sábado, 31 de outubro de 2009

Fatal, Elegy (2008)

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Direção: Isabel Coixet. Com Penelope Cruz, Ben Kingsley e Dennis Hopper.

Erudito, próximo dos 70 anos, prega e leva uma vida regada a prazeres e se envolve com aluna madura e fascinante. Acaba envolvido de tal forma que chega a rever seus conceitos.
Estamos diante de um ótimo filme. Roteiro interessante e atuações de primeira que nos remete a várias reflexões.
A personagem de Ben Kingsley é fascinante, professor universitário que passa amor por ensinar e pelo que ensina. Admirável seu gosto por arte e sua filosofia de vida.
Por esses e outros motivos, torna natural e convincente a paixão de uma moça inteligente (Penelope Cruz), mas 30 anos mais jovem, por seu professor.
A admiração e paixão tornam-se mútuas, apesar de que, segundo a personagem de Dennis Hopper, “as mulheres lindas são invisíveis. Sua beleza chama tanta a atenção que não conseguimos ver como elas são na realidade”.
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Dennis Hopper, aliás vale ressaltar, está ótimo como o melhor amigo poeta de Ben Kingsley, proporcionando os melhores momentos do filme com seus diálogos pertinentes com o protagonista.
Penelope Cruz está belíssima e com mais uma atuação brilhante, principalmente nos momentos dramáticos.
penelope_cruz[1]Porem, como nem tudo é perfeito, ouso dizer que o casal não está convincente em seus momentos de romance. Os dois colocam-se na defensiva nas trocas de carinho, o que na minha opinião, é falha na atuação. Apenas quando esses carinhos são trocados em momentos de tristeza é que Penélope se destaca.
É interessante ver um veterano seguro de sí, desmoronar e se tornar até imaturo diante de uma (quase) incontrolável paixão. Deixando claro (pelo menos para nós, platéia), suas inúmeras fragilidades.
Outro destaque é a relação difícil do protagonista com seu filho (interpretado por Peter Sarsgaard, muito bom ator), pois o conflito de gerações parece intransponível mesmo nos melhores círculos.
Enfim, filme cabeça, inteligente, não é para qualquer um.
Veja o trailer abaixo
té mais!
Fado - de Lisboa remete para os cânticos dos Mouros, que permaneceram no bairro da Mouraria, na cidade de Lisboa após a reconquista Cristã. A dolência e a melancolia, tão comuns no Fado, teriam sido herdadas daqueles cantos. No entanto, tal explicação é ingénua de uma perspectiva etnomusicológica.
Mais plausivelmente, a origem do fado parece despontar da imensa popularidade nos séculos XVIII e XIX da Modinha (brasileira), e da sua síntese popular com outros géneros afins, como o Lundu (também brasileiro), no então rico caldo de culturas presentes em Lisboa, tendo como resultado a extraordinária canção urbana conhecida como "fado".
O flamenco é um estilo musical e um tipo de dança fortemente influenciado pela cultura cigana, mas que tem raízes mais profundas na cultura musical mourisca, influência de árabes e judeus. A cultura do flamenco é associada principalmente à Andaluzia na Espanha, e tornou-se um dos ícones da música espanhola e até mesmo da cultura espanhola em geral.

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Minha experiência com o site “Beautiful People”

beaultiful

Como muitos já devem saber, chegou ao Brasil o polêmico site de relacionamento Beautiful People.

Consiste numa espécie de Orkut, só que aberto apenas para as pessoas consideradas bonitas.

A pessoa interessada deve preencher um cadastro e enviar uma foto, que será analizada pelos atuais integrantes, que decidirão se o candidato está “apto” a ingressar no grupo. Homens votam em mulheres e vice-versa.

Aí eu pergunto: o que é bonito para você? A pergunta não tem caráter filosófico, pergunto sobre aparência mesmo.

Eu por exemplo, alguns acham bonito, outros mais ou menos, outros feio. Quem pode realmente afirmar?

eu mesmo

<- Esse sou eu.

E, principalmente, quem tem o DIREITO de julgar?

Posso ser um cafageste, bandido ou coisa pior e, só por uma questão de aparência “mereço” (ou não) fazer parte do clubinho?

Ah, então como explicar o sucesso desse site? Imagine, as pessoas submetem-se voluntariamente a um julgamento de outras que nunca viram e que possivelmente nunca vão ver, do mundo todo, correndo o risco de rejeição, como se fossem cavalos numa feira!!

Resposta: INSEGURANÇA.

As pessoas têm uma necessidade inata de serem aceitas, pois ninguém vive isolado e a aparência conta muito principalmente num primeiro momento.

Que glória seria receber a “chancela” de mulheres do mundo todo sobre minha aparência, ou de uma mulher receber o “aval” de homens desconhecidos, mas belos.

Imagine o processo: selecionar com cuidado a foto, preencher o cadastro e ficar na ansiedade de receber a resposta.

Se for positiva, recebe uma bela massageada no ego e acha que todos os seus problemas estão resolvidos, ou seja, pode continuar na burrice e ignorância, no comodismo da vida, entretendo-se com as banalidades da tv, etc.

Se for negativa, se decepciona, se deprime ou então usa aquele argumento furado: “uh, eles não sabem de nada!” Levanta o narizinho e finge que nada aconteceu e, claro, não conta para ninguém “que se sujeitou àquela bobagem”.

De qualquer forma, o problema não é o site, mas nós, as pessoas.

