Easy Virtue, 2008
Direção: Stephan Elliott. Com Jessica Biel, Colin Firth, Kristin Scott Thomas e Ben Barnes.
Sinopse: Jovem se casa por impulso e leva sua esposa para casa, uma mansão no interior da Inglaterra, e o conflito com sua família é iminente.
Contando com um texto refinado, essa comédia de costumes e de época, nos remete às diferenças culturais e choques entre ingleses e estadunidenses, que havia nos primeiros anos do século XX. Também nos mostra uma aristocracia decadente e hipócrita em contraponto a uma vanguarda confiante.
Jessica Biel interpreta Larita Huntington, uma bela jovem estadunidense, que leva a vida como piloto de corridas e já tem uma bela ficha corrida em relacionamentos e com a justiça. Ela se casa com John Whittaker (Ben Barnes), vindo de uma família aristocrática e tradicional liderada pela mãe, interpretada por Kristin Scott Thomas . John é espirituoso, inteligente e se encantou com a vivacidade de Larita.
Como a família Whittaker contava com a conveniente união de John com sua amiga de infância Sarah; receberam com surpresa e decepção a notícia do casamento, portanto a moça não contou com uma hospitalidade muito calorosa, principalmente da matriarca, que apesar da educação elevadíssima, não perde uma chance de dar alfinetadas em sua nora, que, por sua vez, se mostra uma adversária à altura; o embate fica interessantíssimo e muitas vezes engraçado, mas sem cair no ridículo e nem ser declarado.
Apesar de o humor vir quase sempre do texto, há algumas poucas cenas de comédia pastelão, mas que a meu ver não tiram o brilho do filme.
Pena o elenco não estar à altura do texto, Jessica Biel brilha nas cenas mais descontraídas e quando mostra o lado mais juvenil da personagem, mas ao mostrar o lado confiante e poderoso, sua interpretação fica pouco satisfatória e toma uma “lavada” de Kristin Scott Thomas que parece que tem esse poder inato. Uma atriz que talvez ficasse perfeita para o papel de Larita, se mais jovem fosse, seria Nicole Kidman. Ben Barnes é péssimo, consegue ser mais tolo do que seu personagem e suas expressões “dramáticas” são forçadas; sem dúvida a moça é muita areia para o caminhãozinho do rapaz. Colin Firth faz o sogrão que defende a intrusa no começo só para irritar sua esposa, que, aliás, é o esporte favorito de seu personagem, mas depois o faz por identificação. O senhor Whittaker é um veterano da 1ª Guerra que perdeu o sentido de viver e se arrasta pela casa, indiferente a quase tudo o que acontece ao seu redor. A interpretação de Firth deixa seu personagem irritante e desnecessariamente efeminado.
Como toda mansão de cinema que se preze, temos um hilário e formidável mordomo interpretado pelo desconhecido e bom ator Kris Marshall.
O esperado duelo final entre Larita e Mrs. Whittaker conta com um texto tão bom que é uma pena que dure tão pouco... (não se preocupe, não há bofetadas novelescas, trata-se de trocas de ironias).
Não posso esquecer de mencionar que trata-se de um remake de um filme de 1928, de Alfred Hitchcock.
Recomendo, desde que assistido legendado, pois a dublagem trás sérios danos às sutilezas e trocadilhos do roteiro.
Nota: 6,5
Veja o trailer:
3 comentários:
Esse filme é OTIMO, fui atraído num primeiro momento por Colin Firth mas depois...que delícia, divertidíssimo!!!
Parabéns pela postagem
Muito obrigado Júnia, também achei o filme bem legal!
Abç!
Colin Firth é demais, adoro esse filme :D
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