Les Hauts Murs (2008)
Direção: Christian Faure. Com Emile Berling, Carol Bouquet, François Damiens e Guillaume Gouix.
O filme conta a história de um jovem órfão que acaba sendo internado em uma instituição de ensino que mais parece uma prisão.
França, década de 1930 – Yves Tréguier é um rapaz que perdeu seu pai na guerra e sua mãe também é falecida. Por causa disso, é obrigado a viver em orfanatos, mas descontente com o tratamento recebido e alimentando o sonho de ir para Nova Iorque, tenta fugir inúmeras vezes mas sempre é recapturado.
Até que é conduzido para uma instituição de ensino baseada num regime militar rígido. Lá encontra outros garotos também órfãos e outros que se tornaram incovenientes para sua família e acabaram “despachados” para o local.
Apesar de saber que se criar problemas no local, o próximo passo seria ser conduzido para uma prisão, nosso herói não perde a obstinação de tentar fugir novamente para realizar seu sonho.
A história é muito bem contada e é baseada em fatos reais.
Mostra como certas instituições ditas de ensino, são na verdade depósitos de gente e que o tratamento dado a “seres humanos inconvenientes” é como o dado a animais.
Aqui Yves encontra todos as situações clichês que esse tipo de história traz: valentões que viram amigos, valentões que viram inimigos e querem bater e estuprar, amigos “sensíveis” que acabam morrendo, tentativas de fuga mal sucedidas, diretor severo que é feito de bobo, supervisor bonzinho que quer se mostrar durão, supervisor malvado que fica esperando a oportunidade para arrebentar as crianças, e por aí vai.
Apesar de tudo isso, a história prende e revolta, mostra todo o lado bestial do ser humano com seu semelhante.
Acaba com a inocência das crianças, as transforma e traumatiza.
Um momento muito interessante do filme é quando a direção descobre que a despensa foi assaltada durante a noite, e no ímpeto de descobrir os autores do crime, é instituído um inquérito que utiliza expedientes humilhantes para que os jovens confessem. Todos são acusados, xingados e tratados como criminosos, até que um dos garotos enfrenta a situação argumentando com seus algozes que eles não eram nada daquilo, que o único crime que cometeram foi terem nascido e que seus pais os haviam abandonado naquele local ou porque morreram ou porque eram indesejados. Obviamente ficou todo arrebentado.
O elenco é quase todo formado por jovens talentos que desempenham seus papéis de forma mais que satisfatória, mostrando assim a ótima direção de Christian Faure. Quase todo o filme se passa “entre os muros da prisão”, mas é tão bem conduzido que de modo algum fica monótono.
Apesar dos clichês, vale a pena assistir.
Veja o trailer!
‘té mais!
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