segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Rhapsodies - Rick Wakeman


Série álbuns históricos de 1979 - 36/43

Ficha corrida do cara:
Nome completo: Richard Christopher Wakeman
Nacionalidade: inglesa
Período de atividades: 1970 até os dias de hoje
Estilo/Gênero: Rock, pop, jazz, erudito, cristão/Progressivo, eletrônico, fusion.
Álbuns de estúdio (carreira solo): 97 até o momento
Site oficialhttp://www.rwcc.com/
Line-up do disco: Rick Wakeman (teclados), Bruce Lynch (baixo), Frank Gibson Jr. (bateria, percussão), Nico Ramsden (guitarra), Tony Visconti (violão)

Referência do teclado roqueiro, Rick Wakeman começou sua trajetória musical ao lado de seus companheiros da mítica banda de rock progressivo Yes. Entre várias idas e vindas na banda que o consagrou, Wakeman tem uma sólida carreira solo com quase 100 discos gravados.

Iniciou a carreira solo em 1972, quando saiu pela primeira vez do Yes. Inspirado na história do rei Henrique VIII e suas esposas, criou um álbum conceitual. Depois, contratou um orquestra inteira e um coro para gravar inspirado na "Viagem ao Centro da Terra". Em 1975 enreda na mitologia anglo-saxônica para compor músicas sobre o rei Arthur e os Cavaleiros da Távola Redonda.

Dotado de uma técnica impressionante e grande criatividade, Wakeman é uma lenda dos teclados. Além de executar uma gama enorme de instrumentos eletrônicos, é capacitado em arranjos e piano clássico. Colaborou grandemente para o aperfeiçoamento de sintetizadores, compôs várias trilhas sonoras para filmes.

A inspiração para o disco de hoje veio de compositores eruditos como George Gershwin e sua obra-prima Rhapsody in Blue. O álbum é duplo e foi o último lançado pela gravadora A&M.


Rhapsodies (1979)


Cotações da crítica especializada:
All Music Guide (0 a 5): 4,5

Escute o disco aqui!

domingo, 29 de agosto de 2010

50 Obras Revolucionárias - Nº 28 - Dafne - Peri

Jacopo Peri

Para conhecer o projeto "50 OBRAS REVOLUCIONÁRIAS", clique AQUI!

  • 28 - Dafne (1598) - Peri


Marie de Medici
É consenso geral que a Dafne de Peri, composta para a esplêndida corte dos Médici em Florença, constitui a primeiro ópera - mas sua música foi perdida, e o mais antigo exemplo do estilo emergente a chegar até nós é Euridice, de 1600 e escrita apenas alguns anos depois. Ao escolher o mito de Orfeu, Peri, sem querer, abordou um tema que desafiaria os músicos de Monteverdi a Birtwistle, passando por Gluck. Essencial foi a junção das ideias pastorais, destiladas do drama grego, com o novo stilo recitativo que tornou possível a clara e expressiva declamação das palavras. Das residências aristocráticas,a ópera passou para os novos teatros públicos, colonizando a França com o italiano Lully e, depois, a Inglaterra com Haendel, o italiano honorário. Também a Alemanha lançou os olhos sobre a Itália. A reelaboração musical que Peri fez da narrativa de Ovídio inaugurou a era musical moderna.

Influenciados
: a ópera tal como a conhecemos
Gravação recomendada: Arpeggio Ensemble/de Caro (Arts)


Texto extraído da revista Classic CD nº 19


Leitura relacionada: Vésperas - Monteverdi



AUDIÇÃO
de Jacopo Peri - Eurídice - Início

Eurídice de Peri - Completa: Parte 1 Parte 2

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Invictus


Invictus (2009)


Direção: Clint Eastwood. Com Morgan Freeman e Matt Damon.

Sinopse: O presidente Nelson Mandela da África do Sul percebe que uma forma eficiente de tentar realizar a unificação racial em seu país é apoiar o time de rugby (um dos maiores símbolos da população branca) que vai disputar a copa do mundo do esporte em casa, mas que não anda com bom retrospecto. Para isso, deverá enfrentar a desconfiança dos brancos e a indignação dos negros, que odeiam a seleção por vinculá-la ao regime do Apartheid. Baseado em fatos reais.

Indicações ao Oscar 2010:  Melhor ator (Morgan Freeman) e melhor ator coadjuvante (Matt Damon).


Atenção, este texto contém spoilers

No início do filme, temos um breve retrospecto da vida de Mandela até o ponto em que ele sai da prisão e é eleito presidente da África do Sul. Vemos alguns brancos decretando o fim do país e a possibilidade de se mudarem - o que alguns poderão julgar como atitudes racistas, eu particularmente vejo essa reação como normal, pois qualquer ser humano, branco ou negro, tem dificuldades para encarar o "novo".

Na sequência, passamos a conviver com o cotidiano do novo presidente, a forma como encara o cargo e as pessoas que o rodeiam: sempre com humildade e consideração. É interessante a cena em que os funcionários brancos do palácio do governo começam a "arrumar as malas" na certeza de que serão substituídos por outros funcionários negros e Mandela, percebendo essa movimentação, convoca todos ao seu gabinete e faz um discurso de que todos que se esforçarem pelo país terão seu lugar garantido, independente da cor da pele.

