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James Newell Osterberg – mais conhecido como Iggy Pop, nasceu em Muskegon, EUA, em 21 de abril de 1947. É um músico de rock.
Na infância, Iggy Pop era um garoto tímido e introvertido. Em meados dos anos 60, ele tocou bateria num grupo de garotos de sua escola, The Iguanas. O nome artístico, aliás, surgiu devido ao nome da primeira música da banda colegial.
Em 1969, surgia The Stooges, com Ron Asheton na guitarra, Scott Asheton na bateria e Dave Alexander no baixo (que foi demitido após o segundo álbum, abrindo vaga para James Williamson, guitarrista, enquanto Ron assumia o baixo), banda que liderou durante cinco anos. Ao fim da banda, Iggy Pop decidiu partir para a carreira solo.
Em 1977, recebeu a ajuda de seu amigo David Bowie para produzir seus primeiros dois LPs solo: The Idiot (que analisarei neste post), e Lust For Life (que veremos em breve). O primeiro disco incluiu a música China Girl, que mais tarde seria um sucesso de Bowie no álbum Let’s Dance, de 1983.
É bom ressaltar que, apesar de ser um movimento inglês em sua origem, o punk deve sua existência à influência de Iggy Pop e dos Stooges, mas seus álbuns solo lembram remotamente este estilo musical
The Idiot (1977)
CURIOSIDADES DO ÁLBUM
- Pouco antes de gravá-lo, Iggy Pop estava se recuperando em uma clínica psiquiátrica.
- Nenhuma gravadora queria lhe dar uma chance, só conseguiu gravar com o aval de seu amigo David Bowie
01 – Sister Midnight
00:00 – Repique da bateria intercala com o teclado enquanto o riff é dado pela guitarra e o tom pelo baixo; 00:13 – entra a voz de barítono de Iggy Pop sempre acompanhada de backing vocals quando canta o nome da música; 01:17 – guitarra executa notas longas e distorcidas com reverb encima do riff; 02:05 – o tom de voz aumenta; 02:15 – novamente a guitarra com reverb só que com outra fazendo segunda voz; 02:57 – retorna o canto dolente que vai progressivamente se elevando chegando quase ao êxtase, devido ao riff hipnótico.
02 – Nightclubbing
00:00 – Levada disco de bateria eletrônica e teclados nos transportam a um cabaré; 01:10 – entra a voz soturna de Iggy Pop; 01:46 – uma guitarra bem suja e rock ’n roll deixa claro que trata-se de uma paródia que o artista está fazendo com o estilo.
03 – Funtime
00:00 – som de microfonia, chiados e até alguém tossindo, abrem a música; 00:09 – a bateria eletrônica marca a melodia quase falada executada pela voz, enquanto um backing vocals macabro soa ao fundo; 01:06 – a guitarra se intromete fora de tom criando uma grande dissonância, como se fosse o apito de trem; 01:21 – a melodia é retomada; 01:43 – o refrão retorna com o backing fazendo um intervalo provavelmente de segunda, trazendo de volta a dissonância; 02:02 – o “trem” retorna e as vozes acompanham com algo semelhante a uma ola, e assim a música termina, em 02:55.
04 – Baby
O baixo, com apenas duas notas e o teclado abrem os trabalhos, logo são seguidos da voz, da guitarra e do refrão; 00:25 – vamos à primeira estrofe com caráter bucólico proporcionado pelo barítono; 00:37 – aparece um órgão fantasmagórico seguido pelo refrão e depois, tudo é retomado e segue repetindo até o final da música em 03:25.
05 – China Girl
00:00 – Iggy Pop já entra cantando e de uma forma muito parecida com a maneira de seu amigo David Bowie, a guitarra faz o contracanto e o teclado toca com um timbre e uma sequência de notas à chinesa; 00:28 – ponte e refrão sem muitas mudanças na harmonia; 00:48 – preparação para mudança de tom, que ocorre em 01:03 – a guitarra passa a “cavalgar” no acompanhamento até abrir com sequências de dois acordes descendentes em 01:34; 01:51 – a música toma outros ares com a melodia ascendente até culminar em gritos do vocal em 02:05, acompanhado do baixo e do teclado em strings, abrindo ainda mais o som, que é preparado para a surpresa dos saxes que passam a integrar a harmonia em 02:08; O vocal fica mais comedido, mas a harmonia continua em êxtase até que em 02:43 ele também é contaminado; 02:50 – a guitarra volta a cavalgar e a melodia vocal desce até os graves novamente e os “sinos” chineses retornam; 02:57 – agora a voz torna-se súplica, até cessar em 03:08 – a banda assume a harmonia e o sax a melodia; 03:51 – a guitarra volta a cavalgar, só que agora acompanhada do baixo no mesmo ritmo; caminhamos para o final instrumental, onde as guitarras fazem duas vozes, o teclado fica nas alturas e o sax faz o contracanto.
06 – Dum Dum Boys
00:00 – estalar de dedos e uma conversa; 00:09 – a guitarra dá os primeiros acordes; 00:34 – entra a batera, o baixo e outra guitarra usando bastante a alavanca; 01:01 – vem o riff seguido do canto; 03:18 – um breve interlúdio instrumental que vai até 03:42 – quando retorna o refrão; 06:13 – a harmonia muda com destaque para o baixo e assim vai até o final em 07:13. A estrutura melódica e a voz lembram muito alguma coisa do The Doors.
07 – Tiny Girls
00:00 – um suave e amadeirado sax tenor embala acompanhado da banda; 00:52 – o vocal entra ao lado de uma guitarra sincopada; 02:04 – o sax retorna solando só que agora de forma mais contundente, conduzindo a música ao seu final em 03:00.
08 – Mass Production
00:00 – efeitos diversos; 01:04 – a banda entra e logo em seguida o vocal mostra uma melodia gótica; 02:51 – o refrão; 03:32 – um acorde dissonante traz a música de volta ao tema; 04:13 – a guitarra cheia de efeitos em sonoridade grave logo é superada por um sintetizador distorcido levando cada vez mais para o agudo; 05:25 – novamente o refrão; 06:06 – o acorde dissonante novamente traz a música de volta ao tema só que desta vez arrasta consigo o sintetizador agudo e o vocal monótono, constante e repetitivo. A sonoridade geral nos leva (ouvintes) a uma espécie de tranze; 07:44 – só restou o som incômodo que lembra uma furadeira e a música acaba em 08:26. Não esqueça de pedir para alguém estalar os dedos para você despertar!
Análise Musical: Rodrigo Nogueira
Fonte Histórica: Wikipédia
Curiosidades: 1001 discos para ouvir antes de morrer
‘té mais!
5 comentários:
muitos astros foram introvertidos na infância, curioso não?
É verdade, acho q deviam ser reprimidos pela família ou se sentirem estranhos perto dos amigos. Um belo dia adquirem confiança e botam pra fora em forma de arte.
Obrigado pela visita e volte sempre!
" LUST FOR LIFE É MARAVILHOSO".....
Aguarde! Logo logo tratarei deste disco! Abç!
A não ser, é claro, q vc esteja se referindo ao conceito...
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