segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Show da Dianne Reeves & Buddy Guy – Eu Fui!

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Foi um domingo maravilhoso!

Visitamos o museu do Ipiranga e depois fomos ver o show.

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Eu e Flávia

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O palco armado e o pessoal chegando. Dianne no centro.

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O show foi demais!!

té mais!!

sábado, 28 de novembro de 2009

Orquestra dos Meninos (2008)

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Direção: Paulo Thiago. Com Murilo Rosa, Priscila Fantin e Othon Bastos.

Baseado em fatos reais ocorridos no estado de Pernambuco onde o músico e idealista Mozart Vieira coloca em prática seu sonho de formar uma orquestra com crianças carentes da região.

A história é comovente, pois mostra como o maestro consegue incutir o amor pela arte nas crianças e as incentiva a desenvolvê-la ao limite.

É uma prova de que o povo só não aprecia a arte por falta de incentivo e que se houver esse incentivo, o nível cultural da população certamente seria elevado, formando assim, pessoas melhores.

Mostra também o lado ruim: conforme a orquestra se desenvolve, vai ficando famosa e por isso desperta a inveja e a rivalidade de políticos locais que não medem esforços para agredir e destruir, chegando inclusive a armar diversas armadilhas.

Interessei-me pelo filme porque havia visto na televisão uma reportagem sobre o trabalho de Mozart Vieira e, meses depois, que ele foi processado por pedofilia.

Como não sabia como o caso tinha acabado, quis ver o filme que narra todo o caso.

É importante mencionar que vários artistas consagrados como Ivan Lins e outros, gravaram depoimentos favoráveis à Mozart, denunciando as falcatruas praticadas contra ele.

Se você for assistir (eu recomendo pela história), não se esqueça de acompanhar nos créditos finais, que fim levou cada integrante da orquestra.

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A produção infelizmente é amadora. A direção é fraquíssima com cortes de cena atrapalhados e a narrativa é muito corrida. Parece que foi feito às pressas e sem muitos cuidados.

O que vale a pena conferir é a bela trilha sonora a partir de gravações verdadeiras da Orquestra dos Meninos.

ATORES/ATRIZES

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Murilo Rosa empresta seu carisma para Mozart Vieira e não compromete. Consegue passar a simpatia e dedicação necessária para cativar as pessoas de boa índole que estão ao seu redor e a fúria despertada graças às pessoas interesseiras que veem nele um rival.

Só não fez melhor pelo roteiro, produção e direção fracas. Apesar da causa ser boa, entrou numa furada.

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Priscila Fantin interpreta uma das integrantes da orquestra e a futura esposa do maestro.

Obviamente sua aparência destoa dos demais integrantes que são típicos nordestinos. Ficou bem forçado.

Sua atuação é medíocre (como sempre). Só presta para trabalhar em novela mesmo. Chega a ser cômico vê-la tentar manusear um fagote.

Não consegue chegar ao nível de Murilo Rosa (que está longe de ser brilhante), e o relacionamento em cena deles não convence.

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Sobre Othon Bastos e sua competência não preciso nem falar, é chover no molhado.

Faz um professor e depois prefeito da cidade, Moisés Batista – nome fictício do político que tentou arruinar a vida de Mozart Vieira.

Intolerante, invejoso e mau-caráter, usou o apoio da polícia corrupta para atrocidades do mais baixo nível.

Seria um clichê se não fosse um caso real (apesar de não provado).

ROTEIRO

Lamentável. Parece uma colcha de retalhos baseado em memórias desconexas dos protagonistas.

As personagens são mostradas apenas de forma reativa, você não sabe as razões para muitas atitudes delas. Raso.

Intenciona emocionar e para isso usa recursos novelísticos deixando a trama piegas e brega.

É nitidamente parcial, mostra o lado de Mozart, tornando-o um herói, como se tudo se resumisse apenas em bom e mal e sabemos que a realidade não é tão simples assim.

Ao amigo que lê, concluo da seguinte forma: apesar da péssima produção, acho que é uma história relevante, que deve ser conhecida; além de conter uma bela trilha sonora para ser apreciada.

´té mais!

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

The Idiot – Iggy Pop (1977)

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James Newell Osterberg – mais conhecido como Iggy Pop, nasceu em Muskegon, EUA, em 21 de abril de 1947. É um músico de rock.
Na infância, Iggy Pop era um garoto tímido e introvertido. Em meados dos anos 60, ele tocou bateria num grupo de garotos de sua escola, The Iguanas. O nome artístico, aliás, surgiu devido ao nome da primeira música da banda colegial.
Em 1969, surgia The Stooges, com Ron Asheton na guitarra, Scott Asheton na bateria e Dave Alexander no baixo (que foi demitido após o segundo álbum, abrindo vaga para James Williamson, guitarrista, enquanto Ron assumia o baixo), banda que liderou durante cinco anos. Ao fim da banda, Iggy Pop decidiu partir para a carreira solo.
Em 1977, recebeu a ajuda de seu amigo David Bowie para produzir seus primeiros dois LPs solo: The Idiot (que analisarei neste post), e Lust For Life (que veremos em breve). O primeiro disco incluiu a música China Girl, que mais tarde seria um sucesso de Bowie no álbum Let’s Dance, de 1983.
É bom ressaltar que, apesar de ser um movimento inglês em sua origem, o punk deve sua existência à influência de Iggy Pop e dos Stooges, mas seus álbuns solo lembram remotamente este estilo musical


The Idiot (1977)
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CURIOSIDADES DO ÁLBUM
  • Pouco antes de gravá-lo, Iggy Pop estava se recuperando em uma clínica psiquiátrica.
  • Nenhuma gravadora queria lhe dar uma chance, só conseguiu gravar com o aval de seu amigo David Bowie
OUÇA AS FAIXAS E COMPARE COM A ANÁLISE MUSICAL:


