Os Talking Heads duraram de 1977 a 1991. Primeiramente, o grupo era formado apenas pelo escocês David Byrne (vocal e guitarra) e por Chris Frantz (bateria). Eram conhecidos como “The Artistics”, ou, “The Autistics” pelos detratores. A banda surgiu nos corredores da Rhode Island School of Design. Logo, a namorada de Chris, Tina Weymouth se juntou ao grupo tocando baixo e o nome da banda mudou para como o conhecemos hoje.
Se lançaram, como várias outras bandas da época, no (hoje) famoso clube CBGB, abrindo shows para os Ramones. Nessa época, incorporaram ao time o tecladista, dissidente dos Modern Lovers, Jerry Harrison, e assinaram com uma gravadora. Ainda em 77, gravaram seu primeiro LP, que não foi muito bem recebido pois misturava punk e new wave com algumas “excentricidades” (nota: eu achei um saco).
No ano seguinte, lançaram o álbum que é meu objeto de estudo neste post: More Songs About Buildings & Food, que trás a colaboração do já experiente produtor e músico Brian Eno (Roxy Music e David Bowie). Foi melhor recebido pela crítica e deu um status positivo à banda. Vejamos abaixo como ficou:
More Songs About Buildings & Food (1978)
Download: More Songs About Buildings And Food
CURIOSIDADES DO ÁLBUM
- A capa modernista foi criada por Byrne, que mostra os quatro Heads reconstruídos como uma grade, dá apenas uma pista do caráter experimental do álbum.
- As letras são excêntricas e auto-referentes.
- “Take Me To The River”, é um cover de Al Green.
OUÇA AS FAIXAS E LEIA OS COMENTÁRIOS:
DESTAQUES EM VERMELHO
01 – Thank You For Send Me An Angel
Uma cavalgada. A guitarra marca os compassos. O canto é entremeado de “gritinhos”. O resultado final é bom.
02 – With Our Love
Com destaque para o pulsar do baixo e a guitarra no contratempo, a música recebe um groove interessante.
03 – The Good Thing
A entrada da voz de Byrne é tão feia que até assusta. Logo nos acostumamos. O teclado trás uma batidinha pop que lembra alguma coisa da dupla Hall & Oats (lembra do loiro e do negro com bigodinho cafageste?)
04 – Warning Sign
Mais uma vez, o baixo se destaca. O canto abusa das dissonâncias. O arranjo é interessante, mas a voz é muito agressiva na maioria dos momentos.
05 – The Girls Want To Be With The Girls
O new wave lembra muito o trabalho do Devo, principalmente na forma de cantar. Mais um arranjo inusitado.
06 – Found A Job
O groove retorna, a guitarra pede um pedal wah-wah, mas ele não é utilizado e sua sonoridade fica crua.
07 – Artists Only
Muito teclado. A música lembra muito trilha sonora de seriado antigo. Você pode achar que estou de implicância, mas a voz Byrne consegue estragar mais um arranjo criativo.
08 – I’m Not In Love
Um agradável balanço com um quê de música country.
09 – Stay Hungry
O cara é muito desafinado! Se essa fosse apenas instrumental ficaria melhor.
10 – Take Me To The River
Mais cadenciada e cantada de modo mais “normal”, apesar de insistir nos arroubos de agudos em falsete. Byrne deveria ter aprendido com o mestre Al Green algumas técnicas de falsete para fazer um trabalho melhor, ainda mais nessa música.
11 – The Big Country
Mais um tema inspirado no country. Pouco criativo, lugar comum. Incrível como Byrne não consegue fazer uma única nota de forma precisa. Ele pode ser o motor criativo da banda, aliás faz arranjos muito bons; mas para cantar é lamentável.
Comentários e adaptação do texto: Rodrigo Nogueira
Fonte Histórica: Wikipédia
Curiosidades: 1001 discos para ouvir antes de morrer
‘té mais!
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