terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Recado aos críticos: Separem o Café do Leite!


Apesar de saber que listas de melhores sempre são relativas, as divido em duas categorias: as listas pessoais, que em geral levam em conta o gosto pessoal, e na maioria das vezes pecam pela absoluta falta de critério e coerência; e as listas dos especialistas, que na minha opinião, são as que merecem análises e discussões. Digo isso porque os especialistas costumam levar em conta uma série de critérios, muitas vezes discutíveis, é verdade, mas muito melhor do que não ter critério nenhum, e os gostos pessoais costumam ser deixados de lado, fato que julgo essencial para que uma lista seja digna de crédito.

O que me motivou a escrever este artigo de opinião foi a recente leitura da edição especial da revista Rolling Stone - "As 500 Maiores Músicas de Todos os Tempos - Internacionais". Nela são apontadas as músicas mais importantes na visão de uma série de críticos e colaboradores da revista e artistas do ramo.

Sem dúvida, a lista é respeitável. Vários clássicos fundamentais são citados, mas faltaram alguns esclarecimentos, como quais foram os critérios adotados e por que toda a produção musical anterior aos anos 40 foi sumariamente ignorada. Acredito haver uma boa explicação para isso, mas ainda não foi essa a causa que me compeliu a escrever este texto.

Analisando as escolhas e os argumentos, notei que na grande maioria, foram ressaltadas a influência, a estética e principalmente a letra. Critérios legítimos e muito comuns nesse tipo de lista.

Entretanto pergunto: Quando haverá uma lista de melhores músicas levando em consideração a música em si efetivamente?

Recentemente, ouvi com atenção o disco Dreams de Grace Slick para postar uma resenha no blog Central Musical: Anos 80 (leia a resenha aqui) e fiquei surpreso com a qualidade musical apresentada - várias nuanças, variedades criativas nos andamentos, estilos, arranjos; melodias incríveis executadas com a qualidade habitual da cantora, pujança, etc. - e mais surpreso ainda com a crítica que o álbum recebeu - de 0 a 5 levou 2 e o argumento foi que a artista não havia escrito letras poéticas e desafiadoras como de costume. Letras??

Claro que letras são importantes, mas e a música, seria menos? A crítica em questão é musical ou literária? 

Apesar de entender que a música é um conjunto de elementos, a letra não é um dos fundamentais, afinal, se fosse, que valor teria uma obra de Bach, Mozart, Bethoven, Miles Davis, John Coltrane e tantos outros?

Imagine de John Lennon e Like a Rolling Stone de Dylan ficaram nas primeiras posições entre "as melhores músicas de todos os tempos" da Rolling Stone, são letras essenciais e tocantes - obras de arte! Mas tire as letras, tornar-se-iam medíocres.

A intenção não é depreciar estas obras definitivas, mas sim questionar as escolhas da crítica. Quando que as melhores músicas serão escolhidas por serem de fato as melhores músicas e não as melhores letras ou as melhores seja lá o que for?

Música e letra, como o café com leite, é uma ótima combinação, mas são elementos diferentes, que podem ser avaliados separadamente...

AFINAL, QUANDO IRÃO CONSEGUIR SEPARAR O CAFÉ DO LEITE? As maiores músicas de fato, irão agradecer!

Devido à polêmica do tema, escrevi um artigo complementar, para ler, clique AQUI!

10 comentários:

Amadeu Paes disse...

Caro Rodrigo!

Tudo depende pra quem o critico trabalha, se fizessemos as 500 maiores músicas do Brasil, pode ter certeza que Pixinguinha e Villas Lobos ficariam de fora. Afinal quem é que escuta música de antes dos anos 50?

Eu entendi o que vc quis dizer, não se analisa a música, mas muitas vezes se analisa o impacto, uma música dos Ramones se anilisarmos o lado musical não deveria entrar nem nas 1000+, mas o impacto foi forte no ano de 1977, quando NY simplesmente pegou fogo, com greve de lixeiros, um psicopata a solto (lembrei do Talkin Heads em Psycho Killer), apagão.

Estas musicas dos Ramones retratam esta época, por isso que é impacto, até mais que a própria música, pois retrata uma época.

Eu acho que é isso.

Um gde. abç.

Rodrigo Nogueira disse...

Olá Amadeu, é com muita satisfação que recebo sua participação!!

Quero dizer aqui que seu comentário é perfeito! Você tem toda a razão!

Minha intenção foi fazer uma provocação mesmo, sua análise está correta, porém por que não listar também as melhores músicas em seu sentido literal? Seria exigir demais da capacidade de críticos desprovidos de conhecimento de fato do metier? Seria contra os interesses de grandes nomes ou entidades? Seria enfrentar o sistema estabelecido? Correria o risco de apontar um segundo ponto de vista para a parte da população doutrinada?

No final das contas, a pergunta é simples: Por que as coisas só podem ser encaradas de uma maneira?

Abração!!

.outsid3r disse...

Grande Rodrigo!
É com muito prazer que estou de volta aqui comentando seu blog que está cada vez melhor em conteúdo e apresentação, primeiramente então, parabéns pelo trabalho!