01 – Sister Midnight
00:00 – Repique da bateria intercala com o teclado enquanto o riff é dado pela guitarra e o tom pelo baixo; 00:13 – entra a voz de barítono de Iggy Pop sempre acompanhada de backing vocals quando canta o nome da música; 01:17 – guitarra executa notas longas e distorcidas com reverb encima do riff; 02:05 – o tom de voz aumenta; 02:15 – novamente a guitarra com reverb só que com outra fazendo segunda voz; 02:57 – retorna o canto dolente que vai progressivamente se elevando chegando quase ao êxtase, devido ao riff hipnótico.
02 – Nightclubbing
00:00 – Levada disco de bateria eletrônica e teclados nos transportam a um cabaré; 01:10 – entra a voz soturna de Iggy Pop; 01:46 – uma guitarra bem suja e rock ’n roll deixa claro que trata-se de uma paródia que o artista está fazendo com  o estilo.
03 – Funtime
00:00 – som de microfonia, chiados e até alguém tossindo, abrem a música; 00:09 – a bateria eletrônica marca a melodia quase falada executada pela voz, enquanto um backing vocals macabro soa ao fundo; 01:06 – a guitarra se intromete fora de tom criando uma grande dissonância, como se fosse o apito de trem; 01:21 – a melodia é retomada; 01:43 – o refrão retorna com o backing fazendo um intervalo provavelmente de segunda, trazendo de volta a dissonância; 02:02 – o “trem” retorna e as vozes acompanham com algo semelhante a uma ola, e assim a música termina, em 02:55.
04 – Baby
O baixo, com apenas duas notas e o teclado abrem os trabalhos, logo são seguidos da voz, da guitarra e do refrão; 00:25 – vamos à primeira estrofe com caráter bucólico proporcionado pelo barítono; 00:37 – aparece um órgão fantasmagórico seguido pelo refrão e depois, tudo é retomado e segue repetindo até o final da música em 03:25.
05 – China Girl
00:00 – Iggy Pop já entra cantando e de uma forma muito parecida com a maneira de seu amigo David Bowie, a guitarra faz o contracanto e o teclado toca com um timbre e uma sequência de notas à chinesa; 00:28 – ponte e refrão sem muitas mudanças na harmonia; 00:48 – preparação para mudança de tom, que ocorre em 01:03 – a guitarra passa a “cavalgar” no acompanhamento até abrir com sequências de dois acordes descendentes em  01:34; 01:51 – a música toma outros ares com a melodia ascendente até culminar em gritos do vocal em 02:05, acompanhado do baixo e do teclado em strings, abrindo ainda mais o som, que é preparado para a surpresa dos saxes que passam a integrar a harmonia em 02:08; O vocal fica mais comedido, mas a harmonia continua em êxtase até que em 02:43 ele também é contaminado; 02:50 – a guitarra volta a cavalgar e a melodia vocal desce até os graves novamente e os “sinos” chineses retornam; 02:57 – agora a voz torna-se súplica, até cessar em 03:08 – a banda assume a harmonia e o sax a melodia; 03:51 – a guitarra volta a cavalgar, só que agora acompanhada do baixo no mesmo ritmo; caminhamos para o final instrumental, onde as guitarras fazem duas vozes, o teclado fica nas alturas e o sax faz o contracanto.
06 – Dum Dum Boys
00:00 – estalar de dedos e uma conversa; 00:09 – a guitarra dá os primeiros acordes; 00:34 – entra a batera, o baixo e outra guitarra usando bastante a alavanca; 01:01 – vem o riff seguido do canto; 03:18 – um breve interlúdio instrumental que vai até 03:42 – quando retorna o refrão; 06:13 – a harmonia muda com destaque para o baixo e assim vai até o final em 07:13. A estrutura melódica e a voz lembram muito alguma coisa do The Doors.
07 – Tiny Girls
00:00 – um suave e amadeirado sax tenor embala acompanhado da banda; 00:52 – o vocal entra ao lado de uma guitarra sincopada; 02:04 – o sax retorna solando só que agora de forma mais contundente, conduzindo a música ao seu final em 03:00.
08 – Mass Production
00:00 – efeitos diversos; 01:04 – a banda entra e logo em seguida o vocal mostra uma melodia gótica; 02:51 – o refrão; 03:32 – um acorde dissonante traz a música de volta ao tema; 04:13 – a guitarra cheia de efeitos em sonoridade grave logo é superada por um sintetizador distorcido levando cada vez mais para o agudo; 05:25 – novamente o refrão; 06:06 – o acorde dissonante novamente traz a música de volta ao tema só que desta vez arrasta consigo o sintetizador agudo e o vocal monótono, constante e repetitivo. A sonoridade geral nos leva (ouvintes) a uma espécie de tranze; 07:44 – só restou o som incômodo que lembra uma furadeira e a música acaba em 08:26. Não esqueça de pedir para alguém estalar os dedos para você despertar!

Análise Musical: Rodrigo Nogueira
Fonte Histórica: Wikipédia
Curiosidades: 1001 discos para ouvir antes de morrer

té mais!

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Pacific Ocean Blues – Dennis Wilson (1977)

