Foto retirada do site UOL |
Como estudante da USP, mais especificamente da FFLCH, local onde os últimos eventos ocorreram, ou seja, o embate entre alunos e a polícia militar, sinto-me no direito de emitir minha opinião, já que tem sido solicitada minha presença, assim como de meus colegas da Filosofia, no engajamento contra a PM no campus, contra o reitor Rodas, a favor da maconha e outras campanhas oportunistas que o evento serviu de esteira.
Em primeiro lugar, é importante salientar que existem movimentos estudantis prós e contra a presença da PM na universidade, o que significa que nem todos os alunos concordam com a atitude de seus colegas na última quinta-feira (27/10/11), digo isso porque ao ler a repercussão que teve o evento nas mídias em geral, notei um certo preconceito contra a totalidade de alunos da USP, julgando-nos todos como "filhinhos-de-papai", "maconheiros", pretensos acima da lei e etc. Respondo aqui que tanto eu como uma enorme quantidade de colegas, tivemos que ralar muito para conseguir entrar nessa faculdade e ralamos muito mais agora para poder dar conta dos estudos em detrimento muitas vezes do relacionamento com a família e do lazer que tínhamos antes, tudo isso em prol de uma seriedade para com o aprendizado e de um investimento consciente em uma possível carreira de sucesso.
Em segundo lugar, seja certo ou errado, fumar maconha ainda é proibido.
SOBRE A MACONHA
Não sou fumante de maconha, não por causa de qualquer lei, mas porque não quero. Já fumei e não gostei. Mas isso não significa que seja contra a liberação da maconha e nem a favor, a razão é muito simples: não é o governo que tem que regular o que posso ou não consumir, isso é problema meu, deveria ser uma escolha individual. Se eu ficar "doidão" e contingencialmente causar problemas, tenho que ser julgado pelos problemas que causei, o fato de ter consumido o que quer que seja não pode ser considerado nem como agravante, nem como atenuante. Sobre a possibilidade da droga me causar problemas de saúde e sobrecarregar o sistema de saúde, isso é pura demagogia, o sistema de saúde deve ser capacitado para lidar com isso e com todos os outros problemas médicos oriundos ou não das drogas, é para isso que pago impostos. É obrigação do governo prover tratamento médico, seja para cuidar dos efeitos colaterais das drogas, seja para auxiliar na desintoxicação, seja na ajuda contra a dependência - caso seja o desejo do usuário. O que não pode é de forma pseudo-paternalista determinar o que posso ou não ingerir.
Por outro lado, se o governo acha que deve combater a produção e a disseminação da maconha, que o faça, certamente é uma de suas prerrogativas. Se por isso o usuário não conseguir acesso às drogas, problema dele, que mude de hábitos, faça desintoxicação, use adesivos!
Independente dessa minha opinião, fumar maconha é crime e a polícia cumpriu seu papel ao abordar os alunos em flagrante, afinal, ninguém está acima da lei, mas existe a maneira correta de abordagem, que certamente não é a truculenta, que foi a utilizada pelos policiais, segundo os relatos de vários de meus colegas presentes no dia.
Muito se tem dito que nós alunos queremos o afastamento da PM do campus, para que possamos consumir drogas livremente. Acredito que isso seja verdade para muitos alunos, mas está longe de ser o argumento da maioria dos que tem se engajado no movimento contra a PM na USP.
A PM NO CAMPUS
Todos sabemos do despreparo da polícia militar, quem não sabe, basta ligar a tv no noticiário e observar os inúmeros eventos em que a força policial utiliza de excessos, tornando situações de solução relativamente simples em verdadeiros campos de batalha. É essa polícia que deveria ser designada para realizar a segurança da universidade?
Segundo relatos de colegas e funcionários, graças a presença da PM, os crimes no campus diminuíram muito e isso sem dúvida é o que todos nós queremos, ninguém nega isso. O problema é que, também segundo relatos, a PM tem tido atitudes constrangedoras contra os alunos, com seguidas revistas em mochilas e enquadramentos, tudo isso para que, para encontrar drogas?? Os policiais estão lá para evitar assaltos, assassinatos e até para prender usuários de drogas caso os peguem em flagrante. Eles deveriam ir atrás de criminosos que entram livremente na USP para cometer crimes e não de alunos indo em direção às salas de aula. Não estou com isso, pedindo tratamento diferenciado aos alunos da USP, ao contrário, o que há hoje é que é tratamento diferenciado, no mau sentido, afinal, é corriqueiro alguém ser abordado e revistado indo em direção ao seu trabalho ou residência?
