O Television foi formado em 1974 na cidade de Nova Iorque, foi a primeira banda de punk rock a tocar no CBGB (famoso pub de Manhattan onde bandas punks consagradas apareceram pela primeira vez), abrindo a cena para outras grandes bandas com Ramones e Patti Smith.
Antes de chamar-se Television, a banda tinha o nome de The Neon Boys, com Tom Verlaine (vocal, teclado e guitarra), Billy Ficca (bateria) e Richard Hell (baixo e vocal). Richard e Verlaine eram amigos de colégio e se mudaram para Nova Iorque em 1972 após abandonarem a escola.
No final de 1973, os três mudaram o nome da banda para Television e chamaram Richard Llyd para ser o segundo guitarrista.
Em 1975, Richard Hell saiu da formação por problemas de relacionamento com Verlaine pois ambos queriam maior posição na criatividade do grupo.
O álbum analisado hoje foi o único bem sucedido da banda, tanto de crítica quanto de público e graças a ele, o Television é considerado por alguns como uma das melhores bandas de todos os tempos.
Marquee Moon (1977)
CURIOSIDADES DO ÁLBUM
- De todas as bandas que se lançaram no clube CBGB’s, o Television foi a que teve menos sucesso comercial;
- Marquee Moon, a seu jeito, é tão radical quanto o melhor do Led Zeppelin;
- Nick Kent, crítico da NME, escreveu que “as canções deste álbum estão entre as melhores de todos os tempos”.
OUÇA AS FAIXAS E COMPARE COM A ANÁLISE MUSICAL:
DESTAQUES EM VERMELHO
01 – See No Evil
00:00 – No canal da esquerda, uma guitarra manda um acorde com a célula ritmica da música, em seguida, abre o canal da direita com o baixo fazendo uma nota só aguda e na sequência a segunda guitarra manda o riff de três acordes acompanhado da bateria; 00:13 – aparece o vocal (igualzinho ao do Nando Reis) e tome a melodia! 00:20 – desce para novos acordes e o baixo vai para a escala pentatônica; 00:23 – retornam os acordes iniciais; 00:40 – a guitarra abre para o refrão acompanhado dos backs em resposta e tudo é retomado; 01:50 – a guitarra solo arrepia! E olha que vai até bem para um punk rock; 02:16 – o vocal podre volta e tudo é repassado; 03:09 – o refrão é repetido e conduz ao final com o sempre presente efeito fade. Muito Bom!!!!
02 – Venus
00:00 a 00:20 – A banda executa o fraseado que serve de base para toda a música; a bateria dá o ritmo quase em forma de marcha; reparem no refrão o backing vocal desencontrado; 01:15 – tudo é repetido;02:12 – a guitarra sola com um fraseado simples limpo, destaque para a linha de baixo; 02:40 – retorna a marcha e o tema que conduz ao refrão e, com ele, a música é finalizada.
03 – Friction
00:00 – a guitarra base marca o andamento, a bateria dá a entrada para a banda, a guitarra solo faz meia escala descendente e o vocal entra; 00:37 – a guitarra solo vai para o contracanto; 00:56 – ponte e refrão; 01:17 – fraseado do baixo e o tema é retomado; esse som lembra muito alguma trilha sonora de algum filme do Robert Rodriguez, tipo Um Drink No Inferno; 02:38 – solo com o guitarrista correndo o braço do instrumento; 03:11 – o tema retorna mas a bateria e a guitarra solo fazem um trabalho mais elaborado; 03:51 – a guitarra solo volta a ter destaque e conduz a música até o seu final, acompanhada dos backing vocals.
04 – Marquee Moon
00:00 – no canal da esquerda, a guitarra base faz duas notas dobradas nas cordas mi em staccato e sincopada; 00:09 – entra o baixo e no canal da direita, a guitarra solo faz dois acordes em trinados, bateria e, por fim, a voz; 01:06 – um belo fraseado em escala menor abre para o refrão, a composição do baixo e da guitarra solo são ótimos, finalizando com um breque num acorde menor bem típico do Led Zeppelin; 01:37 – baixo e bateria, após, tudo é revisto; 02:58 – a guitarra solo arrepia (nem parece um grupo punk!); 03:14 – novamente o tema; 04:28 – breque – volta a guitarra base sincopada, logo após, baixo e bateria; 04:52 – a guitarra solo soa com apenas uma nota sendo repetida e logo em seguida inicia um solo bem simples e indolente, a bateria “tenta” quebrar um pouco o ritmo; 08:43 – aparecem vários arpeggios de guitarra dando outra cara para a música (ficou bom); 09:18 – só a cozinha; logo após o tema é repetido novamente com o retorno do vocal; 10:24 – cadência para o final ralentado e com um acorde de tônica. Ótimo trabalho!
05 – Elevation
00:00 – guitarra base novamente sincopada, seguida do baixo e da guitarra solo, a bateria só sinaliza; 00:22 – arpeggios na guitarra e a bateria marcada só na caixa e no chipô introduzem para a melodia; 01:07 o refrão é cantado em staccato; 01:29 – um rápido fraseado de guitarra e o tema é retomado; 02:55 – solo de guitarra, trabalhando principalmente em notas agudas; 03:34 – uma segunda parte embasada por um inédito teclado segurando notas longas; 03:51 – novamente o tema; 04:41 – um acabamento instrumental. Boa música, mas num nível inferior às anteriores.
06 – Guiding Light
00:00 – arpeggios na guitarra e teclado, seguidos do baixo e da bateria abrem a baladinha; 02:44 – solinho de guitarra; 04:34 – fraseado pop (o que é isso???). Essa faixa é totalmente alienígena ao restante do trabalho.
07 – Prove It
Uma surf music, típica dos anos 60.
08 – Torn Curtain
00:00 – Rufar de tambores, fraseado de guitarra acompanhado do teclado em contracanto; 01:09 – refrão depressivo, mais uma balada, destaque para o teclado; 02:02 – tudo é retomado; 03:43 – solo de guitarra dissonante, a bateria faz algumas variações rítmicas e a guitarra fica cada vez mais tensa, até finalmente, retornar a melodia vocal e o refrão. A guitarra sola sobre arpeggios do teclado e a palavra “tears” é repetida constantemente até o fim da música (e do disco), com o fade.
Análise Musical: Rodrigo Nogueira
Fonte Histórica: Wikipédia
Curiosidades: 1001 discos para ouvir antes de morrer
‘té mais!
3 comentários:
Caro, Rodrigo
Andei fuçando seu blog todo! sim, praticamente todo.
Tão logo adentrei neste espaço, gostei do conceito, estilo e, principalmente, de sua proposta.
Criatividade e inteligência aqui, mesclados. Parabéns!
E a mistura da sétima arte com musica, muito me define!
Parabéns, de verdade.
te sigo aqui, serei leitor presente!
Muito obrigado pelas palavras Cristiano, elas são um grande incentivo para eu continuar esse trabalho que é prazeroso, porém árduo.
Sua visita será sempre bem vinda e fique à vontade para dar sugestões sobre o conteúdo.
Aguarde que novidades virão!
Abç
Oi Rodrigo, obrigada pela visita e comentário sobre os Moleskines, no blog Brasil do Bem. Seja sempre bem-vindo! Seu blog tem um visual ótimo e o conteúdo pra quem curte música é completo.
Grande abraço!
Janeisa
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