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Dennis Wilson é co-fundador, junto com seus irmãos Brian e Carl, além de seu primo Mike Love, de uma das mais lendárias bandas dos anos 60, chegando até a rivalizar com os Beatles, deixando-os várias vezes para trás nas paradas de sucesso: The Beach Boys.
Os Beache Boys foram os precurssores do movimento Surf music, mas dentre os integrantes, apenas Dennis era realmente surfista. Além disso, era o baterista da banda.
Um fato estranho de sua vida é que era um dos fanáticos seguidores do psicopata Charles Mason e foi cúmplice nos notórios assassinatos cometidos pela seita.
Fora isso, também manteve uma relação de adultério com Christine McVie, integrante do também famoso grupo Fleetwood Mac. Para saber mais do Fleetwood Mac, clique no link abaixo:
Nessa época, ele era casado com a filha ilegítima de seu primo e colega de banda Mike Love, Shawn Marie Love, com quem teve um filho: Gage Dennis Wilson.
Dennis tinha pouco espaço na banda, então decide fazer carreira solo cantando e compondo suas músicas.
Em 1969, Wilson lança seu primeiro trabalho: os singles Sound Of Free Manchete e Lady.
Apenas em 1977 é que ele lançou seu primeiro álbum: Pacific Ocean Blues, que teve uma vendagem razoável, mas virou um verdadeiro cult. Esgotou rapidamente e tornou-se raridade no mercado, sendo reeditado apenas em 2008. Por causa dos compromissos com os Beach Boys, acabou até ficando sem turnê.
Em 1983, época em que combatia o alcoolismo, morreu afogado aos 39 anos, na tentativa de resgatar objetos atirados de seu iate, que tinha vendido para saldar dívidas. Foi sepultado ao largo da costa da California.
Pacific Ocean Blues (1977)
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CURIOSIDADES DO ÁLBUM
  • Foi gravado ao longo de 7 anos;
  • Dá uma noção exata do que era Los Angeles nos anos 70, quando ser uma estrela do rock movida a cocaína significava viver como um deus.
OUÇA AS FAIXAS E COMPARE COM A ANÁLISE MUSICAL:
DESTAQUES EM VERMELHO
01 – River Song
00:00 – Arpeggios do piano iniciam, seguido de baixo e bateria; 00:15 – um grupo gospel se apresenta, inicia a bela melodia; 00:43 – Dennis Wilson canta acompanhado pelo coral; 01:03 – primeira estrofe que é conduzida até 01:32, quando os instrumentos param e fica só o belíssimo arranjo vocal; 01:36 – retornam os arpeggios do piano para sustentar as vozes, seguido da banda; 01:47 – participação em destaque das vozes graves do arranjo de transição com as sopranos variando a melodia; 02:26 – coro sustenta acordes, acompanhados do piano e marcações do baixo, criando um suspense; 02:46 – no mesmo clima de suspense, Wilson segue com sua mensagem; 03:08 – o suspense é dissipado, percebam o trabalho das vozes graves, que conduzem ao final em 03:47.
02 – What’s Wrong
A música começa em escala pentatônica, com ares de saloon do velho oeste só que acompanhada de sopros nos ataques, depois parte para um rockabilly.
03 – Moonshine
Balada preguiçosa de voz e piano; 00:23 – entra a bateria e o acompanhamento orquestrado e a melodia parte para um estilo meio Pink Floyd; 01:44 – belo arranjo vocal masculino que conduz a música ao fim em 02:31.
04 – Friday Night
Música de transição. Teclado em strings com notas longas, marcação de acordes de piano embasando notas com slide da guitarra introduzem; 01:11 – a bateria muda o andamento abrindo para um vocal rasgado de Wilson e um rock marcado; 02:24 – strings e riffs de guitarra e o final em fade em 03:12.
05 – Dreamer
00:00 – levada  orientada por acordes na gaita de boca na região grave; 00:13 – novamente o vocal rasgado; 00:44 – a música ganha brilho com os sopros e surgem as backing vocals; 00:55 – retornamos à escuridão; 01:26 – os sopros retornam abruptamente; 02:02 – fica só o teclado e o aspecto muda para como que levando a uma resolução, mas na verdade é apenas uma transição para o solo de guitarra em 02:48 com o teclado por baixo e a gaita por cima; 04:01 – os sopros que antes só davam ataques, assumem a dianteira com o trompete e o sax solando só que (infelizmente) entra o fade e a música acaba em 04:24.
06 – Thoughts Of You
00:00 – a melodia começa chorosa acompanhada apenas do piano em arpeggios; 00:45 – a orquestra entra discretamente, mas levemente vai ganhando corpo; 01:17 – a voz aparece dobrada e com efeito fazendo o refrão e o que era choroso passa a ser um brado, mas só vai até 02:04, quando retorna à melancolia; 02:34 – a orquestra assume totalmente com acordes extremamente tristes, essa é para derrubar!
07 – Time
00:00 – o climão depressivo continua só que com o acréscimo de um trompete que sola em 01:24 com ataques dos graves do piano; 02:10 – a música se abre com um ritmo mais forte com solo de guitarra, ataques dos sopros e um arranjo vocal meio tribal terminando a música de forma bem diferente de seu início, em 03:34.
08 – You & I
00:00 – ares mais pop nos invadem aqui. Somos levados à praia num final de tarde pela harmonia, dá uma preguiça…01:37 – um agradável e suave solo de guitarra limpa; 02:12 – embalada pelo solo, a melodia muda até nos trazer de volta o refrão em 02:42 e o fim da música em 03:28.
09 – Pacific Ocean Blues
Surf music ao estilo dos Beach Boys com o baixo em destaque e acompanhamento de grupo vocal.
10 – Farewell My Friend
Notas graves do piano, melodia dobrada com a voz e o piano, bateria suave, só marcando e, mais uma vez, um fundo vocal. Guitarra com slide e efeitos sonoros. Mais uma música de transição
11 – Rainbows
00:00 Banjo + piano arpeggiando, bateria convoca a banda, vocal canta toda a estrofe acompanhado de arranjo vocal. O ritmo é alegre. 00:44 – a harmonia muda para uma aparente tristeza, sendo destaque o trinado do banjo que lembra a forma de se tocar um cavaquinho; 01:13 – o arranjo inicial é retomado; 01:49 – a segunda parte (triste), é retomada e conduz novamente à primeira mais alegre e a música acaba em fade, mostrando que Dennis Wilson parece compor de forma incompleta.
12 – End Of The Show
O álbum termina de forma melancólica com mais uma triste balada levada ao piano e com a voz rouca, quase sussurrante de Wilson. Soa como uma despedida. Notem o belo arranjo iniciado em 02:12 que é finalizado com a ovação do público.

Análise Musical: Rodrigo Nogueira
Fonte Histórica: Wikipédia
Curiosidades: 1001 discos para ouvir antes de morrer

té mais!

domingo, 22 de novembro de 2009

Heroes – David Bowie (1977)

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Seu verdadeiro nome é David Robert Jones, mas trocou o sobrenome devido ao seu homônimo do então famoso grupo americano The Monkees. No início da carreira, participou de grupos usando o verdadeiro nome, como David Jones and the King Bees (1964) e Davy Jones and the Lower Third (1965), chegando a gravar compactos sem maiores repercussões. Uma das teorias para o nome artístico conta que “Bowie” foi escolhido por ser o nome da fabricante da faca que se supõe ter cegado seu olho esquerdo ainda na adolescência em uma briga com um colega de escola. No entanto, a hipótese mais plausível para a paralização da pupila esquerda é a de que, nessa briga, ocasionada pela disputa por uma namorada, o cara teria acertado um soco no olho esquerdo de Bowie.

Começou a carreira solo (como cantor folk) em 1966, compondo, cantando e tocando. Em 1968, a canção Space Oddity ficou entre as cinco primeiras da Inglaterra. Mas o sucesso internacional viria apenas com o álbum The Rize and Fall of Ziggy Stardust and the Spiders from Mars. É nessa época que começaram as apresentações exuberantes, performáticas, com riqueza de figurino e maquiagem.

Já postei outras matérias sobre David Bowie. Para saber mais, use os links abaixo:

David Bowie – Low (1977)

Station To Station – David Bowie (1976)

Os Melhores Discos de 1975 que Já Ouvi

Site Oficial

Heroes (1977)

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CURIOSIDADES DO ÁLBUM

  • Segunda parte da trilogia de Berlim
  • Foi gravado no estúdio Hansa, um antigo salão de bailes da Gestapo perto do muro de Berlim

OUÇA AS FAIXAS E COMPARE COM A ANÁLISE MUSICAL:

DESTAQUES EM VERMELHO

01 - Beauty and the Beast

00:00 – anúncio da música feito pelo teclado e o chipô em suspense, quando surge um som exótico de uma espécie de violoncelo elétrico. Tudo vem crescendo até culminar com a entrada do vocal em 00:34 apresentando uma música dançante e psicodélica; 00:45 – surge então o refrão onde David canta com a voz cheia de efeitos e com a parceria do backing vocal feminino, ao fundo notamos o trabalho de teclado de Brian Eno. Depois de repassar a primeira parte e o refrão, o teclado sola em 01:36 de forma minimalista, logo sendo alcançado pelo refrão. Destaque para os diversos efeitos sonoros; 02:22 – a segunda parte da música apresenta um vocal tenso sobre uma série de efeitos sonoros eletrônicos; 02:44 – variação do refrão, executado de forma descendente; 03:08 – inicia uma série de sons caóticos e estridentes que culminam com as backing vocals suplicantes. Alucinante.