Paralelo a isso, acompanhamos pela tv e pela boca do povo o péssimo desempenho e a falta de credibilidade dos Springboks, a seleção de rugby, que se vê às portas de uma copa do mundo que será disputada em seu próprio país.

O filme não é uma biografia, tampouco trata da história de Mandela. É um fragmento, um recorte. Tenta passar um pouco da visão de mundo desse importante sujeito. Não faz dos brancos vilões e não pinta um quadro violento de disputas raciais, embora mostre que ela exista. O filme é bonzinho, ou seja, só dá espaço para a bondade de Mandela e das pessoas que são retratadas. Sentimentos ruins são apenas insinuados. Não gosto de filmes assim.

A direção de Clint Eastwood é bela e sensível, fico surpreso por não ter sido indicada ao Oscar. As filmagens dos jogos são belíssimas e o som ambiente nos coloca dentro do estádio (assistir esse filme com um bom home-theater é fundamental!). Entretanto não gostei muito do Mandela de Freeman. Apesar de seu esforço em pegar o sotaque e postura, não consegue se desvencilhar de sua arrogância habitual (saudade da época em que ele era bom ator como em "Conduzindo Miss Daisy", naqueles tempos ele conseguia representar a humildade), e Mandela é a humildade em pessoa, mesmo sem falar nada, só pelo seu semblante. Damon faz um bom trabalho como o capitão do time François Pienaar.

O roteiro é parcial e busca endeusar a figura do protagonista dando-lhe a perfeição de caráter. O fato de um de seus seguranças mencionar que Mandela também é um homem e portanto tem seus defeitos, não é coerente com o que o roteiro mostra.

Mal comparando, prefiro muito mais filmes como "O Último Rei da Escócia", que embrulham o estômago, mas mostram que o bem e o mal não são tão claros assim, do que Invictus e seu faz-de-conta. Por outro lado, não digo que o filme é ruim, é uma ótima pedida para reunir a família para ver que a humanidade também pode ser boa.

Nota: 7 (bom e edificante)

Trailer:

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Overkill - Motörhead


Série Álbuns Históricos de 1979 - 35/43

Ficha corrida da banda:
Nacionalidade: inglesa
Período de atividades: 1975 até hoje
Estilo/Gênero: Rock/Heavy metal, speed metal
Álbuns de estúdio: 19 até o momento
Site oficialhttp://www.imotorhead.com/
Line-up do disco: Lemmy (vocal, baixo, guitarra), "Fast" Eddie Clarke (guitarra), Phill Taylor (bateria)

Lemmy Kilminster já era um músico experiente em 1975. Tinha sido integrante da banda de space rock Hawkwind (doidona!), mas foi expulso por ter sido preso por porte de drogas e, por causa disso, a banda perdeu um monte de shows; digamos que os outros integrantes ficaram furiosos.

Decidido a formar uma nova banda, recruta outros músicos experientes e forma a "Bastard". Só que um deles aconselha Lemmy a trocar o nome pois dificilmente atingiriam a fama com uma alcunha dessas. Inspirado no nome da última música que havia composto para o Hawkwind, troca para Motörhead e o grupo cai na estrada abrindo shows para bandas como Blue Öyster Cult. dessa forma, logo assinaram com a gravadora United Artists.

Debut
A proposta do Motörhead era fazer um som forte, agudo, arrogante, pesado e rápido - o que mais tarde seria classificado como speed metal - só que os caras da gravadora não gostaram nem um pouco e simplesmente vetaram o lançamento do disco 'On Parole' (que só seria lançado em 1979 após o sucesso do grupo), assim sendo, o Motörhead resolve dar um chute na gravadora e em alguns integrantes, forma o line-up clássico citado acima e gravou seu primeiro disco lançado em 1977, que teve aceitação apenas razoável.

Após gravarem alguns singles que depois comporiam o segundo álbum, e graças aos bons contatos que tinham, conseguem se apresentar no programa de tv de enorme audiência Top of the Pops e causam um bom impacto. As rádios passam a veicular suas músicas e em 1979, quando é lançado 'Overkill', o sucesso chega para o grupo e futuramente, o disco passa a ser tratado como um clássico do metal!


Overkill (1979)


Cotações da crítica especializada
All Music Guide (0 a 5): 4,5
Bender (0 a 5): 5

Escute o disco aqui!

