Direção: Isabel Coixet. Com Penelope Cruz, Ben Kingsley e Dennis Hopper.
Erudito, próximo dos 70 anos, prega e leva uma vida regada a prazeres e se envolve com aluna madura e fascinante. Acaba envolvido de tal forma que chega a rever seus conceitos.
Estamos diante de um ótimo filme. Roteiro interessante e atuações de primeira que nos remete a várias reflexões.
A personagem de Ben Kingsley é fascinante, professor universitário que passa amor por ensinar e pelo que ensina. Admirável seu gosto por arte e sua filosofia de vida.
Por esses e outros motivos, torna natural e convincente a paixão de uma moça inteligente (Penelope Cruz), mas 30 anos mais jovem, por seu professor.
A admiração e paixão tornam-se mútuas, apesar de que, segundo a personagem de Dennis Hopper, “as mulheres lindas são invisíveis. Sua beleza chama tanta a atenção que não conseguimos ver como elas são na realidade”.
Dennis Hopper, aliás vale ressaltar, está ótimo como o melhor amigo poeta de Ben Kingsley, proporcionando os melhores momentos do filme com seus diálogos pertinentes com o protagonista.
Penelope Cruz está belíssima e com mais uma atuação brilhante, principalmente nos momentos dramáticos.
Porem, como nem tudo é perfeito, ouso dizer que o casal não está convincente em seus momentos de romance. Os dois colocam-se na defensiva nas trocas de carinho, o que na minha opinião, é falha na atuação. Apenas quando esses carinhos são trocados em momentos de tristeza é que Penélope se destaca.
É interessante ver um veterano seguro de sí, desmoronar e se tornar até imaturo diante de uma (quase) incontrolável paixão. Deixando claro (pelo menos para nós, platéia), suas inúmeras fragilidades.
Outro destaque é a relação difícil do protagonista com seu filho (interpretado por Peter Sarsgaard, muito bom ator), pois o conflito de gerações parece intransponível mesmo nos melhores círculos.
Enfim, filme cabeça, inteligente, não é para qualquer um.
Veja o trailer abaixo
‘té mais!
Fado - de Lisboa remete para os cânticos dos Mouros, que permaneceram no bairro da Mouraria, na cidade de Lisboa após a reconquista Cristã. A dolência e a melancolia, tão comuns no Fado, teriam sido herdadas daqueles cantos. No entanto, tal explicação é ingénua de uma perspectiva etnomusicológica.
Mais plausivelmente, a origem do fado parece despontar da imensa popularidade nos séculos XVIII e XIX da Modinha (brasileira), e da sua síntese popular com outros géneros afins, como o Lundu (também brasileiro), no então rico caldo de culturas presentes em Lisboa, tendo como resultado a extraordinária canção urbana conhecida como "fado".
O flamenco é um estilo musical e um tipo de dança fortemente influenciado pela cultura cigana, mas que tem raízes mais profundas na cultura musical mourisca, influência de árabes e judeus. A cultura do flamenco é associada principalmente à Andaluzia na Espanha, e tornou-se um dos ícones da música espanhola e até mesmo da cultura espanhola em geral.
0 comentários:
Postar um comentário
Seu comentário é muito importante, todos que são publicados são respondidos, mas antes de escrever, leia as normas do blog:
Você pode: Opinar, elogiar, criticar, sugerir, debater e discordar.
Mas NÃO PODE ofender, insultar, difamar, divulgar spam, fazer racismo, ou qualquer tipo de conteúdo ilegal, além de usar palavras de baixo calão de maneira gratuita.
Obrigado por sua participação, fico na expectativa de seu retorno!