Se a atitude da PM for continuar desse jeito, minha opinião é que ela saia do campus e seja substituída por outras medidas de segurança como uma melhoria na iluminação, identificação efetiva de quem entra e sai do campus, patrulha em estacionamentos realizada por câmeras e seguranças próprios da universidade e etc.
NÓS ALUNOS
Quando vemos colegas sendo tratados com truculência pela polícia de forma injustificada (pegou fumando em flagrante, tem que autuar, mas para que a truculência?), acho correto nos posicionarmos em seu apoio, mas também não podemos agir com o mesmo exagero ou até maior que o praticado pelos policias. Depredar prédio público, atirar objetos nos policiais e outras atitudes similares, foi um excesso. Agora, todos nós sabemos que a PM não aceita intimidação e por muito pouco já começa a disparar tiros de borracha, gás de pimenta ou lacrimogênio, de modo a ficar difícil saber quem começou o quê. De qualquer modo, se se vai continuar com os protestos, acho que o movimento deveria repensar essas atitudes.
A USP é famosa por seus movimentos e passeatas, na FFLCH isso é quase diário, como será a atitude da PM? Qualquer cara feia dirigida a eles ou alguma palavra de ordem mais ríspida e o "homem da lei" vai "baixar" o cassetete?
Se for para ser assim, eu serei mais um a dizer FORA PM!
14 comentários:
Acredito que todos estão errados. Primeiro os estudantes por acharem que podem protestar por causa da liberação da maconha, sendo que existem outras formas mais pacíficas de chegar a um acordo, seja fazendo abaixo assinados e tomando atitudes civilizadas.
Os policiais estão errados pela truculência exercida sobre os alunos da faculdade, porém mesmo estando errados, estão cumprindo com a função a qual lhes foram concedida.
A meu ver (e isso faz parte da visão política da Comissão do Rock e da Área Rock'N Roll) a maconha e qualquer tipo de droga deveria ser proibida. Muita gente vem com a desculpa que maconha não faz mal, mas é uma tremenda mentira. Maconha é droga, maconha vicia, maconha faz mal para a saúde (principalmente para o sistema nervoso) e eu sou a favor da proibição.
Acho que em vez de ficar alimentando essas picuinhas o Estado deveria fornecer tratamento para pessoas dependentes, deveria criar mais casas de reabilitação para tratar essa sociedade iludida, que acredita que usar drogas é um barato, mas depois se afundam num caminho muitas vezes sem volta.
Infelizmente o rock ainda é visto associado às drogas, como um estilo de música obscuro, apesar de existirem bandas que tentam quebrar com esse paradigma. Acredito que é dever dos blogs em geral, continuar mantendo essa corrente de usar a música a favor da paz, em vez de usá-la para prejudicar os nossos semelhantes.
Quatro coisas:
1 - É questionável essa história de que a PM está revistando alunos indiscriminadamente no campus. Primeiro porque: a) o flagrante feito na quinta-feira passada ocorreu após uma estranha 'denúncia anônima' b) só alguns (poucos) alunos - e todos ou da FFLCH ou da História - têm feito essa reclamação.
2 - Um aluno (leia-se: um SER HUMANO que poderia ser eu, você, qualquer um) foi morto com um tiro na cabeça recentemente dentro do campus. Se antes desse crime alguns bandidos tinham conhecimento que a Usp era 'terra de ninguém', visto que a PM não podia adentrar o campus, agora após toda essa exposição na mídia, se a universidade voltar atrás na decisão e expulsar a PM do campus, simplesmente a totalidade dos bandidos de SP (e até de outros estados) vai ter conhecimento do fato. Após toda essa exposição, se a PM for expulsa, qualquer bandido se sentirá encorajado a cometer crimes dentro do campus. Muitos que nem sabiam da interdição da PM lá dentro agora saberão.