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

The Wall - Pink Floyd


Série Álbuns Históricos de 1979 - 34/43

Ficha corrida da banda:
Nacionalidade: inglesa
Período de atividades: 1965 até 1996 (algumas reuniões após esse período)
Estilo/Gênero: Rock/Progressivo, psicodélico, art rock, space rock, hard rock
Álbuns de estúdio: 14
Site oficial: http://pinkfloyd.co.uk/ e http://pinkfloyd.com/
Line-up do disco: David Gilmour (vocal, guitarra, violão, guitarra havaiana, sintetizador, baixos fretless e fretted, clavineta), Nick Mason (bateria, percussão), Roger Waters (vocal, baixo, violão, sintetizador), Richard Wright (órgão, piano, piano rhodes, sintetizador), Bruce Johnston (backing vocals), Tonny Tenille (backing vocals), Joe Chemay (backing vocals), John Joyce (backing vocals), Islington Green School (coro infantil), Bob Ezrin (órgão, piano, sintetizador), James Guthrie (percussão, sintetizador), Jeff Porcaro (bateria), Joe Porcaro (percussão), Lee Ritenour (guitarra), Ron Di Blasi (violão), Fred Mandel (órgão Hammond), Bobbye Hall (percussão), Frank Marrocco (concertina), Larry Williams (clarinete), Trevor Veitch (bandolim), New York Orchestra, New York Opera, Coral Infantil de New York.

Por essa época o Pink Floyd já era uma banda madura e bem-sucedida. Já havia evoluído seu som a patamares altíssimos de qualidade estética e técnica e foi uma das poucas bandas que passaram incólumes sobre as ondas musicais que vieram no decorrer de sua existência, ou seja, apesar dos movimentos do hard rock, punk, new wave, etc, mudaram seu som sim, mas sempre uma evolução própria, totalmente alheios às modas vigentes.

Entretanto, pouco antes de gravarem The Wall, a banda sofria de problemas financeiros devido a investimentos de risco realizados sob orientação de algum almofadinha de Wall Street. A instabilidade entre os membros era notável, tanto que Gilmour e Waters lançaram álbuns solo, que não foram bem sucedidos. Para piorar, na última turnê da banda (que já frequentava os grandes estádios), houve um incidente com a plateia: alguns elementos foram agressivos com a banda e irritaram Waters de tal forma que ele cuspiu na galera. Ele se arrependeu da atitude, mas continuou ofendido, passou a querer criar "um muro" (wall em inglês) entre ele e a plateia. A ideia evoluiu, Waters concebeu um trabalho auto-biográfico que consistia em narrar o drama de uma criança que havia perdido o pai na segunda guerra, era super protegido pela mãe e perseguido pelos professores.

Quando Waters apresentou o projeto à banda, Gilmour e Mason foram reticentes, mas ainda assim o projeto andou. Trocaram de produtor sob a alegação de que ele já não tinha mais ideias novas para acrescentar. Chamaram Bob Ezrin.

Como os impostos na Inglaterra são altíssimos e a banda não andava bem das finanças, resolveram gravar em Nice, França. Lá a relação entre Waters e Wright ficou feia e eles não se falavam nem no estúdio. Um trabalhava sua parte durante o dia e outro à noite, desse modo, raramente a banda toda estava junta para gravar. O processo todo durou quase dois anos e o disco foi finalmente lançado próximo ao natal de 1979.

The Wall é um álbum duplo conceitual, ou seja, todas as faixas são interligadas pelo mesmo tema (a história do garoto narrada acima). O sucesso puxado pela música Another Brick in The Wall foi enorme e resolveu os problemas financeiros da banda. Três anos depois, o disco motivou a criação de um filme artístico que mesclava animações com atuações, tudo sobre as faixas do disco, mas isso é outra história, vamos ater este artigo ao disco. Segue abaixo para a audição completa.

Leituras relacionadas:





The Wall (1979)


Cotações da crítica especializada
All Music Guide (0 a 5): 4,5
Bender (0 a 5): 5
Robert Christgau: B-
Rolling Stone: favorável

Escute o disco aqui!



sábado, 21 de agosto de 2010

50 Obras Revolucionárias - Nº 29 - 12 Etudes - Chopin


Para conhecer o projeto "50 OBRAS REVOLUCIONÁRIAS", clique AQUI!

  • 29 - 12 Etudes, Op. 10 (1829-32) - Chopin
A popularidade do piano explodiu no início do século XIX; contudo, quando Chopin escreveu seu primeiro livro de Estudos, o instrumento moderno ainda não havia evoluído inteiramente. Apesar disso, os Estudos de Chopin continuam a ser a base da técnica pianística de hoje - eles são capazes de vencer os desafios essenciais. Mas o que os torna prato predileto dos melômanos também é sua irresistível poesia. Longe de serem simples exercícios de técnica, cada peça cria seu próprio mundo poético, sendo uma espécie de ensaio sobre um determinado caráter. Os Caprichos de Paganini para violino, que tanto impressionaram os músicos da época de Chopin, são como formidáveis números circenses se comparados aos Estudos e, em termos artísticos, muito menos compensadores.


