Direção: John Hillcoat. Com Viggo Mortensen, Kodi Smit-McPhee, Charlize Theron, Robert Duvall, Guy Pierce e Michael K. Williams.
Sinopse: Após a Terra sofrer um evento cataclísmico, um pai e seu filho erram pelo mundo na interminável busca por alimento, roupas e evitando os outros humanos que, em sua maioria, tornaram-se piores que animais famintos e insensíveis, chegando ao ponto de exercer o canibalismo para sobreviver.
Você pode estar pensando: "Ora, mais um filme sobre o fim do mundo! Será que Hollywood não se cansa?" - Calma amigos, antes de chegarem a qualquer conclusão, leiam a resenha abaixo!
O roteiro desse filme foi escrito em cima do best seller de Cormac McCarty que lhe rendeu o prêmio Pulitzer. Cabe lembrar também que ele foi o autor do livro em que foi baseado o filme nota 10 'Onde os Fracos não tem Vez', dirigido pelos irmãos Cohen e interpretado com maestria por Javier Barden. Só por isso, já valeria a pena dar uma chance para esse filme.
Na verdade, a história é sobre o amor entre um pai e seu filho, e o cenário apocalíptico nada mais é do que uma maneira extrema de possibilitar a expressão desse amor. O pai (Mortensen) tem que prover a subsistência e a segurança de seu filho (McPhee) no pior contexto possível. Tanto é que pouco importa qual foi o incidente que acabou com praticamente toda a vida na Terra (provavelmente alguma besteira feita pelos próprios humanos).
O objetivo deles é chegar ao sul dos EUA, não porque lá há algum refúgio, resquício de civilização ou outro clichê do tipo, mas sim por ser um local de clima menos severo, no qual teriam chances melhores para sobreviver.
O filme não tem interesse em ser movimentado ou cheio de explosões e violência, visa quase totalmente mostrar o que a dupla de protagonistas têm por dentro, seu sentido de humanidade e o carinho mútuo que nutrem, ao ponto de se matarem para evitar serem pegos por outras pessoas, que para sobreviver tornaram-se até canibais.
O caminho dos dois é uma busca incessante por comida e abrigo. Para isso verificam as residências em ruínas, automóveis, supermercados, etc. Estes também são seus refúgios para passarem as gélidas noites.
Destaco as interpretações de Mortensen e McPhee que são comoventes e convincentes, assim como as de Duvall e Pierce, embora sejam apenas pontas. Charlize Theron (a mãe), também está ótima, porém a fraqueza de espírito e covardia de sua personagem me revoltaram.
Achei a mensagem do filme muito forte e relevante, o certo e o errado são discutíveis em diversos momentos. O drama é sensível e verdadeiro. A cena em que o pai pune um ladrão (Michael K. Williams) que rouba suas parcas coisas é tão emotiva que me levou às lágrimas e nos faz questionar quais são as medidas corretas a se tomar em situações extremas. Um filme rico no texto e nas interpretações, porém pobre na ação e no entretenimento - o saldo para mim é de um ótimo trabalho, um dos melhores que vi nesse ano.
Nota: 8 (muito bom, quase excelente)
Trailer
O roteiro desse filme foi escrito em cima do best seller de Cormac McCarty que lhe rendeu o prêmio Pulitzer. Cabe lembrar também que ele foi o autor do livro em que foi baseado o filme nota 10 'Onde os Fracos não tem Vez', dirigido pelos irmãos Cohen e interpretado com maestria por Javier Barden. Só por isso, já valeria a pena dar uma chance para esse filme.
Na verdade, a história é sobre o amor entre um pai e seu filho, e o cenário apocalíptico nada mais é do que uma maneira extrema de possibilitar a expressão desse amor. O pai (Mortensen) tem que prover a subsistência e a segurança de seu filho (McPhee) no pior contexto possível. Tanto é que pouco importa qual foi o incidente que acabou com praticamente toda a vida na Terra (provavelmente alguma besteira feita pelos próprios humanos).
O objetivo deles é chegar ao sul dos EUA, não porque lá há algum refúgio, resquício de civilização ou outro clichê do tipo, mas sim por ser um local de clima menos severo, no qual teriam chances melhores para sobreviver.
O filme não tem interesse em ser movimentado ou cheio de explosões e violência, visa quase totalmente mostrar o que a dupla de protagonistas têm por dentro, seu sentido de humanidade e o carinho mútuo que nutrem, ao ponto de se matarem para evitar serem pegos por outras pessoas, que para sobreviver tornaram-se até canibais.
O caminho dos dois é uma busca incessante por comida e abrigo. Para isso verificam as residências em ruínas, automóveis, supermercados, etc. Estes também são seus refúgios para passarem as gélidas noites.
Destaco as interpretações de Mortensen e McPhee que são comoventes e convincentes, assim como as de Duvall e Pierce, embora sejam apenas pontas. Charlize Theron (a mãe), também está ótima, porém a fraqueza de espírito e covardia de sua personagem me revoltaram.
O ladrão |
Nota: 8 (muito bom, quase excelente)
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