Resolvi dar um salto no tempo para falar do último disco da cantora viva que mais admiro: Dianne Reeves.
Falando antes um pouco dela, foi descoberta em 1976, ainda na escola e alçada no mundo jazzístico e erudito nos anos 80.
Talentosa ao extremo e dona de uma voz poderosa, mas sabendo ser delicada quando necessário, além de ter um timbre belíssimo e uma extensão vocal enorme (mais de três oitavas!!). Possuidora de técnicas de todos os níveis de dificuldade, destacando o scat singing (técnica inventada por Louis Armstrong, que consiste em improvisar com a voz sem utilizar palavras, mas onomatopéias).
Admiradora confessa da música brasileira de Tom Jobim, Ivan Lins e Djavan, chegando inclusive a se apresentar com alguns deles.
Ganhadora de 4 prêmios grammy (2000, 2001, 2003 e 2005), todos de melhor álbum de jazz. Estamos diante de um fenômeno.(Leia Mais!!)
O disco em análise, é uma coleção de músicas populares de várias épocas, com enfoque romântico.
Claro que você pode estar pensando que trata-se de uma jogada comercial. E tem razão, mas como recriminar uma artista de público segmentado a tentar aumentar sua visibilidade? A vida é injusta, se todos soubessem apreciar o belo essas estratégias não seriam necessárias.
Todavia, Dianne consegue dar um “upgrade” em melodias e harmonias simplórias tornando-as relevantes. Veja por exemplo a faixa Lovin’ You, medíocre em sua forma (se bem que a execução vocal é desafiadora, levando-se em conta os picos agudíssimos que a cantora original executava), ela brinca de mudar constantemente a tonalidade da música em diversos momentos, deixando sempre a expectativa de executar o agudíssimo, mas ela o reserva apenas para o final e o executa de forma que demanda a reverência dos ouvintes.
O álbum conta ainda com a preciosa contribuição do violonista brasileiro Romero Lubambo (conceituadíssimo).
Certamente, este não é o melhor disco dela, mas serve como um ótimo cartão de visitas para despertar o interesse pelo trabalho dela. Sem contar que pode perfeitamente embalar uma recepção de amigos em sua residência, proporcionando um altíssimo nível.
Para ouvir todas as faixas do disco, clique no link e vá para a página oficial.
Escute uma faixa – Just My Imagination dos Temptations!
‘té mais!!
Enciclopédia Básica de Estilos Musicais (Fonte: Wikipedia)
folk metal consiste num estilo onde se mescla um estilo de heavy metal (tradicional, black metal, death metal, doom metal, power metal, etc.) com elementos de alguma espécie de música popular de raiz (celta, eslava, escandinava, védica etc.).
Estes são os principais elementos para uma banda ser considerada folk metal.
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A presença de instrumentos musicais folclóricos (gaita-de-fole, violino, flauta, harpa, etc.) ou apenas o som destes feito por um teclado ou sintetizador. -
Ritmos e melodias feitos com os instrumentos usuais do heavy metal, cuja sonoridade remete à música folclórica. -
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Letras com temas folclóricos ou mitologicos.
Folk Music – música folclórica, tradicional de um país ou região.
Folk Punk - No geral, como a maior parte da música punk, folk-punk tende a ser bastante político, na maioria das vezes no lado esquerdista radical e anarquista. Folk punk é visto como explorador do legado tradicional do folk music americano, o qual contém muitas vezes temas de solidariedade à classe operária e resistência da comunidade encarando os problemas abusivos da industrialização e capitalismo moderno.
Folk rock é um gênero musical que combina elementos de música folclórica e rock and roll.
8 comentários:
Canta bem, mas ainda sou mais muit mais fã da SADE...
Jane Duboc, uma das maiores Cantoras do nosso país, acaba de lançar um primoroso disco, intitulado "Sweet Face of Love", e merece uma homenagem também. Nesse trabalho Jane interpreta canções do talentoso filho Jay Vaquer.Jane Duboc é dona de uma extensa lista de Obras-primas. Alguns exemplos "Tributo a Ella Fitzgerald" (com Victor Biglione), "Canção da Espera- Jane Duboc interpreta Egberto Gismonti", "Uma porção de Marias" (com Arismar do Espirito Santo),"Glow" (com Vinicius Dorin e Arismar), "Sweet Lady Jane", "Clássicas" (com Zezé Gonzaga), "Da minha terra" (com Sebastião Tapajós), "Todos os Caminhos", "From Brasil to Japan", "Partituras", "Paraíso" (com Gerry Mulligan), "Jane Duboc" (1993) em que a interprete passeia magistral e refinadamente pela MPB e foi contemplada com o Prêmio Sharp de melhor cantora, "Movie Melodies" - canções de cinema,"Languidez" ...