Não me acho bonitão nem sou muito vaidoso, mas me achava bem seguro, como você que está lendo se sente, talvez…

Confesso que não resisti a tentação de passar por essa experiência. Fui voluntariamante passar pelo meu “dia de gado”.

Achava que se não passasse não faria diferença, valeria a tensão experimentada e, se passasse, certamente não frequentaria pois não tenho nenhum interesse em arrumar “casinhos” ou ficar com conversinha furada visando um romance fugaz (ou até duradouro! Já tenho minha cara-metade).

Mandei minha ficha e, confesso, fiquei surpreso: passei (esse papo de beleza não deve ser sério, deve ser só marketing).

blabla

Adivinhem qual foi a primeira coisa que aconteceu comigo lá? Me perguntaram se eu tinha carro (no perfil) e depois me mandaram algumas candidatas para “julgar”. Não, pára! Fiquei constrangido… Tô fora!

Esse não sou eu.

Como disse ironicamente Renato Russo: “Vamos celebrar a estupidez humana…”

P.S.  Será que se eu mandasse essa fotoDSCF1099 eles me aceitariam??

té mais!

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Hard Again – Muddy Waters (1977)

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No princípio era o blues. Quase todos os estilos modernos musicais vieram direta ou indiretamente dele.
Tínhamos a choradeira dos trabalhadores dos campos de algodão (daí o nome blues: triste), depois as vozes passaram a ser acompanhadas por violões e gaitas de boca (delta blues), até que, em Chicago começou a fazer música um sujeito carinhosamente chamado de “águas lamacentas” (Muddy Waters).
O que fez ele de diferente? Em primeiro lugar, reza a lenda que ele, nada mais nada menos, INVENTOU a guitarra elétrica. Se bem que o Armandinho do Recife diz que seu pai, Dodô (ou Osmar, não lembro), foi quem primeiro teve a ideia com seu “pau elétrico”. Que os historiadores resolvam esse impasse.
De qualquer modo, com Muddy Waters e sua guitarra, o blues nunca mais foi o mesmo, então surgiu o Chicago Blues. (Leia mais!)
Agora, sobre o disco Hard Again: Muddy já era um veterano. Nos anos 70, só tinha feito discos medíocres, ao contrário das décadas anteriores em que era rei (B. B. King o idolatrava).
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Já sem poder tocar sua adorada guitarra, mantinha ao menos seu vozeirão e sua fúria interpretativa. E isso por sí basta para tornar esse álbum memorável.
Composições clássicas desse senhor deram uma identidade mais  alegre para o blues (contradição?), e esse disco gravado ao vivo é um documento para a posteridade, além de ser uma delícia aos ouvidos.
Os músicos convidados são da realeza do blues, como o senhor Johnny Winter na guitarra e James Cotton e sua poderosa gaita.
Eu poderia colocar abaixo qualquer faixa do disco que ele estaria bem representado, então coloco a primeira, só pra deixar água na boca.
como sempre, ‘té mais! 

Enciclopédia Básica de Estilos Musicais (Fonte: Wikipedia)
Música experimental é um estilo de música inovadora que originou no Século XX, desafiando todas as concepções normais de como uma música deve ser, e extrapola os limites popularmente conhecidos. Dessa forma, há pouco acordo sobre quão experimental uma música pode ser, antes de ser considerada apenas ruído. Geralmente as bandas experimentais possuem instrumentos pouco conhecidos, modificados, ou utilizados de maneiras inovadoras; efeitos estranhos aplicados de maneiras não convencionais e mistura de diversos gêneros opostos, como música eletrônica e música clássica. Além de instrumentos musicais, a música experimental também pode utilizar-se de sons de objetos e efeitos diversos de acordo com a intenção do compositor, experimentando os sons como o próprio nome diz. Quando também é usado música eletronica de maneira mais "pesada", com características noise, este experimentalismo também é chamado de música industrial.

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

A Cela 2, The Cell 2 (2009)

106740[1]Direção: Tim Iacofano. Com Tessie Santiago e Chris Bruno.
Para quem não viu A Cela, vai um pequeno resumo: Jenifer Lopez é uma psicóloga que possui uma certa sensibilidade (seja lá o que isso for) e é contratada por uma empresa que desenvolveu uma máquina capaz de transportar uma mente para o subconsciente de outra. A intenção é tratar pessoas com problemas mentais como autistas, ou em coma.
Ciente disso, a polícia solicita os serviços da empresa para tentar descobrir o paradeiro de uma moça sequestrada por um psicopata que, quando capturado, entra em estado catatônico.
O roteiro não é lá essas coisas, mas o conceito é interessante e o figurino do filme é fantástico.
Bem, em A Cela 2 a história muda um pouco: a agente “sensitiva” já não tem mais a necessidade de uma máquina para entrar na mente alheia, basta segurar um objeto pessoal.
Jenifer Lopez foi substituída pela também belíssima Tessie Santiago (veja foto), e a história torna-se policial já de cara.
N182481-1d8c2[1]A questão a ser solucionada é que temos um serial killer que tortura mulheres, levando-as a morte para depois ressussitá-las de diversas formas e diversas vezes e, após se divertir a valer, as mata de uma vez.
A estética do filme lembra um pouco a franquia Jogos Mortais.
 Aqui vai o que pode ser um problema para muitos e diversão para poucos: trata-se de um filme thrash. Sabe aqueles filmes em que o orçamento é baixo, o roteiro é péssimo, assim como as atuações? A coisa é tão ruim que fica engraçada?
Temos momentos impagáveis e clichês sem fim.
Sendo bem franco, se você gosta de filme que tem “conteúdo”, esse você vai odiar. Mas se você se diverte com a ruindade cinematográfica (thrash), procure esse filme na locadora.
Se você já viu e discorda, escreva um comentário.
Veja o trailer abaixo:
Enciclopédia Básica de Estilos Musicais (Fonte: Wikipedia)
Eurodance - se originou no final dos anos 80, quando artistas de musica eletrônica europeus começaram a difundir um ritmo mais enérgico, acelerando batidas de Italo Disco. O fenômeno ganhou forca e se difundiu por danceterias e raves da Europa. O genero ganha identidade quando começa a mesclar elementos de house e rap caracterizado por solo de voz feminina com paradas pra voz masculina em estilo rap.
Europop refere-se ao estilo de música pop desenvolvido na Europa continental a partir da década de 1970, caracteriza-se e diferencia-se do pop americano pela influência acentuada da dance music, ritmo (mais) dançante e diversos elementos eletrônicos. Primariamente manifestou-se em países como Suécia, Alemanha e Holanda, e rapidamente atingiu o restante do continente. Através do europop, a primeira banda originária de um país cuja língua materna não é o Inglês atingiu o topo das paradas britânicas e estadunidenses, posto alcançado pelo grupo ABBA, da Suécia; o género teve nesse grupo seu principal representante.

