Foi um domingo maravilhoso!
Visitamos o museu do Ipiranga e depois fomos ver o show.
Eu e Flávia
O palco armado e o pessoal chegando. Dianne no centro.
O show foi demais!!
‘té mais!!
O universo musical é bem mais amplo do que o que a mídia nos mostra!
Foi um domingo maravilhoso!
Visitamos o museu do Ipiranga e depois fomos ver o show.
Eu e Flávia
O palco armado e o pessoal chegando. Dianne no centro.
O show foi demais!!
‘té mais!!
Direção: Paulo Thiago. Com Murilo Rosa, Priscila Fantin e Othon Bastos.
Baseado em fatos reais ocorridos no estado de Pernambuco onde o músico e idealista Mozart Vieira coloca em prática seu sonho de formar uma orquestra com crianças carentes da região.
A história é comovente, pois mostra como o maestro consegue incutir o amor pela arte nas crianças e as incentiva a desenvolvê-la ao limite.
É uma prova de que o povo só não aprecia a arte por falta de incentivo e que se houver esse incentivo, o nível cultural da população certamente seria elevado, formando assim, pessoas melhores.
Mostra também o lado ruim: conforme a orquestra se desenvolve, vai ficando famosa e por isso desperta a inveja e a rivalidade de políticos locais que não medem esforços para agredir e destruir, chegando inclusive a armar diversas armadilhas.
Interessei-me pelo filme porque havia visto na televisão uma reportagem sobre o trabalho de Mozart Vieira e, meses depois, que ele foi processado por pedofilia.
Como não sabia como o caso tinha acabado, quis ver o filme que narra todo o caso.
É importante mencionar que vários artistas consagrados como Ivan Lins e outros, gravaram depoimentos favoráveis à Mozart, denunciando as falcatruas praticadas contra ele.
Se você for assistir (eu recomendo pela história), não se esqueça de acompanhar nos créditos finais, que fim levou cada integrante da orquestra.
A produção infelizmente é amadora. A direção é fraquíssima com cortes de cena atrapalhados e a narrativa é muito corrida. Parece que foi feito às pressas e sem muitos cuidados.
O que vale a pena conferir é a bela trilha sonora a partir de gravações verdadeiras da Orquestra dos Meninos.
ATORES/ATRIZES
Murilo Rosa empresta seu carisma para Mozart Vieira e não compromete. Consegue passar a simpatia e dedicação necessária para cativar as pessoas de boa índole que estão ao seu redor e a fúria despertada graças às pessoas interesseiras que veem nele um rival.
Só não fez melhor pelo roteiro, produção e direção fracas. Apesar da causa ser boa, entrou numa furada.
Priscila Fantin interpreta uma das integrantes da orquestra e a futura esposa do maestro.
Obviamente sua aparência destoa dos demais integrantes que são típicos nordestinos. Ficou bem forçado.
Sua atuação é medíocre (como sempre). Só presta para trabalhar em novela mesmo. Chega a ser cômico vê-la tentar manusear um fagote.
Não consegue chegar ao nível de Murilo Rosa (que está longe de ser brilhante), e o relacionamento em cena deles não convence.
Sobre Othon Bastos e sua competência não preciso nem falar, é chover no molhado.
Faz um professor e depois prefeito da cidade, Moisés Batista – nome fictício do político que tentou arruinar a vida de Mozart Vieira.
Intolerante, invejoso e mau-caráter, usou o apoio da polícia corrupta para atrocidades do mais baixo nível.
Seria um clichê se não fosse um caso real (apesar de não provado).
ROTEIRO
Lamentável. Parece uma colcha de retalhos baseado em memórias desconexas dos protagonistas.
As personagens são mostradas apenas de forma reativa, você não sabe as razões para muitas atitudes delas. Raso.
Intenciona emocionar e para isso usa recursos novelísticos deixando a trama piegas e brega.
É nitidamente parcial, mostra o lado de Mozart, tornando-o um herói, como se tudo se resumisse apenas em bom e mal e sabemos que a realidade não é tão simples assim.
Ao amigo que lê, concluo da seguinte forma: apesar da péssima produção, acho que é uma história relevante, que deve ser conhecida; além de conter uma bela trilha sonora para ser apreciada.
