Dedicado ao meu leitor Lucas Tavares que solicitou a matéria
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No artigo anterior vimos a trajetória de Clapton de sua infância até a formação do power trio Cream.
Não deixe de ler a primeira parte deste artigo!
BLIND FAITH
Apesar do Cream não ter tido vida longa, Clapton manteve a ideia de formar uma seleção de músicos já consagrados, então convidou o colega de Cream Ginger Baker, Ric Grech do Family e Steve Winwood do Traffic (Clapton e Winwood já haviam tocado juntos no projeto Powerhouse, saiba mais lendo o artigo anterior) - surgia assim o Blind Faith.
Os fãs ficaram ansiosos, pois um grupo formado por tantas feras era um fato inédito. A imprensa começou a pressionar para que os shows fossem realizados logo e diante de uma enorme pressão que vinha de todos os lados, o Blind Faith resolveu fazer um show de estreia gratuito. O local escolhido foi o Hyde Park, em Londres a 07 de junho de 1969. Mais de 100.000 pessoas estiveram presentes.
O problema é que a banda ainda era muito recente e não tinha um grande repertório, além do mais, não estava ensaiada o suficiente. Claro que a maioria do público não percebeu nada de errado, mas Clapton não gostou da pressão que o grupo estava recebendo já desde seu início.
Imediatamente após, foram para turnês pelos EUA e como o repertório era curto, acabaram tocando sucessos do Cream e do Traffic. A galera foi ao delírio e eles passaram a ser super celebridades. Clapton continuava não gostando de nada daquilo e foi se afastando do grupo até sair definitivamente deixando a liderança para Winwood.
O primeiro (e único) álbum do grupo causou uma enorme celeuma em várias partes do mundo por causa de sua capa (mostra uma menina de uns 10 ou 11 anos nua segurando um avião). Diversas especulações sobre o relacionamento da menina da capa com a banda irritaram profundamente os músicos. Alguns diziam que ela uma gruppie, outros que era "escrava sexual"; capas alternativas foram criadas para alguns países e a capa original se tornou um artigo de luxo para colecionadores de vinil (em minha opinião ficou de muito mau gosto, então coloquei a capa alternativa. Você pode achar facilmente a original no Google).
O sucesso foi tremendo, ficou em primeiro lugar tanto na Inglaterra quanto nos EUA e vendeu milhares de cópias.
Ouça: Blind Faith (1969)
Após sua saída do Faith, Eric quis se afastar um pouco dos holofotes e passou a tocar nas bandas dos amigos como sideman. Participou de turnês e gravações de discos de George Harrison, Ringo Star, John Lennon (todos ex-Beatles), Dr. John, Leon Russell, Billy Preston e Dellaney Bramlett - este último foi importantíssimo, pois incentivou Clapton a escrever letras e a cantar.
DEREK & THE DOMINOS
Em 1970, Clapton arrumou mais uma turma de feras e formou de novo um super grupo. A banda se chamaria "Eric & Friends", depois "Eric & Dynamos". "Dynamos" virou "Dominos" por um erro do cidadão que "registrou" a banda. Ainda não satisfeitos, utilizaram um dos primeiros apelidos de Clapton: "Del", mais seu próprio nome: Erick e aí fecharam como "Derek & The Dominos".
Os integrantes do grupo eram Bob Whitlock (teclado), Carl Radle (baixo), Jim Gordon (bateria) - todos ex-integrantes do grupo Delaney, Bonnie & Friends, o qual Eric também tocou - e Duanne Allman, da Allman Brothers Band.
Nessa época, Clapton estava perdidamente apaixonado pela mulher de seu amigo George Harrison, Patti (foto). Sem coragem para se declarar, compôs uma série de músicas que tinham como tema o amor platônico. O sucesso "Layla" foi feito inspirado nela.
Esta banda também teve vida curta devido a vários problemas que ocorreram: Clapton estava afundado no vício em heroína e teve que ser internado; Jimi Hendrix, seu grande amigo e "rival" na guitarra falecera causando grande abalo em nosso homenageado; Duanne Allman também morreu, só que em um acidente de moto e o disco lançado pelo grupo, apesar de excelente, recebeu duras críticas e foi um fracasso nas vendas.
A partir desse momento, nosso herói encostou a guitarra e deu um tempo com a música.
Layla & Other Assorted Love Songs
Considerado por muitos o melhor disco da história de Eric Clapton, e um dos melhores de todos os tempos, este álbum duplo é uma obra passional.
É formado por clássicos do blues como Nobody Knows You When You're Down And Out, It's Too Late, Have You Ever Love a Woman e Key to the Highway, e composições próprias como Layla, Tell The Truth e outras.
A produção foi de Phil Spector e do próprio George Harrison. Há uma lenda de que o técnico de som que operava a mesa, em um dia de gravações, levou duas beldades para a sala de controle e elas acabaram derrubando café na mesa de som danificando algumas gravações.
Disco obrigatório para todo o fã de música!
Ouça: Layla & Other Assorted Love Songs (1970)
Na terceira e última parte do artigo, veremos como nosso herói venceu os problemas, retornou triunfalmente e construiu uma sólida e duradoura carreira solo. Não perca!
Texto: Rodrigo Nogueira
Fontes: Site oficial de Eric Clapton e Wikipedia
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2 comentários:
Phil Spector não tem nada a ver com a produção do álbum Layla, que foi produzido por Tom Dowd (que produziu vários álbuns do EC depois disso).
Verifiquei outras fontes e vi que você está certo amigo, Spector apenas contribuiu na faixa Tell The Truth. Obrigado pela correção.
Abç!
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