  • Influenciados: Schumman, Liszt, Scriabin, Prokofiev
  • Gravação recomendada: Cecile Licad performs Chopin
Texto extraído da revista Classic CD, nº 19




AUDIÇÃO COMENTADA
Estudo em dó menor, op. 10 nº 12 "Revolucionário" - Cecile Licad


O apelido Revolucionário não foi dado por Chopin. Conta-se que ele escreveu a peça em meio à fúria ao ouvir que sua Varsóvia nativa havia sido capturada pelos russos. Contudo, o apelido evoca maravilhosamente o inflamado heroísmo da música. Começando impacientemente com uma dissonância, a maioria de seu ímpeto provém das ondas enraivecidas de cromatismo na mão esquerda, sobre as quais a direita declama seus sonoros acordes e oitavas, frases simetricamente equilibradas em dois parágrafos, começando em 00:14 e 01:25. Em 02:19, a fúria de Chopin parece se abater, para voltar a brilhar brevemente só mais uma vez em 02:30.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Um Homem Sério


A Serious Man (2009)


Direção: Joel e Ethan Cohen. Com Michael Stuhlbarg, Richard Kind, Fred Melamed, Sari Lennick e Aaron Wolff.

Sinopse: Larry Gopnik (Michael Stuhlbarg) é um professor de física que tem um mundo limitado, mas satisfatório: esposa, filhos, um bom emprego e sua fé. Seu único problema é ter que abrigar o irmão desempregado. De uma hora para outra, uma nuvem de adversidades se abate sobre ele e para resolvê-las, busca as respostas com seus líderes espirituais. Mas ele descobre que em muitos momentos terá que colocar   seus princípios à prova.

Indicações ao Oscar 2010: Melhor filme e melhor roteiro original.


Aviso: esse texto contém spoilers

É sempre com grande satisfação e interesse que pego um filme dos irmãos Cohen para assistir. Suas formas diferenciadas de enxergar o cinema e o sarcasmo típico serviram para contar histórias incríveis como O Grande Lebowsky,  Ajuste Final, Onde os Fracos Não Têm Vez, Matadores de Velhinhas, etc. Aqui, com O Homem Sério, eles resolveram voltar sua artilharia para um mundo que conhecem bem: o dos judeus.
Larry, nosso homem sério, é um cara cheio de valores impostos pela religião e costumes, que é plenamente satisfeito com sua vidinha sem grandes sobressaltos. Só que a vida real não é assim e não existem grandes problemas que não possam ficar ainda maiores.

Inconformado com as "provações" que está passando - a traição da esposa, a separação, filhos que não lhe dão nenhum respeito, difamações no trabalho, o irmão melodramático e fracassado, dificuldades financeiras, etc. - Larry procura aconselhamentos e respostas com os rabinos de sua comunidade. Passa por diversos membros da hierarquia (o que proporciona diálogos hilários), mas não encontra a solução, restando portanto a última esperança: o rabino mais idoso e da mais alta hierarquia, porém, de acesso restrito. Nesse íterim, o mundo à sua volta se despedaça e lhe resta apenas os sonhos "pecaminosos" com a vizinha gostosa e fugas cinematográficas. Mas os irmãos Cohen não permitem que nem nos sonhos Larry seja feliz, pois os desfechos são sempre trágicos.

O filme não tem atores atraentes e famosos, cenas de ação ou clareza explícita de roteiro, por isso acredito que não agradará muitas pessoas, porém as mensagens que ficaram claras para mim são:

1 - Resolva seus problemas pois ninguém irá resolvê-los por você
2 - A religião não leva a nada e não responde nada - faça você mesmo sua vida - faça dos limões uma limonada.
3 - A religião cega e torna as pessoas malucas (conforme a introdução do filme deixa clara).
4 - Por mais princípios que se tenha, a premissa sempre será a auto-preservação, portanto os "homens sérios" são hipócritas.
5 - Se existe Deus, ele não está nem aí com a humanidade (como deixa claro o final do filme).

Evidentemente que isso tudo não são verdades absolutas, apenas pontos de vista, concordemos ou não.

Outra instituição que é sumariamente destruída pelos Cohen é a família: a mulher que trai mesmo sem motivos claros, o irmão doente só incomoda ao invés de causar compaixão, o filho que vive drogado e a filha nervosinha que assalta a carteira do pai, e tudo isso na maior normalidade.


Apesar de ter me divertido com as tiradas do filme (a cena do Bar-Mitzvah é impagável), confesso que ao terminá-lo, fiquei sem ter a certeza do que achei dele, ou seja, se gostei ou não. Após refletir, cheguei à conclusão de que embora esteja abaixo da (alta) média dos filmes dos Cohen, está acima da média da maior parte dos filmes lançados hoje em dia. Portanto, concluo dizendo que o filme é bom.

Nota: 7 (bom, mas um filme abaixo da média dos irmãos Cohen)

P.S. A trilha sonora com Patti Smith é sensacional e a atuação de Stuhlbarg é ótima.

Trailer:

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Tudo isso é ROCK!


Rótulos não são importantes para a música, mas ajudam bastante aos estudiosos do assunto e pesquisadores inveterados, então resolvi fazer uma tabela com todos os gêneros do rock que pude encontrar.

Um verdadeiro mapa da mina para quem curte o estilo e quer se aprofundar!

Veja se faltou algum, e boa pesquisa!!

(Clique nas figuras para vê-las ampliadas)



Não perca maiores aprofundamentos sobre o tema em postagens futuras!!