02 - Joe the Lion

00:00 – a guitarra base manda um riff barulhento, seguido da guitarra solo com a melodia; 00:33 – entra o vocal esganiçado acompanhado por um backing vocal quase infantil causando um efeito estranho; 01:20 – a música torna-se mais consonante e David Bowie canta de forma mais relaxada, as guitarras estridentes são substituídas por um leve piano e tudo isso traz mais repouso para os ouvidos, só que dura pouco; 01:25 – a música toma um caráter agonizante, até que em 01:34 chega ao clímax com o vocal em falsete e vibratto e a guitarra distorcida prenuncia um grito, que ocorre em 01:51. O frenezi continua até 02:26, quando a guitarra enfurecida sola mesmo em cima do vocal e vai até 03:07, quando finalmente temos o repouso.

03 – Heroes

 

00:00 – levada rock’n roll acompanhada de guitarras estridentes e efeitos sonoros. Vocal tranquilo, destacando a inspiradora letra; 01:34 – eleva-se o tom e outra guitarra passeia pela melodia até assumir o solo em 01:59; 03:16 – eleva-se o vocal conclamando o ouvinte a ser um herói, nem que seja apenas por um dia; 03:59 – a melodia muda caracterizando uma segunda parte da música, suplicante. 06:10 – finaliza em êxtase. Brilhante!


04 - Sons of the Silent Age

 

00:00 – Lamentoso arranjo, quase oriental, capitaneado pela guitarra que, ajusta a música para a belíssima introdução dos vocais como que resignados, amparados pelo brilho do prato de condução; 00:52 – explosão de sofrimento no refrão; 01:27 – solo de sax mantendo o clima da música, em escala menor; 01:45 – interlúdio, instrumentos em suspense e retorna a resignação; 02:16 – rufar da caixa e novo clímax no refrão ainda mais incisivo; 02:53 – nova mudança de tom e cadência.

05 - Blackout


00:00 – a bateria marca e a banda entra com a guitarra bem ativa e com uma estranha distorção em dissonância total; 00:34 – entra o vocal e a dissonância diminui (um pouco); 00:59 – acaba a melodia, entra uma espécie de rap e a banda parece que fica na expectativa sobre o que deve fazer; 01:07 – a guitarra retorna super dissonante e traz a melodia de volta; 01:25 – a melodia muda completamente, parece que trocamos de música, o baixo predomina, mas a guitarra “monstruosa” ainda está lá; 02:02 – breque. Mudança total novamente, Bowie parece que está atuando numa peça de teatro. O andamento e o ritmo mudam totalmente, é uma virada de 180 graus! 02:29 – retornamos ao que se pode chamar de refrão e dissonância impera; 03:08 – a cadência é iniciada, mas é alarme falso, a harmonia é retomada para finalizar apenas no fade em 03:49. Tanta coisa em apenas 03:49 = vanguarda!

06 - V-2 Schneider


00:00 – literalmente, um jato. Baixo e caixa. Teclado e guitarra. 01:26 – riff nos sopros, o vocal compõe a harmonia sem letra. 02:21 – V-2 Schneider! 02:36 – a nave está pousando…

07 - Sense of Doubt


Ondas! Cinco notas sinistras no piano, dois acordes nas strings, efeitos fantasmagóricos, efeitos de voz, teclado “aquático”, mais ondas; 01:42 – acorde crescente em volume, seguido de outro descendente e mais dois, eles fazem o desenho melódico. Música sensorial, strings dominam entremeadas de ondas e as cinco notas do piano. Vento, quase tempestade, troca de faixa –>

08 - Moss Garden


Segue o vento, passagem de um jato. Teclado etéreo; 00:33 – instrumento de cordas japonês dedilha suavemente suas notas, o teclado segue seu rumo sendo interrompido eventualmente por pios de aves; 03:34 – sequência hipnótica do teclado, que domina tudo em 03:47 e conduz até o final em 05:05 com a presença novamente do jato.

09 - Neuköln


00:00 – som industrial; 00:50 – teclado descendente; 01:05 – sax alto com sonoridade caótica; 01:19 – guitarra replica as notas do teclado nas cordas graves; 01:55 – o sax retorna com figuras orientais, acompanhado de um órgão; 03:53 – sax protagoniza trazendo de volta o caos, forçando duas notas simultâneas no sopro; 04:14 – repete dois glissandos e finaliza a música em 04:35.

10 - The Secret Life of Arabia

Guitarra limpa inicia, acompanhada por duas tumbadoras. Logo chega o vocal com o tema. A seguir, a música recebe influências de reggae. Mais um pop exótico.

Análise Musical: Rodrigo Nogueira
Fonte Histórica: Wikipédia
Curiosidades: 1001 discos para ouvir antes de morrer

‘té mais!

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Arraste-me para o Inferno

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Drag Me To Hell (2009)

Direção: Sam Raimi. Com Alison Lohman, Justin Long, Lorna Raver e David Paymer.

Moça, funcionária de um banco, recusa-se a postergar novamente o vencimento da hipoteca de uma velha senhora.

O que a pobre moça não sabia é que a velha era uma cigana beeem vingativa, que joga uma praga violenta deixando a donzela com apenas três dias para se livrar da maldição, senão o tinhoso cascudo virá arrastá-la para o inferno.

Sam Raimi é um diretor famoso, dirigiu alguns blockbusters como o Homem-Aranha por exemplo, mas no início da carreira, trabalhou com filmes de terror (Uma Noite Alucinante), e num acesso de nostalgia, quis dirigir e roterizar essa “peça” que trato aqui neste post.

Pensei: filme que tem no elenco os estereotipados Justin Long e David Paymer, não pode ser coisa séria, logo, não esperava um denso horror psicológico.

Estava certo. Trata-se de uma bobagem sem tamanho, com direito a sustos gratúitos causados apenas pelos efeitos sonoros e nojeiras sem fim.

Se você assistir esse filme num home-theater, garanto que vai levar susto até com um singelo lencinho de tanto estardalhaço sonoro que há.

Aconselho, se você realmente for assistir, que não coma durante a sessão, pois todo tipo de bizarrice nojenta foi colocado no longa. Exemplo? Imagine um morto cair em cima de você e derramar todo o líquido corpório (verde) no seu rosto, que tal?

