Olá amigos e leitores, à partir de hoje inicio uma série especial que pretendo postar sempre aos domingos. Nela fugirei um pouco do formato do blog para apresentar também um conteúdo musical, só que com um enfoque diferente.
Aguardo seus comentários para ouvir suas opiniões!
Abçs!
OS INSTRUMENTOS DE PERCUSSÃO
Os instrumentos mais antigos são os que emitem som ao serem simplesmente percutidos. Nas jazidas pré-históricas, aparecem frequentemente soalhas e raspadores de todo tipo, alguns destinados sem dúvida a um emprego extra musical.
As Famílias dos Instrumentos de Percussão
Podem ser classificadas de várias formas. A mais comum (e prática) consiste em dividí-los apenas em duas categorias: os que produzem uma nota musical definida (de som determinado), como o xilofone, e os que simplesmente emitem som, como o bombo e os pratos (de som indeterminado).
Xilofone (som determinado)
Bombo e pratos (som indeterminado)
Outra classificação agrupa-os segundo o material de fabrico: madeira, metal, pele. Quase todos os instrumentos do conjunto orquestral atual inserem-se nestas categorias.
Os instrumentos de percussão mais importantes, orquestralmente falando, são os timbales. Os compositores clássicos ou os do barroco contentavam-se apenas com dois, contudo, em meados do século XIX, quando os requisitos musicais aumentaram, os quatro timbales passaram a ser uma condição fundamental da orquestra sinfônica.
Timbale (Tímpano)
O bombo, o tambor, os timbales e o triângulo estiveram associados até o séc. XVIII às bandas militares. Quando os compositores começaram a ampliar o espectro timbrístico, aqueles novos matizes orquestrais introduziram-se por sua vez, juntos ou separados, nas partituras da orquestra: a “Sinfonia Militar” de Haydn, é um ótimo exemplo disto. Na ópera “Preciosa”, de Weber, constata-se a utilização orquestral precoce da “pandeireta” e as castanholas tornaram-se elemento muito importante da música espanhola no séc. XIX.
Pandeireta e Castanholas
À medida que a vida cultural adquiria aspectos cada vez mais exóticos com o decorrer do século, a orquestra não ficava para trás e passou a incluir gongos, yunkes e “blocos” (woodblocks) no seu sistema. No séc. XX, a influência do jazz e da música latino-americana veio acrescentar à música de dança e de concerto instrumentos como o güiro (reco-reco), as maracas, as “claves” e os bongôs.
O Uso dos Instrumentos de Percussão no Decorrer da História
O uso da percussão de um som determinado é mais antigo de que se poderia supor. Os sinos provém dos mais remotos tempos e eram feitos do mais variado material, até de barro. Das civilizações orientais, passaram ao ocidente com o mesmo significado litúrgico que lá detinham ou como meio de comunicação à distância. Sua junção em conjuntos feitos de bronze, indo dos menores aos maiores formando escalas completas, deu lugar ao carrilhão: este, em vista de seu valor artístico, e para facilitar a execução de peças para ele especialmente compostas, veio a ser dotado de teclado, o qual aciona diretamente os badalos. Nas orquestras, para se obter o mesmo efeito, usam-se tubos de metal pendurados, por isso denominados sinos tubulares e que são percutidos com um martelo. O glockenspiel é um instrumento mais simples, composto por pequenas placas de metal que são golpeadas à mão ou por baquetas: usado por Haendel na sua oratória “Saul”, foi também utilizado por Wagner em várias de suas obras. Já o xilofone tem placas de madeira e tornou-se bem conhecido pelo uso que dele fez Saint-Saëns, na sua “Dança Macabra” e nos seus “Fósseis”, de seu carnaval dos animais.
O maior carrilhão do mundo em Leiria
Carrilhão comum e Tubular Bells
Ouça abaixo a “Dança Macabra” de Camille Saint-Saëns
Reparem que o xilofone é o instrumento que abre a peça (com as pontas da baquetas abafadas), e permance nela por muitos momentos importantes.
Em 01:50 ele tem um grande destaque.
Se prestar atenção, notará outros instrumentos de percussão na obra como os timbales e pratos.
‘té mais!
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