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Heavy Weather – Weather Report (1977)

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Liderados pelo pupilo ideológico de Miles Davis, Joe Zawinul, o Weather Report é referência de fusion jazz.

Esse estilo foi muito difundido, principalmente nos anos 70 e 80, sendo responsável por uma “modernização” no jazz. O que zangou uma infinidade de puristas.

O que mais irrita os defensores do jazz, é que o fusion o mistura com o rock, gênero responsável pela decadência do jazz no gosto popular.

Se você considerar o tipo de rock que se fazia na época: hard rock, rock psicodélico e outros; já pode imaginar o que saiu desta fusão.

Teclados e efeitos em profusão, solos de guitarra com saxofone, percussão infernal e por aí vai. Mas não pense que é barulhento, não senhor! A qualidade dos músicos, arranjos e composições são primorosos.

Weather Report Live at Shinjuku Kosei Nenkin Hall, 11 Jun 1981

Vários monstros sagrados passaram pelo grupo como o próprio Joe, Wayne Shorter, Jaco Pastorious, Alex Acuña, etc. Até alguns brasileiros célebres como Dom Um Romão e Airto Moreira.

O álbum Heavy Weather é fundamental para a história da música e vem com a marca registrada da banda: a faixa Birdland, que chegou até a virar hit (fato raro para jazz após os anos 70).

As outras faixas são uma explosão de criatividade e perícia nos instrumentos, culminando com a inspirada faixa Havona (veja no vídeo embaixo).

Destaco o som primoroso e agradável do baixo fretless (aquele sem os trastes no braço, veja foto abaixo), executado por Jaco Pastorious.

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Se você quer se aprofundar no jazz, mas quer ir aos poucos, sem cair de cabeça, e já passou a etapa do easy listening e do smooth, venha para o Weather Report e o fusion jazz!

 

té mais!

 

 Enciclopédia Básica de Estilos Musicais (Fonte: Wikipedia)

Enka (演歌, Enka?) é um estilo de música japonesa que é uma mistura de sons tradicionais japoneses com melodias ocidentais, principalmente de influência americana. Porém foi criada entre a Era Meiji e Era Taisho, como uma forma de música de protesto.

Ethereal Wave, também chamado de Etheric Wave ou Ethereal, é um termo que descreve um sub-género do rock gótico. É característico deste género de música o uso de paisagens sonoras atmosféricas de guitarra, incluindo efeitos sonoros como eco e delay. Uma outra característica é o uso de vozes femininas enevoadas, celestiais ou murmuradas e uma forte influência de música ambiente.

Eurobeat - versão britânica da "Italo Disco". 1987 - atualmente: Dance music com elementos de Italo Disco produzidos principalmente para o mercado japonês.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Prazeres Proibidos, On The Doll (2007)

Prazeres Proibidos[1]

Direção: Thomas Mignone. Com Brittany Snow, Josh Janowicz , Theresa Russell, Clayne Crawford, Eddie Jemison, Paul Ben-Victor, Angela Sarafyan, Candice Accola, James Russo e Shanna Collins.

O mercado do sexo e suas consequências, principalmente com relação aos jovens.

Resolvi dar um tempo com os blockbusters e procurar algo no mercado alternativo. Digamos que peguei um pesadinho, peço desculpas aos amigos, pois diante do material do filme, serei obrigado a usar alguns termos, digamos, grosseiros.

Como quase todos os atores são desconhecidos, mostrarei pelo menos as fotos do pessoal e um pequeno resumo de seus papéis.

80591151[1] 64411-26297[1]TheresaRussell_150[1] MV5BMTM1NTQxNTg5NV5BMl5BanBnXkFtZTYwNjQ4MTk0._V1._SX258_SY400_[1] m_e604ff00eae8fb2e0410740e07c1d35b[1]candice2[1]james-russo[1]   ShannaCollins[1]

Na ordem:

Brittany Snow –> Balery – prostituta (que está na capa do filme) que quer se vingar de cliente miserável, roubando seu dinheiro e arrebentar o saco dele com porradas.

