Franz Liszt |
- 12 - Sonata para piano em si menor (1853) - Liszt
Manuscrito desta Sonata |
A Sonata para piano foi a obra em que o Liszt virtuose arrebatador do piano e o Liszt compositor seminal do início do Romantismo elevaram ao máximo as inerentes contradições de sua irrepreensível personalidade. Não se pode duvidar de que ele conseguiu incorporar a cintilante exuberância de sua escrita pianística à estrutura sinfônica, pois embora, nessa obra, haja muitas páginas abundantes em notas, a consciente tramóia das Rapsódias Húngaras é quase inteiramente evitada. Ele incorporou três movimentos em um único movimento contínuo, assim tornando imprecisas as divisões entre elas. Mas o mais notável foi a técnica de transformar os principais temas iniciais, que voltam a reaparecer ao longo de toda a obra sob os mais diferentes disfarces. Isto pode levar o ouvinte atento a experimentar um certo déja-vu, mas o impacto sobre as técnicas do leitmotiv de Wagner e, por extensão, de alguns processos mentais de Schoenberg, foi incalculável.
Gravação recomendada: Emil Giels (RCA)
Texto extraído da revista Classic CD, Nº 20
AUDIÇÃO
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