´té mais!
Seu verdadeiro nome é David Robert Jones, mas trocou o sobrenome devido ao seu homônimo do então famoso grupo americano The Monkees. No início da carreira, participou de grupos usando o verdadeiro nome, como David Jones and the King Bees (1964) e Davy Jones and the Lower Third (1965), chegando a gravar compactos sem maiores repercussões. Uma das teorias para o nome artístico conta que “Bowie” foi escolhido por ser o nome da fabricante da faca que se supõe ter cegado seu olho esquerdo ainda na adolescência em uma briga com um colega de escola. No entanto, a hipótese mais plausível para a paralização da pupila esquerda é a de que, nessa briga, ocasionada pela disputa por uma namorada, o cara teria acertado um soco no olho esquerdo de Bowie.
Começou a carreira solo (como cantor folk) em 1966, compondo, cantando e tocando. Em 1968, a canção Space Oddity ficou entre as cinco primeiras da Inglaterra. Mas o sucesso internacional viria apenas com o álbum The Rize and Fall of Ziggy Stardust and the Spiders from Mars. É nessa época que começaram as apresentações exuberantes, performáticas, com riqueza de figurino e maquiagem.
Já postei outras matérias sobre David Bowie. Para saber mais, use os links abaixo:
Station To Station – David Bowie (1976)
Os Melhores Discos de 1975 que Já Ouvi
Heroes (1977)
CURIOSIDADES DO ÁLBUM
OUÇA AS FAIXAS E COMPARE COM A ANÁLISE MUSICAL:
DESTAQUES EM VERMELHO
01 - Beauty and the Beast
00:00 – anúncio da música feito pelo teclado e o chipô em suspense, quando surge um som exótico de uma espécie de violoncelo elétrico. Tudo vem crescendo até culminar com a entrada do vocal em 00:34 apresentando uma música dançante e psicodélica; 00:45 – surge então o refrão onde David canta com a voz cheia de efeitos e com a parceria do backing vocal feminino, ao fundo notamos o trabalho de teclado de Brian Eno. Depois de repassar a primeira parte e o refrão, o teclado sola em 01:36 de forma minimalista, logo sendo alcançado pelo refrão. Destaque para os diversos efeitos sonoros; 02:22 – a segunda parte da música apresenta um vocal tenso sobre uma série de efeitos sonoros eletrônicos; 02:44 – variação do refrão, executado de forma descendente; 03:08 – inicia uma série de sons caóticos e estridentes que culminam com as backing vocals suplicantes. Alucinante.
02 - Joe the Lion
00:00 – a guitarra base manda um riff barulhento, seguido da guitarra solo com a melodia; 00:33 – entra o vocal esganiçado acompanhado por um backing vocal quase infantil causando um efeito estranho; 01:20 – a música torna-se mais consonante e David Bowie canta de forma mais relaxada, as guitarras estridentes são substituídas por um leve piano e tudo isso traz mais repouso para os ouvidos, só que dura pouco; 01:25 – a música toma um caráter agonizante, até que em 01:34 chega ao clímax com o vocal em falsete e vibratto e a guitarra distorcida prenuncia um grito, que ocorre em 01:51. O frenezi continua até 02:26, quando a guitarra enfurecida sola mesmo em cima do vocal e vai até 03:07, quando finalmente temos o repouso.
03 – Heroes
00:00 – levada rock’n roll acompanhada de guitarras estridentes e efeitos sonoros. Vocal tranquilo, destacando a inspiradora letra; 01:34 – eleva-se o tom e outra guitarra passeia pela melodia até assumir o solo em 01:59; 03:16 – eleva-se o vocal conclamando o ouvinte a ser um herói, nem que seja apenas por um dia; 03:59 – a melodia muda caracterizando uma segunda parte da música, suplicante. 06:10 – finaliza em êxtase. Brilhante!