Li várias críticas favoráveis ao filme, argumentando que tudo isso são “homenagens” e os absurdos são propositais para trazer um humor negro.

 

ATORES/ATRIZES

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Alison Lohman, além de embelezar o filme, manda bem interpretando a pobre coitada que é infernizada pela velha maldita e pelo chifrudo cascudo.

Passa um ar de heroína com um quê de moça tonta perfeitamente.

zack and miri make a porno 3 211008 Justin Long é o namorado da protagonista. Em qualquer filme que você o encontre, e nesse não é diferente, faz o mesmo papel. Você ri só de olhar para a cara dele, não porque ele é ruim, mas porque ele é engraçado mesmo. Ainda mais tentando ser sério.

Diferente da maioria dos filmes do tipo, a personagem dele ACREDITA na moça amaldiçoada antes que seja tarde demais, não que isso faça alguma diferença para a conclusão do filme…

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Lorna Raver é a impagável cigana desgraçada, maldita, nojenta, asquerosa, grudenta, bafuda, fedida; que não larga do pé da bonitinha nem depois de morta, aparecendo toda hora e nos locais mais improváveis. Causa sustos, risos e enjoos.

A distinta senhora à esquerda trabalha excelentemente. É a melhor do filme.

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David Paymer faz o gerente do banco no qual a mocinha trabalha. Aqui cabe uma reflexão: é impressionante como o mundo corporativo é calhorda. O gerente, por ter disponível uma vaga de gerente-assistente, usa expedientes sórdidos para acirrar a concorrência entre os candidatos ao cargo. Pena que a velha doida não pega ele também!

ROTEIRO

É muito bem feito, se você for levar em conta que esse filme não passa de uma grande tiração de sarro.

Tem uma porção de clichês, mas todos colocados propositalmente:

  • casal de namorados lutando contra a maldição com o auxílio de “místicos”;
  • Sessões de exorcismo que não dão muito certo;
  • capeta sem nenhum propósito;
  • Sogro paspalho e sogra megera;
  • Rival bunda-mole, etc (poderia ficar até amanhã citando)

Além de vários furos hilários, também propositais, como:

  • A menina “jorra” uns quatro litros de sangue e não fica nem tonta;
  • É melada com todo tipo de gosma nojenta e logo depois está sequinha;
  • Recebe meio braço na garganta (como isso é possível?!);
  • Cava uma enorme cova, debaixo de chuva, como uma profissional e rapidamente, etc.

O final é irônico e cheio de humor negro, mas não dá para dizer que era inesperado.

Dei uma boa pincelada no filme. Você decide se assiste ou não. Recomendo apenas para quem gosta de filmes de “terrir”.

Trailer:

té mais!

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Rumours – Fleetwood Mac (1977)

fleetwoodmac
Apareceram pela primeira vez no British National Jazz & Blues Festival, em 1967, com o nome de Peter Green’s Fleetwood Mac, assinando em seguida com o empresário/produtor de blues Mike Vernon, do selo Blue Horizon. Peter Green já era conhecido como cantor de blues e guitarrista, e o Fleetwood Mac, como passou logo a ser chamado, tornou-se pioneiro no movimento de blues na Inglaterra, tendo sucesso imediato.
No final de 1968, Peter Green introduziu no grupo seu protegido, o jovem guitarrista Danny Kirwan. O Fleetwood Mac se tornou assim, a única banda com três guitarristas, sendo eles capazes de criar e tocar seu próprio repertório. Estavam entre os maiores sucesso da Grã-Bretanha, embora ainda não conseguissem atingir o mercado norte-americano.
Em 1969, o estilo de Peter Green começou a revelar um afastamento do puro blues e, em maio de 70, num acesso de misticismo, ele resolveu deixar o grupo e a vida musical. (Leia Mais!!)
Com sua estrutura profundamente abalada, o Fleetwood Mac se afastou por alguns meses, voltando no fim do ano com o álbum Kiln House, que seria o trampolim para seu futuro sucesso nos EUA.
No ano seguinte, foi a vez de Jeremy Spencer: durante uma turnê pelos EUA, ele desapareceu em Los Angeles, sendo encontrado dias depois num templo da seita Meninos de Deus, disposto a ficar por lá e abandonar a carreira musical. Sua decisão fora tomada após ter sido abordado na rua por um membro da seita, e era mais surpreendente devido ao fato dele ser um verdadeiro humorista de palco, fazendo memoráveis sátiras de Elvis Presley e Buddy Holly, e normalmente alheio à religiosidade.
Depois de novo afastamento devido a este último golpe, o grupo voltou. Mas devido também às muitas alterações ocorridas na formação e o fracasso dos LPs lançados então, chegou novamente à dissolução.
Foi nessa época, em 1972, que o empresário Clifford Davis criou um outro Fleetwood Mac, sem nenhum dos integrantes originais, para substituí-los. Mas John McVie entrou com uma ação na justiça contra o grupo falso e ganhou.
A partir daí, novos ventos sopraram sobre o verdadeiro grupo: o casal Nicks e Buckingham se associou ao grupo e, com nova formação (Christine McVie nos vocais e teclados, Mick Fleetwood na bateria, John McVie no baixo, Steve Nicks nos vocais e Lindsey Buckingham na guitarra), o grupo voltou a ocupar seu lugar nas paradas de sucesso e a ganhar discos de ouro e platina.

Rumours (1977)
rumours[1]

CURIOSIDADES

  • Esse disco foi direto para os primeiros lugares das paradas dos EUA, onde reinou por 31 semanas, ganhou 13 vezes o disco de platina e recebeu o Grammy de 1977 como o álbum do ano.