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Tusk - Fleetwood Mac


Série Álbuns Históricos de 1979 - 33/43

Ficha corrida da banda:
Nacionalidade: inglesa
Período de atividades: 1967 ate hoje
Estilo/Gênero: Rock/Pop rock, blues-rock
Álbuns de estúdio: 17 até o momento
Site oficialhttp://www.fleetwoodmac.com/
Line-up do disco: Steve Nicks (vocal, teclado), Lindsay Buckingham (guitarra, piano, teclado, baixo, bateria, gaita), Christine McVie (vocal, teclado), Mick Fleetwood (bateria, percussão). Não creditados: USC Trojan Marching Band, Peter Green e George Harrison

Depois de lançarem o excelente disco Rumours em 1977 - esse disco já foi abordado aqui no blog, confira nas leituras relacionadas abaixo. Vale a pena! - o sucesso foi estrondoso, mais de 40 milhões de cópias vendidas, grammys, reconhecimento da crítica e do público. Mas o grupo não andava bem, formado por dois casais em conflito e expostos à mídia, foram às drogas...

Nesse ínterim, Mick Fleetwood estava compondo um material novo e mais experimental. Lindsay conseguiu convencê-lo a levar suas músicas para o estúdio para que o grupo pudesse gravar, até o ex-membro Peter Green participou de algumas faixas embora não creditado. Os outros três integrantes deram seus toques às composições e Nascia assim o álbum duplo Tusk - o favorito de Mick.

Foi um projeto ambicioso, seu grande público não entendeu muito bem, ainda assim o disco vendeu 4 milhões de cópias e valeu uma turnê bem sucedida ao lado de Bob Marley - os shows renderam o lançamento de um disco ao vivo em 1980, confira futuramente no blog Central Musical: Anos 80.


    Tusk (1979)


    Cotações da crítica especializada:
    All music Guide (0 a 5): 5
    Rolling Stone: favorável
    Robert Christgau: B

    Curiosidades do álbum:

    • Custou 1 milhão de dólares sua produção, uma soma sem precedentes até então
    • Para gravar a faixa título, foi alugado o Dodgers Stadium e contratada a banda da University of Southern California
    • O álbum bebe de dois Brians, Eno e Wilson (veja leituras relacionadas acima), fazendo uma colagem onírica que usa todos os sinos e apitos então conhecidos pelo homem.
    • A pretensão era criar um novo Pet Sounds (menos, menos...)



    Escute o disco aqui!
    (Use a barra de rolagem e selecione a música desejada)

    Faixas/Destaques:

    01 - Over and Over
    02 - The Ledge
    03 - Think About Me
    04 - Save Me A Place
    05 - Sara
    06 - What Makes You Think You're The One
    07 - Storms
    08 - That's All For Everyone
    09 - Not That Funny
    10 - Sisters Of The Moon
    11 - Angel
    12 - That's Enough For Me
    13 - Brown Eyes
    14 - Never Make Me Cry
    15 - I Know I'm Not Wrong
    16 - Honey Hi
    17 - Beautiful Child
    18 - Walk A Thin Line
    19 - Tusk
    20 - Never Forget

    Curiosidades do álbum: 1001 discos para ouvir antes de morrer

    segunda-feira, 16 de agosto de 2010

    Mingus - Joni Mitchell


    Série Álbuns Históricos de 1979 - 32/43

    Ficha corrida da moça:
    Nome completo: Roberta Joan Anderson
    Nacionalidade: canadense
    Período de atividades: 1965 até hoje
    Estilo/Gênero: Folk, jazz, world/Folk-jazz, art-rock
    Álbuns de estúdio: 19 até a presente data
    Site oficialhttp://www.jonimitchell.com/
    Line-up do disco: Joni Mitchell (vocal, guitarra), Jaco Pastorious (baixo), Wayne Shorter (sax soprano), Herbie Hancock (piano, teclado), Peter Erskine (bateria), Don Alias (congas), Emil Richards (percussão).

    Esta impressionante artista é uma das maiores compositoras da língua inglesa, está no mesmo nível de talento, importância e influência de nomes como Bob Dylan e Leonard Cohen. 

    Crosby
    Saiu do Canadá, seu país natal, e foi para os EUA percorrer o circuito de bares e casas noturnas para apresentar suas composições folk de alto nível. Munida de seu violão e da voz "de gaivota", segundo David Crosby (do sensacional grupo Crosby, Stills & Nash, que depois ainda receberia a participação de Neil Young), encantou artistas tanto do folk quanto do country, principalmente ao já consagrado David Crosby que resolveu dar uma força para a bela moça, e conseguiu-lhe uma gravadora onde inclusive ajudou a produzir seu primeiro disco em 1968.

    Após o lançamento de seu debut, passou a excursionar pelos EUA e recebeu grande apoio popular. A expectativa para o lançamento do segundo álbum foi grande, e aconteceu em 1969, Clouds é seu nome e conta com a arte da capa da própria Mitchell, revelando mais um talento possuído por essa grande artista, o de pintora.