04 - Sons of the Silent Age
00:00 – Lamentoso arranjo, quase oriental, capitaneado pela guitarra que, ajusta a música para a belíssima introdução dos vocais como que resignados, amparados pelo brilho do prato de condução; 00:52 – explosão de sofrimento no refrão; 01:27 – solo de sax mantendo o clima da música, em escala menor; 01:45 – interlúdio, instrumentos em suspense e retorna a resignação; 02:16 – rufar da caixa e novo clímax no refrão ainda mais incisivo; 02:53 – nova mudança de tom e cadência.
05 - Blackout
00:00 – a bateria marca e a banda entra com a guitarra bem ativa e com uma estranha distorção em dissonância total; 00:34 – entra o vocal e a dissonância diminui (um pouco); 00:59 – acaba a melodia, entra uma espécie de rap e a banda parece que fica na expectativa sobre o que deve fazer; 01:07 – a guitarra retorna super dissonante e traz a melodia de volta; 01:25 – a melodia muda completamente, parece que trocamos de música, o baixo predomina, mas a guitarra “monstruosa” ainda está lá; 02:02 – breque. Mudança total novamente, Bowie parece que está atuando numa peça de teatro. O andamento e o ritmo mudam totalmente, é uma virada de 180 graus! 02:29 – retornamos ao que se pode chamar de refrão e dissonância impera; 03:08 – a cadência é iniciada, mas é alarme falso, a harmonia é retomada para finalizar apenas no fade em 03:49. Tanta coisa em apenas 03:49 = vanguarda!
06 - V-2 Schneider
00:00 – literalmente, um jato. Baixo e caixa. Teclado e guitarra. 01:26 – riff nos sopros, o vocal compõe a harmonia sem letra. 02:21 – V-2 Schneider! 02:36 – a nave está pousando…
07 - Sense of Doubt
Ondas! Cinco notas sinistras no piano, dois acordes nas strings, efeitos fantasmagóricos, efeitos de voz, teclado “aquático”, mais ondas; 01:42 – acorde crescente em volume, seguido de outro descendente e mais dois, eles fazem o desenho melódico. Música sensorial, strings dominam entremeadas de ondas e as cinco notas do piano. Vento, quase tempestade, troca de faixa –>
08 - Moss Garden
Segue o vento, passagem de um jato. Teclado etéreo; 00:33 – instrumento de cordas japonês dedilha suavemente suas notas, o teclado segue seu rumo sendo interrompido eventualmente por pios de aves; 03:34 – sequência hipnótica do teclado, que domina tudo em 03:47 e conduz até o final em 05:05 com a presença novamente do jato.
09 - Neuköln
00:00 – som industrial; 00:50 – teclado descendente; 01:05 – sax alto com sonoridade caótica; 01:19 – guitarra replica as notas do teclado nas cordas graves; 01:55 – o sax retorna com figuras orientais, acompanhado de um órgão; 03:53 – sax protagoniza trazendo de volta o caos, forçando duas notas simultâneas no sopro; 04:14 – repete dois glissandos e finaliza a música em 04:35.
10 - The Secret Life of Arabia
Guitarra limpa inicia, acompanhada por duas tumbadoras. Logo chega o vocal com o tema. A seguir, a música recebe influências de reggae. Mais um pop exótico.
Análise Musical: Rodrigo Nogueira
Fonte Histórica: Wikipédia
Curiosidades: 1001 discos para ouvir antes de morrer
‘té mais!
Drag Me To Hell (2009)
Direção: Sam Raimi. Com Alison Lohman, Justin Long, Lorna Raver e David Paymer.
Moça, funcionária de um banco, recusa-se a postergar novamente o vencimento da hipoteca de uma velha senhora.
O que a pobre moça não sabia é que a velha era uma cigana beeem vingativa, que joga uma praga violenta deixando a donzela com apenas três dias para se livrar da maldição, senão o tinhoso cascudo virá arrastá-la para o inferno.
Sam Raimi é um diretor famoso, dirigiu alguns blockbusters como o Homem-Aranha por exemplo, mas no início da carreira, trabalhou com filmes de terror (Uma Noite Alucinante), e num acesso de nostalgia, quis dirigir e roterizar essa “peça” que trato aqui neste post.
Pensei: filme que tem no elenco os estereotipados Justin Long e David Paymer, não pode ser coisa séria, logo, não esperava um denso horror psicológico.
