Elis Regina, simplesmente a maior cantora que o Brasil já viu.
Durante os anos 70, aprimorou constantemente a técnica e domínio vocal, registrando em discos de grande qualidade técnica parte do melhor de sua geração de músicos.
Patrocinada pele Philips na mostra Phono 73, com vários outros artistas, deparou-se com uma platéia fria e indiferente, distância quebrada com a calorosa apresentação de Caetano Velos: “Respeitem a maior cantora desta terra”. Em julho lançou o álbum Elis.
Em 1975, com o espetáculo Falso Brilhante, que mais tarde originou um disco homônimo, atinge enorme sucesso, ficando mais de um ano em cartaz e realizando quase 300 apresentações. Lendário, tornou-se um dos mais bem sucedidos espetáculos da história da música nacional e um marco definitivo da carreira. Ainda teve grande êxito com o espetáculo Transversal do Tempo, em 1978, de um clima extremamente político e tenso; o Essa Mulher, em 1979, direção de Oswaldo Mendes, que estreou no Anhembi em São Paulo e excursionou pelo Brasil no lançamento do disco homônimo em 1980, sucesso de crítica e público pela originalidade, tanto nas canções quanto nos números com dançarinos amadores, direção de Ademar Guerra e coreografia de Márika Gidali (Ballet Stagium); e finalmente o último espetáculo, Trem Azul, em 1981, direção de Fernando Faro. Data desta época a frase: Neste país só duas cantam: Gal (Costa) e eu. Também desta época (1978) é a gravação do álbum que trago neste post, que trouxe para a cantora o reconhecimento internacional.
Causando grande comoção nacional, faleceu aos 36 anos de idade em 19 de janeiro de 1982, devido a complicações decorrentes de uma overdose de cocaína, tranquilizantes e bebida alcoólica. Foi sepultada no cemitério do Morumbi.
Para saber mais sobre Elis, leia também o post do excelente blog de minha amiga Mara do Pintando Música.
Vento De Maio (1978)
Download:Vento de Maio
OUÇA AS FAIXAS E COMPARE COM A ANÁLISE MUSICAL:
DESTAQUES EM VERMELHO
01 – Vento de Maio
00:00 – um belo arranjo orquestrado e um violão em destaque introduzem; 00:19 – a bela voz da estrela apenas acompanhada pelos arpegios do violão; 00:28 – volta o arranjo, reparem na linha de baixo; 01:13 – o violão fica isolado, após, o arranjo da orquestra com as cordas em stacatto mudam a cara da música para destacar ainda mais a voz que se solta e vai até a região mais alta da mezzo-soprano fazendo um verdadeiro solo; 02:29 – começa um arranjo vocal acompanhado do teclado.
02 – Sai Dessa
Num tom mais descontraído, na cadência do samba, é apresentada a segunda faixa.
03 – Tiro ao Álvaro
00:00 – acompanhada do cavaquinho, uma voz masculina e envelhecida (Adoniram Barbosa, o compositor), abre esse samba de breque; 00:15 – entra Elis. É feito o dueto sustentado pelo regional (cavaquinho, violão sete cordas e percussão). Um clássico da música popular brasileira!
04 – Só Deus Quem Sabe
Easy listening que mostra um lado mais intimista da cantora.
05 – O Que Foi Feito de Vera
Arranjo vocal ascendente ao fundo, o violão e Elis num tom menor. O refrão é exultante, a harmonia é limpíssima; 02:00 – a bateria eleva! Entra mais um monstro sagrado: Milton Nascimento, acompanhem Elis maravilhosa ao fundo. Espetacular! Praticamente uma ode indígena que penetra na alma.
06 – Nova Estação
Bolero moderno, destaque para o xilofone e para as dissonâncias vocais colocadas com extremo bom gosto.
07 – Calcanhar de Aquiles
Latin jazz, reparem o domínio da voz de Elis principalmente no refrão.
08 – Outro Cais
Um canto de ninfa.
09 – Rebento
Elis acompanhada apenas do piano. Vocal contido na maior parte da música.
10 – O Trem Azul
Fenomenal interpretação deste clássico de Lô Borges. A versão definitiva da música.
11 – O Medo de Amar O Medo de ser Livre
Apesar de boa performance, nem Elis consegue salvar essa peça medíocre.
12 – Se Eu Quiser Falar com Deus
Elis canta essa consagrada música de Gilberto Gil prestando homenagem às cantoras antigas da época do rádio, abusando no vibratto.
13 – Aprendendo a Jogar
Funk formidável acrescido do colorido brasileiro, com a participação do grupo vocal Boca Livre e letra irreverente de Guilherme Arantes que brinca com os ditados populares.
Análise Musical: Rodrigo Nogueira
Fonte Histórica: Wikipédia
Curiosidades: 1001 discos para ouvir antes de morrer
‘té mais!
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