Josh Janowicz –> Jaron – funcionário faz-tudo de um bordel, principais atividades: montar os anúncios sexuais do jornal, leva-e-traz, limpador de sêmen das cabines. Quer levantar dinheiro para libertar garota do chefão local.

Theresa Russell –> Diane – mãe/terapeuta de Jaron. Quer fazer o filho entender como ele é burro.

Clayne Crawford –> Wes – namorado e cafetão “porra-louca” de Chantel. Ex-traficante e dublê de band leader.

Eddie Jemison –> Mr. Garrett – professor de saúde do segundo grau e pervertido. Quer arrastar os alunos e alunas para o mundo do sexo. Acaba sem uma parte do corpo.

Paul Ben-(Nariz de Coxinha)Victor –> Jimmy Sours – chefão local e ídolo da galera.

Angela Sarafyan –> Tara – dançarina bizarra de peep show que Jaron quer salvar.

Candice Accola –> Melody – garota tipo Lolita que quer provocar o professor (Mr. Garrett), por saber que ele é um pervertido e se dá muito, muito mal.

James Russo –> Janitor – faxineiro do hospital que tem algo a esconder…

Shanna Collins –> Chantel – prostituta do tipo romântica, que não faz sexo com os clientes (?). Namorada de Wes.

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Pelas descrições acima dá para imaginar que a película é bem hardcore. É no texto, nas ações não é como se poderia supor. Não tem cenas picantes demais ou nudez explícita, mas é repleto de diálogos que podem soar desagradáveis a ouvidos mais conservadores. Mostra um mundo cão.

Vale o alerta aos pais que têm filhos adolescentes para ficarem sempre vigilantes.

Veja o trailer.

‘té mais!

Enciclopédia Básica de Estilos Musicais (Fonte: Wikipedia)

Electroclash é termo criado pelo Dj americano Larry Tee para identificar um tipo especial de música eletrônica que estava surgindo em Nova Iorque por volta do ano 2000. Este novo som tinha como base o electro dos anos 80, porém com uma nova roupagem. Lary Tee criou também o festival Electroclash com vários artistas que na epóca produziam sons similares.

EBM (Electronic Body Music) é um gênero musical, resultante da fusão do synthpop dos anos 80 com a música industrial, criando um estilo pesado e agressivo, porém amigável com as pistas de dança.

Electro é um estilo de música eletrônica, que mantém sua bpm entre 125 e 132. O electro que surgiu por volta de 1983 da ressaca do Punk Rock tem bastante influência nos timbres típicos dos sintetizadores analógicos que foram populares nessa década. Muitas vezes, por estes sons, lembramos de melodias de video games como o Atari.

domingo, 25 de outubro de 2009

Out Of The Blue – ELO (1977)

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Seria muito fácil taxar o senhor Jeff Lynne e companhia da Electric Light Orchestra de pretensiosos e narcisitas.
O som produzido por eles tem a intenção de ser “diferente”. Tudo começa com a formação, além dos instrumentos básicos de um grupo de rock, inclui meia orquestra de câmara (com direito a violinos e violoncelos), o que daria a sensação de que sairia algo rebuscado e pouco acessível.
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Ledo engano! Claro que temos intervenções de cópias de música clássica aqui e ali, mas no fundo, temos um grupo de rock, quase pop.
O disco apreciado hoje é o álbum Out Of The Blue, considerado um marco na carreira do grupo. Todas as composições foram feitas pelo líder, guitarrista e cantor Jeff Lyne (veja foto abaixo), num espaço curto de tempo, o que identificamos logo nas primeiras músicas, pois a estética do trabalho é praticamente única: a grosso modo, poderia dizer que seriam composições ao estilo de Paul McCartney (os Beatles são a maior influência do grupo), com arranjos da fase mais operística do Queen e uma sutil apimentada à Pink Floyd. Tudo isso numa embalagem extra-terrestre, que era moda na época.
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A experiência de ouvi-lo é muito boa, mas no decorrer, torna-se cansativo, afinal trata-se de um álbum duplo com a mesma temática.
Destaco a suíte (que dura um lado inteiro), Concerto For A Rainy Day, além de Birmingham Blues e Sweet Talkin’ Woman. Para ouvir esta última, clique no vídeo abaixo.
Arremato dizendo que não os achei pretensiosos, é uma boa banda e merece ser conhecida.
‘té mais!
Enciclopédia Básica de Estilos Musicais (Fonte: Wikipedia)
Easy listening é o nome inglês para o estilo de música orquestrada, que surgiu na década de 1950 e que teve como precursores Ray Conniff, Burt Bacharach, Paul Mauriat, Percy Faith, Annunzio Paolo Mantovani, Franck Pourcel, Bradley Joseph dentre outros. Também conhecida como "lounge music", é geralmente vista por parte dos críticos como música estritamente comercial e de fácil audição, por seu estilo melodioso - daí sua denominação "easy listening", que pode ser traduzido como audição fácil. No entanto, sempre fez enorme sucesso junto ao público, vendendo milhões de discos e suas apresentações públicas chegavam a lotar as casas de espetáculos, além de influenciar inúmeros músicos de gerações posteriores e o próprio desenvolvimento dos estilos musicais. Suas raízes estão nas Big Bands dos anos 1930 e 1940, de onde se originou a maioria de seus intérpretes, onde atuavam como instrumentistas ou como arranjadores.

sábado, 24 de outubro de 2009

O Sequestro do Metrô, The Taking Of Pelhan 123 (2009)

