SÁBADOS DE JAZZ APRESENTA:
HERBIE HANCOCK
Seus pais eram músicos, começou a tocar na igreja… – ou seja, a mesma história de sempre. Só um detalhe: Herbie não gostava de jazz, ele tocava música clássica!
Herbert Jeffrey Hancock, nasceu dia 12 de abril de 1940 em Chicago, EUA e é pianista/tecladista e compositor. Criança-prodígio, começou aos 7 anos e aos 11 já tinha no currículo apresentações do Concerto em Ré Menor para piano de Mozart e composições de Mendelssohn, Chopin e outros autores de música clássica. Aos 13 anos de idade teve sua primeira experiência com o jazz quando ouviu um trio formado por colegas da escola de música que cursava. Ao concluir o segundo grau, seu interesse por tecnologia o levou a se matricular na faculdade de engenharia, mas não tardou muito e sua paixão musical o conduziu para a transferência para a faculdade de música, na qual é formado.
Sua maior influência, em suas primeiras composições, era o mestre Bill Evans, mas em seus improvisos, já mostrava um estilo particular. No final de 1960, foi convidado para substituir o pianista do grupo do trompetista Donald Byrd e foi excursionar em Nova York. Lá realizou sua primeira gravação, acompanhando o saxofonista e colega de grupo Pepper Adams, o disco chama-se Out Of This World. Em 1961, finalmente gravou seu primeiro disco como líder: Takin’ Off, e sua música combinava o talento de Bill Evans, a energia de Bud Powell, a flutuação rítmica de Wynton Kelly e o sabor funk de Horace Silver.
Quando gravou seu segundo disco, contou com o baterista de 17 anos Tony Williams, que também tocava na banda de Miles Davis. Quando Miles precisou de um novo pianista, Williams indicou Herbie, que imediatamente foi contratado e ajudou a formar o melhor grupo de jazz dos anos 60, que era composto, além de Miles, Hancock e Williams, pelo saxofonista Wayne Shorter e pelo baixista Ron Carter (p.q.p.!!). O grupo ficou junto até 1968.
Hancock compôs para o cinema e sua maior proeza nessa área foi a trilha sonora do filme Round Midnight (em que também atuou), que lhe rendeu um Oscar por trilha sonora e outro de melhor ator ao seu colega e amigo, o saxofonista Wayne Shorter.
Até aqui, a carreira de Herbie só recebia elogios, mas influenciado por Miles Davis, quis ampliar seu espectro musical incluindo equipamentos eletrônicos em seus arranjos e flertando muito com outros gêneros, como o rock, o pop, a disco, etc; chegando até a emplacar clipes na MTV. Foi repetidas vezes chamado de “vendido”, respondia que queria usar sua influência para incentivar o multiculturalismo.
Na década de 1980, ele se apresentou e gravou com músicos brasileiros como Tom Jobim, Milton Nascimento, Gal Costa e Dori Caymmi.
Em 1998, surpreendeu a todos ao lançar o álbum Gershwin’s World, elegante projeto dedicado ao centenário deste compositor clássico.
Herbie Hancock é um músico eclético, mas acima de tudo, um jazzista que não tem medo de ousar.
“Quero fazer tudo que for possível para me tornar uma força de incentivo pelo multiculturalismo”.
Herbie Hancock.
Digamos que essa também é minha intenção com o blog Sons, Filme & Afins.
EM AÇÃO!
AUDIÇÕES
Do disco Jazz Profile:
01 – Cantaloup Island
02 – Empty Pockets
03 – Eye Of The Hurricane
04 – I Have A Dream
05 – Jack Rabbit
Fonte: Coleção Folha Clássicos do Jazz, Nº 2
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