    Por Clouds, Mitchell ganhou seu primeiro Grammy de melhor cantora de folk e no mesmo ano de 1970, lança seu terceiro disco: Ladies of the Canyon, que já expandia a sonoridade do folk e flertava com o rock e o pop. A mistura deu tão certo que esse disco foi sucesso comercial e rendeu a cantora seu primeiro disco de ouro. Aí ela resolveu que era a hora de parar. Passou a dedicar-se à pintura e à escrita (colaborava com a revista Melody Maker), mas também deu sua contribuição em trabalhos de amigos como James Taylor e Carole King.

    Em 1971 veio Blue, um dos discos mais espetaculares de todos os tempos (para mim pelo menos). Totalmente despido de "mecanismos de defesa", é um disco incrível onde a emoção sempre está à flor-da-pele, as letras são comoventes e a sonoridade é limpa (poucos instrumentos, todos acústicos) e cool, sem arroubos desnecessários, uma obra de arte.

    Após Blue, Mitchell resolve retornar aos palcos e logo lança mais um disco: For the Roses, na sequência, é introduzida do mundo do jazz e do fusion, e começa um período espetacular de experiências sonoras. Vários discos incríveis foram lançados, que chamaram a atenção do grande mestre jazzista Charles Mingus. Mingus a convidou para trabalhar em um de seus projetos, mas infelizmente morreu no meio do processo. Joni seguiu  o trabalho com a colaboração do mestre do baixo elétrico Jaco Pastorious (seu namorado) e da lenda viva Herbie Hancock. Assim surgiu Mingus, o disco histórico de hoje.

    Leituras relacionadas:

    Joni Mitchell
    Outras:



    Mingus (1979)

    Cotações da crítica especializada:
    All Music Guide (0 a 5): 3,5
    Robert Christgau: C+

    Escute o disco aqui:




    Faixas/Destaques:

    01 - Happy Birthday
    02 - God Must be a Boogie Man
    03 - Funeral
    04 - A Chair in the Sky
    05 - The Wolf that Lives in Lindsey
    06 - I's a Muggin
    07 - Sweet Sucker Dance
    08 - Coin in the Pocket
    09 - The Dry Cleaner from Des Moines
    10 - Lucky
    11 - Goodbye Pork Pie Hat

    domingo, 15 de agosto de 2010

    Corrente de Blogueiros


    Fui indicado pelo Vinícius do Portal Tech 2.0 a participar da Corrente de Blogueiros, onde blogueiros indicados contam 9 coisas sobre eles que seus leitores não sabem.

    Então lá vão as 9 coisas sobre mim:
    1. Adoro discussões e debates (não bate-bocas)
    2. Tenho um gosto musical de amplo espectro, mas nem tudo que posto no blog é de meu agrado - embora sempre ouça tudo antes de postar.
    3. Sou canhoto
    4. Faz muito tempo que não pratico saxofone...
    5. Estou sem beber álcool desde o início deste ano.
    6. Ainda não consegui largar o cigarro
    7. Pretendo cursar faculdade pela 4ª vez no ano que vem (e dessa vez ir até o fim!)
    8. Sou fã do dr. House
    9. Sinceridade é minha maior qualidade e meu maior defeito. Tenho dificuldade com as pessoas por conta disso.
    Como a corrente tem que seguir, conforme as regras, indico abaixo mais quatro amigos blogueiros. Desculpem o inconveniente.
    É isso aí amigos, agora a bola está com vocês!

    50 Obras Revolucionárias - Nº 30 - Sinfonia Nº 26 - Haydn

    Joseph Haydn
    Para conhecer o projeto "50 OBRAS REVOLUCIONÁRIAS", clique AQUI!

    • 30 - Sinfonia Nº 26 "Lamentatione" (1770) - Haydn
    Haydn não inventou a sinfonia, nem lhe coube a responsabilidade única de muitas de suas características. Contudo, sua imaginação extraordinária à solta pelo gênero durante muitas décadas, aliada a uma maestria técnica sem precedente - no final do século XVIII -, levou a sinfonia a incríveis graus de sofisticação e popularidade. No processo, ele fez mais pela formação do estilo clássico que qualquer outro compositor. Nenhuma obra pode resumir a extensão dessa realização; mas Lamentatione, sua sinfonia nº 26, é um rico exemplo de seu experimentalismo inicial. Composta por volta de 1768, a Lamentatione reflete a influência do Stum und Drung (tempestade e tensão) em seu uso do modo menor, nas súbitas mudanças de caráter e tema e nos ritmos marcadamente sincopados. Esta era uma música bem característica do final da década de 1760, e, ao contrário de C.P.E. Bach, que foi um incansável inovador da época, Haydn sempre foi capaz de controlar suas ideias. Seus ritmos sincopados e dissonâncias fazem parte de uma concepção total maravilhosamente coerente. Mozart, Beethoven e muito do que transpirou no século XIX teriam sido diferentes sem Haydn.
    • Influenciados: Mozart, Beethoven - na verdade, quase todo o cânone da literatura sinfônica!
    • Gravação recomendada: Northern  Chamber Orchestra/Nicholas Ward (Naxos)
    Texto extraído da revista Classic CD, nº 19