Estava certo. Trata-se de uma bobagem sem tamanho, com direito a sustos gratúitos causados apenas pelos efeitos sonoros e nojeiras sem fim.
Se você assistir esse filme num home-theater, garanto que vai levar susto até com um singelo lencinho de tanto estardalhaço sonoro que há.
Aconselho, se você realmente for assistir, que não coma durante a sessão, pois todo tipo de bizarrice nojenta foi colocado no longa. Exemplo? Imagine um morto cair em cima de você e derramar todo o líquido corpório (verde) no seu rosto, que tal?
Li várias críticas favoráveis ao filme, argumentando que tudo isso são “homenagens” e os absurdos são propositais para trazer um humor negro.
ATORES/ATRIZES
Alison Lohman, além de embelezar o filme, manda bem interpretando a pobre coitada que é infernizada pela velha maldita e pelo chifrudo cascudo.
Passa um ar de heroína com um quê de moça tonta perfeitamente.
Justin Long é o namorado da protagonista. Em qualquer filme que você o encontre, e nesse não é diferente, faz o mesmo papel. Você ri só de olhar para a cara dele, não porque ele é ruim, mas porque ele é engraçado mesmo. Ainda mais tentando ser sério.
Diferente da maioria dos filmes do tipo, a personagem dele ACREDITA na moça amaldiçoada antes que seja tarde demais, não que isso faça alguma diferença para a conclusão do filme…
Lorna Raver é a impagável cigana desgraçada, maldita, nojenta, asquerosa, grudenta, bafuda, fedida; que não larga do pé da bonitinha nem depois de morta, aparecendo toda hora e nos locais mais improváveis. Causa sustos, risos e enjoos.
A distinta senhora à esquerda trabalha excelentemente. É a melhor do filme.
David Paymer faz o gerente do banco no qual a mocinha trabalha. Aqui cabe uma reflexão: é impressionante como o mundo corporativo é calhorda. O gerente, por ter disponível uma vaga de gerente-assistente, usa expedientes sórdidos para acirrar a concorrência entre os candidatos ao cargo. Pena que a velha doida não pega ele também!
ROTEIRO
É muito bem feito, se você for levar em conta que esse filme não passa de uma grande tiração de sarro.
Tem uma porção de clichês, mas todos colocados propositalmente:
Além de vários furos hilários, também propositais, como:
O final é irônico e cheio de humor negro, mas não dá para dizer que era inesperado.
Dei uma boa pincelada no filme. Você decide se assiste ou não. Recomendo apenas para quem gosta de filmes de “terrir”.
Trailer:
‘té mais!
John Martyn nasceu em 11 de setembro de 1948 e faleceu em 29 de janeiro de 2009. Seu nome verdadeiro era Iain David McGeachy, foi um cantor britânico, compositor e guitarrista.
Ao longo de quarenta anos de carreira, lançou vinte álbuns de estúdio, trabalhando com artistas como Eric Clapton, David Gilmor e Phil Collins. Foi descrito como “um guitarrista eletrizante e cantor cuja música atravessava as fronteiras entre o folk, jazz, rock e blues.
"Every record I've made - bad, good, or indifferent - is totally autobiographical. I can look back when I hear a record and recall exactly what was going on. That's how I write. That's the only way I can write ! Some people keep diaries, I make records." "Cada disco que eu fiz - ruim, bom ou indiferente - é totalmente autobiográfico. Eu posso olhar para trás quando ouvir um disco e lembrar exatamente o que estava acontecendo. É assim que eu escrevo. Essa é a única maneira que eu posso escrever! Algumas pessoas mantêm diários, eu vou fazer discos ".