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Direção: Tony Scott, com Denzel Washington e John Travolta.
Gangue liderada por John Travolta, sequestra um trem do metrô de Nova Yorque e negocia com o pobre operador de tráfego (Denzel Washington) o resgate dos passageiros feitos como reféns.
Começo mencionando que Denzel Washington e John Travolta são ótimos atores e, nesse filme, provam isso mais uma vez dando vida a seus personagens de forma convincente. O primeiro mostra um vilão meio descontrolado e o segundo representa um homem comum, que tem suas falhas como qualquer outro.
Vale o destaque do papel de Denzel, que está acostumado a interpretar personagens heróicos ou especialistas, onde não paira nem sombra de dúvida de que “ele” resolverá o caso, mas que nesse filme dá vida a um homem comum e até de personalidade fraca, novidade.
Ao ler minhas primeiras linhas, pode ser que você pense que está diante de um bom filme. Errado! – Só quis ressaltar a capacidade dos atores. Segue abaixo minha análise do filme:
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Passei quase duas horas envolto numa peça de extrema arrogância e imbecilidade.
O dito filme de ação, não tem quase ação nenhuma. O roteiro é lamentável – mostra uns vilões que estão revoltadinhos com o tratamento que a sociedade os deu e por isso decidem ir à forra barbarizando a cidade.
Passamos boa parte do filme ouvindo uma discussão vazia, de filosofia de botequim travada entre os protagonistas, que não leva a lugar nenhum, chegando até a ter momentos de escatologia, pura perda de tempo!
Temos várias cenas ridículas envolvendo a polícia tentando chegar em tempo com o dinheiro do resgate solicitado, correndo de forma desenfreada com os malotes de dinheiro nos cruzamentos do trânsito e sofrendo acidentes no percurso. Risível.
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Sem contar que o “herói”, que no começo do filme só falta falar pros sequestradores que eles podem estourar as cabeças dos passageiros que ele nem liga, se tornar um paladino e partir numa perseguição solitária, colocando em risco sua vida.
Eles se embrenham pelos corredores do metrô e o mocinho bota a cabeça pra fora dos bueiros e dá de cara com quem? Com o bandido! E mais de uma vez! Ora, me poupem!
O senhor Tony Scott, em sua carreira, fez apenas um filme descente que foi Jogos de Espiões, no mais, deveria se dedicar à direção de video clips e abandonar o cinema! Chega de incompetência! Se você vir o nome dele nos créditos, corra, pois aí virá bomba!
Veja o “clipe” do filme abaixo.
‘té mais!
Enciclopédia Básica de Estilos Musicais (Fonte: Wikipedia)
Downtempo (também downbeat ou baixo tempo) é um estilo de música eletrônica. Frequentemente o termo chillout é usado para descrever composições do estilo, mas refere-se a outra vertente da música eletrônica. O downtempo é bastante relacionado com o dub, hip hop, jazz, funk, soul, drum and bass, música ambiente e pop.

Dream Pop - Pós-punk + Ethereal Wave + música ambiente + Space rock
Drum and bass (também abreviado como D&B, DnB ou simplesmente d'n'b) é um estilo de música eletrônica que originou-se a partir do jungle. Surgiu na metade dos anos 90 na Inglaterra. O gênero é caracterizado por batidas rápidas, próximas a 170 BPM.
O início do D&B remete ao fim dos anos 80. No decorrer de sua história, incorporou elementos de culturas musicais como o dancehall, electro, funk, Hip-Hop, house, jazz, metal, pop, reggae, rock, techno e trance.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Coletânea? Não, obrigado.

WhosGreatestHits-LP-USA[1]
1143669632_DuranDuran_Greatest_Hits[1] 2004 - Greatest Hits Of The 80's - CD 4 - Front[1]
GreatestHitsOfModernRock[1] Best of Dance 1-2009[1] Best_of_2009[1]
Não serei hipócrita, já tive muitas coletâneas e através delas, conheci vários artistas e grupos, digamos que foi uma “porta de entrada” para muito conhecimento e prazer.
Comecei a desgostar das coletâneas por volta de 1996, quando me interessei por música clássica e passei a pesquisar mais a sério este gênero musical.
Frequentemente, por uma questão de espaço, as coletâneas de música clássica são compostas de trechos das obras, retirando-as totalmente de seu contexto.
É lamentável ouvir o “tema” da quinta sinfonia de Tchaikovski, por exemplo, sem antes ouvir o primeiro movimento, parte do segundo, o terceiro e o quarto. É belíssimo passar pelos movimentos musicais compostos brilhantemente, levando o ouvinte a se maravilhar quando finalmente chega ao tema de forma grandiosa, levando muitas vezes às lágrimas; obviamente não por tristeza, mas de emoção; e após, caminhar à conclusão.
No entanto, a coletânea mostra uma faixa de Beethoven com um teco de Mozart e uma pílula de Vivaldi. É como se você fosse assistir a um filme onde os primeiros minutos mostrasse os melhores momentos de Taxi Driver (totalmente fora de contexto), logo após, sem maiores explicações, a melhor parte de O Exorcista e finalizasse com o ápice de O Senhor dos Anéis. Ou seja, terrível.
Depois percebi que com música popular não é diferente. A maioria dos artistas costuma elaborar seus álbuns ou de forma conceitual, de modo que todas as faixas são interligadas de alguma forma, como fez o Pink Floyd, The Who, Marvin Gaye, etc. Ou são apresentadas conforme sua inspiração no momento das composições, onde o trabalho tem várias coisas em comum, expressando o momento do criador, gerando também uma  estética. É um disperdício separá-las.
Já percebi, inclusive, faixas de coletâneas que são aparentemente sem graça mas, quando a inserimos no contexto de um álbum, tornam-se  fabulosas.
Concluindo, a coletânea torna um trabalho artístico meramente comercial, diminuindo seu valor.
Entendo que em momentos apenas de lazer, a coletânea seja necessária. Mas que seja a MINHA coletânea e não a selecionada por terceiros. Essa, acho que ainda vale.
E você, o que acha? Registre sua opinião nos comentários!
té mais!

