A Big Star é uma banda estadunidense formada em Memphis, Tennesse, em 1971 por Alex Chilton, Chris Bell, Jody Stephens e Andy Hummel. O grupo se separou em 1974 mas retornou a ativa só em 1993 e está ativo até hoje. Na primeira fase de sua existência, a banda tinha o som muito influenciado por Beatles, The Kinks, The Byrds, The Beach Boys e outros. Já na segunda fase, foram incorporados uma sonoridade mais dark, temas niilistas e com isso anteciparam o que foi chamado de rock alternativo nos anos 90.
O interesse pela Big Star foi renovado em 1980, quando o R.E.M. e outras bandas populares reconheceram sua influência. Em 1992 os álbuns da banda foram relançados, assim como os trabalhos solo de Chris Bell. Em 1993, Chilton e Stephens trouxeram a banda de volta a ativa e recrutaram Jon Auer e Ken Stringfellow e fizeram um belo concerto na Universidade de Missouri. Na sequência, fizeram turnês pela Europa e Japão, e lançaram um álbum novo com inéditas em 2005: In Space.
Em 1974, os integrantes da banda se fecharam no estúdio para gravar o terceiro disco (o que trato nesse post). Quando ele ficou pronto, foram impressas apenas uma quantidade limitadíssima de cópias que foram utilizadas para a promoção da banda.
Os produtores viajaram para a California para apresentar o disco para algumas gravadoras, que não aprovaram, então o material foi arquivado e a banda se desfez.
Em 1978, a gravadora resolveu lançar os dois primeiros álbuns da Big Star na Inglaterra como um álbum duplo. A resposta do público foi tão positiva que puxou o lançamento do terceiro que estava engavetado. Ele teve vários nomes, mas o oficial acabou sendo mesmo Third/Sisters Lovers. A razão do nome é que na época, Chilton e Stephens namoravam as irmãs Lesa e Holiday Aldridge.
Pouco tempo após o lançamento de Sisters Lovers, Bell morreu em um acidente de carro. Antes que digam que ele estava bêbado ou drogado, não acharam nada disso na autópsia, o cara era ruim de volante mesmo.
Hoje, os críticos citam os primeiros três discos da Big Star como alguns dos mais influentes para as bandas futuras.
Third/Sisters Lovers (1978)
Download: Sisters Lovers
CURIOSIDADES DO ÁLBUM
- Ele é difícil, desolador e deprimente. É metade uma carta de amor e metade fim de relação.
OUÇA AS FAIXAS E LEIA OS COMENTÁRIOS:
DESTAQUES EM VERMELHO
01 – Stroke It Noel
Nesse lamento, a banda é acompanhada por um bom arranjo de orquestra
02 – For You
O clima ainda é romântico, mas aqui o som é mais “pra frente”. A orquestra causa um impacto muito agradável. Um destaque sem dúvida.
03 – Kizza Me
Percebo que o andamento das faixas é progressivo, ou seja, a cada trilha, o “clima” melhora. Não temos mais a orquestra. Destaque é a limpeza do piano e sua, às vezes, conflitante participação.
04 – You Can’t Have Me
Com um riff bem evidente e refrão fácil, essa seria mais comercial não fosse o instrumental exótico em muitos momentos. Boa participação do saxofone.
05 – Nightime
Embalada por um violão de cordas de aço e pela voz tristonha, surge mais um agradável lamento.
06 – Blue Moon
A presença de um surpreendente fagote dá um caráter de música de ninar a essa tocante faixa.
07 – Take Care
Essa é uma desoladora dor de cotovelo… Se você terminou uma relação recentemente, não escute essa música sob pena de cair aos prantos.
08 – Jesus Christ
Introduzindo temos o que parece ser uma pianola velha. Logo a música volta “ao normal” e fica normal até demais…
09 – Femme Fatale
Mais uma choradeira. O canto é todo em falsete suave e o acompanhamento instrumental é mínimo. No refrão, temos um contracanto bem cretino.
10 – O, Dana
Você quer passar uma cantada em alguma Dana? Ou Joana? Ana? Aqui tem uma boa pedida, rsss.
11 – Big Black Car
Fim de festa total! Bêbado, se arrastando pelas tabelas…
12 – Holocaust
Esta é de matar! Dá vontade de cortar os pulsos!
13 – Kanga Roo
Interessante o contraponto entre a limpeza do violão de cordas de aço e a sujeira quase gritante da guitarra.
14 – Thank You Friends
Graças a Deus a última faixa é pra cima! Se fosse mais uma triste era capaz de eu terminar essa audição com depressão.
Comentários e adaptação do texto: Rodrigo Nogueira
Fonte Histórica: Wikipédia
Curiosidades: 1001 discos para ouvir antes de morrer
‘té mais!
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