Uma legendária Gravadora Americana de Jazz reuniu em um CD duplo as maiores e melhores Cantoras de Jazz de todas as épocas e paises. Apenas uma Cantora Brasileira entrou na lista e no CD duplo.
Vocês sabem quem foi essa cantora brasileira?
Re: Jane Duboc !!!
Esse CD duplo foi intitulado "Pink - Champagne - Sparking Voices", ou algo assim...
Esse CD é encontrado somente no Exterior...
Mas eu tenho! Uma amiga me trouxe da Austrália...
É magistral!!!
Sem Dúvida uma de nossas maiores cantoras!!!
...Noel Rosa, Pixinguinha, Dinah Washington, Zizi Possi, Jane Duboc, Villa Lobos, Edu Lobo, Tom Jobim,Miles Davis,Coltrane, Joyce, Monica Salmaso, Fátima Guedes, Teresa Salgueiro, Milton Nascimento,John Pizzarelli,Dianne Reeves,Zé Renato,Claudia Telles, Elis Regina,Elizete Cardoso,Delicatessen,Orquestra Jazz Sinfônica,Nara Leão,Patricia Barber, Stacey Kent, Jackie Ryan,Lisa Ono, Madeleine Peroux, Delicatessen (Grupo Brasileiro da cantora Ana Kruger), Ella Fitzgerald, Billie Holyday, Sarah Vaughan,Olivia Hime, Selma Reis,Chico Buarque, Vinicius de Moraes, Sebastião Tapajós, Romero, Altamiro Carrilho, Gerry Mulligan, Célia, Lucilla Novaes, Fátima Guedes, Nara Leão, Bruna Karan, Vanessa da Mata, Célia Vaz e o Grupo Nós 4, Lucinha Lins,Caetano Veloso, Ivan Lins, entre muitos outros verdadeiros cantores, cantoras, músicos... me fazem lembrar uma frase de um autor desconhecido:"Na história Contemporanea, Arte, é uma palavra raramente aplicada a expressão Musical. Porém, nas mãos dos seus poucos grandes talentos, expoentes e gênios, ela (a Música) é justamente isso: Uma das maiores expressões de Arte que existe. Quando os Deuses da Arte se manifestam, a Música, alimenta a alma, nos afaga, inspira, mostra-nos que a vida pode ser bela..."
Interessante essa frase, né?!
É verdade! A Boa Música e a Arte em Geral (literatura, artes plástica, cinema, arquitetura, dramaturgia...) pode inspirar e revigorar o espirito nos momentos de tristeza, incerteza...e alegrias!
grato
aguardo resposta
Isac S. Santos
e-mail: isac.santos_jazz@terra.com.br
Olá Isac, muito legal sua participação!
Nossa,sou fã de todo esse pessoal que vc citou, até conheço alguns pessoalmente.
Concordo que Jane Duboc talvez seja uma das maiores cantoras do Brasil (afinação e timbre incríveis!!), talvez ela não tenha tanto reconhecimento quanto merece dos intelectuais aqui do Brasil devido ao seu passado brega - pra mim preconceito puro, afinal há muito tempo que ela abandonou este caminho e os ótimos discos que citou são as provas disso.
Todo esse pessoal que vc citou (com exceção dos velhos mestres, é claro) é a constatação de que se faz sim músicas de qualidade nos dias de hoje, apesar de muitos cabeças-duras acharem o contrário.
Alguns dos CDs que citou ainda não ouvi,valeu pelas dicas!
Espero que passe por aqui mais vezes, abraço!
Rodrigo
...Jane Duboc, é sim considerada e reconhecida entre críticos, musicologos,especialistas e intelectuais como uma das 10 maiores cantoras do nosso país de todos os tempos... Recebeu até o titulo de "a cantora dos Músicos"!
O passado brega que você cita, refere-se somente (no caso dela) aos anos 1980, cujo Jane Duboc gravou apenas três LP´s nesse sentido. Mas, valeu a pena, pois a tornou conhecida do grande público... Ela não foi a única! Todos os cantores tiveram essa fase mais "popular" nos anos 1980... Alguns continuaram... Outros como a Jane Duboc, a partir de 1992, viraram o jogo e se debruçaram sobre a grande Musica, a verdadeira Arte Musical,gravando a grande MPB, a Bossa, o Jazz...! Ela foi, e é generosa, utilizando seu nome e fazendo a verdadeira Arte Musical chegar mais perto das pessoas (que não estão cegas e surdas para a Música de Qualidade). A discografia dela, por exemplo, é primorosa! Os CD´s que eu citei são Obras-primas! Incluindo o primeiro disco intitulado "Languidez" e relançado em CD!!!
