Série Álbuns Históricos 1979 - 17/43
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Ficha corrida da banda
Nacionalidade: inglesaPeríodo de atividades: 1976 a 1986
Site Oficial: http://www.theclashonline.com
Estilo/Gênero: Rock/Punk rock
Álbuns de estúdio: 6
Membros em 1979: Joe Strummer (vocal e guitarra base), Mick Jones (vocal e guitarra solo), Paul Simonon (baixo e backing vocals) e Topper Headen (bateria e percussão)
Bio - 1ª Parte
Black Swan atualmente |
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Após a estreia, os integrantes das duas bandas resolveram ir juntos ao clube Dingwalls para ouvirem os precursores do punk, os novaiorquinos Ramones. Lá encontraram seus desafetos da banda The Stranglers e o pau quebrou. Os integrantes do Stranglers eram mais velhos e, apesar de também tocarem punk, não faziam parte da panelinha encabeçada pelos Sex Pistols.
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Fazendo uma auto-crítica, os caras do Clash resolveram que só iriam tocar ao vivo novamente depois de aperfeiçoarem mais seu som e músicas. Um mês depois da primeira apresentação e com algumas canções novas, resolveram se apresentar para um pequeno grupo de amigos e alguns críticos do meio. A recepção foi extremamente positiva e a crítica colocou o Clash no mesmo nível dos Pistols em termos de fúria e estilo, representando uma séria ameaça à supremacia deles.
29 de agosto daquele ano marcou o retorno da banda e o palco do Screen of the Green ficou pequeno para o desempenho deles, dos Buzzcocks e dos Sex Pistols - o lugar literalmente tremeu e o Clash passou então a ser uma das bandas mais admiradas do punk, estava na hora de gravar o primeiro álbum. Mas antes, acusado de ser rápido demais na guitarra, Keith Levene foi mandado embora e o Clash que tinha três guitarristas, ficou com dois. Dois anos depois, Levene juntou-se a John Lyndon (vocalista dos Sex Pistols) para formarem a banda post-punk 'Public Image Ltd.', mas aí é outra história.
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No início do ano de 1977 (o chamado "Ano Punk"), a juventude inglesa estava totalmente contaminada pelo movimento punk, e os empresários das gravadoras viram uma ótima oportunidade de ganhar dinheiro, então começou uma corrida para apanharem o máximo de bandas para seus selos e o The Clash era uma das favoritas. Fecharam com CBS e o primeiro disco foi para as lojas em abril de 1977. Esse disco histórico ganhou um artigo aqui no blog só para ele, confira no link abaixo.
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Apesar do enorme vendagem na Inglaterra, o primeiro disco do Clash não foi lançado nos EUA sob a alegação de ser muito pesado. Diante disso, os empresários "sugeriram" à banda que fizesse um segundo álbum mais leve, com o objetivo de penetrar no maior mercado consumidor do mundo e foram atendidos; em 1978 saiu o pasteurizado 'Give 'Em Enough Rope', que escancarou as portas dos EUA e levou a banda ao mainstream, à turnês bem sucedidas e às paradas de sucesso.
Nos álbuns citados,algumas experimentações foram feitas com misturas de gêneros musicais que chegaram ao auge em 1979 com o lançamento do álbum 'London Calling'. Ritmos como o ska, o reggae e o rockabilly foram incorporados ao punk e as letras passaram a tratar de política. Mesmo os integrantes da banda não tendo muito conhecimento nessa área, deram vazão à revolta popular, apesar de não estarem teoricamente bem fundamentados.
London Calling (1979)
Cotações da crítica especializada
All Music Guide(0 a 5): 5
PopMatters: muito favorável
Pitchfork (0 a 10): 10
Mojo (0 a 5): 5
Blender (0 a 5): 5
Rolling Stone (0 a 5): 5
Robert Christgau: A+
Paste (0 a 5): 5
Punknews.org (0 a 5): 5
Curiosidades do álbum
- Foi o testamento definitivo da banda, depois do manifesto punk de seu primeiro álbum
- Atribui-se muito dos méritos dele ao produtor Guy Stevens que soube extrair todo o potencial da banda.
- A capa é quase uma cópia da do primeiro álbum de Elvis Presley, mas a imagem de Simonon prestes a quebrar o baixo deixa bem clara a alma punk do disco.
- É um dos raros discos que tem o poder de definir sua época e mostram seus criadores no auge do talento.
- Foi lançado como um álbum duplo.
Audição comentada
Meus destaques em vermelho
01 - London Calling
Guitarra ritmada, andamento moderado e baixo independente. A guitarra torna-se sincopada e depois varia novamente para ritmada.
02 - Brand New Cadillac
Um rockabilly com vocal poderoso. Contracantos da guitarra e solos de puro rock'n' roll.
03 - Jimmy Jazz
Apenas uma guitarra longínqua e assobios. O canto entra lamentoso e o ritmo é daqueles que servem para acompanhar sapateados. O ritmo é alterado para o blues e instrumentos de sopro compõem a harmonia. O solo é do sax tenor. Uma composição curiosa vinda de uma banda punk.
04 - Hateful
Uma composição interessante de ritmo quebrado com temática punk.
05 - Rudie Can't Fail
O contracanto vem agora dos sopros. O canto brinca de pergunta e resposta. Sem dúvida fica nítida a originalidade do The Clash.
06 - Spanish Bombs
Uma bela melodia inspirada diretamente nos anos 50 e seus encadeamentos de meios-tons.
07 - The Right Profile
Guitarras em stacatto acompanhando o ritmo da bateria, muito sopros e sax matador.
Guitarras em stacatto acompanhando o ritmo da bateria, muito sopros e sax matador.
08 - Lost in the Supermarket
Mais próxima do pop, mas ainda assim interessante.
Mais próxima do pop, mas ainda assim interessante.
09 - Clampdown
10 - The Guns of Brixton
11 - Wrong 'Em Boyo'
12 - Death or Glory
13 - Koka Kola
14 - The Card Cheat
15 - Lover's Rock
16 - Four Horsemen
17 - I'm not Down
18 - Revolution Rock
19 - Train in Vain
Texto: Rodrigo Nogueira
Fonte histórica: Wikipedia
Curiosidades: 1001 discos para ouvir antes de morrer
4 comentários:
Olá, Amigo
Gostei muito do teu artigo, bem escrito sobre uma excelente banda. Parabéns pelo texto e bela homenagem! Na minha opinião, como baixista, faltou um comentário sobre a "Guns of Brixton" que tem uma linha de baixo simples e genial, além do back in vocal Ohhhh, ohhh, Guns of Brixton. Mas se tratando do Clash, mais ainda com o London Calling, fica complicado escolher qual a melhor, não é?
Valeu!
Olá amigo baixista! Obrigado por participar e pelos elogios! A ideia era comentar todas as faixas, mas por faltar tempo, só consegui até a Lost in Supermarket... Então valeu pelo seu complemento!
Venha nos visitar mais vezes.
Abraço!
Concordo com o anônimo: texto muito bom e fiel ao sentimento punk.
Valeu Harley!
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