3 - Se ocorrem protestos 'quase diariamente' na FFLCH, não há porque supor que a PM tentará reprimi-los por sua 'matriz ideológica'. Praticamente todo sábado acontece algum protesto enfrente ao MASP - contra Ricardo Teixeira, contra a Usina Belo Monte, contra a corrupção, etc, etc, etc. Quando foi que a PM reprimiu algum desses protestos? Os problemas só ocorrem quando o tema MACONHA entra no meio da história - e aqui já não estamos mais falando de ideologia. Como você bem lembrou em seu texto, independente da posição que cada um tenha em relação à liberação das drogas, o fato é que o país tem uma Constituição e um Código Penal, e se estamos numa democracia, eles devem ser seguidos e respeitados. Afora esse tema, se não há repressão policial a protestos feitos em vias públicas, não faz o menor sentido supor que haverá repressão a protestos feitos dentro de uma Universidade. Certo pensamento romântico adoraria reavivar o ativismo justo e necessário com que nós brasileiros combatemos a ditadura militar. Mas o fato é que nós não estamos mais em 1968.
4 - Alguns que são contra a PM no campus alegam que a guarda universitária deveria fazer esse serviço de vigilância. Mas se os guardas universitários passarem a portar armas e desempenharem a função de polícia do campus de fato, por acaso está se supondo que eles serão menos rígidos e não irão fazer abordagens aos usuários de drogas? A ser assim, então tudo se resume mesmo ao desejo "autônomo" de se fumar um chaise em paz no campus. Antigamente se cantava: "Dê dois, mas mantenha o respeito..."
Eu sinceramente espero que nós não tenhamos de esperar um aluno da FFLCH levar um tiro na cabeça para que fique claro o quanto precisamos de vigilância no campus.
André
Olá Pete, valeu por comentar!
Apenas para desfazer alguns equívocos:
1- apesar de ter aqueles que estão se aproveitando da situação para defender a liberalização do consumo da maconha, o movimento na verdade está reivindicando a saída da PM da USP.
2- Concordo que a maconha vicia, pode fazer mal, etc. Meu ponto é que não faz sentido o governo proibir ou liberar o consumo uma vez que o meu corpo não pertence ao governo para ele dizer o que posso ou não posso ingerir. Se eu, ciente dos males das drogas (isso sim é papel do governo informar) e ainda assim quiser consumi-las, cabe a mim decidir e a mais ninguém. O governo pode proibir a plantação, a venda, a industrialização, etc, mas não pode proibir (ou liberar) o que eu vou fazer com meu próprio corpo. Sei que a diferença é sutil, mas é relevante.
Abração!
Ah, e sobre as indicações de discos de 2011, o que tem achado?
Olá André,
1- Sem dúvida é questionável, isso veio de relatos que podem não ser verdadeiros, por isso deixei bem clara a condicionalidade da minha opinião.
2- Em nenhum momento disse que a segurança efetiva deveria ser abandonada na USP, apenas questiono se deveria ser a PM a fazê-la.
3- Então para você só se pode protestar contra temas "dentro da lei", caso o protesto for sobre algum assunto contrário à lei (como a maconha), deveria sofrer retaliações? Não concordo com isso, há que se ter isenção.
4- Talvez sejam, tudo dependerá do treinamento a que forem submetidos, já na PM a truculência é institucionalizada.
Eu também espero, segurança efetiva e combate ao crime de bandidos sim , truculência e constrangimentos aos alunos não.
Abraço!
Segue outro ponto de vista indicado pelo colega Caio via e-mail
Outro ponto de vista:
http://www.dceusp.org.br/2011/10/souto-maior-ninguem-esta-acima-da-lei-mas-quem-e-ninguem-o-que-e-a-lei/
Salve, Rodrigo.
Se você encontrar essa foto dos policias que publicou acima em tamanho original, verá que pelo menos dois deles estão sem a tarja de identificação. Ela gruda do lado direito do peito, com um velcro, ao que me parece. É feita de tecido preto com o nome em costura branca. O que me parece velcro é em cinza mais escuro que o do colete. Vi isso com meus próprios olhos, PMs sem identificação. Como então defendê-los na proteção da lei? Um pouco mais de esforço na cabeça de nossa parte mostra que eles até podem prevenir um assalto lá, mas não é essa sua prioridade.
