainda não é o fim, algumas coisas ainda poderão ser salvas desse barco furado, o Scorpions ainda lançaria um bom álbum: Blackout! Aguardem em uma postagem futura.

        Texto: Rodrigo Nogueira
        Fonte histórica: Wikipedia 

        segunda-feira, 14 de junho de 2010

        The Undertones


        Série Álbuns Históricos 1979 - 14/43
        Ficha Corrida da Banda
        Nacionalidade: Britânica (Irlanda do Norte)
        Período de atividades: 1975 - 1983; 1999 - presente.
        Site oficial: www.theundertones.com
        Estilo/Gênero: Rock/Punk rock, power pop
        Álbuns de estúdio: 6
        Membros em 1979: Feargal Sharkey (vocais), John O'Neill (guitarra), Demian O'Neill (guitarra, teclado, backing vocals), Michael Bradley (baixo, backing vocals), Billy Doherty (bateria).

        Bio - 1ª Parte

        Em 1975, um grupo de amigos em Derry, Irlanda do Norte, resolve se juntar para tocar na garagem alguns covers das bandas que amavam, como os Beatles. Pouco depois já estavam se apresentando amadoramente sob o nome de 'The Hot Rods', em pequenos clubes e paróquias.

        Com o advento do punk em 1976, eles resolveram mudar sua pegada influenciados pelo som de Sex Pistols, Buzzcocks e, principalmente por causa dos Ramones, reformando a banda em sua sonoridade. Para sacramentar, também trocaram o nome para 'The Undertones'.
        Casbah
        No ano seguinte, já com material próprio, conseguiram tocar em alguns bares mais conhecidos do cenário punk como o Casbah (que mais tarde receberia uma composição em sua homenagem), mas o cachê era muito baixo para que conseguissem ao menos gravar uma demo. Com a ajuda de bandas amigas, alçaram voos maiores se apresentando em outras cidades, e desse modo, foram aperfeiçoando sua música e performance, até que em 1978 conseguiram gravar sua demo e a enviaram para diversas gravadoras. Infelizmente todas recusaram dar uma chance para os Undertones. Então, mudaram de estratégia e mandaram a fita para as rádios.

        'Teenage Kick' foi a música favorita de John Peel
        O DJ John Peel, da BBC adorou e os convidou para tocar na rádio. Logo em seguida, ofereceu bancar sessões de gravação em um estúdio em Belfast, de onde nasceu o EP que continha 'Teenage Kicks', além de mais três músicas. Peel apoiou a banda executando o EP em seus programas até que despertou o interesse da gravadora Sire que resolveu propor um contrato de cinco anos à banda.

        Em poucos meses, já estavam se apresentando no popular programa de TV 'Top of the Pops' e fazendo turnês pela Inglaterra.

        Em janeiro de 1979, se fecharam no estúdio para gravar seu primeiro álbum, o qual apreciaremos hoje. As músicas que o compoem são todas honestas histórias de adolescentes para adolescentes. Diferentemente de outras bandas punk, os Undertones não eram engajados em causas "adultas" e nem pregavam a fúria sem sentido, buscavam falar dos dramas da pessoa comum, principalmente dos problemas da juventude. Tinham uma postura humilde e seu figurino era até comportado para os padrões do gênero.

        O álbum teve uma resposta muito boa da crítica especializada e motivou uma turnê ao lado do Clash, que percorreu os EUA. Eles estavam próximos de atingir o sucesso - não perca a continuação dessa história em um artigo futuro!

        The Undertones (1979)


        Cotações da crítica especializada
        Allmusic (0 a 5): 4,5
        Robert Christgau: B+

        Curiosidades do álbum
        • Garotas, fins de semana, uma excitação afobada, grandes planos... é sobre tudo isso que tratam as músicas.
        • John Peel achava 'Teenage Kick' sua música favorita de todos os tempos.
         Audição comentada

        Meus destaques em vermelho 

        01 - Family Entertainment 
        Um riff de 3 acordes na primeira guitarra e outro diferente com a segunda, a bateria e o baixo  apenas conduzem sem grandes variações.
         
        02 - Girls Don't Like It
        Passos, e um diálogo entre duas garotas. A banda entra e o som mostra bastante influências do rock dos anos 60. Simplicidade é a regra.

        03 - Male Model
        Riff ligeiro e a coisa parece um cover dos Ramones, inclusive com a utilização frequente de "I wanna..."

        04 - I Gotta Getta
        Um agradável riff e uma voz mais limpa. A estrutura é um pouco mais elaborada com introdução, estrofe, ponte, refrão e variação.

        05 - Teenage Kicks 
        Guitarras pesadas, "I wanna...", um vocal legal, um ritmo cadenciado. Boa.

        06 - Wrong Way
        Mais velocidade, canto marcado, backing vocals legais e contracantos de um teclado. 
         
        07 - Jump Boys 
        Animação e bom trabalho vocal que nos remete aos anos 60 dos Beach Boys. Com direito a solinhos de guitarra e de baixo.

        08 - Here Comes The Summer
        Sempre três acordes, tecladinho safado e velocidade. Divertida e despretensiosa.

        09 - Get Over You 
        Muito bom! A maneira de cantar é totalmente diferente das anteriores. A bateria faz algumas variações interessantes e a  influência parece ser o rockabilly.

        10 - Billy's Third
        Reverb na guitarra e vocal angustiante. Alguma coisa de hardcore mas sem tanto peso.

        11 - Jimmy Jimmy
        Mais um rockinho comportado que aborda a historinha do tal Jimmy.

        12 - True Confessions
        O baixão abre com três notas seguido de um acorde martelado na guitarra. Canto marcado novamente e backing vocals ridículos no refrão.

        13 - Runaround (She's A)
        Quase uma surf music de letra engraçadinha.

        14 - I Know A Girl
        Aqui sim lembra um punk, mas sem fúria. Uma interessante variação do tema no meio da música.

        15 - Linstening In
        As guitarras trabalham melhor aqui tocando em terças e o tema é animado, mas ainda bem comportado.

        16 - Casbah Rock 
        49 segundos com qualidade de gravação muito baixa, parece mono. Só para arrematar.

        Texto: Rodrigo Nogueira
        Fonte histórica: Wikipedia
        Curiosidades: 1001 discos para ouvir antes de morrer
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