Por Flávia Nogueira
Musicoterapeuta,
professora de música e musicista
Autora do blog Música e Saúde
Somos rodeados de som e música, bombardeados com um mundo sonoro praticamente ininterrupto. Apesar disso, nosso sistema auditivo é capaz de selecionar e discriminar os estímulos sonoros que nos rodeiam. Por si só, um sistema primitivo no nosso cérebro nos permite discriminar frequência, altura e localização. O sistema primitivo, ou cérebro primitivo, é a camada cerebral mais profunda e antiga, ou seja, a primeira a ser desenvolvida no ser humano, sendo responsável pelos instintos de autopreservação. Assim, a capacidade de selecionar os sons está intimamente relacionada com os instintos de sobrevivência.
A questão é quando os sons são apresentados de maneira complexa, tal como a música, com grandes variações de alturas (notas), harmonias, ritmos e timbres, exigindo do cérebro um número de informações tão grande que o sistema primitivo não dá conta de processar.
Ao analisar uma música, nosso cérebro seleciona de maneira estratégica, antecipando e acomodando as relações a partir de modelos pré-armazenados. Como não é capaz de fazer uma análise da obra como um todo, fragmenta e trabalha de forma seletiva.
Uma mesma música pode trazer elementos novos a cada escuta, armazenando inúmeras combinações, sensações e novas conexões, que possibilitam ao indivíduo um grande número de variáveis. A partir do modo como o cérebro organiza-se para processar a música, é proporcionada a possibilidade de mudanças e adaptações cerebrais únicas, favorecendo desta maneira um excelente potencial tanto para a criatividade como para o aperfeiçoamento cognitivo e reabilitação cerebral, mas também para a manipulação (lavagem cerebral) e até mesmo agente de tortura.
Nos artigos apresentados nesta série, veremos os efeitos que a música proporciona em nossos cérebros. Questões como:
- O "cérebro dos músicos", que comumente é diferenciado, inclusive anatomicamente;
- Maior desempenho do raciocínio proporcionado pela música;
- A importância da música na reabilitação de pessoas que sofreram lesões cerebrais (um dos casos mais conhecidos é o do músico Herbert Vianna);
- Influência da música no organismo (respiração, pressão arterial e outros)
- O uso da música para manipulação das massas;
- Os efeitos negativos da música, ou seja, quando a música faz mal.
Aguardo sua participação! Mande sua pergunta, dúvida e até mesmo sugestões!
Seja bem-vindo à nova série do blog Sons, Filmes & Afins: "Música na Cabeça".
2 comentários:
Olá
Estou passando para desejar um Feliz Natal
Para você e sua Familia.
Saude Paz e Sucesso!
Fiquem com Deus e...
Até aproxima se ELE permitir!
Obrigado Alê!
Tudo de bom pra vc tb!!
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