Fiz um breve histórico da carreira de Iggy Pop no post em que tratei do disco The Idiot (também de 1977), confira!
Lust For Life (1977)
Dowload: Lust For Life
CURIOSIDADES DO ÁLBUM
- Representa o retorno ao som mais vigoroso da época dos Stooges;
- David Bowie toca piano e participa dos vocais;
- The Passangers narra experiências turbulentas que Iggy teve no passado
OUÇA AS FAIXAS E COMPARE COM A ANÁLISE MUSICAL:
DESTAQUES EM VERMELHO
01 – Lust For Life
00:00 – o négócio já começa a todo vapor. O batera arrebanta a caixa, o bumbo e o chipô vai aberto mesmo; 00:05 – a guitarra se apresenta, acompanhada do baixo; 00:15 – após a deixa do baixo, entra a segunda guitarra; 00:53 – entra o teclado na mudança de acorde; 01:12 – tome vocal! 02:00 – para todo mundo (repare que tem gente que até atravessa) e fica só a bateria, logo o baixo volta, guitarras e finalmente o canto; a coisa segue sem parar. A música só acaba com o fade.
02 – Sixteen
00:00 – teclado e cow bell, a voz já vai lá para cima; 00:08 – a guitarra se mostra e em seguida a bateria trás o punk; 00:55 – tudo é retomado, a energia permanece e o teclado faz acordes agudos no contratempo; 01:33 – volta o cow bell, o teclado e a voz, a guitarra e por último, a bateria; acaba no fade novamente.
03 – Some Weird Sin
00:00 – a banda entra com peso e a guitarra solo só nos arpeggios; 00:21 – o baixo vai para a pentatônica enquanto as guitarras tocam dobradas com diferença de uma oitava; 00:32 – a melodia vem do vocal em cima do mesmo arranjo; 00:59 – guitarras dobradas e na sequência a volta ao tema (reparem nos backs: é David Bowie); 01:51 – a bateria freia os ânimos e os acordes da guitarra base ficam em destaque; 02:03 – solo frenético de guitarra cheio de reverb; 02:12 – de volta o canto e o tema; 03:01 – fechamento praticamente instrumental, com destaque para a guitarra base.
04 – The Passenger
A guitarra sincopada anuncia esse clássico que tanta gente regravou, inclusive nosso Capital Inicial (achou que a música era deles né?). A estrutura dessa música é tão simples que qualquer cretino toca. Mas quem disse que música boa tem que ser complexa?
05 – Tonight
00:00 – a bateria apresenta um coro (!?), nosso amigo Iggy é mesmo cheio de surpresas, logo ele entra arrebentando nos vocais para acabar com a harmonia; 00:53 – a harmonia cai no colo do teclado e o canto vai para os graves, a guitarra solo contracanta ao final dos versos, no refrão notamos novamente David Bowie; 02:19 – a guitarra solo repete a melodia e varia um pouco só para trazer de volta a voz grave de Iggy Pop.
06 – Success
Essa música derruba um pouco esse ótimo (até aqui) álbum. Começa com um péssimo introdutório que lembra os piores sertanejos nacionais (credo!). Nítidamente é um sarro que Iggy Pop tira da futilidade. Isso fica claro na letra e a música teria que ser coerente, e é.
07 – Turn Blue
00:00 – um arranjo vocal indica algo diferente, Iggy força uma voz “romântica” e começa a declamar, uma guitarra lânguida acompanha; 00:39 – pausa, Iggy fala sozinho e apresenta-se a Jesus (!?); 00:49 – faz um glissando engraçado com a voz e sinaliza para a volta da guitarra. Pronto, eis uma balada! 01:57 – após uma sequência crescente de acordes da guitarra, o canto vai a um falsete louco e chama a mama e depois sossega, pelo menos até a guitarra crescer de novo e depois, outro “xilique”, só que entra o coro e acalma a pobre criatura que volta a cantar comportado; 02:59 – o coro fecha a estrofe de forma afinadíssima e recebe uma cusparada de Pop; a balada é retomada; 03:46 – o canto se exalta novamente e começa a bradar mas a harmonia continua leve; 04:40 – ele para de cantar e parece que vai rezar, mas na verdade ele conta-nos sua história (muito engraçada); 05:23 – depois de esbravejar bastante ele pergunta para sua mama se pode se masturbar e aí começa… (o canto simula o ato), quando, abruptamente, a música acaba. Ótima!!
08 – Neighborhood Threat
00:00- a guitarra base dedilha, a bateria entra e a guitarra solo indica algumas notas; na sequência, efeitos de teclado e o canto; 00:58 - o refrão; 01:28 – um coro macábro ao fundo; 01:55 – o coro se eleva; as guitarras tomam forma sinistra.
09 – Fall In Love With Me
Um final medíocre para um ótimo álbum. A guitarra faz um agradável blues mas o teclado consegue estragar. A voz aparece com efeitos e a música não decola.
Análise Musical: Rodrigo Nogueira
Curiosidades: 1001 discos para ouvir antes de morrer
‘té mais!
5 comentários:
Ficou bom. Aprovado!!!!!...rs...
bjs
Obrigado!
(putz, que coincidência... acabei de postar um comentário lá no seu blog!)
bjs
LUST FOR LIFE...dançante, empolgante...PHODIGGYDO!!!!!
Fall In Love With Me, final MEDÍOCRE? Aiai. Pra você ver como gosto é subjetivo mesmo.
Olá Vegetable Girl
O que quis dizer com final medíocre é que na minha opinião esta música não está no mesmo nível das anteriores. Isso não significa que a achei ruim, afinal medíocre significa médio.
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