Enfim, particularmente acho que estas listas servem para guiar pessoas que não tem opinião própria para decidir o que é melhor pra elas, como vc mesmo disse "Vários clássicos fundamentais são citados", na minha opinião isso quer dizer que você compartilha da mesma opinião que os redatores da revista, só. Só o fato de usar o adjetivo "melhores" já causa hojeriza, deveria ser "melhores no julgamento do zézinho e do joãozinho". Gosto do muito dos Ramones mas o que tem de bom "Blietzkrieg Bop" pra estar nesta lista, ou "Smell like teen spirit", putz, cruel. Fato, gosto muito de muitas músicas citadas lá, principalmente as do Dylan, Beatles, Stones, Bowie entre outros, mas a idéia de juntá-las numa lista de "melhores" é péssimo. Não vou nem entrar no mérito do que você falou a respeito do instrumental das músicas que aí teremos que jogar metade da lista ou ou possivelmente mais no lixo.

Um forte abraço irmão!

Ricardo Seelig disse...

Rodrigo, peguei essa edição especial também e gostei muito. Como toda lista, gera discussões, mas achei muito coerente. É claro que, na minha opinião, algumas coisas seriam diferentes, mas é para isso mesmo que uma lista serve: para levantar discussões a respeito dela.

A respeito da música das décadas anteriores a 1950 ter sido ignorada, entendo que é porque a RS quis fazer uma lista com as melhores músicas do mundo pop - note que não há nada de jazz nem de outros estilos similares -, portanto a explicação está aí.

Rodrigo Nogueira disse...

Olá Fábio! Valeu pelos elogios! Contar com sua participação por aqui de novo é uma alegria!

As listas até que são legais pois motivam a discussão, e se forem criteriosas como essa parece ser, vale a reflexão. O que não pode é fazer descer goela abaixo. Sinto falta também da exposição dos critérios, enfim...

Quanto a qualidade musical, concordo com vc! Acho que se fôssemos olhar por aí, provavelmente uns 80% da lista cairia fora, rss.

Abração!!

Rodrigo Nogueira disse...

Grande Ricardo! Boa surpresa vê-lo aqui participando!

Concordo inteiramente com seu primeiro parágrafo, quanto ao segundo, talvez você tenha razão, mas pergunto: o que havia de mais pop do que Frank Sinatra, Louis Armstrong, Glenn Miller, Benny Goodman, etc, abaixo dos anos 40? Big Band já nem era mais jazz, era pop mesmo, tanto é que motivou a criação do movimento Bebop, uma tentativa de deixar bem claro que jazz não é pop. Outra coisa é a incoerência com relação ao blues, será que só Muddy Waters era pop? Aposto que não. Para eu poder opinar se a lista é boa ou não, precisaria ter claros os critérios, pelo menos penso assim.

Acompanho seu blog e sempre que você elabora uma lista de melhores, são apresentados os critérios utilizados. Em cima disso, nós seus leitores conseguimos ter bases para concordar ou não com ela. Na minha visão, seu procedimento tá certinho! É isso que espero de uma lista. Se não, não passarão de opiniões do zé ou do joão como disse bem meu amigo Fábio.

Abração!!

Edison Waetge Jr disse...

Listas são difíceis mesmo.

Por mais claros que sejam os critérios e melhores os especialistas que as criam, acho impossível que o gosto pessoal deixe de influenciar de alguma forma.

Considero difícil também julgar uma música fora de seu contexto histórico ou sob uma perspectiva do futuro. Louis Armstrong foi em alguma época um inovador, com o sucesso passou a ser classificado simplesmente como pop. Gillespie não nos choca hoje como chocava no início do be-bop. Ambos são músicos excepcionais e revolucionários em seu devido tempo.

Idem com relação à separação da letra da música. A música Imagine já nasceu com a letra, é uma obra completa letra e música, é injusto comparar-lhe somente a melodia com qualquer outra.

Rodrigo Nogueira disse...

Olá Edison!

Acho que é perfeitamente possível você julgar música da perspectiva que você quiser, só acho que seu critério deve ser claro e explícito, por exemplo: As músicas com as "melhores letras de todos os tempos" ou as músicas "mais influentes de todos os tempos" ou ainda as músicas "mais técnicas" ou "as músicas mais pobres tecnicamente, mas de alto teor artístico, etc...

Louis Armstrong foi um grande inovador, um gênio! Mas não se tornou pop por ter alcançado a fama, mas por tocar música pop mesmo, ou você acha que coisas como "What A Wonderful World" seja outra coisa? Jazz é que não é.

Quanto a Imagine, dá comparar com o que você quiser, desde que os critérios sejam os mesmos para ambas músicas em questão. Ela poderá ser melhor ou pior, dependendo do ponto de vista que você analisa.

Pelo menos é o que penso meu amigo!

Valeu por participar, abraço!!

Edison Waetge Jr disse...

Entendi e concordo com você, apenas acho que as listas sempre estarão necessariamente sujeitas ao gosto pessoal de quem as faz e ao contexto em que for analisada cada música. Esse é o charme das listas. Quando for possível estabelecer critérios tais que tornem a lista indiscutível, um computador as preparará.

Rodrigo Nogueira disse...

Grande Edison, essa do computador foi legal, rss. Quem sabe a lista das "Músicas mais longas de todos os tempos" ele consiga fazer sem erro! Brincadeira... As listas são charmosas mesmo porque suas análises trafegam muito no subjetivismo e aí o computador não tem chance mesmo. Por causa disso, todas as listas serão discutíveis, mas só as embasadas em critérios merecem a discussão.

Por mais que seja difícil avaliar sem levar em conta o gosto pessoal, é uma tentativa necessária, pois gosto não se discute, mas qualidade sim! Afinal, listas baseadas em gostos pessoais nem merecem discussões, você concorda com elas ou não.

Valeu amigo!

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