Enciclopédia Básica de Estilos Musicais (Fonte: Wikipedia)
Dixieland jazz (Jazz de New Orleans no início do século XX, depois também difundido em Chicago e Nova York)
Doo-wop é um estilo musical vocal baseado no rhythm and blues. O ritmo surgiu inicialmente na comunidade negra norte-americana na década de 1940 e se tornou popular nos Estados Unidos durante as década de 50 e 60.[1]
O ritmo é caracterizado por um backing vocal harmonioso e suave - que muitas vezes os cantores faziam com a boca imitando os próprios instrumentos musicais e que repete freqüentemente onomatopeias.
Doom metal é um gênero musical que se ramificou do heavy metal. Surgido no início da década de 80 ele se caracteriza por criar uma atmosfera de escuridão e melancolia. Sua principal influência foram os primeiros álbuns da banda Black Sabbath, que é considerada a precursora do estilo.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Exodus – Bob Marley (1977)

bobmarley-exodus_remastere19197_f-1[1] Aqui encontramos a maior preciosidade de Bob Marley.

O mestre do reggae, havia sofrido um atentado em sua residência por motivos políticos e quase perdeu a vida junto com sua esposa e, sugerido por sua gravadora (a Island), foi para a Inglaterra, onde encontraria paz para gravar seu novo álbum, Exodus.

Como sabemos, as músicas de Bob, têm cunho político ou religioso, as vezes os dois. Ele era adepto da religião/filosofia Rastafári e não perdia a oportunidade de expor suas teorias nas letras, teorias essas que foram aceitas até com certa tranquilidade, pois tinham muito em comum com a maioria das religiões.

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O maior exemplo disso nesse disco é a faixa que o abre, Natural Mystic, agora se você não se importa com essas conversas religiosas, procure as faixas Jamming, Waiting In Vain, Three Little Birds e One Love, composições de extrema sensibilidade, sendo a última, eleita pela BBC como a “canção do milênio”.

Em 1999, a revista Time elegeu Exodus como o disco do século. Para mim um certo exagero, diria que é o melhor disco de reggae que já ouvi, isso sem dúvida. e a melhor faixa é Waiting In Vain (ouça abaixo).

Apesar de não ser um aficcionado do estilo, certamente reservarei um lugar na minha discoteca selecionada para esse disco.

té mais!

Enciclopédia Básica de Estilos Musicais (Fonte: Wikipedia) 

Deep house é um estilo da chamada house music que pode ser distinguido por uma série de características:

  • batidas por minuto entre 110 a 130 bpm;
  • ênfase em percussões incluindo:
    • programação simples mas harmônica de bateria;
    • transições sutis e poucos "picos de euforia" musical
  • predominância de notas menores e sustenidas nos instrumentos;
  • frequente uso de reverberação, delay e efeitos de filtros em geral;
  • frequentemente uso de vocais ou samples de vocais.

Disco – Funk + soul+ música psicodélica + salsa + pop rock

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

The Stranger – Billy Joel (1977)

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Billy Joel é um cara pouco conhecido no Brasil mas é um dos maiores vendedores de discos do mundo.
Cantor, compositor e pianista, começou cedo no batente para sustentar sua família, chegou até a ser dispensado do serviço militar e da guerra com a justificativa de que era o provedor de sua casa.
The Stranger é considerado seu melhor trabalho. E é muito bom mesmo. Recheado de composições pop ao estilo dos primeiros discos de Elton John (de quem é amigo), só que com letras mais elaboradas.
Seu piano é muito técnico e os arranjos têm muito bom gosto. Nota-se claramente a influência de musicais da Broadway.
Seu timbre de voz lembra um pouco o de Russell Hitchcock, vocalista da banda australiana de baladas Air Supply, só que sem a mesma extensão vocal.
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O destaque do disco, sem dúvida é Scenes From An Italian Restaurant, música que conta, com muito talento histórias do citado restaurante, variando bastante a composição, dando a impressão de ser um pout-pourri e não uma música individual, brilhante!
A mais conhecida para nós brasileiros é a balada Just The Way You Are, interpretada com muito sucesso pelo Barry White, mas para quem não sabia, a música é de Joel (ouça abaixo).


té mais!
Enciclopédia Básica de Estilos Musicais (Fonte: Wikipedia)
Deathcore é fortemente influenciado pela modernidade do death metal, sua velocidade, peso e abordagem cromática, dissonâncias e freqüentes mudanças fundamentais. Letras podem não ser sempre na veia death metal, mas grunhidos tradicionais, bem como os vocais guturais são predominantes, vocais limpos são geralmente ausentes.
Death metal é uma das diversas ramificações do heavy metal. Surgiu simultaneamente em várias partes do mundo, como EUA, Brasil e Suécia, na década de 1980. O estilo tem raízes no Thrash metal, porém ele apresenta mais agressividade que seu antecessor, letras com temas niilistas, sobre violência, morte e sobre a fragilidade da vida humana.
Delta Blues é a forma original do blues onde a voz é acompanhada apenas por intrumentos acústicos, principalmente o violão e a gaita de boca.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Intrigas de Estado, State Of Play (2009)