Grande abraço. Obrigado pelo texto.
Mas se protestos "fora da lei" devem ser tolerados, se houver uma marcha dos pedófilos na Paulista reivindicando o "direito" de estuprar crianças, devemos condescender? Qual será o critério para avaliar quais temas fora da lei são válidos e quais não?
André
Olá Thiago!
Sua presença no meu humilde blog muito me orgulha! Se quiser copiar a mensagem que escreveu no e-mail para cá também fique a vontade.
André,
Acho que você está confundindo protestar com praticar. Protestar você pode contra o que quiser, não precisa estabelecer critérios para avaliar isso. Já o que é contra a lei não pode ser tolerada sua prática, ao menos enquanto contra a lei for.
Outra coisa importante é que tolerar protestos e reivindicações não significa de modo algum concordar ou incentivar sua prática.
André, eu vi policiais sem identificação na sua farda. Apenas isso, sem entrar no extenso histórico de PM-Governo-FFLCH-Rodas (que em verdade seria necessário, para não ser leviano nessa discussão), mostra que o objetivo prioritário da PM lá não é proteger a lei e a ordem, como conviria a uma democracia em que vivemos, como você bem disse. E se entrarmos um pouquinho apenas na análise da realidade, só para ficar entre USP e PM, 2007 e 2009 dão todo o sentido para supor que a repressão policial acontecerá no campus, embora não aconteça no MASP. O fato de muitas pessoas não enxergarem com repulsa os abusos e ilícitos da PM mostra, ao contrário do que você diz, que de certa forma 1968 ainda não acabou. Faz um mês ou pouco mais que isso que puseram uma placa anunciando um monumento às vítimas da Revolução de 1964. A Comissão da Verdade está sendo mutilada. Posso perder o dia todo aqui trazendo informações sobre a ineficácia da PM em combater o crime, isso quando ela mesma não é a criminosa. E no entanto, a lei e a ordem são encaradas por muitos como consistentes de uma democracia sólida e acabada, cujo questionamento é ilegítimo e inaceitável. Onde está o romantismo?
Muitas informações estão desencontradas. Todos querem mais segurança no campus, todos lamentam as vítimas de violência. O que se está gritando é que a solução para esses problemas não é a PM. E não será enquanto a PM for essa que está aí, treinada para destruir o inimigo, e não proteger os cidadãos dos quais faz parte. Não será enquanto a política de segurança pública do governo for o de repressão e truculência, e não de ações socialmente profundas, como combate à desigualdade. E não será enquanto os interesses da reitoria forem esses, de destruir e deslegitimar qualquer congregação estudantil ou de funcionários. Rodas está usando a PM para, além de reprimir seus opositores na universidade, jogar na lama a reputação da FFLCH, jogando-a contra valores moralistas que infelizmente ainda vigem na sociedade.
Ninguém aqui quer mais pessoas sejam vitimadas. Reduzir o protesto a isso, dizer que quem não quer PM quer ver mais vítimas (ou apenas fumar maconha na boa) é um enorme prejuízo para todos nós, porque além de esvaziar a realidade, divide nocivamente a comunidade universitária.
Tem mais uma coisa, André; protesto a favor de estupro ou pedofilia é algo completamente diferente do que acontece agora na FFLCH. Pedofilia e estupro constituem dano gravíssimo às vítimas. Mas quem é a vítima no uso de drogas? Quem o maconheiro machuca, oprime ou prejudica quando acende seu baseado?
O Rodrigo não deixou claro a história do tiro na cabeça no post e por eu não estar no local dos acontecimentos eu não sou a melhor pessoa para julgar o que está acontecendo. Eu até tentei dar a minha interpretação, mas eu precisaria apurar melhor o que está ocorrendo, porque eu estou no Rio de Janeiro, vocês, em São Paulo e nem tudo o que acontece aí passa nos noticiários. Aliás, os noticiários andam muito superficiais hoje em dia e como eu sou estudante de jornalismo recomendo que todos procurem várias fontes para se informar, principalmente na internet, porque as mídias tradicionais são muito tendenciosas, e dão as notícias mediante seus interesses e os interesses do sistema.
