Michael Lee Aday (Meat Loaf), nasceu em 27 de setembro de 1947, nos EUA. É cantor e ator, além de liderar uma banda.
Seu nome artístico significa rolo de carne, prato típico estadunidense, feito com carne picada, queijo, tomate, cebola e especiarias e foi dado por causa de sua forma “roliça”. Aliás, é um dos poucos frontman que existem no mundo glamoroso da indústria musical que estão beeeeem acima do peso, o que denota um certo preconceito.
Inicia sua carreira musical aos 20 anos, em Los Angeles, com a banda Meat Loaf Soul.
Após trabalhar um tempo como mecânico, é contratado para a ópera rock Hair, de estilo hippie, com a qual faz uma digressão pelos EUA.
Gravou um disco em Detroit, com uma cantora chamada Stoney, sendo, os dois, os primeiros cantores brancos a gravar na Motown. Tiveram algum êxito, mas nada espetacular.
Em 1971, decide associar-se ao compositor e pianista Jim Steinman. Dois anos mais tarde decidem ir para Los Angeles para apresentar o seu disco, mas este é recusado em todas as gravadoras. Decidem financiar o disco do próprio bolso.
Em 1976, num concerto em Woodstock, conhece sua mulher, Leslie Edmond, que trabalhava como menager de Bob Dylan e Janis Joplin.
Após gravarem o disco Bat Out Of Hell (que analiso neste post), continuam sem conseguir apoio de nenhuma gravadora. Todd Rundgreen, integrante do grupo Utopia, produz o disco.
Em 1977, sua mulher fica grávida de sua filha Amanda.
Meat Loaf e Jim Steinman decidem fazer uma pausa, mas a gravadora não aceitou, porque queriam lançar um segundo disco (Bad for Good). Segundo parece, Meat Loaf estava com uma infecção nas cordas vocais e isto o fez abandonar o projeto, tendo o disco saído como um trabalho solo de Steinman.
Retorna ao batente só em 1981.
Seus papéis de destaque como ator foram o de Eddie no musical clássico The Rocky Horror Show e de Robert Paulsen no fantástico Clube da Luta.
Bat Out Of Hell (1977)
CURIOSIDADES DO ÁLBUM
- Apesar de nunca ter chegado aos primeiros lugares das paradas britânicas, lá ficou, com idas e vindas, durante quase dez anos;
- Os músicos que acompanharam Meat Loaf na gravação eram das bandas de Bruce Springsteen e de Todd Rundgren;
- Vários videoclips fantásticos promoveram o disco;
- Steinman compôs as músicas desse álbum para o musical Neverland, uma versão rock futurista de Peter Pan, na qual Meat Loaf iria fazer o papel de sininho (?!);
- Steinman compunha também para outros músicos, como por exemplo, Bonnie Tyler. É dele o megasucesso “Total Eclipse Of The Heart”
- Apesar da aparência da capa, não se trata de um heavy metal, está mais para ópera rock.
OUÇA AS FAIXAS E COMPARE COM A ANÁLISE MUSICAL:
DESTAQUES EM VERMELHO
01 – Bat Out Of Hell
00:00 – a guitarra e a bateria anunciam o início da música, um teclado desenfreado se apresenta, a banda logo entra no mesmo ritmo; 00:41 – as guitarras brincam e o hard rock fica mais definido; 01:11 – a guitarra solo mostra a que veio, logo a segunda guitarra a acompanha fazendo uma segunda voz; 01:45 – serenidade: fica só o teclado arpeggiando, quando finalmente entra o canto de Meat Loaf; 02:27 – junto com a segunda estrofe, entra um coro ao fundo; 02:56 – após o rufar da bateria, entra com tudo o refrão; 03:14 – a segunda parte do refrão é como um brado, acompanhado do coro e do teclado, dando uma esvaziada na música para deixar destacada a mensagem do texto; 03:21 – a música muda de textura com a entrada de um órgão; 03:36 – a guitarra trás de volta para o rock e o refrão; 04:38 – riff de guitarra e trinados do teclado e logo depois, a segunda estrofe novamente e o refrão só que ao final dele é incluída uma cadência; 06:10 – mas a música não termina, na verdade a guitarra imitando uma espécie de motor, acelera novamente o ritmo; os acordes do piano preparam para o veloz solo de guitarra; 06:53 – o vocal retorna, a música continua acelerada, mas o arranjo é mudado; 07:39 – voltamos ao chão, Meat Loaf oscila entre a tristeza e a euforia e a banda o segue, até explodir com o título da faixa “Like a Bat Out Of Hell!!!”