SaladaCultural.com.br-intrigas-de-estado-cartaz[1]Direção: Kevin McDonald.
Elenco: Russell Crowe, Ben Affleck, Rachel McAdams e Helen Mirren.
Jornalista famoso e relaxado de um jornal importante (Crowe, enorme de gordo), sai na investigação de assassinatos de pessoas comuns e ao mesmo tempo vê a carreira do amigo/rival deputado (Affleck) ir para o buraco devido a romance extra-conjugal tornar-se público após o aparente suicídio da amante.
Pouco tempo depois, descobre que os assassinatos que investiga têm tudo a ver com o caso do amigo, percebendo uma enorme teia que foi feita para desacreditar o deputado, pois ele tem um papel importante numa espécie de CPI que investiga uma gigante empresa de armamentos e segurança.
O filme tem uma dinâmica excelente. O roteiro é muito inteligente e cheio de reviravoltas. Você nunca sabe quem está do lado de quem e as surpresas são constantes.
Você praticamente entra na pele do protagonista e se torna um investigador junto com ele.
Esse filme é baseado numa série da TV BBC de Londres de 2003, e presta diversas homenagens ao filmaço de 1976 “Todos os Homens do Presidente” , com Robert Redford e Dustin Hoffman que também trata da relação entre política e jornalismo de modo brilhante, só que no caso, a investigação é a que culmina no escândalo de Watergate.
intrigas-de-estado[1]
Outro lado interessante é o dia-a-dia de um grande jornal, com seus dilemas como por exemplo, a publicação ou não de factóides que venderiam muito jornal, antes que a concorrência publique, a relação com a polícia no que diz respeito a provas – a retenção ou não e suas consequências, o cumprimento de metas, a concorrência entre colegas, etc. Para quem é jornalista é um prato feito.
intrigas-de-estado-01g[1]
 A direção, cenários, fotografia e elenco estão muito bons. Arrisco até dizer que esse filme merece indicações ao Oscar.
Russell Crowe está ótimo como sempre (mas não sensacional), a mocinha, Rachel McAdams, que nós estamos acostumados a ver sempre no papel de donzela em perigo, está desempenhando com louvor um trabalho mais rico, mostrando que tem talento. Helen Mirren é uma editora as vezes parceira, as vezes carrasca, maravilhosa (detalhe legal é a frase que tem na mesa dela, “Nunca confie num editor”), e finalmente, o único ponto ruim: Ben Affleck, péssimo pra variar, não sei por que escalaram esse cara. O pior é que o papel dele é fundamental para a trama, bola fora da produção!

Enfim, ótimo entretenimento. Vale a pena assistir.
Dê uma espiadinha no trailer acima!

té mais!
Enciclopédia Básica de Estilos Musicais (fonte: Wikipédia)
Dancehall é híbrido e caracteriza um DJ ou um “MC-jay” que canta e produz as próprias batidas com colagens de reggae ou com recursos musicais originais. Geralmente são abordados temas de rude-boys. A estrutura musical é enraizada no reggae embora os ritmos jogados digitalmente o tornem consideravelmente mais rápido.
Dark Ambient é um subgênero da Música ambiente tem como característica a diversidade (apoiando-se em estilos como:Música Industrial,Noise,Darkwave,Black Metal). Surgindo entre os anos de 1980 e 1990 onde a música passou por grandes evoluções em termos de novas tecnologias para a criação,desenvolvimento e modo da fazer a música.Sua música traz um tom obscuro,denso,enigmático,desconcertante e oculto.
Darkwave é um termo genérico que se refere a um movimento musical dos anos 80 que coincide com a popularidade do New wave. Empregando princípios básicos de New wave, darkwave adiciona um lado sombrio.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Trans-Europe Express – Kraftwerk (1977)

folder[1]

Se você acompanha este blog, já deve ter lido em outros posts o termo “krautrock” e talvez a ideia não tenha ficado muito clara.

Trata-se de um gênero musical nascido na Alemanha pós segunda guerra.

Os jovens alemães encontravam-se desiludidos, pois todos os esforços iam em direção à reconstrução do país, então as expressões artísticas ficaram esquecidas, gerando um completo vácuo cultural.

Sem contar que, naturalmente, eles tinham uma certa aversão por tudo que vinha dos EUA/Inglaterra.

Então alguns se inspiraram nos compositores eruditos da época que produziam música concreta e eletroacústica e adaptaram uma forma “popular” para executá-la. Surgiu o krautrock.

Escrevo tudo isso porque hoje, tenho a oportunidade de apresentar uma das bandas que deram início a esse gênero: Kraftwerk.

20040323-kraftwerk-in-de-ab-54-music-non-stop[1]

Tá certo que nesse trabalho, Trans-Europe Express, eles já estavam migrando definitivamente para a música eletrônica, mas o krautrock ainda está lá.

O trabalho deles sempre foi de vanguarda, tanto é que poderiam compor perfeitamente a trilha sonora atual, principalmente no “cyberspace” da internet.

Eles procuram dar maior enfoque aos timbres sonoros e não à melodia. Para isso, usavam os primitivos sequenciadores, sintetizadores e, quando não conseguiam o efeito que queriam, iam paras as panelas e louças mesmo.