One World (1977)
OUÇA AS FAIXAS E COMPARE COM A ANÁLISE MUSICAL:
01 – Dealer
00:00 – a guitarra de Martyn se apresenta dedilhada, acompanhada de bateria, um oboé (teclado imitando o som?), e da percussão, seguidos logo depois pelo baixo e teclado, anunciando a complexidade do trabalho; 00:27 – aparece o vocal sussurrado e rasgado de Martyn interpretando a primeira estrofe; 01:04 – segunda parte da música, destaque para a variedade do arranjo que tem o ritmo elaborado e o acompanhamento de teclado e guitarra quase que se digladiando; 01:59 – o baixo anuncia a sequência de efeitos do teclado enquanto a percussão trabalha com propriedade; 02:17 – a harmonia segue mas agora conta com a presença do vocal; 02:54 – uma mudança de tom preparatória para o solo de teclado que inicia em 03:13 e é sucedido por poucas e bem colocadas notas da guitarra para logo retornar o vocal na estrofe + refrão; 04:18 – a harmonia fica livre para seguir com improvisos até que em 04:58 a música só acaba por causa do efeito fade (aquele que vai diminuindo o volume) – imagine só o que acontecia ao vivo!
02 – One World
00:00 – teclado sugere o tema acompanhado de arpegios da guitarra e de uma bateria eletrônica, tudo em andamento lento, quando o vocal se apresenta com uma nota longa e segue entoando a balada acompanhado também de uma suave flauta; 01:37 – a guitarra, em segundo plano, ganha distorção e entra uma beleza de baixo fretless completando o clima; 02:06 – a guitarra distorcida sola suavemente com notas longas e em 02:46 o canto retorna por cima e tudo é conduzido suavemente até o final em 04:09.
03 – Smiling Stranger
00:00 – o baixo, cheio de distorção, indica a mudança de espírito para essa música. A guitarra ataca no meio dos compassos e o ritmo é ditado pela tabla indiana e pelos pratos da bateria; 01:50 – entra um arranjo orquestrado ao fundo em cima da swingada levada, com um tema oriental; 02:50 – aqui a música recebe a participação inusitada de um sax alto que vai até o final em 03:30. Grande criatividade!!
04 – Big Muff
00:00 – guitarra entra dedilhando notas graves com o efeito de um pedal wah wah e o baixo vai para as agudas, tudo sendo conduzido pelo prato e leves toques do surdo da bateria, com uma levada jazzística; 04:50 – guitarra brinca em cima da base harmônica sem grande alarde até o fim em 06:30.
05 – Couldn’t Love You More
O violão com cordas de aço acompanha a melodia do xilofone enquanto soam notas graves e longas ao fundo. O vocal apresenta uma bela e suplicante melodia.
06 – Certain Surprise
00:00 – em ritmo de bossa-nova, John Martyn nos presenteia com mais uma bela melodia, tudo bem embalado por um suave arranjo orquestral; 02:02 – a grata surpresa de um solo de trombone com surdina que complementa o clima agradável. Uma delícia.
07 – Dancing
Um leve e agradável rock, bem praiano, certamente influenciado pela Jamaica, local onde ele compôs o disco. Lembra um pouco som do The Police.
08 – Small Hours
Continuamos na praia, final de tarde. A guitarra com notas longas (slide), sob efeito de ecos e muito som ambiente, como o do mar. Efeitos “aquáticos” de teclado. 04:55 – solo de guitarra à lá Pink Floyd. Música quase toda instrumental. Climão relaxante!
Análise musical: Rodrigo Nogueira
Fonte histórica: Wikipedia e site oficial
‘té mais!
Terminator: Salvation (2009)
Direção: McG. Com Christian Bale, Sam Worthington, Helena Bohan Carter, Anton Yelchin, e Bryce Dallas Howard.
O ano é 2018. Há uma guerra feroz entre humanos e máquinas. Os humanos liderados por John Connor (Christian Bale) e as máquinas pela inteligência robótica Skynet.
Sou fã da franquia mas estava meio desconfiado para assistir esse filme, depois da porcaria que foi o anterior (A Revolução das Máquinas). Apesar daquele ter no elenco a charmosíssima Claire Danes (abaixo).
Mas a desconfiança até foi boa, pois assim fiquei sem grandes expectativas e fui assistir quase que na obrigação. Acabei me surpreendendo positivamente.
Aviso que para o melhor entendimento da trama, acho interessante assistir com antecedência os dois primeiros filmes da série (o terceiro é dispensável). Isso porque o roteiro é rápido, faz várias referências e não fica explicando muito não.