    AUDIÇÃO COMENTADA
    Haydn - Sinfonia 26 com Nicholas Ward
    Trecho: 1º Movimento, "Allegro assai com spirito"
    00:00 - A sinfonia começa abruptamente com um primeiro tema angular e sincopado. 00:12 - Uma breve passagem estabelece a segunda tonalidade e continua com os modelos rítmicos sincopados do primeiro tema.
    00:25 - Presente em boa parte da sinfonia, o segundo tema baseia-se no canto gregoriano. Esta é uma seção muito mais longa e equilibrada, embora, num sentido mais amplo, ainda seja de uma escrita surpreendentemente lacônica. 01:05 - A exposição é repetida.
    02:11 - O desenvolvimento apela para elementos do primeiro e do segundo tema, mantendo, com obstinada insistência, o estilo sincopado. 02:54 - Uma calma aparente na verdade constitui uma nova transição, levando à recapitulação, que explode em 03:04.
    03:33 - A música é totalmente interrompida depois de novo material ter sido introduzido. Então, o segundo tema surge ainda mais triunfante que na exposição. O movimento é concluído com uma coda curtíssima em 04:12.



    Programa

    I - Allegro con spirito
    II - Adagio
    III - Minuet & Trio

    sexta-feira, 13 de agosto de 2010

    Terror na Antártida

    Whiteout (2009)


    Direção: Dominic Sena. Com Kate Beckinsale, Gabriel Macht e Tom Skerritt.

    Sinopse: Policial baseada na Antártida tem que solucionar o primeiro caso de assassinato do continente gelado antes que a base de pesquisas estadunidense seja evacuada em virtude de uma gigantesca tempestade que se aproxima. No decorrer da investigação, a bela agente descobre que o caso remete a um mistério à muito escondido sob a neve.


    No início, ficamos à bordo de uma avião de carga russo que sobrevoa a Antártida. Em determinado momento, o co-piloto arruma uma enorme confusão com o resto da tripulação que tem por consequência a queda do avião.

    Logo após, damos um salto no tempo e seguimos os passos da valorosa agente federal Carrie Stetko (Beckinsale) que é a única representante da lei em uma base de pesquisas liderada pelos Estados Unidos. Convocada a comparecer na ponte de comando, é informada que foi localizado um corpo em um local remoto. Prontamente a agente inicia uma investigação.

    Desse modo começa o filme, sugerindo um belo mistério a ser solucionado, mas não é o que ocorre. Somos obrigados a passar por cenas apelativas de nudez (a clássica cena do banho) que na prática não servem para nada, flashbacks desconexos do passado da agente que pouco importam para o enredo e atuações sofríveis.

    O roteiro é totalmente inverossímil quando os mistérios vão sendo solucionados de forma instantânea, tirando totalmente o sabor que a audiência teria em juntar as peças, e demonstrando uma perícia e deduções "formidáveis" da agente. O único mistério que resta é descobrir qual dos grandes amigos da moça é na verdade um traidor, coisa que também não exige muito do raciocínio do público.

    O filme só não é uma total perda de tempo por conter algumas (poucas) cenas de ação interessantes, principalmente aquela em que dois agentes (um deles tendo grande possibilidade de ser o traídor) estão perseguindo o matador em meio a uma enorme nevasca enquanto estão presos à cabos de segurança - a tensão e o suspense da cena são eficientes.

    Se for ver, não espere muito.

    Nota: 4 (mau, mas com alguns méritos)

    Trailer:

    quarta-feira, 11 de agosto de 2010

    In Through The Out Door - Led Zeppelin


    Série Álbuns Históricos de 1979 - 31/43

    Ficha corrida da banda:
    Nacionalidade: inglesa
    Período de atividades: 1968 até 1980
    Site Oficialhttp://www.ledzeppelin.com/
    Estilo/Gêneros: Rock/Hard rock, blues-rock, heavy metal, folk-rock
    Álbuns de estúdio: 9
    Line-up do disco: Robert Plant (vocal), Jimmy Page (guitarra, violão), John Paul Jones (baixo, teclado) e John Bonham (bateria).

    Após a morte do filho de Plant, em 1977, a banda entrou em uma espécie de recesso. O último disco da banda havia sido lançado em 1976, o álbum Presence. Além do sofrimento de Plant, Page lutava contra o vício em heroína e Bonham contra o alcoolismo. O único que estava relativamente bem era o baixista John Paul Jones.

    Presence (1976)
    Mais ou menos recuperado do baque, Plant propõe a reunião da banda para compor novas músicas e, como a dupla Page/Bonham estava "sem condições", as composições ficaram mesmo à cargo de Plant e Jones. Talvez em virtude disso, o disco de hoje tenha ficado bastante diferente dos anteriores e não agradou muito aos críticos. Os argumentos eram que as músicas tinham ficado "adocicadas" - vide o hit "All of My Love" -, o teclado (novo brinquedinho de Jones) descaracterizou um pouco a banda e o peso foi substituído por sentimentalismos. Extremamente compreensível, o leitor não acha?