  • As gravações aconteceram enquanto o casal McVie e Fleetwood viviam processos dolorosos de divórcio. Buckingham e Nicks também estavam se separando.
OUÇA AS FAIXAS E COMPARE COM A ANÁLISE MUSICAL:
Destaques em vermelho
01 - Second Hand News
00:00 – começa com o violão sendo tocado próximo ao cavalete, para que em 00:06 entrar toda a banda em ritmo de cavalgada; 00:54 – até aqui, é apresentada toda a estrutura da música para depois ser retomada. O ritmo predominante é o country; 01:59 – variação do tema com a repetição do título da faixa resolvido no agudo em nota longa, acompanhado de backing vocals; 02:30 – solo de guitarra com distorção imitando som de violino e a faixa termina em 02:46.
02 - Dreams
00:00 – a bateria repica e o baixo dá o tom pop; 00:17 – o vocal feminino  apresenta a primeira parte da música, recebendo o contracanto da guitarra; 00:33 – início da segunda parte, com belo trabalho de backing vocals feito pela própria cantora (gravado separadamente, é óbvio), que anuncia o refrão em 01:12, onde recebe mais um back, só que masculino; 01:44 – leve solo de guitarra, embasado pelo baixo; 02:00 – a bateria dá a deixa e a estrutura é retomada; 03:59 – início da cadência e a finalização da faixa em 04:17.
03 - Never Going Back Again
00:00 – o violão com cordas de aço abre o country de forma ponteada, quando em 00:11 – volta o vocal masculino gravado de forma dobrada e o ponteio segue fazendo um dueto; 00:34 – o refrão é apresentado e as notas se elevam; 00:46 – entra o back feminino trazendo conforto à harmonia até 00:51, quando fica apenas o violão repetindo a estrutura da música; 01:25 – a voz principal retorna para repetir o tema até 02:06 – onde devolve a música para o violão, que a encerra em 02:14 com um acorde na tônica uma oitava acima.
04 - Don’t Stop
00:00 – segurando com acordes em timbre strings na mão esquerda batendo acordes com timbre de piano com a mão direita, o teclado dá início a mais uma faixa pop, seguido da deixa da bateria para a guitarra e em seguida o vocal; 00:33 – primeira aparição do refrão, sem alterar a estrutura musical, que segue linear; 00:49 – volta do teclado para anunciar o retorno do tema em 00:59; 01:13 – refrão novamente, seguido em 01:34 do solo de guitarra; 01:54 – novamente o tema, quando em 02:16 há o breque + ponte + refrão, a bateria dá um inflamada e em 02:42 inicia a cadência com o vocal em falsete, finalizando a música em 03:13.

05 - Go Your Own Way
00:00 – batidas sequenciais de acordes na região grave da guitarra seguidas da entrada do baixo e do violão de cordas de aço e logo após o vocal. Depois do primeiro verso, a bateria; os versos vão num crescendo até chegar ao grudento refrão, recheado de backing vocals em 00:32; 00:53 – retorna a estrutura básica mas a guitarra fica mais incisiva nos contracantos; 01:21 – temos o delicioso refrão novamente; 01:42 – o violão e a bateria preparam a cama para o despretensioso solo de guitarra que soa mais como uma preparação para o refrão em 02:11; 02:37 – a guitarra retoma o solo, só que agora com força e acompanhada de outra, revezando nas partes; 03:15 – o refrão aparece mais leve para conduzir essa gostosa música ao seu final em 03:39 com o fade.
06 – Songbird
00:00 – o piano dá o tom da balada; 00:15 – o vocal  entra agudo e limpo entoando os primeiros versos, acompanhado, além do piano, por um violão e só. 01:50 – vocal se ausenta deixando o piano e o violão fazendo suavemente a base até 02:14; 02:54 – cadência e singelo fim em 03:21.
07 - The Chain
00:00 – a bateria marca o compasso e o banjo introduz seguido da guitarra; 00:27 – breque seguido da entrada dos vocais; 00:53 – mudança de andamento e entrada do refrão com o teclado fazendo um fundo; 01:20 – prevalece o banjo fazendo dueto com a guitarra, sustentados por uma nota do teclado; 01:34 – retorna o vocal; 02:09 – refrão com vocal fazendo pergunta e resposta; 02:49 – preaparação para o fraseado do baixo em 03:04, com a bateria criando um suspense para que em 03:19 tenhamos uma acelerada no andamento proporcionando uma guitarra mais agressiva e empolgante; 03:54 – o vocal decide participar e novamente temos o fade em 04:15 e o final em 04:30. 
08 - You Make Loving Fun
00:00 – chipô anuncia, caixa, baixaria funkeada e teclado seguem, guitarra manda a melodia, entra a vocalista e a guitarra pula para o contracanto; 00:48 – mais um belo refrão do Fleetwood Mac; 01:17 – a guitarra manda brasa no solo; 01:48 – refrão; 02:19 – volta ao primeiro tema; 02:49 – variação do refrão seguido de mais um solo de guitarra que termina num fade em 03:37.
09 - I Don’t Want To Know
00:00 – o violão introduz com acordes desse agradável folk; 00:07 – o baixo se apresenta; 00:14 – a bateria e vocal em dueto mostra a primeira estrofe; 00:41 – refrão entremeado de palmas; 01:13 – é retomada a estrofe; 01:41 – novamente o refrão e na sequência tudo é retomado; 02:28 – solinho simples de guitarra; 02:57 – cadência e fim em 03:16.
10 - Oh Daddy
Um lamento folk feito com a qualidade típica do Fleetwood Mac.
11 - Gold Dust Woman
Balada country que fecha esse álbum especial, com destaque para a sonoridade de cítara aplicada na guitarra e o belo trabalho vocal no refrão.
Análise musical: Rodrigo Nogueira
Fonte histórica: Wikipedia
Curiosidades: Livro 1001 discos para ouvir antes de morrer
té mais!

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

One World – John Martyn (1977)

martyn[1]

John Martyn nasceu em 11 de setembro de 1948 e faleceu em 29 de janeiro de 2009. Seu nome verdadeiro era Iain David McGeachy, foi um cantor britânico, compositor e guitarrista.

Ao longo de quarenta anos de carreira, lançou vinte álbuns de estúdio, trabalhando com artistas como Eric Clapton, David Gilmor e Phil Collins. Foi descrito como “um guitarrista eletrizante e cantor cuja música atravessava as fronteiras entre o folk, jazz, rock e blues.

John Martyn disse:

"Every record I've made - bad, good, or indifferent - is totally autobiographical. I can look back when I hear a record and recall exactly what was going on. That's how I write. That's the only way I can write ! Some people keep diaries, I make records." "Cada disco que eu fiz - ruim, bom ou indiferente - é totalmente autobiográfico. Eu posso olhar para trás quando ouvir um disco e lembrar exatamente o que estava acontecendo. É assim que eu escrevo. Essa é a única maneira que eu posso escrever! Algumas pessoas mantêm diários, eu vou fazer discos ".

Site oficial

One World (1977)

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OUÇA AS FAIXAS E COMPARE COM A ANÁLISE MUSICAL:

01 – Dealer

00:00 – a guitarra de Martyn se apresenta dedilhada, acompanhada de bateria, um oboé (teclado imitando o som?), e da percussão, seguidos logo depois pelo baixo e teclado, anunciando a complexidade do trabalho; 00:27 – aparece o vocal sussurrado e rasgado de Martyn interpretando a primeira estrofe; 01:04 – segunda parte da música, destaque para a variedade do arranjo que tem o ritmo elaborado e o acompanhamento de teclado e guitarra quase que se digladiando; 01:59 – o baixo anuncia a sequência de efeitos do teclado enquanto a percussão trabalha com propriedade; 02:17 – a harmonia segue mas agora conta com a presença do vocal; 02:54 – uma mudança de tom preparatória para o solo de teclado que inicia em 03:13 e é sucedido por poucas e bem colocadas notas da guitarra para logo retornar o vocal na estrofe + refrão; 04:18 – a harmonia fica livre para seguir com improvisos até que em 04:58 a música só acaba por causa do efeito fade (aquele que vai diminuindo o volume) – imagine só o que acontecia ao vivo!