Acredito que o Rodrigo me mandou o e-mail com o objetivo de querer o meu posicionamento e quanto a ele, mantenho a minha versão de que a maconha e as drogas não deveriam ser liberadas por motivos óbvios.
Depois de reler o post e os comentários consegui compreender essa sutil diferença a qual o Rodrigo comentou com relação à proibição da venda, industrialização, plantação etc. Estava generalizando muito a situação e acredito que esse raciocínio é cabível.
Eu mesmo tenho amigos que usam ou já consumiram algum tipo de entorpecente, mas apesar disso o respeito sempre existiu, tanto da minha parte, por respeitar a decisão deles, quanto da parte deles de não fazerem questão de oferecerem a mim. Isso porque eles tem conhecimento de que eu não consumo drogas e por isso não forcam a barra, para que eu experimente.
Quanto à PM, acho que ela não deveria revistar os alunos e concordo com o que você disse, com relação ao fato de que seria melhor se eles fizessem só a vigilância. Apesar de ser um pouco perigoso a presença de policiais armados, é um mal necessário, pois se algum bandido adentrar o campus portando uma arma de fogo, os policiais estão vendidos, portanto a arma seria necessária para os combates diretos, e não para assassinar alunos, mas infelizmente nem todos os policiais estão treinados para isso e abusam da falsa autoridade que uma arma pode passar.
Isso já é uma questão polêmica. Não sei se existem outros recursos melhores para combater esse tipo de situação, mas foi só um ponto de vista, que pode mudar, de acordo com os argumentos que forem discutidos.
Olá Pete,
Suas ponderadas opiniões serão sempre bem-vindas amigo, estando elas a favor ou contra as minhas.
Realmente eu não mencionei os motivos que levaram a reitoria a trazer a PM para a USP depois de muitos anos de ausência, achei que a divulgação dos fatos tinha sido no âmbito nacional, vou tentar remediar isso apresentando um breve resumo.
Devido a grande quantidade de assaltos que estavam ocorrendo no campus e situações de risco aos alunos que culminou com o assassinato de um aluno, o reitor assinou um acordo com a PM para que ela passasse a fazer o policiamento ostensivo no campus, isso gerou polêmica pelos seguintes fatores:
1- O reitor fez este acordo em mais um ato arbitrário de sua parte, sem consultar quem quer que seja,
2- A PM era proibida de entrar na USP desde a época da ditadura militar, justamente por causa da opressão que realizaram nesta época, sendo o braço opressor dos generais contra quem era contra seu regime (a maioria da FFLCH) - sua entrada na USP causou um justificado desconforto em muita gente por tudo isso,
3- O reitor Rodas tem sido severamente criticado por muitos alunos e servidores, principalmente por suas atitudes arbitrárias recorrentes, e por causa disso, há uma grande suspeita de que a PM servirá à propósitos particulares do reitor,
4- A PM é a polícia mais violenta que há (sem mencionar algumas tropas de elite, claro) e é muito discutível que seja preparada para dar segurança em universidades, talvez ela seja mais indicada para ser utilizada em casos de maior gravidade e periculosidade.
Abç!
Gostei muito do seu post que, combinado com os comentários, me fez ter uma visão muito melhor do problema.
Mesmo assim, é difícil tomar um partido. Quando uma situação se exacerba, normalmente todas as partes estão erradas e certas ao mesmo tempo. Na maior parte dos pontos, concordo com o que você diz.
Liberdade não pode ser confundida com poder fazer algo contra a lei. Se a lei está errada ou é injusta, deve-se lutar para mudá-la. Ou desrespeitá-la e sofrer as consequências se for pego.
Por outro lado, a PM ao tentar fazer a lei ser cumprida não pode extrapolar de sua tarefa.
O que não se pode é simplesmente tirar a PM do Campus. É como "vender o sofá" naquela velha piada. Não resolve o problema e cria outro maior ainda.
Abraços!
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