    Veja o que Robert Plant e Jimmy Page disseram sobre o álbum (tradução livre):
    In Through The Out Door não foi a melhor coisa do mundo, mas pelo menos estávamos tentando variar um pouco nosso som e expressar o que estávamos sentindo na época, e sem dúvida não tem aquele caos característico. Em 77 quando perdi meu filho, não havia mais clima para isso. Esse disco ficou mais consciente e menos animal.
     (Robert Plant, revista Q, 1990)
    Eu e Bonham sentimos que In Through The Out Door estava meio mole. Coisas como "All of My Love" não nos interessavam. Aquele negócio do coro me deixou preocupado... Já podia prever as pessoas estranhando e reclamando dessas coisas. Entendo que naquele momento em que foi feito, refletia um pouco nossa situação, mas não gostaria de seguir por esse caminho no futuro.
     (Jimmy Page, revista Guitar World, 1998)

    R.I.P.
    Esse foi o penúltimo disco da banda. No ano seguinte ao lançamento, John Bonham falece em virtude da bebida, tinha apenas 32 anos. Como diria Ozzy Osbourne a causa foi a "Suicide Solution". (Nota - antes que venham me criticar, eu sei perfeitamente que essa frase/música foi feita para Bon Scott, mas a ideia também serve para Bonham, ou não?).

    Mas afinal, o disco é bom? Na minha opinião sim, pois mostra outro lado de uma banda espetacular que não teve medo de ousar. E você, qual sua opinião? Ouça o disco abaixo e deixe suas impressões nos comentários!

    Leitura relacionada:




    In Through The Out Door (1979)


    Cotações da crítica especializada:
    All Music Guide (0 a 5): 3,5
    Robert Christgau: B+
    Q (0 a 5): 3

    Escute o disco aqui!


    Faixas/Destaques:

    01 - In The Evening
    02 - South Bound Saurez
    03 - Fool In The Rain
    04 - Hot Dog
    05 - Carouselambra
    06 - All My Love
    07 - I'm Gonna Crawl

    segunda-feira, 9 de agosto de 2010

    At Budokan - Cheap Trick


    Série Albuns Históricos de 1979 - 30/43

    Ficha corrida da banda:
    Nacionalidade: estadunidense
    Período de atividades: 1974 até os dias de hoje
    Site oficialhttp://www.cheaptrick.com/
    Estilo/Gênero: Rock, pop/Hard rock, power pop
    Álbuns de estúdio: 17 até o momento
    Line-up do disco: Robin Zander (vocal, guitarra), Rick Nielsen (guitara), Tom Petersson (baixo), Bun E. carlos (bateria).

    A primeira demo veio em 1975 e circulou pelo meio-oeste estadunidense com boa aceitação do público. O produtor Jack Douglas da Epic Records, depois de assistir um concerto da banda, resolve apostar neles e convence os diretores da gravadora a contratar os Tricks.

    O primeiro disco veio em 1977 e, apesar de bem cotado junto à crítica, não vendeu muito, a não ser no Japão, onde o grupo angariou um grande número de fãs. Com uma roupagem mais pop para tentar atingir o público, o segundo álbum, "In Colour", também não teve sucesso.A banda não ficou satisfeita com o produto final, o que motivou uma regravação completa anos depois. A música 'Clocks Strikes Ten' ficou no primeiro lugar da parada japonesa.

    O 1º álbum levou nota máxima da crítica
    Para o terceiro álbum, "Heaven Tonight", resolveram mesclar as concepções dos dois primeiros para tentar chegar a um equilíbrio. Os fãs o consideram até hoje como o melhor disco da banda, nem preciso dizer que no Japão o sucesso foi gigantesco, o que motivou os produtores a mandar o grupo para lá. A recepção foi tão positiva que chegaram a ser comparados aos Beatles, pelo menos no quesito popularidade.

    O 2º é o pior
    O 3º é o melhor

    Os incríveis shows em Budokan foram gravados e posteriormente lançados em álbum e vídeo, mas apenas no Japão. A publicidade obtida lá chamou a atenção dos públicos europeus e estadunidenses que passaram a piratear as gravações. Vendo uma enorme possibilidade comercial, a gravadora resolve lançar no ano seguinte (1979) o álbum ao vivo pelo mundo e foi uma aposta acertada, o disco foi triplo-platina e tornou o grupo popular mundialmente, fazendo com que os álbuns anteriores também recebessem os holofotes e vendessem horrores.

    At Budokan (1979)


    Cotações da crítica especializada
    All Music Guide (0a 5): 5


    Curiosidades do álbum:

    • Criou um manual do pop que continua a influenciar as bandas de noise pop até hoje.
    • A capa, foi tirada durante o show, do vocalista Robin Zander e do baixista Tom Peterson, foi uma boa jogada de marketing - os rapazes bonitos atraíam as consumidoras.
    • Ficou nas paradas durante mais de um ano e vandeu cerca de 3 milhões de cópias.
    Escute o disco aqui!




    Faixas:

    01 - Hello There
    02 - Come on Come on
    03 - Lookout
    04 - Big Eyes
    05 - Need your Love
    06 - Ain't that a Shame
    07 - I Want You to Want me
    08 - Surrender
    09 - Goodnight
    10 - Clock Strikes Ten

    Curiosidades: 1001 discos para ouvir antes de morrer
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