02 – One World

00:00 – teclado sugere o tema acompanhado de arpegios da guitarra e de uma bateria eletrônica, tudo em andamento lento, quando o vocal se apresenta com uma nota longa e segue entoando a balada acompanhado também de uma suave flauta; 01:37 – a guitarra, em segundo plano, ganha distorção e entra uma beleza de baixo fretless completando o clima; 02:06 – a guitarra distorcida sola suavemente com notas longas e em 02:46 o canto retorna por cima e tudo é conduzido suavemente até o final em 04:09.

03 – Smiling Stranger

00:00 – o baixo, cheio de distorção, indica a mudança de espírito para essa música. A guitarra ataca no meio dos compassos e o ritmo é ditado pela tabla indiana e pelos pratos da bateria; 01:50 – entra um arranjo orquestrado ao fundo em cima da swingada levada, com um tema oriental; 02:50 – aqui a música recebe a participação inusitada de um sax alto que vai até o final em 03:30. Grande criatividade!!

04 – Big Muff

00:00 – guitarra entra dedilhando notas graves com o efeito de um pedal wah wah e o baixo vai para as agudas, tudo sendo conduzido pelo prato e leves toques do surdo da bateria, com uma levada jazzística; 04:50 – guitarra brinca em cima da base harmônica sem grande alarde até o fim em 06:30.

05 – Couldn’t Love You More

O violão com cordas de aço acompanha a melodia do xilofone  enquanto soam notas graves e longas ao fundo. O vocal apresenta uma bela e suplicante melodia.

06 – Certain Surprise

00:00 – em ritmo de bossa-nova, John Martyn nos presenteia com mais uma bela melodia, tudo bem embalado por um suave arranjo orquestral; 02:02 – a grata surpresa de um solo de trombone com surdina que complementa  o clima agradável. Uma delícia.

07 – Dancing

Um leve e agradável rock, bem praiano, certamente influenciado pela Jamaica, local onde ele compôs o disco. Lembra um pouco som do The Police.

08 – Small Hours

Continuamos na praia, final de tarde. A guitarra com notas longas (slide), sob efeito de ecos e muito som ambiente, como o do mar. Efeitos “aquáticos” de teclado. 04:55 – solo de guitarra à lá Pink Floyd. Música quase toda instrumental. Climão relaxante!

Análise musical: Rodrigo Nogueira

Fonte histórica: Wikipedia e site oficial

té mais!

sábado, 14 de novembro de 2009

O Exterminador do Futuro: A Salvação (2009)

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Terminator: Salvation (2009)

Direção: McG. Com Christian Bale, Sam Worthington, Helena Bohan Carter, Anton Yelchin, e Bryce Dallas Howard.

O ano é 2018. Há uma guerra feroz entre humanos e máquinas. Os humanos liderados por John Connor (Christian Bale) e as máquinas pela inteligência robótica Skynet.

Sou fã da franquia mas estava meio desconfiado para assistir esse filme, depois da porcaria que foi o anterior (A Revolução das Máquinas). Apesar daquele ter no elenco a charmosíssima Claire Danes (abaixo).

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Mas a desconfiança até foi boa, pois assim fiquei sem grandes expectativas e fui assistir quase que na obrigação. Acabei me surpreendendo positivamente.

Aviso que para o melhor entendimento da trama, acho interessante assistir com antecedência os dois primeiros filmes da série (o terceiro é dispensável). Isso porque o roteiro é rápido, faz várias referências e não fica explicando muito não.

Antes de falar do roteiro, vamos ver a direção:

O diretor McG, responsável pelos desprezíveis As Panteras, manda super bem nas sequências e é ajudado por uma brilhante fotografia futurista/fatalista. A parte técnica do filme é brilhante: os cenários, efeitos especiais  e o som são fantásticos.

Já na direção dos atores deixa a desejar. Parece que o pessoal fica meio solto e sem identidade, além de haver papéis totalmente desnecessários (a não ser que uma nova continuação me desminta).

ATORES/ATRIZES

264298christian-bale-posters[1]Christian (Batman) Bale até que é esforçado, mas seu protagonista não convence. Sempre durão, não deixa transparecer quase nada de sua personalidade (culpa da direção? Roteiro?), perde feio para os protagonistas dos filmes anteriores.

sam_worthington_18611d1[1] Sam Worthington, apesar de não ser um primor, é o melhor, rouba todas as cenas. Sua personagem é a única que tem alguma profundidade. Demonstra um conflito interno grande em sua busca por redenção e auto-descobrimento. Possui segredos que nem mesmo ele sabe.

helena-bonham-carter[1]Helena Bonhan Carter, infelizmente faz dois pequenos papéis, o de doutora/cientista e de avatar do Skynet. Apesar disso fica nítida a competência acima da média dessa atriz só de observar a expressividade de seu rosto. Nem precisa de diretor.

anton-yelchin[1]Anton Yelchin está com tudo! Participou dos dois melhores filmes de ficção mais recentes: este e Star Trek (fez o navegador Chekov).

Leia a crítica de Star Trek

Aqui ele interpreta Kyle Reese, o pai de John Connor, que volta ao passado para salvar sua futura/passada namorada, que porventura é também a mãe do protagonista (eu avisei para assistir os dois primeiros filmes).

Está satisfatório. No começo parece ser um daqueles rapazes bonzinhos mas bobos que precisam sempre ser ajudados. Mas não. No decorrer vemos que é um rapaz de fibra e acaba fazendo juz ao herói do primeiro filme da série.

brycepreggers-0-0-0x0-376x490[1] Apesar de ser uma atriz maravilhosa (tanto na aparência quanto na competência), Bryce Dallas Howard é praticamente inútil no filme. Faz a esposa grávida de John Connor. Desperdício.

ROTEIRO

Funciona, se você considerar a proposta de a história como um todo ser o principal.

Não tem muita explicação, a coisa é bem dinâmica e segue linearmente.

O problema é que não está nem aí para as personagens. Elas passam pelo filme como meras figurantes. Com exceção de Marcus Wright (Sam Worthington), todos são unidimensionais.