Quais discos que eu citei que você não conhece ou não tem?
Os da Jane Duboc?
Eu estudo, pesquiso Musica (Jazz, MPB, Bossa e Musica Erudita) desde a infância... Tenho muitos discos ( CD´s e LP´s)
Posso emprestar...
Vou tentar enviar no seu e-mail, (o tempo é escasso) as capas de algumas Obras-primas da cantora mencionada, para você conferir. Ok!?
atenciosamente
Isac S. Santos
Rodrigo
Ufa!! ...consegui um tempinho (as horas voam, o tempo é escasso), correria, trabalho, familia...e etc...
Já está no seu e-mail... Enviei as capas dos trabalhos de Jane Duboc que são referência na discografia Brasileira...fazem parte da antologia da nossa música...
Não inclui no seu espaço, pois não sei se o sistema comporta Capas de disco...nem se você aceitaria minha humilde participação...
(Lembrando que Jane Duboc é de longe a cantora recordista em participações em discos de outros artistas, trilhas de balés, cinema...e entre outros. Consequentemente tem incontáveis pérolas da MPB, do Jazz, e da Bossa dispersas em outros discos, algumas obras-primas desconhecidas do grande público, outras esquecidas ou substimadas... Como sou estudioso, pesquisador de MPB, Bossa, Jazz...eu possuo essas obras também. O valor dessa interprete na música é inestimável. Somente os grandes estudiosos, pesquisadores, músicos, artistas, criticos, musicológos como Júlio Medaglia entre muitos outros sabem disso.)
Havendo interesse futuramente posso listar as participações notáveis...
Se tiver dificuldade de visualizar as capas me avise!!!
Ah!!! E basta a audição com atenção de qualquer um dos CD´s mencionados para atestar a equiparação de Jane Duboc com as cantoras supra-citadas(como Elis, Bethania, Gal, Zizi, Elizete...)
atenciosamente
Isac S. Santos
Rodrigo
...não prometo para logo, mas assim que houver um espaço no meu tempo, e havendo interesse vou listar, relacionar as participações de Jane Duboc. Muuuuita coisa boa ela gravou também fora de seus albuns de carreira. Como estudioso, pesquisador da grande MPB, da Bossa, e do Jazz sei que Jane Duboc gravou incontáveis pérolas fora de seus discos de carreira, especialmente para trilhas de peças, filmes, balés, novelas, especiais infantis, projetos especiais diversos, participações em discos de colegas... Ela é a recordista em gravações fora de seus discos...
A contribuição dessa interprete na nossa Música é incalculável!
Rodrigo, vale a pena você se debruçar, pesquisar ampla e profundamente o trabalho desta cantora tão substimada por você...
Voltando aos anos 1980
...Engraçado que a fase brega que você comentou (meados dos anos 1980, no caso dela)não é brega se comparado a cantoras como Joana, Perla,Rosana,Fafá,Adriana, Kátia,...
A fase popular de Jane Duboc, pode ser definida mais exatamente como "MPB Romantica"... Brega defini as cantoras citadas acima, entre outras...
Mudando de Assunto
Nas últimas semanas assisti no SESC de São José dos Campos apresentações espetaculares de Renato Anesi/ Amoy Ribas, Celso Viáfora com a participação de Pedro Viáfora (do grupo maravilhoso 5 a seco), Zé Renato e Renato Brás, Vania Bastos cantando Edu Lobo...Anteriormente assisti Arismar do Espirito Santo, Vinicius Dorin, Michel Fredeison Trio, Nicolas Krassik, Fabiana Cozza (esses três ultimos no SESI). Sensacionais!!! Eu conhecia e admirava o trabalho de todos eles há anos...e valeu a pena conferir pessoalmente 'AO Vivo'...
Oi Rodrigo
E sobre a chará de Dianne Reeves, você já escreveu?
Me refiro a Diane Schuur...
Pois, na semana passada assisti um show da Diane Schuur...e foi impressionante... Que voz!!! Que timbre!!! Que interpretações!! Jazz de 1º linha!!!
Conheço e admiro o trabalho, a voz...dela há anos...
Qual a sua opinião sobre Diane Schuur??
Olá Isac,
Ainda não escrevi sobre a Schuur. Realmente ela é ótima! Boa sugestão!
Abraço!
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