Franz Liszt |
- 33 - Les Préludes (1848) - Liszt
"A vida não é mais que uma série de prelúdios àquela infindável melodia cuja primeira nota é tocada pela morte" |
Esta peça declaradamente desalinhada constitui um dos poemas sinfônicas de Liszt, ou seja, uma peça de música orquestral com um programa, ou que explora um tema extramusical. Richard Strauss viria a ser o mais bem-sucedido seguidor deste gênero, mas Liszt abriu-lhe novos caminhos, com sua transformação dos temas, algo obtido de modo mais eficiente em sua Sonata para piano. Les Préludes baseia-se em um poema de Lamartine: no topo da partitura Liszt escreveu "A vida não é mais que uma série de prelúdios àquela infindável melodia cuja primeira nota é tocada pela morte". A música parece refletir pouco dessa afirmativa, mas sua jactância romântica é inegável - um desafio aos escritores de "música absoluta", uma antiga manifestação de tendências exibidas por Vivaldi em "As Quatro Estações" e por muitas obras de Berlioz. A ideia de uma peça musical contando uma história teve um imenso impacto sobre muitos compositores, de Smetana a Schoenberg.
- Influenciados: Smetana, Dvorak, Mussorgsky, Schoenberg.
- Gravação recomendada: Polish National RSO/M Haláz (Naxos)
Texto extraído da revista Classic CD, nº 19
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