Tem algumas besteiras como o “plano” de Skynet para pegar John Connor e Kyle Reese e a burrice dos comandantes da resistência humana.

Alguns furos como quem era exatamente a doutora interpretada por Helena Bonhan Carter, o que aconteceu com Marcus nos quinze anos em que ficou sumido, por que John Connor é tão importante e por que alguns personagens aparentemente inúteis foram inseridos na trama.

Cenas de lutas ótimas e vibrantes e participação especialíssima de uma personagem inesquecível (surpresa!).

Achei o final idiota e decepcionante, mas no geral, o filme é muito bom.

Se você é fã da série, não espere aqueles conceitos e questionamentos interessantes que foram abordados nos filmes anteiores, aqui o negócio é ação. Mas assista assim mesmo, é um ótimo entretenimento.

Veja o trailer:

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Pink Flag – Wire (1977)

1977-annette-green[1]


Wire é uma banda britânica de punk rock formada em 1976 por Graham Lewis (baixo, voz), Bruce Gilbert (guitarra), Colin Newman (voz, guitarra) e Robert Gotobed (bateria).
Foi umas das primeiras bandas de punk rock a misturar seus sons com profundos conceitos artísticos. Também é conhecido por fazer músicas curtas e cruas, além de letras extremamente enigmáticas, com críticas ao atual modelo capitalista do mundo. Foi um dos precurssores do pós-punk.
Artistas que influenciaram o Wire: Velvet Underground, Brian Eno e Marcel Duchamp.



Pink Flag (1977)


Faixas
01
Reuters
02
Field Day For The Sundays
03
Three Girl Rhumba
04
Ex Lion Tamer
05
Lowdown
06
Start To Move
07
Brazil
08
It's So Obvious
09
Surgeon's Girl
10
Pink Flag
11
Commercial
12
Straight Line
13
106 Beats That
14
Mr. Suit
15
Strange
16
Fragile
17
Mannequin
18
Different To Me
19
Champs
20
Feeling Called Love
21
12XU
6a00d8341c365453ef011570135fcd970b-800wi[1]
Os amigos que acompanham o blog notaram que estou fazendo um levantamento do que havia de mais relevante no ano de 1977.
É impossível, portanto, ignorar o movimento punk, pois ele encontrava-se em seu auge no final da década de 1970.
Já citei aqui vários álbuns desse gênero e, se você quiser conhecê-los, basta acessar os links abaixo.
O disco de hoje, Pink Flag, assim como os outros acima, tem suas peculiaridades. Trata-se de uma obra furiosa feita por ex-estudantes de arte que não acanharam-se em tentar inovar mesmo tendo parcos conhecimentos musicais, porém altas doses de expressividade.
O álbum, em termos comerciais foi um fiasco total, mas influenciou uma série de novos músicos como os do Cramps e até os dos Titãs aqui no Brasil, revelando assim, sua importância histórica.

Reuters
00:00 - O baixo introduz os trabalhos dando apenas uma nota repetidamente; 00:21 - a guitarra dá seu cartão de visitas badalando um acorde como se fosse um sino; 00:34 - agora entra a bateria na mesma toada do  baixo; em 00:37  a guitarra soa com o peso do reverb para anunciar a entrada do vocal. A música segue com apenas um acorde, à excessão do refrão, que possui dois; 02:37 - Cadência final com o nome da música sendo repetido de forma gutural até finalizar num ralentando em 03:03.


Field Day For The Sundays
00:00 - o vocal anuncia e a banda já entra a mil em compasso binário e andamento rápido típicos do punk, mandando três acordes e fazendo a interrupção instrumental ao final das estrofes. Assim vai até o fim em 00:28.

Three Girl Rumba
Dois marcados acordes de guitarra, num riff que a banda Elástica copiou descaradamente num de seus sucessos, vocal quase falado que finaliza com um cretino YEAH!

Ex Lion Tamer
Quase um hardcore (que ainda não existia nessa época) de quatro acordes. Finalizada com um grito do vocal e da parada abrupta da banda.

Lowdown
Levada preguiçosa de dois acordes e canto quase falado até o refrão, quando o vocal explode em gritos em cima da mesma base instrumental.

Start To Move
A bateria  introduz  com a caixa e o prato de ataque até o vocalista mandar "começar a jogada" (start to move). Quatro acordes de guitarra embasam as orientações da letra enquanto o chipô da bateria trabalha freneticamente até que prevalece um acorde só que leva a música aos quatro acordes do refrão.

Brazil
A guitarra manda um riff cheio de reverb até chegar ao refrão de dois acordes. Finaliza num repique de bateria.

It's So Obvious
54 segundos de fúria punk e abrupto final.

Surgeon's Girl
A música é quase toda em cima de um único acorde, só muda ao final das estrofes. No decorrer, o vocal vira uma bagunça e a banda parece que manda tudo para o inferno e, quando cansam, param.

Pink Flag
O surdo da bateria começa rufando, a guitarra entra em seguida mandando uma sequência descendente e macabra. A música lembra muito uma faixa dos Cramps, que surgiram anos depois. 02:29 A batera manda brasa no rufar da caixa e a banda se inflama e vai acelerando até  a música virar uma massa sonora distorcida que fica soando até o grito final AHHH!

Commercial
A única faixa instrumental. Destaque para a linha de baixo. A música dura 49 segundos.


Straight Line
45 segundos de um típico punk.

106 Beats That
Mais um típico punk apenas com um diferencial: um pequeno solo de guitarra beeem simples.

Mr. Suit
Quebradeira com pergunta e resposta. Lembra muito a música dos Titãs Polícia. Acho que descobri uma influência ... (escute o player abaixo).


Strange
Acordes nos graves, e cheios de reverberação, aparentemente com as cordas frouxas e com sons fantasmagóricos ao fundo. Ao final, o baterista toca com as baquetas no chão. A mais longa faixa do álbum - 03:59

Fragile
Faixa mais leve, levadas mais calmas e sem distorção.

Mannequin
Faixa mais acessível. Pop rock.Tem até Backing vocals (!?), e lalalala.

Different To Me
Retoma o peso e o compasso binário.

Champs
Mais do mesmo.

Feeling Called Love
O baixo Introduz a brincadeira e vamos para mais uma sessão pop rock.

12XU
O vocal entra sozinho com palavras sem sentido e, com fúria, chama logo a banda para entrar no ritmo. A paulera segue e o verso se repete vertiginosamente.

Como acredito que tenham notado, não dá para falar muito em termos técnicos de punk. Mesmo porque não é esse o mote de tais conjuntos. O que vale é a ATITUDE!

Sem dúvida o Wire está cheio dela.

Análise musical: Rodrigo Nogueira
Fonte histórica: Wikipedia


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