Os shows deles são marcados pela quase ausência de instrumentos tradicionais e pela abundância de efeitos especiais e por que não “espaciais”.

kraftwerk[1] Em alguns shows nem mesmo aparecem, deixando que seus “avatares” robóticos tomem seus lugares (imagine o conceito nos anos 70!!).

LyJX520Sx1omlrkujDiz93ht_500[1]Sem dúvida, não é um tipo de música que todos os ouvidos vão gostar, mas certamente serviram de inspiração para muitas gerações de músicos que vieram depois deles e contribuíram muito para a criação de vários outros gêneros como o new age, house, dance, trance, hip-hop e até rap.

Viaje comigo nessa experiência sonora ouvindo a faixa Hall of Mirrors, clicando abaixo.

‘té mais!

Enciclopédia Básica de Estilos Musicais

Dance music (expressão que ganhou força na década de 90, anos marcantes pela grande disseminação de estilos variados da música eletrônica, assim dando introdução à muitas pessoas que até hoje são adeptas e fãs) seria uma denominação para as músicas "pop" de todas as vertentes da E-music (música eletrônica) e não tem um estilo musical definido.

Dance-pop é um subgênero da música pop que evoluiu nas discotecas, cerca do início dos anos de 1980, que combina batidas de dance com uma estrutura de música pop. Porque existe uma tal ênfase na formado-íntegro em músicas dance-pop, é muitas vezes vista como uma classificação separada para além de puro acaso pela própria dance music. Dance-pop também está intimamente relacionada com a teen pop e movimentos Eurodance em meados dos anos 80 e final 1990, a ascensão das chamadas boy bands e girl groups, bem como a reintrodução do vocoder e similares, tais inovações.

Dance-punk começou de verdade no fim dos anos 70 quando o Gang of Four fez a mistura de punk e funk e nos anos 80, quando o New Order misturou rock com dance music no single "Blue Monday".

domingo, 18 de outubro de 2009

JobimMiuchaViniciusToquinho

 Canecao_capa[1]

A intenção hoje era falar do disco gravado ao vivo no Canecão, local onde passaram uma temporada bem sucedida de 7 meses, disco lançado em 1977.

O problema é que, infelizmente, no nosso país não damos a menor bola para os nossos verdadeiros artistas e não consegui adquirir o álbum em lugar nenhum pois “estava fora de catálogo”.

Um absurdo! Esse deveria ser um patrimônio nacional e NUNCA estar fora de catálogo!

Então tive que me virar e arrumar um importador que me ofereceu um show “parecido”, só que gravado na Itália.

Obs. Na Itália consigo um show de Tom Jobim, Vinícius de Moraes, Toquinho e Miúcha; no Brasil não.

Ok, então vamos a ele!

untitled[1]

Antes vamos identificar os artistas:

Miúcha –> cantora contralto famosa principalmente na Europa. Irmã de Chico Buarque, foi casada com João Gilbero e com ele teve Bebel Gilberto, cantora famosa nos EUA nos dias de hoje.

Toquinho –> exímio violonista e cantor de voz suave de sucesso no mundo todo. Aluno de Paulinho Nogueira. Parceiro de Vinícius de Moraes e compositor de sucessos com “Aquarela” (Numa folha qualquer eu desenho um sol amarelo…), entre tantos outros, sozinho ou em parcerias.

Vinícius de Moraes –> um dos maiores poetas modernos do Brasil, embaixador, adido cultural, compositor e um dos inventores da bossa nova junto com Tom Jobim e João Gilberto.

Tom Jobim –> maestro. Um dos maiores compositores populares do mundo.

Na foto abaixo estão na ordem inversa.

20081122-dvdvt[1]

No disco contém apenas músicas consagradas da bossa nova, mas numa versão nova que vale a pena ouvir. Arranjos inéditos e até intervenções nas letras.

Vinícius é o “host”, pois é o único que fala italiano (mais ou menos), e se comunica com a platéia, seja para contar fatos curiosos envolvendo a composição das músicas, seja fazendo brincadeiras com os músicos e com a platéia.

No palco ele fica sentado numa “mesa de bar”, servido com o habitual whisky e com o microfone à disposição para falar ou cantar a hora que der na telha.0CA2HGXOHPercebe-se que o disco foi realmente gravado ao vivo, pois você consegue notar alguns momentos em que há alguns desafinados, mas nada que comprometa a qualidade do show.

Um momento engraçado é quando Vinícius vai apresentar a próxima música e esquece que está na Itália e começa a falar em inglês. Até que ele se dá conta e fala: “ué, why I’m speak english?? (ouça no vídeo abaixo).

Acima ouvimos uma obra de arte de um dos maiores letristas da língua portuguesa: Chico Buarque.

Devemos dar valor a esse disco não só por ser de artistas brasileiros, mas por ser uma obra de arte da humanidade.

té mais!

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Cowpunk, ou Country Punk, é um subgénero do punk rock, originário do sul da California, criado nos anos 80. É uma mistura de punk rock com música country e blues, e influênciado por bandas como The Cramps e The Gun Club.

Crunk é um  subgênero do rap que foi desenvolvido no sul dos EUA.

Crust punk (também conhecido como Crustcore), associado à cultura da segunda geração anarcopunk (ecologia, anarquismo, pró-libertação animal), se assemelha ao grindcore no extremismo mas diminui consideravelmente a influência das estruturas musicais do thrash metal, punk e hardcore.

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