Antes de falar do roteiro, vamos ver a direção:
O diretor McG, responsável pelos desprezíveis As Panteras, manda super bem nas sequências e é ajudado por uma brilhante fotografia futurista/fatalista. A parte técnica do filme é brilhante: os cenários, efeitos especiais e o som são fantásticos.
Já na direção dos atores deixa a desejar. Parece que o pessoal fica meio solto e sem identidade, além de haver papéis totalmente desnecessários (a não ser que uma nova continuação me desminta).
ATORES/ATRIZES
Christian (Batman) Bale até que é esforçado, mas seu protagonista não convence. Sempre durão, não deixa transparecer quase nada de sua personalidade (culpa da direção? Roteiro?), perde feio para os protagonistas dos filmes anteriores.
Sam Worthington, apesar de não ser um primor, é o melhor, rouba todas as cenas. Sua personagem é a única que tem alguma profundidade. Demonstra um conflito interno grande em sua busca por redenção e auto-descobrimento. Possui segredos que nem mesmo ele sabe.
Helena Bonhan Carter, infelizmente faz dois pequenos papéis, o de doutora/cientista e de avatar do Skynet. Apesar disso fica nítida a competência acima da média dessa atriz só de observar a expressividade de seu rosto. Nem precisa de diretor.
Anton Yelchin está com tudo! Participou dos dois melhores filmes de ficção mais recentes: este e Star Trek (fez o navegador Chekov).
Aqui ele interpreta Kyle Reese, o pai de John Connor, que volta ao passado para salvar sua futura/passada namorada, que porventura é também a mãe do protagonista (eu avisei para assistir os dois primeiros filmes).
Está satisfatório. No começo parece ser um daqueles rapazes bonzinhos mas bobos que precisam sempre ser ajudados. Mas não. No decorrer vemos que é um rapaz de fibra e acaba fazendo juz ao herói do primeiro filme da série.
Apesar de ser uma atriz maravilhosa (tanto na aparência quanto na competência), Bryce Dallas Howard é praticamente inútil no filme. Faz a esposa grávida de John Connor. Desperdício.
ROTEIRO
Funciona, se você considerar a proposta de a história como um todo ser o principal.
Não tem muita explicação, a coisa é bem dinâmica e segue linearmente.
O problema é que não está nem aí para as personagens. Elas passam pelo filme como meras figurantes. Com exceção de Marcus Wright (Sam Worthington), todos são unidimensionais.
Tem algumas besteiras como o “plano” de Skynet para pegar John Connor e Kyle Reese e a burrice dos comandantes da resistência humana.
Alguns furos como quem era exatamente a doutora interpretada por Helena Bonhan Carter, o que aconteceu com Marcus nos quinze anos em que ficou sumido, por que John Connor é tão importante e por que alguns personagens aparentemente inúteis foram inseridos na trama.
Cenas de lutas ótimas e vibrantes e participação especialíssima de uma personagem inesquecível (surpresa!).
Achei o final idiota e decepcionante, mas no geral, o filme é muito bom.
Se você é fã da série, não espere aqueles conceitos e questionamentos interessantes que foram abordados nos filmes anteiores, aqui o negócio é ação. Mas assista assim mesmo, é um ótimo entretenimento.
Veja o trailer:
Faixas | |
01 | Reuters |
02 | Field Day For The Sundays |
03 | Three Girl Rhumba |
04 | Ex Lion Tamer |
05 | Lowdown |
06 | Start To Move |
07 | Brazil |
08 | It's So Obvious |
09 | Surgeon's Girl |
10 | Pink Flag |
11 | Commercial |
12 | Straight Line |
13 | 106 Beats That |
14 | Mr. Suit |
15 | Strange |
16 | Fragile |
17 | Mannequin |
18 | Different To Me |
19 | Champs |
20 | Feeling Called Love |
21 | 12XU |
"Sons, Filmes & Afins,
um refúgio para quem tem a mente aberta, mas opinião própria"
![]() |
Coletânea? Não, obrigado! |
![]() |
Você realmente gosta de música? |
![]() |
Diversidade da Internet X Mentes Fechadas
|
![]() |
Recado aos críticos, Parte 1 |
![]() |
Recado aos críticos, Parte 2 |
![]() |
A canção mais valiosa do mundo |
![]() |
O que é análise musical? |