Declan Patrick Aloysius MacManus (nascido em 25 de agosto de 1954), mais conhecido como Elvis Costello é um cantor, compositor e músico britânico. Ele teve participação nos primórdios do cenário pub rock britânico no meio dos anos 70, e mais tarde foi associado aos estilos de punk rock e new wave antes de se estabilizar como uma voz única e original nos anos 80. O alcance musical é impressionantemente amplo. Certo crítico escreveu que “Costello, a enciclopédia do pop, pode inventar o passado sob sua própria imagem”.
MacManus nasceu no St. Mary’s Hospital, em Paddington, Londres, vivendo na região até os dezesseis anos. Já com uma família musical (o pai, Ross MacManus, cantava com Joe Loss), MacManus mudou-se com a mãe para Liverpool em 1971. Foi ali que ele formou a primeira banda, Flip City, com um estilo calcado no pub rock, tocaram até 1976, época em que MacManus passou a viver em Londres com a esposa e filho.
Teve diversos empregos enquanto continuava a compor, e iniciou uma tentativa agressiva de conseguir um contrato, o que provocou o incidente de uma prisão por atitude suspeita no local de uma reunião de executivos de gravadora. Depois de mandar uma fita demo, foi contratado pela Stiff Records. O empresário na Stiff, Jake Rivera, sugeriu a mudança de nome (usando o primeiro nome de Elvis Presley e o nome do meio irmão de sua mãe para formar “Elvis Costello”) e juntou-o com uma banda de country/soft rock chamada “Clover”.
O primeiro álbum de Costello, My Aim Is True (que analiso nesse post), foi de um sucesso comercial moderado, com ele aparecendo na capa usando os óculos que se tornariam sua marca registrada, e beirando uma semelhança chocante com Buddy Holly.
My Aim Is True (1977)
CURIOSIDADES DO ÁLBUM
- A música Less Than Zero foi inspirada no líder facista inglês Oswald Mosley;
- A faixa Alison foi regravada por vários artistas;
- O disco foi gravado num estúdio demo com oito canais. Hoje Elvis o compara a uma cabine telefônica.
OUÇA AS FAIXAS E COMPARE COM A ANÁLISE MUSICAL:
DESTAQUES EM VERMELHO
01 – Welcome To The Working Week
Apenas o arranjo vocal e a guitarra marcando os compassos abrem a música; a melodia é acelerada e surge um animado rock.
02 – Miracle Man
00:00 – a guitarra base cheia de reverb contrapõe a guitarra solo limpa; 00:07 – sobre esse clima entra o canto; 00:23 – após meia escala do baixo entra o refrão desse rockabilly; 00:56 – após o breque, toda a fórmula é repetida; 01:43 – retorno à introdução das guitarras e novamente o tema e o refrão.
03 – No Dancing
00:00 – a guitarra dá o tom e a bateria marca o compasso; 00:15 – o violão bate os acordes, o ritmo acelera e o backing vocals se apresentam; 00:24 – o refrão bem arranjado; 00:47 – de volta à introdução e refrão; 01:18 – o tom é elevado e a guitarra vai para o contracanto; 01:30 – só voz e bateria, aos poucos a banda retorna; 01:48 – arranjo inicial, o tema é repetido – lembra uma música dos Wanderers. A música finaliza na dominante.
04 – Blame In On Cain
Um blues anos 50 com direito a solo de guitarra e paradinha.
05 – Alison
Balada com bateria marcada na lateral da caixa e contracantos de guitarra. Bem bonitinha.
06 – Sneaky Feelings
O som é descontraído, a banda apresenta o tema e logo o canto entra. Um pop com nuances de blues. Lembra uma tarde na praia.
07 - (The Angels Wanna Wear My) Red Shoes
Um animado pop, tipo anos 60. A banda recebe o incremento de um teclado.
08 – Less Than Zero
00:00 – duas guitarras dobram os acordes iniciais, uma no grave e a outra no médio; 00:09 – entra o canto, uma guitarra marca o compasso e a outra fica em síncopa; 00:27 – elas voltam a se encontrar com acordes mais fortes; 00:32 – breque, refrão com o acréscimo de um órgão; 01:00 – tudo é retomado sem diferenças mais duas vezes até que a guitarra ensaia um solo mas a música acaba num fade.
09 – Mystery Dance
Um rockabilly tipico do grande Jerry Lee Lewis, com direito a paradinha, piano frenético e solo de guitarra.
10 – Pay It Back
Um agradável blues animado com destaque para o baixo variando na escala pentatônica. Despretensioso.
11 – I’m Not Angry
00:00 – a guitarra abre já solando enquanto o teclado em staccato preenche os espaços; 00:13 – o canto entra com um rufar da bateria ao fundo; 00:34 – aparece o refrão pela primeira vez, é interessante notar a mesma inspiração para quase todas as faixas do álbum; 00:46 – após uma quinta dada pela guitarra, as cores mudam e o teclado vai para um ágil country e a guitarra muda até de timbre; 01:01 – um curto solo de guitarra e tudo é repetido 01:56 – o refrão vai até o final e a guitarra incendeia tudo.
12 – Waiting For The End Of The World
Mais um blues. Mais ou menos a mesma ideia melódica de sempre e um refrão pegajoso, boa para as FMs.
Análise Musical: Rodrigo Nogueira
Fonte Histórica: Wikipédia
Curiosidades: 1001 discos para ouvir antes de morrer
‘té mais!
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