Franz Schubert |
- 23 - Fantasia "Wanderer" em dó maior para piano, Op. 15 (1822) - Schubert
Depois dos contrastes bem equilibrados do período clássico, os compositores do século XIX buscaram a unidade na variedade - relacionando os movimentos separados de uma sonata ou obra sinfônica com temas comuns. Os quatro movimentos da Fantasia Wanderer de Schubert são tocados continuamente e comandados por um dactílico comum (longa-breve-breve), embora passe para um rápido compasso ternário no Scherzo.
Schubert baseou-se em sua lúgubre e fatalista canção Der Wnderer, que surge no segundo movimento como tema de um conjunto contínuo de variações, atingindo seu clímax em uma tempestade que se aplaca para a entrada do Scherzo. Este, por sua vez, é seguido de uma enfática fuga que relembra o tema inicial do vigoroso primeiro movimento, em que o ritmo dactílico é martelado insistentemente. O milagre é que Schubert atribuiu a esta composição "protocíclica" um irresistível senso de narrativa fluída ao não permitir que nenhum movimento se completasse por si mesmo, mas dependesse de seus companheiros. Liszt fez um arranjo em forma de concerto da Fantasia de Schubert para piano e orquestra, e a obra também lhe inspirou algumas de suas grandes composições (principalmente seus concertos para piano) que também se aresentam em vários movimentos conectados e construídos a partir da metamorfose dos temas.
Influenciados: Liszt
Gravação recomendada: Evgene Kissin (DG)
Texto extraído da revista Classic CD Nº 20
AUDIÇÃO
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