02 – You Took The Words Right Out Of My Mouth (Hot Summer Night)
Um diálogo entre um casal totalmente sem noção abre a música; 00:49 – entra a banda, parece um sertanejão, depois da introdução o canto aparece acompanhado do teclado e logo a banda também entra, com a participação dos backing vocals; 04:04 – o título da faixa é repetido e o back faz o contracanto até chegar uma sequência à capela acompanhada de palmas. Uma mistura de sertanejo com música de igreja protestante. Horrível.
03 – Heaven Can Wait
Uma sensível balada de voz e piano. No decorrer, acompanhamento de backing vocals e orquestra de cordas.
04 – All Revved Up With No Place To Go
00:00 – Sax alto e teclado dobram a melodia; 00:16 – a voz entra e a guitarra marca os compassos; 00:31 – a melodia entra numa ascendente com o sax no contracanto e cai no refrão; 01:00 – a melodia do sax e do teclado é repetida e o canto repete a frase anterior até chegar ao refrão; 01:55 – a estrutra é modificada, o sax trabalha nos graves; 02:49 – o solo de sax vai às alturas e não sai mais, quando o canto apresenta novamente o refrão; 03:36 – enquanto a voz sustenta uma nota, a guitarra e o teclado trinam até que o ritmo acelera freneticamente e assim a música termina.
05 – Two Out Of There Ain’t Bad
00:00 – um belo e delicado fraseado do piano, o baixo aponta e o violão entra com arpeggios; logo após o suave e sentido canto com intervenções dos backing vocals; 00:58 – a bateria também participa e anuncia o refrão; 02:12 – na repetição do refrão, entra um arranjo de cordas, enriquecendo ainda mais o trabalho; 02:45 – uma elevação no tom dá um toque mais dramático ao tema; 05:04 – após o refrão, uma suave cadência finaliza esta bela peça.
06 – Paradise By The Dashboard Light
00:00 – a guitarra abre o rockabilly para a entrada da banda; 00:56 – o ritmo desacelera e o o grupo vocal se destaca; 01:12 – um vocal feminino assume e o rockabilly retorna com o apoio do coro; 01:42 – Meat Loaf agora conduz; 02:31 – o refrão fica mesmo com o coro; 03:16 – muda o andamento: fica mais rápido. O canto acelera pressionado pela guitarra; 03:31 – a textura muda e toma ares de disco music e vozes faladas como a de um locutor apresentam a história; 04:28 – uma voz feminina dá um basta e trás tudo de volta para o rockabilly, logo após entrega a música para Meat Loaf, um dueto muito interessante, bem teatral, uma opereta moderna.
07 – For Crying Out Loud
00:00 – novamente o piano abre, o vocal entra logo em seguida, é engraçada a “técnica” de vibrato que ele usa, é bem forçado mas dá mais dramaticidade; 01:36 – o tom parece que muda direto, sem transição e a música acelera um pouco; 03:01 – há uma cadência e o piano parece que finaliza, a orquestra recupera a música e o canto segue; 04:37 – a orquestra entra com o peso dos metais e da percussão, a banda acompanha efusiva; 05:57 – mais uma cadência, mas ainda não é o fim, um belo trabalho das cordas até que tudo para e só resta a voz e o piano; delicadamente, as cordas retornam, seguidas das madeiras; os metais se apresentam imponentes, conduzindo a música para seu fim apoteótico, mas não, desaparecem deixando a finalização para a voz e o piano. Magnífico.
Análise Musical: Rodrigo Nogueira
Fonte Histórica: Wikipédia
Curiosidades: 1001 discos para ouvir antes de morrer
‘té mais!
3 comentários:
Xiiii... Sabes que o passado fim de semana estive a ouvir/ver o Meat Loaf? É um DVD já antigo (claro) mas de vez em quando apetece-me ver. Uma voz extraordinária!
Parabéns pelo artigo. Excelente escolha.
Abraços
Luísa
Meat Loaf é uma das maiores personalidades, varios artistas e produtores adoram trabalhar com eles...fora os shows fantasticos e musicas que são historias, indico 2 sons bunitinhoos dele..."i ´do do anything for love (but i wont do that)" e i´d lie for you ( and that´s the truth); e trabalha muito na TV fez pontas no bom filme Clube da Luta e Black Dog com Kurt Russell. Marcelo Marques
Valeu as dicas!!
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